Variação brusca de pressão - carbonatação em garrafa

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Zolet

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Oct 23, 2017
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Olá pessoal,

Vim aqui pedir uma opinião:

Fiz uma receita de uma Belgian Blond Ale . Após maturada usei 120g de açúcar invertido para 2,7 volumes de CO2 (cálculos do Beersmith).

Usei um manometro para medir a pressão. Na 1a semana a pressão subiu rápido, em 2 dias já estava em 2,5kgf/cm2, ao final de 7 dias estava em 3,7kgf/cm2 (na faixa vermelha do medidor). Naquele fim de semana fiquei prestando atenção e ele variava de 3,7 durante o dia (35c) para 3,4-2,5 durante a manha (27C)

Abri algumas garrafas e realmente estava com uma espuma bem grande e consistente.

Acontece que 2 semanas depois o medidor baixou para 1,5kgf/m2 e ficou estável durante todo o fim de semana (o fim de semana que vos escrevo - temp max 27-28C). Abri outras garrafas e tenho impressão que não notei nada de muito diferente, talvez um pouco menos de espuma e retenção - e do barulhinho ao abrir - (mas posso estar biased pela medição).

Alguém já passou por algo semelhante?????

Mais dados da receita:

OG 1064
FG 1011
ABV 7% (560g de açúcar demerara na fervura)
Fermentação - 6 dias 19C - 8 dias 22C - 10 dias 10C - ColdCrash e gelatina por 24h.
120g açúcar invertido - 2,7volumes - 16l envasados (7,5g/l)
 
Essa queda pra 1,5 foi depois que vc colocou a garrafa pra gelar?
 
Nao, durante todo o tempo a cerveja ficou em temperatura ambiente.

Deixo elas dentro de um engradado com uma cobertura de um black-out pra evitar exposição solar.

A questao da temperatura ambiente variou bastante (vi que vc tb é de BH). Foi daquela semana de forte calor, passou por aquela semana chata de chuva e a terceira semana tem sido essa mais amena. Sempre fora da geladeira.
 
Será que...

O manômetro estava medindo a pressão do Head Space... que ia aumentando conforme ia passando o tempo... chegando no limite de 3,7.

Após isso, com o fim da ação das leveduras, esse CO2 gerado que estava no head Space foi se incorporando à cerveja... reduzindo a pressão até chegar no equilíbrio ?

Talvez nesse caso em particular isso tenha sido "mais visível" do que normalmente ocorre ?
 
Será que...

O manômetro estava medindo a pressão do Head Space... que ia aumentando conforme ia passando o tempo... chegando no limite de 3,7.

Após isso, com o fim da ação das leveduras, esse CO2 gerado que estava no head Space foi se incorporando à cerveja... reduzindo a pressão até chegar no equilíbrio ?

Talvez nesse caso em particular isso tenha sido "mais visível" do que normalmente ocorre ?

À primeira vista, essa sua hipótese faz sentido pra mim.

Outra hipótese seria um micro vazamento de gás.
 
Sinceramente essa hipotese foi a que pensei também, mas como foi a primeira vez que usei o manômetro, a falta de experiência me fez vir aqui pedir opiniões pra explorar talvez algum putro detalhe que pode ter passado desapercebido.

Ainda não encontrei uma calculadora pra fazer a conversao de volumes de CO2 para kgf/cm2, mas vou procurar e quem sabe com isso matar a charada. Alguem de voces ja fez isso? 1,5 kgf/cm2 estaria perto de 2,7 volumes????

Quanto a vazamento, não descarto mas acredito que não, lacrei o manometro direitinho com fita veda rosca e tudo. Abri essa garrafa e comparei a carbonatqção dela com outra fechada com tampa. Igual (tem sempre a hipotese de as duas terem vazado, apesar das chances serem baixas, acredito eu).
 
Olá pessoal,

Vim aqui pedir uma opinião:

Fiz uma receita de uma Belgian Blond Ale . Após maturada usei 120g de açúcar invertido para 2,7 volumes de CO2 (cálculos do Beersmith).

Usei um manometro para medir a pressão. Na 1a semana a pressão subiu rápido, em 2 dias já estava em 2,5kgf/cm2, ao final de 7 dias estava em 3,7kgf/cm2 (na faixa vermelha do medidor). Naquele fim de semana fiquei prestando atenção e ele variava de 3,7 durante o dia (35c) para 3,4-2,5 durante a manha (27C)

Abri algumas garrafas e realmente estava com uma espuma bem grande e consistente.

Acontece que 2 semanas depois o medidor baixou para 1,5kgf/m2 e ficou estável durante todo o fim de semana (o fim de semana que vos escrevo - temp max 27-28C). Abri outras garrafas e tenho impressão que não notei nada de muito diferente, talvez um pouco menos de espuma e retenção - e do barulhinho ao abrir - (mas posso estar biased pela medição).

Alguém já passou por algo semelhante?????

Mais dados da receita:

OG 1064
FG 1011
ABV 7% (560g de açúcar demerara na fervura)
Fermentação - 6 dias 19C - 8 dias 22C - 10 dias 10C - ColdCrash e gelatina por 24h.
120g açúcar invertido - 2,7volumes - 16l envasados (7,5g/l)
Opa, tudo certo?

Vc ja deu uma olhada no video no bronco sobre as variações de temperatura durante a refermentação em garrafa?

Ele faz um teste simples com uma garrafa com manômetro, e basicamente o resultado é bem óbvio:

Maior temperatura - maior agitação das moléculas de Co2 - maiores valores na medição

Menor temperatura - menor agitação molecular - valores menores na medição

Ou seja, quando ouvimos a máxima: "refermentação se faz em temperatura ambiente", acredito que essa afirmação deve ser interpretada no sentido de que a refermentação deve ser feita em temperaturas mais altas, pra quebrar a dormência da levedura em suspensão, porém, essa temperatura nao pode sofrer bruscas variações.

Pelo que vc relatou, acredito que seu problema seja esse.

Boas brejas!

Enviado de meu GT-I9505 usando Tapatalk
 
Sinceramente essa hipotese foi a que pensei também, mas como foi a primeira vez que usei o manômetro, a falta de experiência me fez vir aqui pedir opiniões pra explorar talvez algum putro detalhe que pode ter passado desapercebido.

Ainda não encontrei uma calculadora pra fazer a conversao de volumes de CO2 para kgf/cm2, mas vou procurar e quem sabe com isso matar a charada. Alguem de voces ja fez isso? 1,5 kgf/cm2 estaria perto de 2,7 volumes????

Quanto a vazamento, não descarto mas acredito que não, lacrei o manometro direitinho com fita veda rosca e tudo. Abri essa garrafa e comparei a carbonatqção dela com outra fechada com tampa. Igual (tem sempre a hipotese de as duas terem vazado, apesar das chances serem baixas, acredito eu).

Nesse tópico , www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=4, ou nesse link
https://drive.google.com/open?id=1m7HoUYw7tF1UZGC6TPg503ZGMPfk9EQ2,
você encontra como converter volume de CO2 em pressão e vice versa, em função da temperatura.
 
Opa, tudo certo?

Vc ja deu uma olhada no video no bronco sobre as variações de temperatura durante a refermentação em garrafa?

Ele faz um teste simples com uma garrafa com manômetro, e basicamente o resultado é bem óbvio:

Maior temperatura - maior agitação das moléculas de Co2 - maiores valores na medição

Menor temperatura - menor agitação molecular - valores menores na medição

Ou seja, quando ouvimos a máxima: "refermentação se faz em temperatura ambiente", acredito que essa afirmação deve ser interpretada no sentido de que a refermentação deve ser feita em temperaturas mais altas, pra quebrar a dormência da levedura em suspensão, porém, essa temperatura nao pode sofrer bruscas variações.

Pelo que vc relatou, acredito que seu problema seja esse.

Boas brejas!

Enviado de meu GT-I9505 usando Tapatalk

Cara, nunca vi o vídeo não. Tentei procurar aqui no google porem nao voltou nada que pudesse ser o video, por acaso tu teria o link pra me passar, por favor?

Realmente, chego hoje a conclusão que "temperatura ambiente" é uma quase uma des-informação. Eu gosto muito de cozinhar e uma das coisas que mais me deixavam desinformado em uma receita é o tal de "a gosto" (seja sal, tempero ou até ingrediente). Mudei esse aspecto nas minhas receitas, vou mudar tambem em relação às brejas.

Antes de iniciar minhas brassagens eu cheguei a ver um video, não lembro de quem, falando sobre fazer o priming e manter as garrafas na geladeira, na mesma temperatura de fermentação (acho que era isso, pode ser que seja temperatura mais alta mesmo). Mas devido à logística de uso da geladeira pra novas e novas fermentações (ansiedade) eu nunca fiz isso.

Outro dia alguém me sugeriu ao menos manter as garrafas em uma caixa de isopor, pra evitar o gradiente térmico da "temperatura ambiente". Vou comprar uma e espetar um daqueles termômetros com haste comprida pra ver se rola. Ou então até quem sabe uma geladeira usada com um tic hahaa

Tá aí uma parte do processo que eu tenho que prestar mais atenção...
 
Cara, nunca vi o vídeo não. Tentei procurar aqui no google porem nao voltou nada que pudesse ser o video, por acaso tu teria o link pra me passar, por favor?

Realmente, chego hoje a conclusão que "temperatura ambiente" é uma quase uma des-informação. Eu gosto muito de cozinhar e uma das coisas que mais me deixavam desinformado em uma receita é o tal de "a gosto" (seja sal, tempero ou até ingrediente). Mudei esse aspecto nas minhas receitas, vou mudar tambem em relação às brejas.

Antes de iniciar minhas brassagens eu cheguei a ver um video, não lembro de quem, falando sobre fazer o priming e manter as garrafas na geladeira, na mesma temperatura de fermentação (acho que era isso, pode ser que seja temperatura mais alta mesmo). Mas devido à logística de uso da geladeira pra novas e novas fermentações (ansiedade) eu nunca fiz isso.

Outro dia alguém me sugeriu ao menos manter as garrafas em uma caixa de isopor, pra evitar o gradiente térmico da "temperatura ambiente". Vou comprar uma e espetar um daqueles termômetros com haste comprida pra ver se rola. Ou então até quem sabe uma geladeira usada com um tic hahaa

Tá aí uma parte do processo que eu tenho que prestar mais atenção...
Segue o vídeo. Espero que ajude aí.

Da um feedback depois aí de quando você destampar a primeira! [emoji109]

https://youtu.be/mbaxYlIZ8Bs


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