Palmer - Melhor fermentar Weiss a 17 graus?!

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Eu diria que é de peido. No livro Yeast ao comentar sobre o H2S, o Jamil começa o capítulo com a pergunta: Who farted?
 
Eu diria que é de peido. No livro Yeast ao comentar sobre o H2S, o Jamil começa o capítulo com a pergunta: Who farted?



Mas vc acha que o mau cheiro é por conta da temperatura? Não seria alguma contaminação?
 
Não tenho muito pra contribuir, mas segue relatos do que aconteceu comigo.

Segunda vez que tenho esse sulfuroso em Weiss... pra mim lembra cheiro de boeiro, ou ovo cozido. A outra vez foi com M20 na faixa dos 18C e abri um tópico a respeito. Agora com Munich a 17C.
http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=404904

Acabei de envasar essa com Munich começando em 17C, seguindo a regra dos 30, 3 pacotes de fermento hidratado e aclimatado, fermentação bem intensa no início, 35L em uma bombona de 50L e saiu bastante pelo blow-off!! Conforme fui baixando a atividade fui subindo a temperatura até 19C, depois descanso a uns 23C... E não teve jeito: sufuroso. No dia do envase esqueci uma garrafa pela metade em cima da mesa, dois dias depois encontrei a garrafa e o sulfuroso tinha se ido, gelei e bebi e estava boa, nada de enxofre, então acredito que não seja contaminação. No segundo copo misturei a levedura que depositou e lá estava o sabor que lembra o enxofre...

Ainda estou intrigado, vou acompanhar para ver se alguém desvenda o mistério. Sei que pode ser gerado naturalmente durante a fermentação, mas como se livrar dele??
 
Valter, no meu caso também é M20. O cheiro começa mais ou menos no terceiro dia de fermentação (17 graus) e depois vai diminuindo. No dia do envase, já não sinto mais nada.
 
Valter, no meu caso também é M20. O cheiro começa mais ou menos no terceiro dia de fermentação (17 graus) e depois vai diminuindo. No dia do envase, já não sinto mais nada.
Exatamente, esse cheiro pelo que sei é natural em pequenas concentrações, é produzido durante a fermentação. Agora em maiores concentrações é produzido por autolise ou por bactérias.
 
Então, nessas de trigo foi pequena concentração. Tive uma leva que contaminou e ficou com cheiro de podre mesmo, com certeza não tem a ver com esse sulfuroso da fermentação, que só tem acontecido com levas de trigo, o que me "intriga" ;)
 
@ferorsan, Depende do gás com enxofre... existem 3 tipos "comuns" na cerveja, SO2, H2S e mercaptanos, eles tem cheiros diferentes, pode consultar o How to Brew pra maiores detalhes.

@valtert, normalmente esses gases vem de stress na fermentação, ou falta de nutrientes. Tem alguns aminoácidos com enxofre, que se as condições forem ruins a levedura pode quebrar e liberar na cerveja. Acho que o com cheiro de "ovo cozido" é H2S, é bem característico mesmo.

Pela descrição que vc deu, fez tudo certo, mas pode ter algum detalhe problemático que passou despercebido. O diferencial do controlador ta programada em quanto?

O gás é um pouco solúvel, mas como vc percebeu, ele acaba saindo depois de um tempo, então a melhor forma de resolver isso, se aconteceu, seria prolongar uma maturação a quente. Quanto mais quente, menor a solubilidade dos gases.

Pode fazer uma "lavagem de co2" também. Se tiver no barril pode ser nele, senão pode ser no fermentador mesmo. O esquema aqui é borbulhar CO2 de baixo pra cima na cerveja, a agitação e o proprio CO2 vão ajudara tirar o gás de solução. É uma técnica mais agressiva, o CO2 pode carregar junto alguns aromas mais voláteis, problema grande em cervejas lupuladas.

Abraço
 
Acho que o fato do livro ser antigo nao muda a opiniao do Jamil, pois ouvi um podcast recente dele no Brewing Network que ele diz exatamente a mesma coisa.
 
@Cipriani quando você aumentou a temperatura e quanto tempo deixou?

Valter eu deixei uma semana a 17 graus, depois fui subindo até 23 e engarrafei. A cerveja ficou boa. O objetivo de subir a temperatura foi o que o Tiago disse diminuir a solubilidade dos gases.
 
@valtert, normalmente esses gases vem de stress na fermentação, ou falta de nutrientes. Tem alguns aminoácidos com enxofre, que se as condições forem ruins a levedura pode quebrar e liberar na cerveja. Acho que o com cheiro de "ovo cozido" é H2S, é bem característico mesmo.
Abraço

Tiago, voce acha que esses gases na fermentação estão sempre associados a algum stress no fermento? Será que não pode ser característica de alguns fermentos. Se não me engano, o Jamil relata que a emissão de gases sulfurosos acontece durante a fermentação.
 
Tiago, voce acha que esses gases na fermentação estão sempre associados a algum stress no fermento? Será que não pode ser característica de alguns fermentos. Se não me engano, o Jamil relata que a emissão de gases sulfurosos acontece durante a fermentação.

Olha... que eu saiba sim, mas tomando isso com um off-flavor. Nada que seja tido como característico do fermento deve ser off-flavor. O que quero dizer é "leve sulfuroso" ok, agora "sulfuroso desagradável" = off-flavor.

É mais normal pra uns fermentos soltarem gases com de enxofre do que pra outros, mas o normal é sempre em baixo nível, que não nunca chega a ser desagradável. Isso acontece com lagers, com certa frequencia, mas até nesse caso poderia se discutir se não é consequencia de um certo nível de stress por fermentar em baixas temperaturas.

Abraço
 
Valter eu deixei uma semana a 17 graus, depois fui subindo até 23 e engarrafei. A cerveja ficou boa. O objetivo de subir a temperatura foi o que o Tiago disse diminuir a solubilidade dos gases.

Estranho, eu fui aumentando depois de uns quatro dias em um total de duas semanas, e pra mim não adiantou :(

@valtert, normalmente esses gases vem de stress na fermentação, ou falta de nutrientes.

Então, com todo cuidado que tenho na hidratação, inoculação e controle de temperatura, e com o problema se repetindo apenas nas de trigo, estou apostando na falta de nutriente.

Algumas suposições pra desvendar o mistério:
* Eu costumo adicionar Gypsum e Epsom paga garantir uns 30mg/L de magnésio e uns 10mg/L de cálcio. Mas adivinha, sobra um monte de SO4, olha lá o enxofre! Será que pode ter alguma relação?
* Pode ser que as cepas para cerveja de trigo tenham alguma necessidade diferente em realação aos nutrientes?
* Pode ser que o malte de trigo especificamente deixe faltar algum nutriente?
 
Então, com todo cuidado que tenho na hidratação, inoculação e controle de temperatura, e com o problema se repetindo apenas nas de trigo, estou apostando na falta de nutriente.

Algumas suposições pra desvendar o mistério:
* Eu costumo adicionar Gypsum e Epsom paga garantir uns 30mg/L de magnésio e uns 10mg/L de cálcio. Mas adivinha, sobra um monte de SO4, olha lá o enxofre! Será que pode ter alguma relação?
* Pode ser que as cepas para cerveja de trigo tenham alguma necessidade diferente em realação aos nutrientes?
* Pode ser que o malte de trigo especificamente deixe faltar algum nutriente?

Bom, fermentos seco não tem grandes demandas de nutrientes. Eu costumo adicionar nutriente apenas quando uso fermento líquido, ou quando a cerveja é high gravity.

Duvido que exista alguma diferença significativa nesse sentido quanto à cepa. Ao menos nas cepas comuns, e as de trigo inclusas, nunca ouvi falar, nem notei algo diferente na demanda de nutriente.

Em relação aos sais com magnéniso, segundo o Palmer um nível mínimo seria de 5ppm pro bom funcionamento das enzimas que necessitam dele, na levedura, e um mosto all-grain tem em torno de 70ppm, então realmente não tem necessidade de vc adicioná-los com esse propósito. Eu desconheço a função do SO4-2 na fermentação, acho que ele nem chega a ser absorvido pela levedura, ainda mais transformado... duvido que esse seja o problema.

A variação de temperatura na fermentação é pequena? tipo 0,3~0,5ºC?
 
Obrigado @Tiago ! Estou precisando comprar o livro Yeast hehe

Configurei o termostato histerese de 0.1C para o resfriamento (geladeira) e 0.0C para o aquecimento (lâmpada). Assim varia no máximo -0.1C a 0.2C de diferença do setpoint (variação de 0.3C). Segue foto do isolamento térmico do sensor (isolamento térmico para camping em EVA aluminizado). Ficou bem rente amarrando com o barbante.
 

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Olha... que eu saiba sim, mas tomando isso com um off-flavor. Nada que seja tido como característico do fermento deve ser off-flavor. O que quero dizer é "leve sulfuroso" ok, agora "sulfuroso desagradável" = off-flavor.

É mais normal pra uns fermentos soltarem gases com de enxofre do que pra outros, mas o normal é sempre em baixo nível, que não nunca chega a ser desagradável. Isso acontece com lagers, com certa frequencia, mas até nesse caso poderia se discutir se não é consequencia de um certo nível de stress por fermentar em baixas temperaturas.

Abraço

Olá Tiago, no meu caso, que me parece ser diferente do Valter, H2S é perceptível, mas não algo repugnante e já no fim da primária vai sumindo.

Essa discussão me motivou a dar uma olhada no Yeast e veja o que encontrei (pág 48):

"These phenolic wheat beer strains rarely produce detectable diacetyl levels, although some will produce sulfur."

Estou fermentando uma Wit com o T58 e não sinto o cheiro sulfuroso que percebi no M20.

A temperatura de 17 graus você acha que pode causar estresse nessas cepas? Meu dF é de 0,2º.

Um abraço
 
Olá Tiago, no meu caso, que me parece ser diferente do Valter, H2S é perceptível, mas não algo repugnante e já no fim da primária vai sumindo.

Essa discussão me motivou a dar uma olhada no Yeast e veja o que encontrei (pág 48):

"These phenolic wheat beer strains rarely produce detectable diacetyl levels, although some will produce sulfur."

Estou fermentando uma Wit com o T58 e não sinto o cheiro sulfuroso que percebi no M20.

A temperatura de 17 graus você acha que pode causar estresse nessas cepas? Meu dF é de 0,2º.

Um abraço

Não acho...

Se sai depois da fermentação, então não é problema algum, certo?

E outra... é possível usar várias cepas de fermento no limite inferior de temperatura recomendado, ou até abaixo, sem problema, mas a quantidade ideal de fermento tende a ser levemente maior.

Abraço
 
Olá Tiago, no meu caso, que me parece ser diferente do Valter, H2S é perceptível, mas não algo repugnante e já no fim da primária vai sumindo.

Essa discussão me motivou a dar uma olhada no Yeast e veja o que encontrei (pág 48):

"These phenolic wheat beer strains rarely produce detectable diacetyl levels, although some will produce sulfur."

Estou fermentando uma Wit com o T58 e não sinto o cheiro sulfuroso que percebi no M20.

A temperatura de 17 graus você acha que pode causar estresse nessas cepas? Meu dF é de 0,2º.

Um abraço
Pessoal, eu usei o M20 a 17 graus com sucesso, outros colegas relataram aqui no forum também sucesso no uso, sendo assim entendo que não seria problema deste fermento.
 
Também acredito que não seja "problema" do fermento. Ok, muitos usam com sucesso, mas alguns tem um leve enxofre que vai embora logo, e pra outros não vai embora tão fácil. Falando sobre o processo não estamos detectando grandes diferenças. Mas tem algum detalhe aí. O desafio é descobrir esse detalhe :)
 
@cleber, a minha saiu bem equilibrada também. Segue foto.
Fez bastante sucesso... já pediram p eu refazer a receita...

17 graus toda a fermentação com o M20. Gostei!

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@ferosan vc fez como na receita do link do começo? (deixar a 17graus até atenuar e já engarrafar/carbonatar, ou deu uma maturada antes?)

@cleber a sua também ficou boa né, deixou a 17 e fez uma secundária e já engarrafou ou deixou maturar, esse H2S que pessoal comentou também apareceu no meio da fermentação para vc e depois sumiu ou nem reparou?
 
@raupp, ficou boa sim, a melhor que já fiz. Quanto ao H2S como off-flavor não rolou não, eu fermentei a cerveja a 17 graus, embarrilhei e depois de uns 3 dias já estou tomando, inclusive no artigo do Jamil ele fala pra tomar ela fresca.
Copiando o @ferorsan segue também a minha foto rsrs.
 

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Sim essas são para tomar frescas, Quanto ao artigo, entendo 70% apenas (inglês intermediário) Estou com uma brassagem marcada de uma Witbier (vai cair bem no verão), só esperando chegar o restante dos equipamentos. Massa o teu rótulo (estou pensando em usar esses papéis adesivos também), pena que não terei como saber a graduação alcoólica, pois ainda não tenho densímetro. Boa espuma, fez carbonatação forçada?

Se puder analise o que pretendo fazer na fermentação:

1- Fazer starter de um m20 (estou com um hd aqui para fazer um agitador magnético)e inocular a 21 graus no mosto a 17graus.
2- Deixar fermentando por 7-9 dias a 17graus (tenho controle de temperatura para mais ou menos, e mesmo sem densímetro posso verificar se acabou a atenuação através de pressão e as bolhas do airlock)
3- Caso no fim da atenuação haja off-flavor subo 1 grau por dia até 21graus.
4- Engarrafar em garrafas caçulinhas (não tenho mtas de 600 sobrando) com priming de açúcar invertido garrafa a garrafa (seringa) a 2,9vol de Co2 considerando que já existirá 0,9 diluido no mosto (não me lembro onde está as contas, mas dava 7,1g/l algo assim)
5- Deixar refermentando fora da geladeira em um comodo onde a temp costuma estabilizar em 20graus.
6- No entanto não tenho como verificar se a carbonatação já ocorreu, a não ser abrindo (ideias são bem vindas)
 
Sim essas são para tomar frescas, Quanto ao artigo, entendo 70% apenas (inglês intermediário) Estou com uma brassagem marcada de uma Witbier (vai cair bem no verão), só esperando chegar o restante dos equipamentos. Massa o teu rótulo (estou pensando em usar esses papéis adesivos também), pena que não terei como saber a graduação alcoólica, pois ainda não tenho densímetro. Boa espuma, fez carbonatação forçada?

Se puder analise o que pretendo fazer na fermentação:

1- Fazer starter de um m20 (estou com um hd aqui para fazer um agitador magnético)e inocular a 21 graus no mosto a 17graus.
2- Deixar fermentando por 7-9 dias a 17graus (tenho controle de temperatura para mais ou menos, e mesmo sem densímetro posso verificar se acabou a atenuação através de pressão e as bolhas do airlock)
3- Caso no fim da atenuação haja off-flavor subo 1 grau por dia até 21graus.
4- Engarrafar em garrafas caçulinhas (não tenho mtas de 600 sobrando) com priming de açúcar invertido garrafa a garrafa (seringa) a 2,9vol de Co2 considerando que já existirá 0,9 diluido no mosto (não me lembro onde está as contas, mas dava 7,1g/l algo assim)
5- Deixar refermentando fora da geladeira em um comodo onde a temp costuma estabilizar em 20graus.
6- No entanto não tenho como verificar se a carbonatação já ocorreu, a não ser abrindo (ideias são bem vindas)
Bom, comentando:
1- Ok;
2- O ideal é esperar terminar completamente a fermentação, uma vez que estará fermentando a uma temperatura mais baixa é melhor pecar por excesso então eu deixaria mais dias, nessa minha leva eu deixei uns 15 dias;
3- Eu acho que se você tem como manter sempre a mesma temperatura de fermentação e também se não houver contaminação não terá off-flavor;
4- Eu prefiro fazer o priming misturando direto no fermentador antes de envasar, você terá uma melhor homogeneização da quantidade de açúcar por litro e ganhará mais tempo do que ficar inoculando garrafa a garrafa, ainda mais garrafas menores que irão demandar uma maior quantidade;
5- Pra refermentar na garrafa por quê não usa a geladeira onde vc fermentou deixando a uns 20 graus constante? Não sei na sua cidade mas onde moro está fazendo mais de 30 graus nesses dias;
6- Se a fermentação foi completa não terá supercarbonatação, eu testava abrindo as garrafas mesmo logo depois de uma semana. Quanto à dose de priming eu colocaria uns 8g/litro pra ela ficar com um volume de CO2 maior que é adequado ao estilo.

Abs,

Cleber
 
oi @raupp, segui o esquema do post mesmo. 17 graus direto. deixei 14 dias de fermentação (primária + secudária) com 9 dias já estava bom, mas deixei 14 para o envase cair no final de semana. Envasei com 7g de primming e em uma semana tomei e gostei do resultado. Concordo com o @cleber, fazer primming garrafa a garrafa não é o mais indicado.. se você não tem um balde para o envase, use uma panela com torneira sanitizada.

@cleber, quais os maltes que você usou? gostei da coloração da sua breja.
 
Obrigado @cleber e @ferosan. Na realidade eu vou utilizar a geladeira após a fermentação para deixar a segunda leva fermentando, aqui tem até dias que passam dos 30 graus, porém nesse local que pretendo deixar, nunca vi passar de 20 graus (não pega sol, tem boa ventilação e possui cerâmica no piso, parede e tetos, era usado para armazenar vinho antigamente). A minha está planejada para ficar na coloração do cleber utilizando pilsen belga e flocos de trigo não maltado. Agora na prática não faço ideia se vai ficar mesmo nessa cor. Até pensei em utilizar a panela de brassagem para fazer o primming, porém vou acabar perdendo 1litro por ai, pois não tem como tirar pela torneira que fica a 2,5cm do fundo (mesmo virando fica 1 litro sem conseguir remover).

Cleber, esqueci de comentar, no item 2, acho que termina entre 7 e 9 dias, mas não da para saber agora, só fazendo, a intenção é deixar terminar de fermentar, mas como não tenho densímetro preciso descobrir isso contando as bolhas do airlock, e como vou deixar o balde 22l dentro de um saco hermético (usava para proteger mochila de fotografia da chuva), e apenas a saída do airlock fora do saco (vedado), tenho duplo controle de pressão, se as bolhas pararem posso saber mais facilmente se foi problema de vedação ou fim da fermentação primária.

Quanto a contaminação (ainda não fiz nenhuma brassagem) mas da forma que irei fazer creio que fica muito difícil ocorrer. O local que irei usar é grande e com muitas janelas, então eu vedo todas as entradas de ar com um plástico (compro de rolo em uma fábrica de embalagens, não sei o nome, tem 1,5m de largura), deixo meia hora água fervendo em uma panela com proporção de 1ml/litro de água sanitária. Uso luvas, toca e máscara cirúrgica e velas para esterilizar o ar num raio de 10cm de onde estou trabalhando (para panelas não servem, apenas para boca do Erlen e provetas). Utilizei esse método uma vez para produzir Yakult e não houve contaminação (minha mãe tentou fazer na época umas 4 ou 5 vezes e contaminou todas, então fiz isso). E sanitizante o álcool 70 pois é a única coisa que consigo na cidade.

Vou tentar passar para a panela antes de engarrafar, qq coisa identifico as garrafas onde colocarei aquele 1 litro que não sai pela torneira (tiro por cima), pois haverá maior chance de oxidação e contaminação.

No mais obrigado a todos pela ajuda. Acabaram minhas dúvidas teóricas, agora só produzindo para surgir novas.
 
Desculpem ressuscitar o post, apenas para mostrar como ficou minha witbier tentando fermentar a 17º (primeiras 24h houve problemas com controle temperatura, dai mais 24h até descer para 17graus, e restante nessa temperatura). Notas de cravo presentes discretamente, banana não apareceu. Espuma duração média e quantidade não muito satisfatória. Usei fermento m20 hidratado. Ao fundo brassagem da minha primeira Weiss. Alcool ficou entre 5,1 e 5,3 Vol
 

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Desculpem ressuscitar o post, apenas para mostrar como ficou minha witbier tentando fermentar a 17º (primeiras 24h houve problemas com controle temperatura, dai mais 24h até descer para 17graus, e restante nessa temperatura). Notas de cravo presentes discretamente, banana não apareceu. Espuma duração média e quantidade não muito satisfatória. Usei fermento m20 hidratado. Ao fundo brassagem da minha primeira Weiss. Alcool ficou entre 5,1 e 5,3 Vol
@raupp, não é bem característico de uma witbier o cravo e banana mas sim o cítrico, apimentado, herbal.
Se deseja o cravo e banana então parta pra Hefeweizen.
Abs
 
Eu sei, mas eu queria conseguir os 2, pois adoro cervejas com esses sabores, no entanto sei que numa american lager não seria bem vinda, mas na witbier achei que seria interessante. Estou com uma Weiss pura (50/50) fermentando a 17º Tbm, daqui uns 15 dias vou ver se deu cravo e banana. Próxima vai ser uma witbier mais herbal para terminar meu trigo não maltado. Também preciso estudar mecanismos de formação de espuma para conseguir melhorar essa parte.
 
E o fermento Lalleland Munich? Alguém já fez weiss com ele? Como que ficou? Fermentar também a 17?
 
E o fermento Lalleland Munich? Alguém já fez weiss com ele? Como que ficou? Fermentar também a 17?

Opa, Bom dia!


Já fiz 3 Levas com o Lalleland Munich. (Base de 55% trigo, 40% pilsen e 5% maltes especiais)

1 - Fermentando sem controle em temperatura ambiente. (uns 25, 27 graus) (Com rampas meia bocas)

2 - Inoculado a 17 graus e subindo 0,5 por dia, até 23 (Com parada acido ferulico)

3 - Fermentando a 17 direto, por uns 12 dias. (Infusão simples)

Todas as levas não ficaram com característica de Weiss, nada de cravo, nada de banana, nada de chiclete. Somente um cheiro forte e bem característico de fermento, pão cru, essas coisas. Só melhorou com uns 2 meses de geladeira, mas ainda estava lá.


Além disso, a terceira leva, o fermento "floculou" bastante, e na hora de servir, ficava uns grumos do tamanho de um caroço de arroz.


Estes dias tomei uma hoegaarden e tinha exatamente o mesmo aroma das cervejas que fiz com o Munich, creio que deve ser a mesma CEPA, ou bem parecida, mesmo a Hoegaarden sendo Wit.

Resumindo, as cervejas ficaram gostosas, tomáveis, porém não eram Weiss.
 
Na minha opiniao, fazer uma weiss para nos que estamos no Brasil e temos acessos restritos a determinados fermentos, eu só utilizaria o M20 da Mangrove que é muito bom ou os liquidos WLP300 (excelente) ou weiss da Bio4 (nao conheço). Mas com fermento liquido, se bem preparadod, os resultados certamente serão mais satisfatorios.
 
Pessoal aproveitando o tópico poderiam dizer se um período mto prolongado de clarificação é necessário? Já que uma heffeweizen já é turva mesmo.

Uma outra dúvida é se um descanso diacetil se faz necessário ou somente, no meu caso, duas semanas fermentando em 17 já é suficiente pra partir pra engarrafar?

Enviado de meu SM-G3812B usando Tapatalk
 
essa de 17º funciona com o WB06 tb?

Eu deixo 17c nas primeiras 12~18h...

Subo para 18c por um dia

Mantenho por 19c por 2 dias

Subo para 20 e deixo até atenuar

Então subo para 25 para o descanso do diacetil e em seguida Cold Crash de -0.5c

A cerveja fica excelente...

Ainda não testei o M20...dizem que ele dá melhores resultados...pretendo usá-lo

Nunca senti a acidez que sempre reclamam do WB-06
 
Retomando este post, estou à 4 dias fermentando à 17 graus com o M20, e não percebi nada de cravo ainda.. em compensação o aroma de banana está bem presente... o aroma de cravo aparecerá posteriormente na secundária?

Minhas rampas:
fiz uma parada de 20 min à 45 graus
mosturei à 66 graus. por 90 min.

abçs!

O WB-06 atenua demais e a cerveja fica excessivamente seca...
Se o M20 tiver a mesma característica, recomendo mosturar entre 69c e 70c para a cerveja ficar mais encorpada, atenuando menos
 
Tenho uma weiss maturando. Eu deixei fermentando uma semana a 17 graus, mas resolvi optar pela secundária até 23 graus, porque senti cheiro de gases sulfurosos no airlock. Preferi fazer a secundária para ter certeza que esses gases se desprenderiam da cerveja.

Na verdade essa secundária de até 25c é uma prática recomendada para todas as ALES...É o descanso do diacetil
 
Não tenho muito pra contribuir, mas segue relatos do que aconteceu comigo.

Segunda vez que tenho esse sulfuroso em Weiss... pra mim lembra cheiro de boeiro, ou ovo cozido. A outra vez foi com M20 na faixa dos 18C e abri um tópico a respeito. Agora com Munich a 17C.
http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=404904

Acabei de envasar essa com Munich começando em 17C, seguindo a regra dos 30, 3 pacotes de fermento hidratado e aclimatado, fermentação bem intensa no início, 35L em uma bombona de 50L e saiu bastante pelo blow-off!! Conforme fui baixando a atividade fui subindo a temperatura até 19C, depois descanso a uns 23C... E não teve jeito: sufuroso. No dia do envase esqueci uma garrafa pela metade em cima da mesa, dois dias depois encontrei a garrafa e o sulfuroso tinha se ido, gelei e bebi e estava boa, nada de enxofre, então acredito que não seja contaminação. No segundo copo misturei a levedura que depositou e lá estava o sabor que lembra o enxofre...

Ainda estou intrigado, vou acompanhar para ver se alguém desvenda o mistério. Sei que pode ser gerado naturalmente durante a fermentação, mas como se livrar dele??

O pitching rate estava correto?
Se vazou tanta breja, pode ter stressado demais a levedura
 

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