Resistência elétrica

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Luis!! Cara!! Tava comprando já tudo ! Kkkkkk

Assim, se eu comprar esse REX, eu consigo adaptar/trocar/encaixar esse SSR Fotek q vc passou aí ? E esse sensor PT100 ? Naum sei se e compatível com o REX.... como sei ? Cada PID tem um tipo de compatibilidade?

Desculpa se as perguntas são mto amadoras, mas naum manjo NADA disso...rsrsrs

Abraço!

Ahh, tranquilo, fórum serve pra isso mesmo!!
Olha só, no link que vc passou ele coloca na descrição "PID control solid state relay output", isso significa que ele precisa de um relé SSR. Ele não vem com um relé normal dentro para acionar sua resistência.

Ele tbm coloca "Multi-input TC/RTD"
RTD do inglês Resistance Temperature Detector é uma termoresistência. Que pode ser o PT-100 com 3 fios, inclusive no manual dele tem fotos da ligação dos sensores.
TC vem de Thermocouples. Termopar em português. Usa só 2 fios.

Para uso assim, simples é melhor usar o PT-100.

Mas então, esses PIDs podem ter tipos diferentes de sensor, mas no caso desse que você mostrou ele aceita 2 tipos comuns de de encontrar, apesar de não falar o tipo do termopar (deve ser Tipo K pelo texto na foto).

Termopares tem vários tipos, K, J, S....
Termopar tbm tem PT-100, PT1000... etc..

Mas lendo com calma as especificações do controlador, dá pra ver o que ele aceita.

Qq dúvida, pode falar!!

Fdamata, acho uma ótima ideia essa montagem! fica super fácil de desmontar e limpar! Vê se pra você a melhor opção é a rosca de 1 1/4" tem que ver como e onde vc vai fixar pra escolher melhor...
De resto tá ótimo!
 
Ahh, só pra lembrar... as tomadas 110V no Brasil foram padronizadas para 127. Antigamente era uma bagunça e tinha 110, 127 e 220... agora simplificaram. Mas sempre pode ter uma perda, aqui em casa se eu medir, minha tomada marca 124V..

Valeuuuuu
 
Ahh, só pra lembrar... as tomadas 110V no Brasil foram padronizadas para 127. Antigamente era uma bagunça e tinha 110, 127 e 220... agora simplificaram. Mas sempre pode ter uma perda, aqui em casa se eu medir, minha tomada marca 124V..

Valeuuuuu

Bom dia Luis e a todos.
Só um comentário sobre essa confusão de 110 - 127 - 220 Volts.
Na verdade falando tecnicamente, como a energia elétrica é gerada com 3 fases e um neutro, essas fases são defasadas 120º uma das outras. Sem querer complicar a coisa, na geradora as tensões são geradas em 220 volts entre fases e 380 volts entre fases. Onde elas são de 220 volts entre fases, a tensão de fase para neutro é 220 / raiz quadrada de 3 = 220/1,73= 127 volts.
Nos lugares onde ela é gerada em 380 volts entre fases, a tensão de fase para neutro é 380 / raiz de 3 = 220 volts.
O que acontecia antigamente com relação a tensão de 110 volts é que antigamente a tensão era gerada em 190 volts de fase para fase e por isso a tensão de fase para neutro era 110 volts.
Outra coisa que complica é que eu acho que a tensão de fase para neutro nos EUA é 110 volts, por isso recebíamos muitos equipamentos com essa tensão.
Com a entrada de Itaipu a tensão gerada se unificou no país todo e agora só temos 220 e 380 entre fases.
Qualquer outra necessidade de tensões especiais, como 208 / 440 / 460 volts, é necessário o uso de transformadores.

Com relação a tensão que você mediu, de 124 volts, é que nem sempre a tensão chega certinha na sua casa. Ela vai sofrendo perdas na rede e muitas vezes ela chega menor do que era para chegar, mas essa tensão é de 127 volts.

Um abraço,

Alexandre
 
Excelente esclarecimento, Luis e Alexandre!

Uma outra pergunta, sem querer abusar, mas já abusando: no caso de usar algo 220v (no caso a resistência) em rede 127v já sei como calcular a potência real que terei. E pra amperagem, uso a potência convertida pros 127v pra fazer a conta?

Por exemplo, pra chegar em 1000w a 127v precisaria de uma resistência de 3000w 220v. Pra calcular a amperagem, na rede 127v eu faço 1000/127 ou 3000/220? Me parece meio óbvia a resposta, mas vai que não é o que to pensando e como o Guenther já disse por aqui, com eletricidade não pode haver dúvidas ou achismos.
 
Excelente esclarecimento, Luis e Alexandre!

Uma outra pergunta, sem querer abusar, mas já abusando: no caso de usar algo 220v (no caso a resistência) em rede 127v já sei como calcular a potência real que terei. E pra amperagem, uso a potência convertida pros 127v pra fazer a conta?

Por exemplo, pra chegar em 1000w a 127v precisaria de uma resistência de 3000w 220v. Pra calcular a amperagem, na rede 127v eu faço 1000/127 ou 3000/220? Me parece meio óbvia a resposta, mas vai que não é o que to pensando e como o Guenther já disse por aqui, com eletricidade não pode haver dúvidas ou achismos.

Bom dia Diego.
Essas questões são complicadas mesmo.
Pedindo licença ao Guenther, vou tentar explicar mais essa.
Lei de Ohm, já ouviu falar nisso?
É a lei que rege as relações entre voltagem, amperagem e resistência ohmica.
Resumindo, a lei diz que:
Volt = amper X Resistência (ohm)
Uma consequencia dessa lei é que: Potência (watt) = Volt X amper.

Então vamos ver o que você tem.
Você tem uma resistência de 3000 Watts (potência) e 220 volts (voltagem)
Para podermos trabalhar na lei de Ohm precisamos do valor da resistência, então vamos lá.
3000 / 220 = 13,63 amperes.
Desmembrando a lei de Ohm, temos que: Resistência = Volt / amper
Resistência = 220 / 13,63 = 16,14 Ohms. Essa é a resistência ohmica da sua resistência, independente se ela será ligada em 220 ou 127 volts.

Se você for ligar essa resistência em 127 volts, quantos watts você terá?
W = V x A
A = V / R = 127 / 16,14 = 7,87 amperes
Então W = 127 x 7,87 = 999,5 Watts (1000 para arredondar)

Entendeu como se chega a amperagem?
Temos que considerar a resistência ohmica da sua resistência elétrica e a voltagem em que você vai ligá-la.

Agora eu pergunto, então essa resistência que você comprou é de 220 ou é de 127?
Se ela fosse de 127 volts e 1000 Watts, você poderia ligá-la em 220 volts para ter 3000 Watts?

A resposta é não!

Quando o fabricante fez essa resistência, ele a construiu com um fio que aguenta 13,63 amperes, que é a amperagem do circuito se você ligá-la em 220 volts.
Caso você compre uma resistência de 127 volts e 1000 Watts, eles fabricarão ela com os mesmos 16,14 Ohms, mas com um fio de uma grossura que só aguenta 7,87 amperes. Se você ligá-la em 220 volts, vão passar 13,63 amperes pelo fio e ele vai arrebentar (queimar).

E no seu caso, ligar uma resistência de 220 volts em 127, o que acontece?
Esse é o melhor dos mundos.
Você vai estar usando uma resistência feita com um fio que aguenta 13,63 amperes e só vai estar fazendo passar nele 7,87 amperes. Ele vai trabalhar folgado e arrisco dizer que essa resistência não vai queimar nunca.

Só tentando dar um pouco de credibilidade ao que digo, trabalhei projetando e fabricando transformadores e resistências por 28 anos. Hoje não faço mais isso, mas ainda lembro um pouco.

Um abraço a todos,

Alexandre
 
Perfeito, Alexandre! Último contato que tive com essas leis de física, foram há mais de 15 anos, no antigo "2° grau", hj ensino médio, kkk. Naquela época eu ia bem, mas nunca mais usei.

Eu ainda não comprei a resistência, por isso tantas perguntas, pra fazer a compra certa.

Obrigado pelo esclarecimento!
 
Fdamata,

qual fábrica é essa em BH que faz a resistência?
Sou de BH também e estou começando a me interessar pelos RIMS / HERMS.

Abraços.
 
É muito bom quando aparece um especialista! hehehehehehe
Valeu pelas explicações Alexandre, me esclareceu tbm!!

Tem como esse tópico ficar fixo? acho que tem tudo que alguém precisa pra trabalhar com resistências!
 
É muito bom quando aparece um especialista! hehehehehehe
Valeu pelas explicações Alexandre, me esclareceu tbm!!

Tem como esse tópico ficar fixo? acho que tem tudo que alguém precisa pra trabalhar com resistências!
Já tô trabalhando no post completo sobre isso que englobe tudo... aí a galera acha todas as informações num tópico só e não tem que ficar folhando pra achar todas as questões.

Abraço,
 
Já tô trabalhando no post completo sobre isso que englobe tudo... aí a galera acha todas as informações num tópico só e não tem que ficar folhando pra achar todas as questões.

Abraço,


Será mais um Capítulo do livro do Guenther!

Pessoal que escreveu ai fiquem atentos e cobrem seus Royalties depois! hahaha
 
Ahh, tranquilo, fórum serve pra isso mesmo!!
Olha só, no link que vc passou ele coloca na descrição "PID control solid state relay output", isso significa que ele precisa de um relé SSR. Ele não vem com um relé normal dentro para acionar sua resistência.

Ele tbm coloca "Multi-input TC/RTD"
RTD do inglês Resistance Temperature Detector é uma termoresistência. Que pode ser o PT-100 com 3 fios, inclusive no manual dele tem fotos da ligação dos sensores.
TC vem de Thermocouples. Termopar em português. Usa só 2 fios.

Para uso assim, simples é melhor usar o PT-100.

Mas então, esses PIDs podem ter tipos diferentes de sensor, mas no caso desse que você mostrou ele aceita 2 tipos comuns de de encontrar, apesar de não falar o tipo do termopar (deve ser Tipo K pelo texto na foto).

Termopares tem vários tipos, K, J, S....
Termopar tbm tem PT-100, PT1000... etc..

Mas lendo com calma as especificações do controlador, dá pra ver o que ele aceita.

Qq dúvida, pode falar!!

Fdamata, acho uma ótima ideia essa montagem! fica super fácil de desmontar e limpar! Vê se pra você a melhor opção é a rosca de 1 1/4" tem que ver como e onde vc vai fixar pra escolher melhor...
De resto tá ótimo!

Putz! Agora tirei praticamente todas as minhas dúvidas! hahaha
Seguinte...será q 40A naum eh mto pra uma resitência de 1500W ? Pode ser menos pro SSR será ?

Achei esse aqui oh:
http://www.aliexpress.com/store/pro...SR-Heat-Sink-2m-K-probe/209587_679049496.html

Vem tudo!! hahaha

E pras geladeiras (fermentadores/maturadores) pode ser esse mesmo kit?


Abraço!
 
Mais uma dúvida, essa uma situação hipotética, pra uso futuro: se eu colocar uma resistência de 5000w 127v, minha ligação elétrica e relé precisarão ter 40A no mínimo. Nesse caso, se eu usar duas resistências de 2500w, poderia ligar em duas tomadas de 20A, simultaneamente?

Obrigado desde já pelas aulas de elétrica!
 
Diego, a resposta sim para a sua pergunta depende de as duas tomadas a que vc se refere estiver partindo de dois circuitos distintos do seu quadro de distribuição e não tendo mais nenhuma outra carga dependurada nesses circuitos. Idealmente seria legal ter, para locais onde a alimentação do quadro pela concessionária seja bifásico, ter uma fase para cada circuito. Mas lembre-se, toda a residência deve estar dimensionada para essa carga, pois, por exemplo, acionar um ou dois chuveiros durante o uso da resistência de 5kw pode fazer sua corrente total que passa no disjuntor de entre da da residência ver algo superior a 60 A e isso sem contar cargas adicionais tais como geladeira, freezer, ....

SDS,

Fabiano da Mata
 
Mais uma dúvida, essa uma situação hipotética, pra uso futuro: se eu colocar uma resistência de 5000w 127v, minha ligação elétrica e relé precisarão ter 40A no mínimo. Nesse caso, se eu usar duas resistências de 2500w, poderia ligar em duas tomadas de 20A, simultaneamente?

Obrigado desde já pelas aulas de elétrica!
Se as resistências são separadas, e ligadas em tomadas separadas, em tese não teria problema.

Só não esqueça que além das tomadas serem para 20 amperes, a fiação que a alimenta precisa ser adequada do início ao fim.

Vou fazer um post fixo com uma tabela sobre isso.

Abraço,
 
Bom dia Diego.
É por isso que o Fabiano disse que a sua ideia não é muito fácil de ser implementada.
Ele falou sobre a melhor situação, rede bifasica, circuitos independentes no mesmo ambiente, etc, agora eu vou falar sobre o que é comum encontrarmos na maioria das casas; rede monofasica, fios das instalações quase nunca prevendo esse tipo de carga, tomadas fracas, etc.
Acho que o máximo que você pode fazer é ir até o lugar onde fica o medidor de energia da sua casa, pedir a alguém ou vc mesmo instalar uma tomada boa saindo direto do disjuntor que alimenta o chuveiro (nesse circuito geralmente só tem isso ligado) e fazer uma extensão (fio de 4 mm no mínimo. Ideal é 6 mm) para ligar a panela ligado nessa tomada. Vc vai ter que conviver com esse fio esticado pela casa, na hora de usar a panela e não pode ligar o chuveiro na mesma hora.
Lembre-se que se você não puder usar uma tomadas steck, usar pelo menos uma dessas mais reforçadas, aquelas com pinos mais grossos. Nas elétricas eles conhecem como tomadas de 20 amperes. Essas vão viver quentes, por isso a Steck é mais aconselhável.

Um abraço,

Alexandre
 
Se as resistências são separadas, e ligadas em tomadas separadas, em tese não teria problema.

Só não esqueça que além das tomadas serem para 20 amperes, a fiação que a alimenta precisa ser adequada do início ao fim.

Vou fazer um post fixo com uma tabela sobre isso.

Abraço,


É importante lembrar que se as duas tomadas estiverem no mesmo circuito, ligadas a mesma chave no quadro de distribuição, é a mesma coisa ligar uma de 5kw em uma tomada ou duas de 2,5Kw em duas tomadas... E jamais troque a chave de 20A no quadro por uma maior sem trocar toda a fiação, isso causaria um incêndio na sua casa.
 
É importante lembrar que se as duas tomadas estiverem no mesmo circuito, ligadas a mesma chave no quadro de distribuição, é a mesma coisa ligar uma de 5kw em uma tomada ou duas de 2,5Kw em duas tomadas... E jamais troque a chave de 20A no quadro por uma maior sem trocar toda a fiação, isso causaria um incêndio na sua casa.
Como eu disse, tem que trocar a fiação, mas se o cara não trocou o disjuntor, só se ele estiver estragado ou for de baixíssima qualidade pra pegar fogo, de outra forma, ele simplesmente iria desarmar/desligar.

Mas, novamente, tudo deve estar dimensionado de acordo com a amperagem total utilizada.
 
Last edited:
Feito, fiz um post fixo aqui na área de equipamentos sobre o assunto "resistências".

Abraço,
 
Para a panela de fervura seria importante um termostato digital, ou somente um dimmer ou termostato analógico?
 
Para a panela de fervura seria importante um termostato digital, ou somente um dimmer ou termostato analógico?

Bom dia.
Na minha opinião a fervura já é um processo autocontrolado por um fenômeno físico que é o fato de que a água não consegue superar 100ºC (no nível do mar), assim o que você teria para controlar são as temperaturas mais baixas que essa, porque as mais altas a física controla.
Basta ligar a resistência, deixar ferver e desligar na hora que acabar.
O que pode ser controlado é a potência necessária para ferver. Por exemplo, a água pode ferver com um gasto de 3000W ou qualquer um acima disso. Se ela ferver com 3000W, por exemplo, ferverá com 5000W, então um sistema mais complexo poderia ter um dimmer para controlar a potência da resistência. Quando abrir a fervura a gente vai baixando o dimmer até parar a fervura, depois aumenta até abrir fervura novamente e deixar nesse ponto, assim vamos estar usando o mínimo necessário para o trabalho.

Um abraço,

Alexandre
 
Bom dia.
Quando abrir a fervura a gente vai baixando o dimmer até parar a fervura, depois aumenta até abrir fervura novamente e deixar nesse ponto, assim vamos estar usando o mínimo necessário para o trabalho.

É, pode ser feito algo assim mesmo.. mas se você tiver uma fervura super intensa (desde que não fique esborrotando tudo pra fora da panela hehehehhe), vai ser melhor para a cerveja e você pode reduzir o tempo de fervura para 60min.

Eu tenho deixado 100% ligado, mas já vi um caso que 100% ligado era realmente forte d+ e fazia uma lambança na cozinha! Acho que aí é justo de se controlar.
hehehe

abraços!!
 
A ideia de usar o controlador é bem está luispedrojr, controlar a fervura, quando não utilizar a capacidade inteira da panela (litros) e ter uma fervura muito forte, ter o controlador para deixar a fervura ideal durante todo processo.
 
A ideia de usar o controlador é bem está luispedrojr, controlar a fervura, quando não utilizar a capacidade inteira da panela (litros) e ter uma fervura muito forte, ter o controlador para deixar a fervura ideal durante todo processo.

Bom dia a todos.
Aproveitando os comentários, queria tentar fazer entender como funcionam esses controles de temperatura.
Geralmente os controladores fazem ligar e desligar uma chave onde fica ligada a resistência. Ligar e desligar essa resistência em determinado tempo faz o controle da temperatura do liquido.
O problema desse tipo de controle é o seguinte:
Imaginem que vocês estão em um carro de formula 1 andando em uma via cheia de radares que os impeçam de ultrapassar os 80km/h. Como fazer isso?
Você da uma apertada no acelerador, o carro chega de 0 a 100 em 2 segundos e depois você tira o pé do acelerador antes de chegar ao radar, depois acelera novamente e vai fazendo assim.
Se a situação fosse a mesma e você estivesse em um Uno mile, como fazer?
Acelera até o fim e mantém, porque esse carro tem dificuldade de passar dos 80 (hehehe).
Qual gastará mais combustível, o que acelera até o fim do percurso ou o que acelera e para toda hora?
Em física existe uma coisa chamada inércia que a oposição a mudança de estado. A inércia gasta energia para ser vendida, tanto para andar, quanto para parar, então ficar acelerando sem parar, não gera inércia, mas acelerar e parar gera, então o carro com muita potência gasta mais que o com pouca, mesmo que ele não fique acelerando o tempo todo.
Esse é o mesmo raciocínio para as resistências. Quando você coloca uma resistência muito forte e controla o tempo que ela fica ligada, como fazem os controladores, além de em cada ligada e desligada você não conseguir cravar a temperatura ideal, porque ela sempre vai passar, você ainda gasta muita energia vencendo a inércia térmica. Já se você regula com um dimmer a potência ideal da resistência e faz ela ficar ligada mais tempo, o controle do controlador é muito mais preciso e fácil.
Eu digo isso porque tenho uma panela de 36 litros, que geralmente trabalha com 25 e com uma resistência de 3500 W. Sempre que o controlador liga ele passa da temperatura desejada e depois que desliga ela leva um certo tempo para cair.
Na fervura acontece a mesma coisa, eu sinto que está fervendo com mais potência que o necessário, mas se eu ficar ligando e desligando ela vai ficar fervendo e parando de ferver, aí eu deixo ligada 100% do tempo.

Espero ter podido ajudar aos que ainda não tinham entendido esse conceito.

Um abraço,

Alexandre
 
Aí sim, se estiver usando uma resistência super-dimensionada e quiser utilizar menos líquido, eu concordo, pode ser uma coisa bem bacana.

Sobre a inércia térmica, é legal usar PID para maior controle e justamente evitar essa inércia pra cima e pra baixo, no entanto, eu discordo em relação ao gasto maior em energia. Se colocar na ponta do lápis, a diferença deve ser desprezível (se houver).

Se fosse em um sistema que tivesse perdas na transferência de potência/calor/energia, como fogo embaixo da panela, eu concordaria, pois quanto mais forte o fogo, mas calor desperdiçado para o ambiente. Neste caso, usar constantemente uma chama mais fraca desperdiça menos energia.

No caso de resistências imersas, você transfere 100% do calor gerado para o líquido. Além disso, a resistência fica imersa no líquido, ou seja, mesmo desligada ela se mantém no mínimo na mesma temperatura que ele está, e é um objeto que não tem perda mecânica nenhuma (já que é um objeto estático). Já em outros tipos de aparelhos elétricos que precisam de um pré-carregamento de energia, ou aquecimento, ou atingir um determinado número de rotações por minuto até estarem prontos para trabalhar, aí sim.

Abraço,
 
Alexandre, como o Guenther falou, essa inércia de temperatura fica no sistema. Ao usar um controle PID ele já considera essa informação para realizar o acionamento do relé SSR. O PID compensa a atuação dele com a inércia do sistema, reduzindo seu acionamento um pouco antes de atingir a temperatura ideal.

Agora o que você comentou:
Ao invés de desliga e religar a resistência, o ideal seria ligá-la em potência reduzida.

Realmente, seria o ideal.

O mais próximo disso seria uma aplicação de SCR (ao invés do SSR), mas esse tipo de funcionamento é um pouco caro pra se ter de forma prática com um controlador PID. (pelo menos por enquanto)
No final das contas, funcionaria como um Dimmer controlado por PID.
Mas ao usar um Dimmer, estamos aplicando o mesmo princípio de desligar e religar o equipamento, já que o dimmer funciona como um PWM atuando em um triac. Ligando e desligando de forma bem rápida. Mas que aos olhos, parece estar com tensão contínua.

Para ter uma redução real da tensão e acionar a resistência com potência reduzida.(digamos, usar 90V ao invés de 220V) Só usando um Conversor de Frequência (inversor de frequência), mas aí são outros R$500 só pra ter um controle "ideal".

Vale a pena?
Existindo a opção do SSR + PID pronta, barata e vindo com frete grátis da China... Não, não vale a pena...

Abraços!!
 
Alexandre, como o Guenther falou, essa inércia de temperatura fica no sistema. Ao usar um controle PID ele já considera essa informação para realizar o acionamento do relé SSR. O PID compensa a atuação dele com a inércia do sistema, reduzindo seu acionamento um pouco antes de atingir a temperatura ideal.

Agora o que você comentou:
Ao invés de desliga e religar a resistência, o ideal seria ligá-la em potência reduzida.

Realmente, seria o ideal.

O mais próximo disso seria uma aplicação de SCR (ao invés do SSR), mas esse tipo de funcionamento é um pouco caro pra se ter de forma prática com um controlador PID. (pelo menos por enquanto)
No final das contas, funcionaria como um Dimmer controlado por PID.
Mas ao usar um Dimmer, estamos aplicando o mesmo princípio de desligar e religar o equipamento, já que o dimmer funciona como um PWM atuando em um triac. Ligando e desligando de forma bem rápida. Mas que aos olhos, parece estar com tensão contínua.

Para ter uma redução real da tensão e acionar a resistência com potência reduzida.(digamos, usar 90V ao invés de 220V) Só usando um Conversor de Frequência (inversor de frequência), mas aí são outros R$500 só pra ter um controle "ideal".

Vale a pena?
Existindo a opção do SSR + PID pronta, barata e vindo com frete grátis da China... Não, não vale a pena...

Abraços!!

Bom dia a todos.
Só para terminar o comentário sobre o assunto, a hipótese que eu dei de usar um dimmer para dimensionar melhor a resistência ao trabalho realizado, foi na intenção de se chegar ao ideal, não que isso seja necessário. Como o Guenther falou estamos lidando com perdas e ganhos bem pequenos e por isso não vale a pena a gente se estressar com esse problema, tanto que eu não quis fazer.
E apenas fazendo uma pequena correção no que o Luis Pedro disse, o controle com dimmer não chaveia a resistência (caso ele chaveasse realmente não teria razão de usarmos), na verdade ele deforma a forma de onda da energia, diminuindo a quantidade de energia entregue a carga.
Podemos ver essa explicação bem detalhada em:
http://www.newtoncbraga.com.br/inde...25-controle-de-potencia-com-triac-art149.html
Aqui também existe um esquema de um dimmer que serve para esse serviço. Quem estiver disposto a meter a mão na massa, pode valer a pena.

Um abraço,

Alexandre
 
Eu uso 5000 pra fervura e 2000 pra HLT. Não vejo necessidade nenhuma de tanta potência para o HLT, e lembre-se, você sempre tem que fazer as contas de quais panelas você precisa que fiquem ligadas ao mesmo tempo.

Ou seja, se estiver com a fervura ligada, você não iria poder ligar o HLT junto para aquecer água para outra coisa, pois 10000 watts é coisa demais e necessitaria uma rede especial pra suportar tudo isso.


Sobre a água do HERMS ser a mesma água do sparge, isso gera problemas. Já usei assim, e até funciona, mas precariamente pois como você precisa de uma grande quantidade de água para a lavagem, a inércia de temperatura ao subir e descer também fica maior e afeta a mosturação.

Outra coisa... a temperatura dessa água sempre vai ser mais alta do que a temperatura do mosto que tu queres, ou seja, se o mosto está a 68, certamente a água precisará ficar a alguns graus acima disso para descontar as perdas de temperatura. Aí imagina que você quer deixar o mosto a 78 graus...... a água do HERMS e Sparge ficariam a 80 e tantos... e isso faria com que não fosse possível utilizá-la para sparge.... teria que esperar esfriar.... e aí a mosturação esfria também.... etc.

Resumindo, com uma panela separada e menor só para o HERMS não tem que se preocupar com nada, e dá pra controlar as temperaturas de qualquer jeito.

Outra coisa.... quem usa HERMS normalmente não tem fogareiro na panela de mosturação, então tem que aquecer a água com o HLT..... aí no início, tem que transferir toda a água do HLT para a panela de mosturação, e então, tem que encher o HLT com água fria novamente e tu só vai poder ligar o teu HERMS mesmo depois que essa água tiver sido aquecida até uma certa temperatura, de outra forma vai abaixar um monte a temperatura da mosturação.

Pra finalizar, por que não colocar a serpentina dentro da panela de mosturação? Por que não tem como homogenizar a temperatura... os grãos não fazem convecção... e na verdade eles praticamente servem como isolantes próprios, ou seja, a temperatura iria aquecer um monte nos grãos que estão em contato com a serpentina, e não iria aquecer nada nos grãos que estão longe.


Abraço,

Guenther, penso que enquanto aqueço novamente água do HLT o mosto permanece em repouso, a 68 graus por exemplo; Quando novamente eu tiver água aquecida (e se eu tiver um bom fogareiro/resistência) o mosto deverá ter perdido uns 2 ou 3 graus - o que eu consigo corrigir facilmente em poucos minutos. Dessa forma contorno o problema, não?
 
Sim, contorna...

Contornar = evitar que seja um problema grave no contesto geral

Mas contorna esse problema, sendo ainda tem todas as outras questões que citei.

Tudo depende da tua concepção pra coisa toda. Eu particularmente gosto de sistemas de que automatizem processos RESOLVENDO, efetivamente, problemas... ou seja, fazer um sistema pra continuar com problemas parecidos, ou resolver alguns e criar novos, aí eu prefiro não fazer.

Pra mim, todos aqueles pequenos problemas somados, fazem com que ter um HERMS, e não ter, tenha pouquíssima vantagem, ou seja, o que ocorre (na maioria dos casos que vejo) são cervejeiros querendo montar um sistema HERMS ou RIMS que no fim das contas, devido a tantas gambiarras, comparado com um sistema de infusão simples, dão o mesmo nível de trabalho e preocupação com detalhes...... e pra MIM, isso não serve. Ou o sistema realmente me poupa trabalho e aumenta o meu nível de abstração em relação a várias coisas (não ter que se preocupar com recirculação, com temperaturas, etc), ou não na realidade a automação é mais uma questão de querer se divertir, não tendo muitas vantagens REAIS em termos de diminuição de trabalho e preocupação de detalhes, comparado com um sistema totalmente manual de infusão simples e queda de temperatura.... que funciona muito bem.

Ou seja, é o entendimento de cada um sobre o que serve, e o que não serve. Quando comecei, o simplesmente fato de fazer algo um pouquinho mais automatizado (parecendo ser automatizado) já me parecia show! Depois fui me dando conta que aquilo era meio que uma enganação, pois pseudo-parecia automatizado, mas havia criado preocupações que eu não tinha antes, e problemas que eu não tinha antes. :)

Abraço,
 
Last edited:
Pessoal, procurei bastante mas não encontrei nenhum consenso sobre qual seria o melhor formato para a resistência a ser utilizada no fundo da panela.

O que é melhor, o formato plano distribuído no fundo da panela ou o formato circular com várias voltas seguindo o perímetro da panela???

Seguem exemplos abaixo.

attachment.php


attachment.php


Acho que a área de dissipação de calor é praticamente a mesma, mas não sei qual distribuiria melhor o calor pela panela. No meu caso, o sistema é um "single vessel", com a panela externa de 45cm de diâmetro (65L) e a interna de 35 cm de diâmetro, usando uma resistência de 6.000w/220v.
 

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Tenho uma panela com o mesmo volume e usei o esquema distribuído (primeira foto) , funcionou muito bem. Só uma dica, use um dimmer de potência para controlar a intensidade da fervura, pois os 6000w promovem uma fervura bem violenta.
 
Olá @fabiobrum

Você esta fervendo 60 litros com 6kw e está achando muito?

Quanto seria o ideal?

Estou montando um sistema Herms e pensei em colocar 5KW no keg de fervura (50L) sendo duas resistências (3kw + 2Kw) assim eu desligaria uma delas depois do início da fervura para reduzir o consumo. Funciona?

O que acham dessa proporção de Kw/litro?
 
Quando dimensionei as coisas tb usei a mesma proporção, porém no final das contas eu tenho uma relação um pouco maior de kw/l pois dos quase 60 litros que começo de água, apenas uns 45-50 vão de fato para fervura.
Gostei muito do resultado. Essa relação garantiram rampas bem rápidas. Ainda mais que começo esquentando apenas 2/3 da quantidade total de água.
Não me lembro ao certo em quanto limitei a potência . Sugiro avaliar se o custo de ter uma resistência só e um dimmer de potência te atende, pois o controle que essa configuração permite é muito interessante.
 
bom dia sou novo por aqui e vou colocar resistência em minha panela, como calculo a potência da resistência em função do volume de litros da panela?
 
Boa noite, pessoal!
Por gentileza, me tirem uma dúvida: voil em contato com resistência elétrica submersa pode queimar/derreter, consequentemente estragando a cerveja? Vi alguns tópicos falando em cesto de inox, mas não encontrei especificamente esta questão.
Obrigado antecipadamente!
Fernando
 
Olá pessoal,

Vou instalar uma resistência na minha panela. Tenha uma resistência de 1.5kW, a especificação diz que é de aço inoxidável isolado com oxido de magnésio MGO - tradicionais para cozinhas industriais.

Pergunto: Esse material é apropriado para a produção de brejas? Eu não entendi exatamente o termo "blindado" que foi usado aqui no post anteriormente.
 
Boa noite, pessoal!

Por gentileza, me tirem uma dúvida: voil em contato com resistência elétrica submersa pode queimar/derreter, consequentemente estragando a cerveja? Vi alguns tópicos falando em cesto de inox, mas não encontrei especificamente esta questão.

Obrigado antecipadamente!

Fernando



Sim, corre risco de derreter o voil. O ideal é ter algo separando o voil da resistência.
 
Olá pessoal,



Vou instalar uma resistência na minha panela. Tenha uma resistência de 1.5kW, a especificação diz que é de aço inoxidável isolado com oxido de magnésio MGO - tradicionais para cozinhas industriais.



Pergunto: Esse material é apropriado para a produção de brejas? Eu não entendi exatamente o termo "blindado" que foi usado aqui no post anteriormente.



Acredito que se é próprio para cozinhas deva também ser próprio para fabricacao de cerveja. Uso uma dessas.
Blindado é porque há isolação elétrica da parte que fica quente da resistência, diferente do que ocorre nas resistências normais de chuveiro.
 
Olá pessoal,



Vou instalar uma resistência na minha panela. Tenha uma resistência de 1.5kW, a especificação diz que é de aço inoxidável isolado com oxido de magnésio MGO - tradicionais para cozinhas industriais.



Pergunto: Esse material é apropriado para a produção de brejas? Eu não entendi exatamente o termo "blindado" que foi usado aqui no post anteriormente.



Esqueci de escrever , achei baixa essa potência que você falou 1500w seria para panelas de 15 litros , é só isso mesmo?
 

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