Dry Hopping

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Opa!

Rodrigo, com um duplo dry-hop as cervejas precisam de um pouco de maturação para arredondar e perder aquele gosto de lúpulo verde, principalmente para nós aqui que temos acesso praticamente apenas a lúpulo em pellet, então é perfeito o timing que tu tem no final. Quando a minha fermentação está praticamente no final eu subo a temperatura para uns 22 ou 23 graus, coloco o primeiro dry-hop, espero uns 7 dias e coloco o segundo dry-hop, na mesma proporção. Depois de uns 5 dias eu resfrio a cerveja e coloco algum clarificante (gelatina) e deixo ela assim por mais uns 2 ou 3 dias antes de envasar. Nessa etapa ela precisa arredondar um pouco (uns 15 dias ou mais) para perder a característica forte de lúpulo verde.

Sobre introduzir oxigênio, não acredito ser um problema. É pior quando se usa lúpulo em flor, mas os pellets são tão compactos que não tem como introduzir muito oxigênio com eles. Nunca foi um problema para mim. Eu tenho umas IPAs guardadas por 2 anos ou mais e mesmo assim elas ainda possuem um aroma bem agradável depois de todo esse tempo. Como o lúpulo e o pouco de malte crystal (melanoidinas) que eu uso possuem capacidade redutora eles ajudam a preservar essas cervejas.

E sobre o tipo de lúpulo para usar, eu gosto de seguir a escola da costa oeste dos EUA, que foram os inventores do estilo. Eles sempre dão preferência a lúpulos com % de AA alta. Essas variedades possuem uma quantidade de óleos essenciais mais alta e são muito bons para dry-hop. Essa minha imperial IPA que o Sewald mencionou tinha dry-hop com Simcoe (12,8% AA), Columbus (14,6% AA) e Centennial (9,6% AA).

Dry-hop não tem erro, é só usar os lúpulos certos! E recomendo muito guardar amostras da cerveja para ir provando como ela vai arredondando com o tempo. As melhores cervejas com dry-hop que eu fiz ficaram melhores 3 meses depois de prontas.

Abraço!

Hades, pelo que entendi tu deixa esse gosto de lúpulo verde desaparecer dentro da garrafa mesmo, depois de 15 dias de engarrafada?

Pela tua descrição, o processo inteiro demora menos de 30 dias dias contando fermentação e maturação. Tu disse que deixava somente uns 3 dias a temperatura mais baixa para clarificar. Então a tua maturação seria ao mesmo tempo da fermentação secundária e o dry hopping? Não tem necessidade de maior tempo de maturação a baixas temperaturas?

Tu coloca o lúpulo direto no fermentador ou usa hopbag? Tu deixa o primeiro dry hopping por somente 7 dias e retira o lúpulo ou só faz acrescentar o segundo e deixa tudo junto?

Abraço.
 
Isso, o lúpulo verde desaparece dentro da garrafa ou do barril. Nesses 15 dias o barril e/ou as garrafas ficam geladas, já que eu não faço priming.

Eu não maturo nenhuma IPA.

O lúpulo eu coloco direto no fermentador, sem hop bag nem nada. Depois o lúpulo vai todo pro fundo, mesmo sem gelar! Se colocar gelatina antes de gelar nesses 3 dias ela acaba ajudando a solidificar aquela massa de trub com lúpulo que fica no fundo.
 
Isso, o lúpulo verde desaparece dentro da garrafa ou do barril. Nesses 15 dias o barril e/ou as garrafas ficam geladas, já que eu não faço priming.

Eu não maturo nenhuma IPA.

O lúpulo eu coloco direto no fermentador, sem hop bag nem nada. Depois o lúpulo vai todo pro fundo, mesmo sem gelar! Se colocar gelatina antes de gelar nesses 3 dias ela acaba ajudando a solidificar aquela massa de trub com lúpulo que fica no fundo.

Hades, e se eu fizer o priming na garrafa? A gelatina seria um problema? Tem perigo de não carbonatar? O que preciso fazer para dar certo usando a gelatina e fazendo o priming em garrafa. Não tenho post mix ainda.
 
Alguém por aqui já utilizou aquela técnica de fazer o dry hopping com chá de lúpulo? Ao invés de adicionar o lúpulo diretamente, ferve-se a água para esterelizar, espera esfriar um pouco e adiona o lúpulo?
Se alguém fez quais foram os resultados?
 
David,
Utilizei o chá em uma american amber ale. O processo foi esse que vc descreveu, fiz a infusão do lúpulo após a fervura da água, resfriei na geladeira até temperatura ambiente e adicionei na cerveja em maturação.
Inicialmente ficou legal, mas não gostei dos resultados ao longo do tempo porque achei que o aroma volatilizou muito rápido. O lado bom é que é fácil de fazer!
 
Tinha pensado em utilizar o chá pq fermento e maturo em baldes com torneira, e o lúpulo entope geral. Mas acho que vou comprar um sifão e deixar assim como está, lúpulos direto no balde que fora o entupimento dá um resultado muito legal. Obrigado.
 
Alguém por aqui já utilizou aquela técnica de fazer o dry hopping com chá de lúpulo? Ao invés de adicionar o lúpulo diretamente, ferve-se a água para esterelizar, espera esfriar um pouco e adiona o lúpulo?
Se alguém fez quais foram os resultados?

Esse é o método que usamos para fazer o dry hopping da Green Cow... :fro:
 
Esse é o método que usamos para fazer o dry hopping da Green Cow... :fro:

Léo a Green Cow só ou a Holy tb?

A ideia básica é o máximo de lúpulo na menor quantidade de água possível para o chá ficar bem forte?

Se for usar mais de um lúpulo, o ideal seria fazer vários chás, ou uma infusão com todos?

Adicionar de 4 a 5 dias ou como foram extraídos os óleos pode se deixar mais tempo?
 
Léo a Green Cow só ou a Holy tb?

A ideia básica é o máximo de lúpulo na menor quantidade de água possível para o chá ficar bem forte?

Se for usar mais de um lúpulo, o ideal seria fazer vários chás, ou uma infusão com todos?

Adicionar de 4 a 5 dias ou como foram extraídos os óleos pode se deixar mais tempo?

Usamos esse método somente na GC. Na HC o dry hopping é feito no final da fermentação a uma temperatura intermediária entre fermentação/maturação (11ºC), com uma quantidade maior do que a Green Cow.

O chá tem o diferencial de ser como uma essência, logo, se blenda facilmente na cerveja finalizada. Não há necessidade de se aguardar 4-5 dias para o álcool da cerveja fazer qualquer extração pois a mesma já foi feita com o uso da temperatura (água quente). Se o objetivo é apenas extrair aroma e flavor, é importante evitar fazer o chá com água fervendo, pois pode ocorrer alguma isomerização.

Quanto ao uso de um ou mais lúpulos, isso vai depender do tamanho do chá que você vai fazer. Se for muito grande e não couber no recipiente que você está utilizando para filtrar (seja ele um tea bag ou uma prensa francesa), o negócio é dividir.

Uma vez feito o chá, o negócio é adiciona-lo imediatamente à cerveja. Quanto mais tempo se espera, mais óleos serão volatilizados. Dependendo da relação volume de chá versus volume de cerveja, pode-se adicionar o chá quente mesmo, não precisa se preocupar em esfriar pois a quantidade de chá é tão pequena que não vai esquentar a cerveja.

Lembrando que o lúpulo, apesar de ter no máximo 1.5% de sua massa composta de óleos essenciais (ou seja, muito pouco), existem diversos tipos deles e os mesmos são muito intensos. Quando fazemos dry hopping tracicional (pellets no fermentador), quanto mais tarde for este dry hopping, mais estaremos valorizando compostos mais voláteis. Para algumas escolas (como a alemã, por exemplo), esta técnica favorece alguns compostos indesejáveis do lúpulo. Quando fazemos chá hopping, alguns destes compostos são volatilizados em favor de outros compostos que se escondem no segundo plano dos aromas, que teriam dificuldade de aparecer em um dry hopping tradicional. O negócio é experimentar com as variáveis que se tem na mão (temperatura versus tempo de extração no álcool, tempo de extração em água quente, quantidade de lúpulo, variedade de lúpulo utilizada, dry hopping na fermentação ou na maturação). Como disse anteriormente, não há um único jeito "certo" de se fazer. Depende do que se está buscando na cerveja.


Logo, dry hopping é um esforço de experimentação por parte do cervejeiro. Com um resultado sempre amargo :D
 
Quem tem experiência fazendo dry hopping com o lúpulo jogado direto no bade durante a maturação? Estou fazendo assim numa Black IPA. Até tenho vários voils aqui mas quis experimentar. Pelo que tinha lido, era esperado que o lúpulo decantasse todo no balde mas depois de 3 dias ainda tem uma grande cama de lúpulo no topo da cerveja. Não dá para ver quase nada da cerveja de tanto lúpulo. Não dá para ver também o quanto decantou e nem se decantou pois a cerveja é preta e o balde não é transparente o sucficiente.

Esse lúpulo vai decantar mesmo? Estou achando que não!

Meu plano inicial era de fazer um sinfonamento da cerveja para outro balde para misturar com o açúcar do primming (vou engarrafar) e poder se livrar da matéria verde do lúpulo. Vou usar uma ou duas camadas de voil na ponta do auto sifão para tentar filtrar o lúpulo.

O que acham?
 
Rodrigo, você fez o dry hopping em que temperatura? Uma das causas que podem levar a esse comportamento é adicionar o lúpulo com a cerveja gelada.
 
Rodrigo, você fez o dry hopping em que temperatura? Uma das causas que podem levar a esse comportamento é adicionar o lúpulo com a cerveja gelada.

Tirei a cerveja da maturação a 2 graus e fiz a transfega. Fiz o dry hopping no novo balde. A intenção era de fazer o dry hopping a 18 graus mas no começo ela tava mais gelada mesmo. Não devia estar a 2 graus pelo tempo que ficou fora da geladeira mas devia estar com uns 10 graus no máximo. Preciso fazer algo ou deixa assim mesmo? Tava pensando em sanitizar a colher que uso na brassagem para mexer um pouco (de leve para não aerar a cerveja), até para ver se extrai melhor também os aromas e se o lúpulo decanta.
 
Muito bom ler relatos de diversas experiências e técnicas de Dry Hopping.

Esse sábado pretendo fazer minha primeira brassagem. Vai ser uma American IPA. Planejei fazer um Dry Hopping de 4 dias com 2,5g/l de Centennial no tanque de maturação mas em temperatura de fermentação mesmo. Em tese, isso já está decidido, só falta decidir se vou jogar os pellets direto na cerveja ou vou colocar numa hop bag.
 
A minha última utilização da técnica foi em uma APA, eu usei em torno de 2 g/l de amarillo. Fiz no final da fermentação secundária, deixando a temperatura até um pouco acima da de fermentação (em torno de 21-22 ºC) durante 4 dias e mais 4 dias em torno de 2ºC.
Ficou muito bom. Parecia suco de maracujá. Todos que provaram a cerveja identificaram isto no aroma e no sabor já no primeiro gole.
Eu uso uns hop bag´s que a patroa fez com voil. Costumo não encher muito o hop bag pois o lúpulo incha muito e se ficar muito apertado vai dificultar a extração dos óleos essenciais. Também coloco um peso (bola de gude) no saquinho para mante-lo submerso.
 
Rodrigo, é possível que mexer ajude. Se você tiver condições, também pode transferir a cerveja para outro fermentador, tirando o líquido por baixo, e descartar a parte de cima.
 
Fiz o que tava planejando. Abri o balde da Black IPA e usei a colher sanitizada para mexer na camada de lúpulo di dry hopping que ficou no topo. No dia seguinte a camada já era visivelmente menor mas a cerveja começou a sair com bastante pedaço de lúpulo pela torneira do balde. Nos dias anteriores a cerveja tava saindo limpinha. Vou baixar a temperatura para ver se ajuda a decantar melhor esse lúpulo e vou manter o plano de sifonar a cerveja para outro balde usando umas 2 ou 3 camadas de voil na ponta do auto sifão para filtrar o lúpulo.

Interessante é que usei 7.5g/l de lúpulo (Simcoe, Citra e Galaxy) nesse dry hopping e o aroma tá ficando bem gostoso. Esperar para sentir depois de pronta.
 
Vou baixar a temperatura para ver se ajuda a decantar melhor esse lúpulo e vou manter o plano de sifonar a cerveja para outro balde usando umas 2 ou 3 camadas de voil na ponta do auto sifão para filtrar o lúpulo.

Rodrigo, eu fiz exatamente isso quando fiz a minha IPA. Eu fiz o dry hopping com o lúpulo solto mesmo, ficou algum boiando, e bastante em suspensão ainda. Mas como eu tava usando uns galões de água pra maturar e não tinha torneira eu usei o sifão e coloquei um pedaço de voil na ponta e funcionou perfeitamente.

Vai com fé que dá! :)
 
Fiz o que tava planejando. Abri o balde da Black IPA e usei a colher sanitizada para mexer na camada de lúpulo di dry hopping que ficou no topo. No dia seguinte a camada já era visivelmente menor mas a cerveja começóu a sair com bastante pedaço de lúpulo pela torneira de baixo do balde. Nos dias anteriores não a cerveja tava saindo limpinha. Vou baixar a temperatura para ver se ajuda a decantar melhor esse lúpulo e vou manter o plano de sifonar a cerveja para outro balde usando umas 2 ou 3 camadas de voil na ponta do auto sifão para filtrar o lúpulo.

Interessante é que usei 7.5g/l de lúpulo (Simcoe, Citra e Galaxy) nesse dry hopping e o aroma tá ficando bem gostoso. Esperar para sentir depois de pronta.

7,5 g/litro????
Não ficou com gosto do pellet?

Normalmente uso 2g/litro. Nas duas últimas usei 4g (2 no descanso e 2 na maturação), uma delas ficou com um gosto levemente desconfortável de grama.
Em outras uso 1g/litro.
:tank:

Att.

Rodrigo T Pereira
Torres/RS
 
7,5 g/litro????
Não ficou com gosto do pellet?

Normalmente uso 2g/litro. Nas duas últimas usei 4g (2 no descanso e 2 na maturação), uma delas ficou com um gosto levemente desconfortável de grama.
Em outras uso 1g/litro.
:tank:

Att.

Rodrigo T Pereira
Torres/RS

RodrigoTPereira, na AIPA que fiz usei 6,5g litro de lúpulo e não tive problema de gosto ou aroma excessivamente vegetal ou herbáceo na cerveja. Dizem que acontece mas que fica mais perceptível nos primeiros dias. Esperando uma a duas semanas dentro da garrafa isso vai embora. Nessa Black IPA eu quiz aumentar um pouco a proporção para ver no que dá. Daqui a 10 dias eu digo. Engarrafei hoje. Rsrsrsrsrs.

Essas proporções maiores de dry hopping se usa em estilos americanos para ter um aroma mais intenso. Já vi relatos de usarem 2, 3 ou 4 vezes isso que usei. Nunca fiz com tanto! Em estilos Belgas pro exemplo não faz sentido usar tanto. Fico nos 2,5g por litro no máximo.
 
7,5 g/litro????
Não ficou com gosto do pellet?

Normalmente uso 2g/litro. Nas duas últimas usei 4g (2 no descanso e 2 na maturação), uma delas ficou com um gosto levemente desconfortável de grama.
Em outras uso 1g/litro.
:tank:

Att.

Rodrigo T Pereira
Torres/RS

Nenhum problema com 7.5g por litro de lúpulo no dry hopping nessa Black IPA RodrigoTPereira. O aroma ficou bem intenso e gostoso. Esperei duas semanas para abrir a primeira garrafa.
 
Fiz uma APA, que transferi hj para o barril e o amargor (ou falta dele) não me agradou nenhum pouco ... acho q a fervura muito fraca pode ter ajudado nisso

mas para consertar, estou pensando em fazer um chá de lupulo e adicionar.

Tenho lupulo saaz em casa, acham que fica bom ou seria melhor usar um centinnial ou cascade?
Estava pensando em usar algo em torno de 1g/l no caso no saaz, pois não tenho noção o qto isso vai ajudar no amargor.
 
Ferve o lúpulo em água por uns 30min. Depois coe e adicione aos poucos na cerveja, provando sempre para avaliar o resultado. Descarte o resto do chá quando chegar ao amargor desejado.

Pra fazer uma estimativa grosseira da contribuição do chá no amargor, você pode fazer o seguinte cálculo:

IBU = 2,5 X (gramas de lúpulo) X (% alfa ácido) / (litros de cerveja)

E para saber a quantidade de lúpulo a adicionar:

gramas de lúpulo = IBU X (litros de cerveja) / 2,5 / (% alfa ácido)

Esse é cálculo de padeiro considerando 25% de utilização.
 
A minha última utilização da técnica foi em uma APA, eu usei em torno de 2 g/l de amarillo. Fiz no final da fermentação secundária, deixando a temperatura até um pouco acima da de fermentação (em torno de 21-22 ºC) durante 4 dias e mais 4 dias em torno de 2ºC.
Ficou muito bom. Parecia suco de maracujá. Todos que provaram a cerveja identificaram isto no aroma e no sabor já no primeiro gole.
Eu uso uns hop bag´s que a patroa fez com voil. Costumo não encher muito o hop bag pois o lúpulo incha muito e se ficar muito apertado vai dificultar a extração dos óleos essenciais. Também coloco um peso (bola de gude) no saquinho para mante-lo submerso.

Olá,

Eu estou pensando em usar como hop bag aqueles filtros para bomba de chimarrão. Acho que vai facilitar o trabalho, pois assim não preciso costurar um hop bag, nem pagar caro em um pronto.

Alguém já usou estes filtros no dry hop? Deu certo?

img_MN1242_foto_1.jpg
 
Já usei. Vais ter que fazer uma penca de camisinhas.
 
dry hopping é que nem neston - tem 1001 maneiras de fazer. Tem gente que estuda estilos de cerveja, uns que resolvem brassar todas as cervejas do BJCP (lembrei do Jamil agora...). Na Seasons a gente resolveu explorar o lado do lúpulo...

Cha de lúpulo, DH na maturação, fermentação, em linha, flor, pellet, mash hopping, wet hopping... Já experimentamos de tudo. Algumas são mais eficientes em extrair certos compostos do lúpulo do que outras, mas no final é a sua receita que vai pedir um determinado regime de dry hopping.

Por exemplo, o popular dry hopping de uma semana extrai potencialmente mais óleos do que o dry hopping de 2-3 dias. A contrapartida é que alguns óleos mais voláteis (i.e. Mirceno, geraniol, etc.) não são muito bem preservados por serem muito delicados. Pra esses, um dry hopping curto é mais benéfico. Um duplo dry hopping para completar uma receita com uma gama maior de óleos essenciais as vezes pode ser uma boa... Em resumo, não tem melhor: tem a técnica mais adequada para a sua receita.
 
Opa!! Muita informação valiosa aqui ...

Aproveitando, vamos ver se alguém pode esclarecer algumas dúvidas que tenho em relação ao dry hopping em barril/keg.

- A alta pressão tem algum efeito negativo na extração dos compostos do lúpulo?
- Posso usar uma hop bag ou devo fazer um chá? Vi muitos vídeos gringos em que se usa a hop bag nos corny kegs, mas não sei se isso funcionaria bem pros kegs comerciais, uma vez que tem o sifão bem no meio. Acredito também que não se deva jogar os pellets diretamente no keg, com risco de entupimento do sifão.
- Como eu utilizo torneira picnic, normalmente preciso aliviar a pressão do barril e setar uma pressão baixa apenas para servir. Sempre que eu aliviar a pressão do barril estarei jogando 'fora' os compostos aromáticos que se desprenderam do líquido?

Desculpem pelas múltiplas perguntas, mas dei uma boa procurada nos fóruns e não encontrei nada relacionado. Valeu!!
 
Excelente relato @leosewald !! A comunidade agradece :D

Você teria algum parecer sobre First Wort Hopping VS. Mash Hopping? Só encontro informações controversas sobre isso, e aparentemente nada científico. Seria bom saber resultados experimentais!

Abraço
 
O interessante do first wort e do mash hopping é que são técnicas bem antigas que estão sendo redescobertas. Imagine como o pessoal fazia mash hopping no passado, era tipo um "mistura tudo e joga no liquidificador"... :)

Bom, ambas compartilham uma teoria que ainda está sendo avaliada/questionada na literatura, a de que alguns compostos derivados das resinas e óleos essenciais do lúpulo fazem ligações químicas com compostos tipicamente encontrados no mosto ainda não fervido, tornando-os mais resistentes (leia-se: menos voláteis) a um processo de fervura é uma fermentação, permanecendo na cerveja como composto aromático. Pense em algo similar às ligações entre proteínas de mosto e polifenóis de lúpulo, que se tornam em tanóides que não saem mais da cerveja...

No caso do mash hopping, como não há fervura, não há isomerizacao, logo só se aproveitam óleos essencias. Ou seja: o pouco que o mash hopping contribui (alguns inclusive afirmam que não contribui PORRA nenhuma kkkk) é apenas para aroma. Já no caso do first wort hopping, como o lúpulo permanece durante a fervura, há isomerizacao, ou seja, há uma contribuição maior para o amargor.

Em termos práticos, o resultado que obtive foram os seguintes:

- mash hopping: diferenças muito sutis em aroma, mas presentes. Para um estilo mais marcante de cerveja, não fez muita diferença (testei com uma brassagem de uma german pilsner e apareceu alguma coisa; já na Green cow não apareceu). Mas q o mosto sai cheiroso do lauter, ai sim kkkk. Meu entendimento é que são tantas as variáveis que podem afetar a eficácia da técnica que, na prática, conseguimos resultados melhores com um dry hopping bem feito...

- first wort hopping: usamos FWH na Holy cow. Aqui sim percebo uma diferença maior: a utilização do lúpulo aumenta, ou seja, em termos práticos, conseguimos extrair mais com menos. O próprio perfil amargor/aromático da cerveja muda um pouco, dando ao produto final um amargor mais arredondado. Eu penso no FWH como o "ajuste fino" do amargor.

Enfim, acho que o legal dessas técnicas é explorar. Já vi gente diZendo q mash hopping só funciona com lúpulo nobre e alguns dizendo que é desperdício de dinheiro... Por essas e outras coisas que é legal fazer cerveja! :)

Espero ter ajudado,
 
Demais @leosewald até fui do tapatalk pra visualização web só pra dar like hehehe

Isso me deu a ideia testar um mash hopping em uma weizen, usar um lúpulo bem cítrico, e na fervura usar um mais neutro, e ver se aparecesse algum aroma cítrico :)
 
Contribuindo, já foram feitos INÚMEROS testes com FWH, tanto em termos de extração de IBUs reais (análise química na cerveja pronta) quanto testes cegos de degustação, e o resultado é sempre o mesmo:

- Análise química: IBU é maior do que se fosse adicionado direto na fervura

- Percepção sensorial: amargor mais "smooth" ou aveludado, e percepção de amargor até um pouco menor do que uma cerveja de IBU igual, mas com adição normal na fervura.

Já na questão dos aromas, como o Leo falou.... é algo extremamente nebuloso e que ainda não tem estudo conclusivo, e que eu tenha conhecimento, nem teste sensorial cego conclusivo específico sobre aroma.

Eu particularmente uso DIRETO.
 
Pela quantidade e relevância das informações do tópico, e visto que dry hopping é um processo bem comum nas cervejas caseiras, não seria o caso de fixar este tópico?
 
Demais @leosewald até fui do tapatalk pra visualização web só pra dar like hehehe

Isso me deu a ideia testar um mash hopping em uma weizen, usar um lúpulo bem cítrico, e na fervura usar um mais neutro, e ver se aparecesse algum aroma cítrico :)

+1 [emoji106]
 
Demais @leosewald até fui do tapatalk pra visualização web só pra dar like hehehe

Isso me deu a ideia testar um mash hopping em uma weizen, usar um lúpulo bem cítrico, e na fervura usar um mais neutro, e ver se aparecesse algum aroma cítrico :)

Eu to pegando a outra via deste pensamento do @leosewald e pretendo brassar a minha pale ale 'de sempre' com FWH pra ver como ela fica. Fiquei curioso sobre o tal 'amargor smooth' que o @Guenther citou.

Eta tópico inspirador!!! =D
 
Olá, cervejeiros!
Sou novo na ciência da brassagem, e vou iniciar minha quarta Irish Red Ale nesta quinta feira, planejando fazer um Dry Hopping para incrementar a cerveja. O plano é o seguinte:
- Brassar 18,9l e mandar para o balde fermentador por sete dias (fermentação primária)
- Separar metade da cerveja para servir de comparação. Esta metade não vai passar pela fermentação secundária nem receber o DH, assim tiro do fermentador com um sifão e já mando direto para a maturação em baixa temperatura por mais sete dias, após o que faço o priming e deixo carbonatar por quinze dias antes da degustação.
- A metade que vai receber o DH mando para uma segunda fermentação de mais sete dias, sendo que no quarto adiciono 2g/l de pelets (pelo orifício do airlock, ou devo abrir o balde?).
- No sétimo dia da segunda fermentação, devo retirar o trub, com o lúpulo teoricamente decantado, ou posso passar o balde como está para a maturação em baixa temperatura (mais sete dias)? Se eu deixar o lúpulo no balde durante todo esse período de maturação, a cerveja vai ficar com o gosto de grama que mencionaram aqui?
- Enfim, após essa maturação, priming e envase, carbonatando por mais quinze dias.

Alguma correção a fazer no procedimento?
 
Olá, cervejeiros!
Sou novo na ciência da brassagem, e vou iniciar minha quarta Irish Red Ale nesta quinta feira, planejando fazer um Dry Hopping para incrementar a cerveja. O plano é o seguinte:
- Brassar 18,9l e mandar para o balde fermentador por sete dias (fermentação primária)
- Separar metade da cerveja para servir de comparação. Esta metade não vai passar pela fermentação secundária nem receber o DH, assim tiro do fermentador com um sifão e já mando direto para a maturação em baixa temperatura por mais sete dias, após o que faço o priming e deixo carbonatar por quinze dias antes da degustação.
- A metade que vai receber o DH mando para uma segunda fermentação de mais sete dias, sendo que no quarto adiciono 2g/l de pelets (pelo orifício do airlock, ou devo abrir o balde?).
- No sétimo dia da segunda fermentação, devo retirar o trub, com o lúpulo teoricamente decantado, ou posso passar o balde como está para a maturação em baixa temperatura (mais sete dias)? Se eu deixar o lúpulo no balde durante todo esse período de maturação, a cerveja vai ficar com o gosto de grama que mencionaram aqui?
- Enfim, após essa maturação, priming e envase, carbonatando por mais quinze dias.

Alguma correção a fazer no procedimento?
@fnandolp, sua pergunta não tem a ver com o tópico. Crie um novo pra ela.

Abraço,
 
@fnandolp, sua pergunta não tem a ver com o tópico. Crie um novo pra ela.

Abraço,

Günther, postei aqui pois as dúvidas que tenho são mais referentes à questão do DH em si (se ponho os pelets pelo orifício do airlock, quantos dias devo deixar, se retiro ou não o trub com o lúpulo antes do cold crash de sete dias)... O resto da história foi só pra contextualizar! Mas de qualquer forma, abrirei um novo tópico! Abraço:mug:
 
Günther, postei aqui pois as dúvidas que tenho são mais referentes à questão do DH em si (se ponho os pelets pelo orifício do airlock, quantos dias devo deixar, se retiro ou não o trub com o lúpulo antes do cold crash de sete dias)... O resto da história foi só pra contextualizar! Mas de qualquer forma, abrirei um novo tópico! Abraço:mug:
Sim, eu entendo, mas é só referente ao dry-hopping (que é um assunto vasto por si só), mas com outras dúvidas. Ou seja, apesar de ser o mesmo assunto geral, é melhor abrir outro tópico com um título específico, pois isso vai ajudar outras pessoas a pesquisar e manter o fórum organizado.

Abração,
 

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