Resistência elétrica

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Sim Guenther, na verdade como usaria um termostato, pensei em usar tanto no cozimento como na fervura. Acha que daria certo?

Realmente, puxando uma fiação direto da caixa somente para isso, seria o mais indicado.
Não dá pra usar resistência em contato direto com o grão, o calor não se espalha, queima o grão, e você PERDE a leva inteira.

Resistência só pode ser usada indiretamente (HERMS) com em contato somente com mosto puro em movimento (RIMS).

Abraço,
 
Bem pensado Renato... Bom, vou ter que perguntar ao eletrcista que fez a rede da minha casa. Talvez terei que utilizar uma de cada ver ou terei que ficar ligando e desligando o disjuntor...

Será que apenas trocando um disjuntor mais "forte", tipo 40A não daria?
Cara, não fique na dúvida, chame um profissional.

É preciso saber quanto de potência será usado, calcular a amperagem, calcular a bitola dos fios baseado na amperagem, e ter disjuntores adequados para tudo isso. Com eletricidade não dá pra ficar no "será que tal coisa funciona?", é preciso ter certeza, pois pode matar, causar incêndio, etc.

Abraço,
 
Pensando agora já na aquisição das resistências, qual o melhor tipo? Tubular de imersão? Se for tubular de imersão, estou vendo que para as potências que necessitarei, seriam 3 kW e 5 kW, o que remeteria a roscas de pelo menos 1 1/4" para caber na minha panela. Aí pergunto: esse diâmetro elevado não causa dificuldade na vedação entre a rosca a a panela? Que tipo de arruela/o ring utilizam para dar vedação?

Sds,

Fabiano da Mata
 
Não dá pra usar resistência em contato direto com o grão, o calor não se espalha, queima o grão, e você PERDE a leva inteira.

Resistência só pode ser usada indiretamente (HERMS) com em contato somente com mosto puro em movimento (RIMS).

Abraço,

Guenther, qual o problema de utilizar resistência abaixo de um fundo falso sem movimentar constantemente o mosto?
 
Guenther, qual o problema de utilizar resistência abaixo de um fundo falso sem movimentar constantemente o mosto?

Não pode de jeito nenhum... eu cheguei a fazer um teste, achei que misturando na mão ia conseguir dar conta... que nada!!

Depois de um tempo misturando e achando que tava tudo sob controle.. começaram a surgir bolhas no topo.. por um segundo achei que ainda tinha ar em algum lugar... quando a primeira bolha estourou... FUMAÇA!!!!! hahahahha meu mosto tava torrando, misturar na mão com uma colher de pau não era rápido o suficiente!!!!
Consegui salvar o mosto, ficou com um sabor interessante, de fumaça mesmo, mas bem interessante.

Minha segunda versão da panela tinha um misturador de silicone girando o tempo todo ao redor da resistência... assim eu consegui resolver meu problema.

Mas não é simples... deu bastante trabalho heheheh

Abraços!!
 
Mas estava em contato com os grãos então, né? O que eu digo é ter a resistência abaixo do fundo falso...

Pergunto porque tenho uma panela assim (resistência abaixo do fundo falso).. Estou montando ela ainda.. Fiz uns testes e a minha eficiência foi ridícula.. To tentando achar o problema..
 
rafaelrick, esse sistema se eu não me engano se chama RIMS da uma pesquisada!!

Até onde eu conheço, voce precisa re-circular o mosto constantemente, puxando o liquido abaixo do fundo Falso e joga-lo sobre a cama de grãos para homogeneizar a temperatura do mosto por completo.
 
Ahhh sim, a minha estava em contato direto com os grãos mesmo!!

Você já usou montada desse jeito e não torrou, certo?

Pode ser que essa resistência esteja caramelizando o seu mosto e desnaturando enzimas.. você consegue deixar o mosto em movimento abaixo do fundo falso? Se fizer outro teste desses, faz um teste de iodo antes da sua lavagem ou da fervura... vê se converteu o açúcar..
 
Eu fui fazer o teste justamente brassando uma Oatmeal Stout.. Nem me animei de tentar fazer o teste de iodo, hehehe..

Acabou que a OG ficaria* abaixo do planejado, mesmo adicionando um pouco de mel para aumentá-la..

* Digo "ficaria" porque no final, utilizando um chiller emprestado, vazou água pra dentro do mosto e acabei jogando tudo fora.. hehe
 
Pensando agora já na aquisição das resistências, qual o melhor tipo? Tubular de imersão? Se for tubular de imersão, estou vendo que para as potências que necessitarei, seriam 3 kW e 5 kW, o que remeteria a roscas de pelo menos 1 1/4" para caber na minha panela. Aí pergunto: esse diâmetro elevado não causa dificuldade na vedação entre a rosca a a panela? Que tipo de arruela/o ring utilizam para dar vedação?

Sds,

Fabiano da Mata

Reavivando o meu post....
 
Pensando agora já na aquisição das resistências, qual o melhor tipo? Tubular de imersão? Se for tubular de imersão, estou vendo que para as potências que necessitarei, seriam 3 kW e 5 kW, o que remeteria a roscas de pelo menos 1 1/4" para caber na minha panela. Aí pergunto: esse diâmetro elevado não causa dificuldade na vedação entre a rosca a a panela? Que tipo de arruela/o ring utilizam para dar vedação?

Sds,

Fabiano da Mata
Pego mangueiras de silicone de uma bitola apropriada, corto um anel com uma faca afiada, e pronto. De qualquer maneira, nunca vi resistências cuja rosca que vai passar pelo furo da panela seja tão fina.

Abraço,
 
Sobre resistência ABAIXO do fundo falso, funciona, desde que tenha recirculação.

Resistência direto em contato com o grão, é muito difícil. Conheço equipamentos profissionais que funcionam assim, alguns bem, outros nem tanto, mas em todos é preciso de uma agitação do malte tão grande quase como um whirlpool de toda a massa de grãos, o que eu considero inviável para nossas produções, e extremamente arriscado. Já vi muitas levas serem perdidas com esse sistema.

Lembrando:

- RIMS - Recirculating Infusion Mash System - É todo o sistema com recirculação, controle de temperatura automático, que usa aquecimento direto do mosto, seja com resistência (num tubo ou abaixo do fundo falso), ou ainda mesmo com fogo direto abaixo da panela controlado por algum sistema (o John Palmer usa um sistema assim, ele me mostrou as fotos em piracicaba, que liga e desliga o fogo sozinho).

- HERMS - Heat Exchange Recirculating Mash System - É a mesma coisa, utilizando aquecimento indireto, ou seja, algo aquece a água, que aquece o mosto indiretamente.

Abraço,
 
"Sobre resistência ABAIXO do fundo falso, funciona, desde que tenha recirculação."

Sabes dizer porque exatamente tem que ter recirculação constante?
 
Eu to montando um esquema RIMS. 2 Panelas de 38 litros sendo, 1 pra mostura e outra pra fervura.
A da mostura terá uma resistência de 2000w 220v abaixo do fundo falso e ela ligada num REX-C100 (ou algum outro modelo q suporte uma amperagem maior) juntamente com um Temporizador Sestos B2E pra fazer rampas.
Porém, naum irei usar a resistência para subir a temperatura até os 67ºC... usarei o fogo pra isso. A resistência será só pra "manter" a temperatura. Eu só naum sei se 2000w naum seria mto pra esse fim... rsrsrs
 
"Sobre resistência ABAIXO do fundo falso, funciona, desde que tenha recirculação."

Sabes dizer porque exatamente tem que ter recirculação constante?

rafaelrick, se você não recircula, não garante a temperatura homogênea.
Vai haver grande diferença de temperatura do mosto ao redor da resistência até o seu sensor de temperatura.

Se a temperatura no mosto for muito alta.. adeus enzimas! Muitas se desnaturam e sua eficiência vai despencar.

Guenther, eu uso a minha resistência em contato direto com o grão e um misturador de 65RPM é mais que o suficiente para garantir o liquido homogêneo e não queimar nada. Ainda polpa o trabalho braçal de ficar misturando o mosto a toda hora! hehehheheeh

Olha uma foto:
De21p2


Abraços!
 
Pessoal, muito se falou da resistência circular de imersão para o HERMS, mas esqueci de perguntar: alguem utiliza resistência que não seja fixa à panela, que seja removível apos o processo? Ela é de baixa densidade? E é em inox? Poderia postar foto e a referencia de onde a adquiriu?

SDS e bom dia,

Fabiano da Mata
 
"Sobre resistência ABAIXO do fundo falso, funciona, desde que tenha recirculação."

Sabes dizer porque exatamente tem que ter recirculação constante?
Porque se não recircular o mosto lá embaixo vai ferver, e a parte de cima, com grão, vai continuar fria, criando um monte de problemas desde a desnaturação das enzimas, até caramelização do mosto, e por aí vai.

E não, não vai adiantar mexer os grãos com uma colher pois não tem como mexer abaixo do fundo falso.
 
Eu to montando um esquema RIMS. 2 Panelas de 38 litros sendo, 1 pra mostura e outra pra fervura.
A da mostura terá uma resistência de 2000w 220v abaixo do fundo falso e ela ligada num REX-C100 (ou algum outro modelo q suporte uma amperagem maior) juntamente com um Temporizador Sestos B2E pra fazer rampas.
Porém, naum irei usar a resistência para subir a temperatura até os 67ºC... usarei o fogo pra isso. A resistência será só pra "manter" a temperatura. Eu só naum sei se 2000w naum seria mto pra esse fim... rsrsrs
Eu uso 1600 watts para uma panela de mosturação de 50 litros, e tô bem satisfeito com a potência. Antes testei uma de 1000, e tinha ficado um pouco fraca.

Abraço,
 
To pensando em comprar esse REX C100 pra controlar minha bassagem.. Uso uma resistência de 2000W em uma panela para 15L (panela de mostura e fervura).

Esses 2000W para manter a temperatura da mostura é muita coisa, mas esse controlador acabaria com esse problema, né?

Pensei primeiramente em comprar um potenciômetro e continuar usando meu TIC, mas o preço desse REX tá muito bom..
 
Eu uso um desses, que eu me lembro ele aguenta 5a ou 6a por isso em casa eu uso junto com um contator
 
Pessoal, muito se falou da resistência circular de imersão para o HERMS, mas esqueci de perguntar: alguem utiliza resistência que não seja fixa à panela, que seja removível apos o processo? Ela é de baixa densidade? E é em inox? Poderia postar foto e a referencia de onde a adquiriu?

SDS e bom dia,

Fabiano da Mata

Reavivando o post.
 
Fdamata, eu também tava bem afim de saber isso... Existem umas resistências de imersão sobre borda, que vai apoiada na panela. O fato de não ter que furar a panela seria um alívio pra mim, que sou péssimo nesse tipo de trabalho manual.

To pensando em mandar fazer uma, com a aste que de a altura da panela, com a parte circular no fundo. Só não sei se tem como por a resistência mesmo só na parte circular do fundo, assim daria o efeito de uma resistência fixa no fundo da panela, com a praticidade de poder retirar quando necessário e sem riscos de vazamento.
 
Esses controladores normalmente acionam um relé SSR, no caso esse REX C100 ele faz exatamente isso.

Então a potência da resistência de aquecimento só depende do relé SSR que vocês escolherem.
Por ex esse: http://www.aliexpress.com/item/FREE-SHIPPING-Industrial-FOTEK-Solid-State-Relay-SSR-40A-with-Protective-Flag/638931207.html aguenta 40A.

Mas precisa de um dissipador, que pode ser esse:
http://www.aliexpress.com/item/Single-phase-ssr-solid-state-relay-radiator-radiator-fan-aluminum-profile-t-radiator/1121656223.html

Outros cuidados pra se tomar são:
  • Tensão de trabalho, se é 110(127)V ou 220V
  • Ponta do sensor (probe), se vai ser fixado por furação na panela, preferencialmente deve ser de inox e com rosca.
  • Tipo do sensor, que deve ser igual ao que o controlador suporta (RTD, Termopar tipo K, etc...)

O sensor do modelo que o eduatletico colocou não parece ser vedado.. então não poderia ficar imerso.
Digo isso pq parece com um modelo que comprei uma vez, pra vedá-lo, tive que colocar silicone por dentro.

Esse parece ser para imersão, mas é bom perguntar pro vendedor
http://www.aliexpress.com/item/Meat-Temperature-Probe-Sensor-RTD-A-Class-Pt100-Food-Temperature-Sensors-200-C-to-450-C/584461164.html

E já vem com a porca.. só precisa instalar na panela com um o-ring ou algo do tipo!

Pessoal, não fiz pesquisa de preços, só peguei os primeiros modelos que achei no AliExpress pra mostrar de exemplo pra vocês!
No ebay as vezes é mais fácil conseguir essas informações.

Abraços!!
 
rafaelrick, se você não recircula, não garante a temperatura homogênea.
Vai haver grande diferença de temperatura do mosto ao redor da resistência até o seu sensor de temperatura.

Se a temperatura no mosto for muito alta.. adeus enzimas! Muitas se desnaturam e sua eficiência vai despencar.

Guenther, eu uso a minha resistência em contato direto com o grão e um misturador de 65RPM é mais que o suficiente para garantir o liquido homogêneo e não queimar nada. Ainda polpa o trabalho braçal de ficar misturando o mosto a toda hora! hehehheheeh

Olha uma foto:
De21p2


Abraços!
Ficou legal Luis, mas sinceramente, eu acho uma tralha absurdamente grande e incômodo pra colocar, tirar, conectar, limpar, mover, comparando com outras opções onde não é preciso fazer nada, como a recirculação, e, claro, sempre tendo o risco de queimar o malte. Eu sei que funciona pra ti e nunca deu problema, mas acredite, já vi sistemas profissionais que, mais cedo ou mais tarde, fazem perder uma leva.

Na grande maioria dos casos, não existe necessidade nenhuma de ficar mexendo no malte, além do que, ficar mexendo o tempo inteiro simplesmente acaba com a formação da cama de grãos.

Abraço,
 
Pessoal, muito se falou da resistência circular de imersão para o HERMS, mas esqueci de perguntar: alguem utiliza resistência que não seja fixa à panela, que seja removível apos o processo? Ela é de baixa densidade? E é em inox? Poderia postar foto e a referencia de onde a adquiriu?

SDS e bom dia,

Fabiano da Mata

Vou fazer a pergunta diferente então: Qual o tipo e potência de resistência utilizada e essas resistências são para qual volume de batelada?

Sds,

Fabiano da Mata
 
Uma questão me surgiu agora: posso ligar uma resistência 220v em rede 110v sem problemas né? O contrário é que queima até onde eu entendo.

Nesse caso, como eu cálculo a perda de potência que vai ocorrer? Ligando uma de 2000W 220v em rede 110v, quantos watts de potência eu teria?
 
Uma questão me surgiu agora: posso ligar uma resistência 220v em rede 110v sem problemas né? O contrário é que queima até onde eu entendo.

Nesse caso, como eu cálculo a perda de potência que vai ocorrer? Ligando uma de 2000W 220v em rede 110v, quantos watts de potência eu teria?
Fórmulas...

R = Resistência (Ohms)
V = Tensão (voltagem)
I = Corrente (amperagem)
P = Potência (watts)

I = P / V
I = 2000 / 220
I =~ 9,09 Amperes (corrente que a resistência puxa a 220)

R = V / I
R = 220 / 9,09
R = 24,2 Ohms

A resistência em Ohms da resistência de 2000 watts é constante, ou seja, continua a mesma se tu ligar em 110 ou 220, então:

P = V² / R
P = 110*110 / 24,2
P = 500 watts

Ou seja, uma resistência de 2000 watts cai pra 500 watts se ligado em 110 volts. Uma de 5000 watts cairia pra 1250 watts.

Ou seja, cai pra menos de 1/3. Lembrando, esse cálculo foi baseado em 110v. Tem lugares que é 127v, aí normalmente cai pra 1/3.

Abraço,
 
HEhehehehhe Guenther, é verdade! deu MUITO trabalho montar tudo isso.. usar nem tanto, pq tem presilhas rápidas dos lados.. mas é uma trabalheira mesmo.
Mas manter o mosto em constante movimentação é bom para homogeneizar a temperatura e garantir que as enzimas ajam uniformemente. Usando ou não bomba eu recomendo que fique em constante movimentação.

Fdamata
Eu nunca usei, mas existem lojas/empresas que fazem resistência sob medida, é bem fácil de achar, procura no catálogo e vê que opções e preços eles tem.
A densidade varia de acordo com o tamanho da resistência, mas é só vc pegar um modelo com mais voltas de resistência que vc garante que seja de baixa densidade. Ao pedir pra fazer vc pode avisar isso. É bem normal que esse pessoal trabalhe com inox, normalmente restaurantes e empresas que usam isso, praticamente só usam inox.
Essas medidas de Watts por Litro de batelada, dá uma lida nas msgs do Guenther, ele já tem experiência nisso e deu umas referências boas.

Diego, pra ver a equivalência vc usa 2 fórmulas P=V*I e V=R*I.
Se a resistência é de 2000W em 220V, ficaria:
(P=V*I) 2000=220*I; I = 9,09
com isso calculamos o valor em Ohms da resistência:
(V=R*I) 220=E.9,09; R=24 Ohms

Usando em uma tensão de 127V vc usa ao contrário:
(V=R*I) 127=24*I; I = 5,29A
e a potência fica em:
(P=V*I) P=127*5,29; P=672W

Fica aproximadamente 1/3 do valor original...
 
Boa tarde a todos.
Aproveitando que algumas pessoas fizeram comentários sobre a necessidade de aterramento no uso de resistências para aquecer panelas, vou tentar dar algumas dicas sobre o assunto.
Peço desculpas aos que sabem mais, mas tentarei ser o mais rasteiro possível, para os que não sabem nada sobre o assunto também possam acompanhar a explicação.
Para falar sobre o assunto eu preciso explicar o que é aterramento.
As usinas geram energia elétrica em tensões diferentes das que usamos, mas vamos considerar apenas a energia já transformada em 127 V ou 220 V.
Essa energia elétricas é gerada com 4 pontas de fio, onde 3 delas são fases e uma elas é neutro.
Essa ponta neutra além de ser enviada para a rede elétrica de distribuição, também é ligada a uma haste cobre enterrada no chão a grande profundidade. A essa ação se chama aterramento (ligar na terra ou no chão).
Como a energia elétrica circula entre polos, ela pode circular de fase para outra fase ou de fase para neutro, mas nunca de neutro para neutro, porque a energia gerada só tem uma ponta neutro. Como a ponta neutro está ligada ao chão, é por isso que não tomamos choque quando pegamos nela, mesmo que estejamos descalços. É como se estivéssemos pegando apenas em uma ponta de fio e não existe a forma de ocorrer um circuito elétrico. Já se pegamos em uma ponta fase e estamos, de alguma forma, em contato com o chão, a energia contida no circuito, circulará do fio fase, passando pelo nosso corpo e descarregando no chão, onde também existe um fio ligado. A passagem dessa energia é o choque elétrico.
Aqui eu preciso dar uma parada e explicar como são as resistências elétricas. (eu não achei uma foto melhor, mas por favor tentem imaginar essa mola como as voltas de fio dentro do cano de inox).
As resistências são feitas de fios de material mau condutor e que aguentam altas temperaturas, como o níquel cromo, por exemplo. Esses fios aquecem com a passagem da energia elétrica.
As espiras da resistência não se encostam, nem umas nas outras, nem na carcaça de inox. O problema é que as vezes, por causa do aquecimento, elas acabam encostando nessa carcaça em algum ligar da bobina. É aqui que precisamos prestar o máximo de atenção na explicação.
Imaginem que a ponta A da bobina está ligada no fio neutro e a ponta B está ligada no fio fase. Caso a parte que encostar na carcaça for mais próxima a ponta A, a parte que vai estar encostada na carcaça e por conseguinte na panela, será o neutro, por isso mesmo que peguemos nessa panela e estejamos com pés descalços, não levaremos choque. Já se a ponta que está encostada na carcaça de inox for a ponta B, tanto essa resistência, quando a panela toda vai ficar dando choque, caso estejamos em contato com o chão (parede, porta de metal, mesa metálica ou qualquer coisa que conduza eletricidade).
A B

E onde é que entra o aterramento?
O aterramento é a ligação de um fio ligado a panela, que está junto a resistência, até alguma parte metálica que esteja em bom contato com o chão. Geralmente usa-se uma haste de metal enterrada no chão, para dar um bom contato, quanto melhor esse contato, melhor será o aterramento.
Então caso uma resistência esteja com o fio fase encostando na carcaça e nessa panela exista um fio terra ligado a ela, devidamente ligado a haste de aterramento também, mesmo que peguemos na panela, a energia elétrica vai dar preferência de circular através desse fio e não pelo nosso corpo, já que a condutividade do fio é muito maior que do nosso corpo e por isso não levaremos choque.

Precisamos fazer algumas observações sobre o assunto.
A primeira é que essa coisa de uma ponta A ou uma ponta B encostar na carcaça é didática e quase nunca as coisas acontecem assim. É mais comum a parte do meio encostar e por isso tanto faz o lado que a fase estiver que a panela vai dar choque de qualquer forma. Por exemplo, se ela encostar a 30 % da ponta fase, levaremos um choque de 30% da tensão da nossa rede (127 ou 220 V), se for a 50%, o raciocínio é o mesmo.
Outra observação é que se acontecer de uma ponta encostar e nessa ponta estiver ligada a fase, para pararmos o choque elétrico basta invertermos os pinos da tomada e onde estava ligado a fase vai ser ligado o neutro e a panela vai parar de dar choque.
Outra observação é que não é comum acontecer esse tipo de problema com as resistências de boa qualidade. Geralmente elas duram vários anos sem dar problema, até porque as condições que usamos são muito boas, elas não aquecem muito e nem ficam ligadas muito tempo. Ninguém faz cerveja todo dia.
Por fim, a ultima observação é que mesmo que a panela esteja dando choque e nela não esteja ligado nenhum fio terra, não levaremos choque se estivermos isolados do chão e das paredes. Calçados e sem encostar em lugar nenhum.

Espero ter podido desmistificar um pouco esse assunto, que geralmente gera tantas dúvidas na maioria.

Um grande abraço a todos,

Alexandre
 

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Só resumindo, se algum fio fase estiver encostando na panela (seja por problema na resistência ou instalação), essa energia vai descarregar assim que ela for aterrada.

Se nós formos o terra, essa energia vai passar por nós (choque).

Se ela estiver aterrada em um terra de verdade, a chance é muito menor pois a energia sempre segue o caminho mais fácil, e no caso, um terra de verdade é um condutor muito melhor do que nosso corpo (quem quiser olhar algo interessante, pesquise sobre as gaiolas de Faraday).

Abraço,
 
Esses controladores normalmente acionam um relé SSR, no caso esse REX C100 ele faz exatamente isso.

Então a potência da resistência de aquecimento só depende do relé SSR que vocês escolherem.
Por ex esse: http://www.aliexpress.com/item/FREE-SHIPPING-Industrial-FOTEK-Solid-State-Relay-SSR-40A-with-Protective-Flag/638931207.html aguenta 40A.

Mas precisa de um dissipador, que pode ser esse:
http://www.aliexpress.com/item/Single-phase-ssr-solid-state-relay-radiator-radiator-fan-aluminum-profile-t-radiator/1121656223.html

Outros cuidados pra se tomar são:
  • Tensão de trabalho, se é 110(127)V ou 220V
  • Ponta do sensor (probe), se vai ser fixado por furação na panela, preferencialmente deve ser de inox e com rosca.
  • Tipo do sensor, que deve ser igual ao que o controlador suporta (RTD, Termopar tipo K, etc...)

O sensor do modelo que o eduatletico colocou não parece ser vedado.. então não poderia ficar imerso.
Digo isso pq parece com um modelo que comprei uma vez, pra vedá-lo, tive que colocar silicone por dentro.

Esse parece ser para imersão, mas é bom perguntar pro vendedor
http://www.aliexpress.com/item/Meat-Temperature-Probe-Sensor-RTD-A-Class-Pt100-Food-Temperature-Sensors-200-C-to-450-C/584461164.html

E já vem com a porca.. só precisa instalar na panela com um o-ring ou algo do tipo!

Pessoal, não fiz pesquisa de preços, só peguei os primeiros modelos que achei no AliExpress pra mostrar de exemplo pra vocês!
No ebay as vezes é mais fácil conseguir essas informações.

Abraços!!

Luis!! Cara!! Tava comprando já tudo ! Kkkkkk

Assim, se eu comprar esse REX, eu consigo adaptar/trocar/encaixar esse SSR Fotek q vc passou aí ? E esse sensor PT100 ? Naum sei se e compatível com o REX.... como sei ? Cada PID tem um tipo de compatibilidade?

Desculpa se as perguntas são mto amadoras, mas naum manjo NADA disso...rsrsrs

Abraço!
 
Valeu, mestres da elétrica cervejeira! É que na loja em Curitiba que liguei pra fazer a cotação o cara me disse que eu poderia pegar uma de 220v mais potente, ai quero saber que conta fazer pra chegar nos 1000W em 110v (na verdade acabei de ler na conta de luz e é 127v aqui). Em resumo, uma resistência de 3000W 220v vai me dar os 1000W em 127v que eu preciso pra minha panela de 12L.

O cara ainda me disse que se eu levar a panela ele instala pra min a resistência, fura a panela e tudo. Como sou mando das mãos com esse tipo de trabalho, foi um achado. E ainda fica mais em conta do que mandar fazer do jeito que eu queria, de sobre borda sem aquecimentos na haste.
 
Pessoal, achei uma fábrica de resistências aqui em BH e estou em contato direto com eles. As minhas panelas são de alumínio e não estou querendo fazer mais furos nela, logo estou bolando uma resistência de sobreborda. Desenhei e estou querendo mandar para orçamento, porém gostaria da opinião de vocês a respeito delas para que se der jogo ($$$) eu mande executar.

A intenção é que elas fiquem afastadas do fundo uns 4 cm. A de 3 kW será usada em uma panela de 36 cm de altura e 40 cm de diâmetro. Já a de 5 kW será usada em uma panela de 43 cm de altura e 45 cm de diâmetro.

Segundo o colega da fábrica daria para fazer elas com densidade menores que 7 W/cm². O que acham?

As tubulares de imersão de 3 e 5 kW sairiam por R$ 150,00 em inox e com rosca de 1 1/4".

E então, qual a opinião de vocês?

Sds,

Fabiano da Mata
 

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Fabiano, quanto ao desenho, é bem o que eu estava pensando pra minha panelinha. A minha tem 23cm de altura, pensei em deixar 1cm de distancia da resistência pro fundo da panela. Inclusive quanto à zona fria, pendei da mesma forma. Acabei mudando de idéia pois o cara da loja onde liguei ofereceu de instalar a resistência na panela pra mim.

A de 3000w é pra mostura/Herms e a de 5000W é pra fervura?
 
Casa das Resistências, em Curitiba/PR.

Tu não quer fazer mais furos na panela, ou é que nem eu e tem medo de fazer errado? Se for a segunda opção, veja se não acha uma loja que instale pra ti.
 
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