Trub (cold break) para o fermentador

Homebrew Talk - Beer, Wine, Mead, & Cider Brewing Discussion Forum

Help Support Homebrew Talk - Beer, Wine, Mead, & Cider Brewing Discussion Forum:

This site may earn a commission from merchant affiliate links, including eBay, Amazon, and others.
Guenther, na verdade, depois que comecei a fazer o whirlpool com bomba (ainda mais agora que minha bomba xing ling é food grade e aguenta 110ºC), meu trub melhorou bastante sim, mas ainda é algo que me incomoda, pois por melhor que fique o cone, a medida que o nivel do mosto abaixa, começa a ir trub para o fermentador de modo que eu acabo tendo que interromper deixando ainda bastante cerveja pra tras. Como minha panela é de 90 litros, fica na faixa ai de uns 4 ou 5 litros. Tá, tá, pra que chorar por tão pouco...mas sei lá, me incomoda ainda.

Li o artigo é as opiniões são bem diversas né...acho que na minha proxima vou tentar assim: whirlpool, cone, breja pra dentro, mas vou deixar puxar até parar, mesmo que vá trub, pois vai pouco uma vez que o cone tá lá bonitinho. Ai deixo decantar umas horas e retiro o excesso. Vamos ver que bixo dá, depois eu digo os resultados aqui (se dá mesmo gosto de cebola, kkkk).

Um abraço!
André Inácio
Hehehehe.. mas cara... 4 ou 5 litros pra 90... dá uns 6% de perda.. tá ótimo! :)

Abraço!

Guenther
 
Tivemos um problema com o trub, gostaria de saber se alguém sabe alguma coisa sobre isso:

Inicialmente quando calculamos a perda do trub, consideramos que ao final da transferência pro fermentador, estaríamos com o líquido na linha de baixo da válvula da panela (de 127 L, cada litro dá aproximadamente 0,425cm de altura), que no nosso caso daria de 6 a 8 litros de perda. Acontece que quando estávamos transferindo para o fermentador nesta última vez, quando o líquido estava ainda um pouco acima da válvula, começou a aparecer umas bolhas de um negócio amarelado (imagino ser o trub mesmo), no centro da panela, e que ficavam flutuando. Só que conforme fomos passando pro fermentador, essas "bolhas" começaram a se direcionar pra válvula, então quando começou a sair por ela, decidimos parar o processo por já termos uma boa quantidade de cerveja no fermentador e não queríamos o trub nele. Só que depois medimos e vimos que a perda foi muito grande, por isso gostaria de saber se tem alguma forma de filtrar isso. Se foi algo que a gente fez de errado, etc.

Na primeira vez que fizemos, não havíamos usado whirfloc e isso não tinha acontecido. Desta vez usamos e apareceu esse negócio, não sei se é comum acontecer isso.
 
Teria que adicionar muita agora para baixar o bastante.

Exemplo.. se você tiver 100 litros a 100 ºC, e adicionar 100 litros a 20 ºC, provavelmente vai ficar com 200 litros a 60 graus.

Tem um vídeo do Jim Koch (Samuel Adams) dando um curso de homebrewing onde ele congela uma água num balde fermentador e joga o mosto fervendo por cima. A homogenização da temperatura se dá dentro do balde.

Obviamente tem que se fazer umas contas sobre quanto de água precisa pra congelar e quanto de mosto precisa ferver, mas a técnica funciona. Nunca fiz, mas já tomei boas cervejas feitas desta forma.

O mais importante a lembrar é que a água a ser adicionada fria/congelada precisa ser livre de cloro e previamente fervida antes do resfriamento/congelamento, senão há chance de se acrescentar off-flavors vindos da presença de cloro ou até mesmo contaminantes vindos de uma água não fervida.
 
Boa noite a todos,

Comecei a fazer cerveja faz pouco tempo, fiz 1 brassagem e esqueci de fazer o whirlpool. O que vou ter de errado na minha cerveja? Gosto ou aspectos visuais?
 
Respondendo a tua pergunta, a remoção do trub quente deve ser eficiente porque o arraste do trub quente causa os seguintes problemas, deposição nas placas do trocador de calor, revestimento da levedura, diminuição da estabilidade coloidal e sobrecarga na filtração da cerveja.

Resumindo, não é bom mandar o trub quente pro teu fermentador. O trub quente não é só chamado de quente por que esta quente e o fio porque esta frio, eles tem composições diferentes e se formão de maneiras diferentes.

O principal problema pra ti com o arraste de trub seria provavelmente com o revestimento da levedura. O revestimento da levedura é o seguinte: o trub quente é pegajoso e ele se gruda a levedura formando uma camada envolta dela e impede a levedura de trabalhar, ou seja, vai atrapalha a tua fermentação. O outro problema pra ti seria a deposição de sedimentos no teu trocador de calor, causando contaminação e menor eficiência do trocador. Os dois últimos problemas só valem para cervejas claras e filtradas.

O ideal é no fim da fervura fazer o whirlpool e deixar formar o trub quente e então resfriar o mosto no trocador de placas, esse tempo que o mosto fica parado na panela ate metade dele ser resfriado se chama "carga térmica" um tempo normal de carga térmica numa cervejaria é de 55 - 70.

Eu vi o pessoal nos comentários preocupados com a formação de DMS nesse tempo de carga térmica, mas na verdade esse não é o problema (a explicação para o dms é outra). Os problemas dessa carga térmica são dois, risco de contaminação (microorganismos se proliferam mais no calor, mas cervejas lupuladas estão bastante protegidas pois lulupo é um anti-bactericida natural) e o outro a oxidação já que calor é um catalizador da oxidação.

Alexandre Paz
 
mas o trub gera alguma diferença no sabor?

Respondendo a tua pergunta, a remoção do trub quente deve ser eficiente porque o arraste do trub quente causa os seguintes problemas, deposição nas placas do trocador de calor, revestimento da levedura, diminuição da estabilidade coloidal e sobrecarga na filtração da cerveja.

Resumindo, não é bom mandar o trub quente pro teu fermentador. O trub quente não é só chamado de quente por que esta quente e o fio porque esta frio, eles tem composições diferentes e se formão de maneiras diferentes.

O principal problema pra ti com o arraste de trub seria provavelmente com o revestimento da levedura. O revestimento da levedura é o seguinte: o trub quente é pegajoso e ele se gruda a levedura formando uma camada envolta dela e impede a levedura de trabalhar, ou seja, vai atrapalha a tua fermentação. O outro problema pra ti seria a deposição de sedimentos no teu trocador de calor, causando contaminação e menor eficiência do trocador. Os dois últimos problemas só valem para cervejas claras e filtradas.

O ideal é no fim da fervura fazer o whirlpool e deixar formar o trub quente e então resfriar o mosto no trocador de placas, esse tempo que o mosto fica parado na panela ate metade dele ser resfriado se chama "carga térmica" um tempo normal de carga térmica numa cervejaria é de 55 - 70.

Eu vi o pessoal nos comentários preocupados com a formação de DMS nesse tempo de carga térmica, mas na verdade esse não é o problema (a explicação para o dms é outra). Os problemas dessa carga térmica são dois, risco de contaminação (microorganismos se proliferam mais no calor, mas cervejas lupuladas estão bastante protegidas pois lulupo é um anti-bactericida natural) e o outro a oxidação já que calor é um catalizador da oxidação.

Alexandre Paz
 
Confesso que depois de ler essa longa (e muito proveitosa) discussão me preocupei com o que o ocorreu na minha última brassagem:

- Usei o Whirfloc, senão me engano, 2 pastilhas* pequenas para 20L e o mesmo não reagiu. Não formou nada. Ainda assim fiz Whirpool, em vão...Achei estranho isso, mas com cuidado transferi para o fermentador e no fundo da panela sobrou pouquíssima borra/trub.

Ontem fiz a última medição da minha Chocolate Oatmeal Stout e aproveitei para experimentar e me parece (pelo menos ao meu não tão aguçado paladar) ter qualquer comprometimento mais grave no sabor. Turbidez não me preocupa, pois a cerveja ficou bem escura dada a proporção de maltes torrados que usei.

Minha intenção é continuar cuidando para que o trub não vá para o fermentador, mas se for, nem tudo estará tudo perdido!!!

*Lembro de ter visto no BeerSmith uma unidade de medida para o Whirfloc e por isso usei 2 pastilhas de um total de 5 no pacote.
 
Eu não uso whirlfloc. Apenas faço o whirlpool. Tem que fazer o redemoinho bem forte, girando todo o mosto (com cuidado para evitar acidentes). Aguardo em torno de 15 minutos (para o trub assentar) e inicio o resfriamento.
O mosto sai limpinho. Praticamente zero trub.
 
Alguém já testou pra ver se existe alguma diferença na formação do cone do trub fazendo o whirpool imediante após à fervura (c/ o mosto quente) ou depois do resfriamento com um chiller de imersão?

Eu inicio o resfriamento imediatamente após a fervura, faço movimentos circulares durante todo o resfriamento para ajudar a esfriar mais rápido. Depois eu paro, tiro o chiller, faço o whirpool e espero de 30min a 1h pra decantar (geralmente vou fazer outra coisa). Fervo afu, resfrio bem rápido, dá um choque térmico legal e a cerveja fica TRI limpinha. Começo a sifonar por cima e ela tá bem limpinha. Só que, quando chego no final, o trub tá todo espalhado pela panela. Se é uma cerveja com bastante lúpulo, tipo uma IPA com 150g/200g de lúpulo (20L), até fica um montinho mais gordinho no centro da panela… mas chego a perder 5l, 6l, é uma tristeza….
 
Fala Galera.

Queria dar meu testemunho aqui sobre resfriamento.

Eu não possuo chiller. Todas as minhas levas são resfriadas a temperatura ambiente.

Até agora venho obtendo resultados muito bons, tenho muito o que melhorar mas até então acho que o fato de eu não resfriar a cerveja não tem trazido nenhum off-flavour. O aroma de lúpulo é um problema, preciso compensar no Dry-hopping para conseguir um aroma legal.

O pulo do gato se você quer fazer uma cerveja sem resfriar é o fermentador. Tem de estar hermeticamente fechado, não pode entrar ar. A turma na Austrália usa aquelas bombonas alimenticias para guardar o mosto e depois de frio eles passam para o fermentador e fazem o pitching do fermento. Tem casos que o pessoal estocou mosto por 4 meses e fez cerveja com ele depois e ficou boa, sem problemas. Se fizer esse procedimento ainda deixa o trub prá trás e leva só o filét do mosto para o fermentador

Por que funciona? Por que vc vai jogar mosto a quase 100C num recipiente sanitizado e totalmente fechado, a chance de ter uma bactéria lá dentro é muuito remota.

Eu pessoalmente estou usando esses fermentadores aqui? eles vedam super bem. Eu jogo o fermento direto neles depois.

Para quem acha que vai contaminar responda. O que é melhor ?

Fazer Whirlpool esperar 20 min e jogar o mosto quente no fermentador em 5 min e fechar​

Fazer Whirlpool esperar 20 min, passar pelo chiller por 20 min com o balde aberto jogando o mosto bem do alto para ajudar a oxigenar e depois fechar o balde?​

Resumindo. Não resfriar o mosto é a solução de todos os problemas? NÃO. Mas considero uma técnica táo válida como qualquer outra.

Um abraço
Gabriel
 
Você conhece aroma de DMS ou já deu a cerveja para alguém que conheça provar?

Abraço!
 
Sobre as considerações do pessoal, andei lendo sobre chill haze porque uma saison que fiz teve esse "problema". Como usei chiller de placas eu acho que foi pela formação do cold break no fermentador. Vi que ao oxigenar o mosto pré pitching, o cold break que tá se formando e caindo no fermentador acaba subindo junto com aquela espuma que se forma no topo. Daí bastava usar uma escumadeira ou uma peneira (sanitizada) para remover a espuma junto com o cold break. Não usei a técnica ainda mas depois testo e digo o resultado!

Sobre parte do hot break ir para a fermentação, sempre que vamos abrir o fermentador tem uma espuma esverdeada nas laterais do fermentador. Também ao coletar o fermento e lavar para guardar sempre decantam partículas de lúpulo no fundo do pote (exatamente o que precisamos descatar). Isso mostra que pelo menos uma parte do lúpulo passou para o fermentador. Não sei se é possível o lúpulo passar sem um pouco de hot break ou se ele vai mesmo é com o cold break. A minha dúvida aqui é a seguinte, será que a cerveja se beneficia desse lúpulo que passa? Será que só gera aspectos ruins como um amargor mais áspero (e realmente gera)? Eu acho que além do fator benéfico de proteção natural do lúpulo, poderia melhorar o aroma de lúpulo pelo contato com o mosto fermentando.

Até para lavar e guardar o fermento depois de terminada a cerveja, eu acho que um pouco de lúpulo no pote (o certo é descartar o máximo possível) poderia ajudar a proteger o fermento de contaminação.

Não sei se estou falando besteira. Não falo por conhecimento de causa mas só por curiosidade científica do processo.
 
Pessoal, desculpe desencavar o topico.. maaaaaasss

e quem resfria com trocador de placas, como fazer para se livrar do cold break?

fazer WP a quente para separar o trub > resfriar > fazer outro WP pra separar o coldbreak?
 
As primeiras vezes eu fazia o whirlpool a quente e ia resfriando direto para o fermentador. Como o mosto ficava parado, quase não levava o cold break junto.
Depois descobri que assim, uma grande parte do mosto ficava por um longo período ainda quente e passei a fazer o processo como tu descreveu.
Apesar de conseguir um bom acúmulo do trub, não consigo me livrar totalmente dele. Como fico recirculando o mosto, o trub não acumula tão bem como antes e sempre vai alguma coisa pelo trocador. O que vai para fermentação não chega a ser problema pois é pouco e decanta mas, o que fica dentro do trocador é complicado.
Costumo lavar logo após o uso e submeter o trocador a algumas fervuras antes de guardar. É considerável a quantidade de sujeira que sai e nunca se tem a certeza de que está completamente limpo.
 
acho que me expressei mal
eu não devolvo o mosto resfriado para panela onde tem o mosto quente.

faço WP quente, separo o trub fazendo sifão do mosto para uma panela limpa.
daí resfrio da panela pelo trocador de placas para o fermentador.
Percebo que no fermentador tem o cold break. Neste mosto resfriado, como separar do coldbreak? ou depois de formado ele vai decantar e nunca mais me encher o saco?
 
acho que me expressei mal
eu não devolvo o mosto resfriado para panela onde tem o mosto quente.

faço WP quente, separo o trub fazendo sifão do mosto para uma panela limpa.
daí resfrio da panela pelo trocador de placas para o fermentador.
Percebo que no fermentador tem o cold break. Neste mosto resfriado, como separar do coldbreak? ou depois de formado ele vai decantar e nunca mais me encher o saco?

O cold break decanta. Como ele se forma quando o mosto resfria, se tu usa chiller de placas direto pro fermentador ele vai se formar depois apenas, então só da pra separar se tu deixar o mosto resfriando na panela mesmo. Ou se tu resfriar pra algum recipiente e depois transferir pro fermentador... mas isso ja se torna perigoso..
 
Se tu tiver um fermentador conico é so fazer uma purga pra tirar o cold break, se tu fermenta em balde deixa o cold break quieto na dele que ele vai ficar no fundo do balde...
 
Pessoal, existem muitas teorias quanto ao whirpool? Pensei em unir duas teorias: assim que desligar o fogo, inicio o resfriamento com o chiller de imersão e, junto à ele, ligo a bomba de recirculação, mandando o mosto tangencialmente na panela para que o whirpool seja feita lentamente durante todo o processo de resfriamento. Alguém já fez assim? O que vocês acham desta forma?
Abraços.
 
Pessoal, existem muitas teorias quanto ao whirpool? Pensei em unir duas teorias: assim que desligar o fogo, inicio o resfriamento com o chiller de imersão e, junto à ele, ligo a bomba de recirculação, mandando o mosto tangencialmente na panela para que o whirpool seja feita lentamente durante todo o processo de resfriamento. Alguém já fez assim? O que vocês acham desta forma?
Abraços.
Muita gente faz assim..... eu faço no meu equipamento mais automatizado, e Jamil Zainasheff (autor americano) foi um dos primeiros a fazer isso, mostrando no famoso artigo "Whirlpool chiller".

Essa é a melhor técnica que existe para resfriamento com chiller de imersão.... a eficiência de resfriamento quase se equipara a um chiller de placas, só que com as inúmeras vantagens do chiller de imersão.

Abraço,
 
Guenther, utilizando esse método de whirpool com recirculação, a que altura teria que ficar a torneira para a entrada do mosto na panela?

Teria como ser numa altura compatível com a recirculação durante a brassagem e clarificação, dessa forma podendo fazer tudo com as mesmas torneiras?

Muito obrigado!
Abraços!
 
Guenther, utilizando esse método de whirpool com recirculação, a que altura teria que ficar a torneira para a entrada do mosto na panela?

Teria como ser numa altura compatível com a recirculação durante a brassagem e clarificação, dessa forma podendo fazer tudo com as mesmas torneiras?

Muito obrigado!
Abraços!
Cara, pode.... a altura desse caso não vai fazer grande diferença. Já testei o "whirlpool chiller" com retorno alto, retorno baixo... etc, e dá tudo na mesma. O importante é a agitação durante o resfriamento, pois isso faz com que sempre tenha mosto quente trocando calor com o chiller.

Mas nesse caso tu queres usar a mesma panela pra mosturar, filtrar, e depois fazer a fervura?

Abraço!
 
Isso, Guenther! A ideia é utilizar uma panela com fundo falso com uma torneira embaixo pra extração do mosto e uma mais na metade da panela pra recirculação e whirpool. Aí eu faria a mosturação nela, recircularia, drenaria o mosto para um balte, faria o sparge coma água aquecida em outra panela), colocaria o mosto de volta na panela inicial (já sem o fundo falso e sem o malte, é claro), ferveria e faria o whirpool juntamente com o resfriamento.

Não é uma ideia absurda, né?

Eu já tenho feito algo mais ou menos assim, só que ao invés do fundo falso, é uma mash bag, e também não uso bomba para recirculação e whirpool.

Abraços!
 
Amigos, sou novo no forum, na realidade primeira postagem.
Eu faço cerveja desde 2009, já fiz uma série de levas considerável e sempre me pergunto qual das técnicas utilizar, se resfrio o mosto e depois separo o trub ou se faço ao contrário. Hoje, na maioria das vezes para não dizer quase todas, eu faço o whirpool logo que desligo o fogo, deixo descansar por 15 min e começo o resfriamento com um chiller de contra-fluxo. Consigo resfriar 40 litros de cerveja em em aproximadamente 20 mim. Sempre fiquei com a dúvida de qual processo é melhor em função do DMS, da formação do cold break e da perda de aromas do lúpulo pela temperatura alta após desligar o fogo. O que eu concluí:
- Apesar de vários "homebrew" experientes falarem na formação de DMS não vejo muita lógica, isto porque o DMS (C2H6S) possui um ponto de ebulição de 37˚C, desta forma ele continuaria sendo evaporado mesmo depois que o mosto não esta mais fervendo.
- O cold break que pode ir para o fermentador se precipita para o fundo, sendo assim, como uso fermentados cônico, nas cervejas ALE, retiro um pouco do mosto umas 24h depois da inoculação e nas lagers sinceramente nunca notei diferença significativa. Outra questão é que quando resfriamos antes, existem outras partículas que entram em suspensão com o frio, sendo assim, com ele quente eu as retiraria e frio não. Sinceramente não sei o que é melhor.
- Quanto ao aroma esse sim ao meu ver sofre maior impacto, mas pode ser amenizado com uma adição mais tardia dos lúpulos de aroma.
Bom esta é minha opinião muito baseada na observação de tentativa e erro. Estou tentando uma análise laboratorial, dividindo uma leva em duas fervuras e resfriar uma com e uma sem trub e analisar se há diferença de DMS(presença ou ausência) e partículas sólidas para tentar encontrar a melhor técnica. Tenho um amigo bioquímico, dono de uma farmácia de manipulação, caso consiga realizar esta análise, posto aqui.
Eu noto é que com o resfriamento do trub o cone nunca fica tão bem formado quando quente e acabo perdendo mais mosto.
Abraços
Diego
 
Cara, funciona. Existem cervejarias que fazem algo parecido com isso. A única coisa é que talvez isso removesse praticamente todo o cold-break, e segundo alguns autores isso pode não ser bom: http://morebeer.com/brewingtechniques/library/backissues/issue2.2/barchet.html

A questão é, tu precisa disso? Atualmente tens problema com trub?

Abraço!

Guenter, e se então fizesse isso apenas uma ou duas horas depois de colocado no fermentador? não removeria todo esse cold-break, o mosto já estaria mais frio e eu drenaria o "mais grosso".
E caso eu já tenha adicionado a levedura, ela sairia junto?
 
Amigos, sou novo no forum, na realidade primeira postagem.
Eu faço cerveja desde 2009, já fiz uma série de levas considerável e sempre me pergunto qual das técnicas utilizar, se resfrio o mosto e depois separo o trub ou se faço ao contrário. Hoje, na maioria das vezes para não dizer quase todas, eu faço o whirpool logo que desligo o fogo, deixo descansar por 15 min e começo o resfriamento com um chiller de contra-fluxo. Consigo resfriar 40 litros de cerveja em em aproximadamente 20 mim. Sempre fiquei com a dúvida de qual processo é melhor em função do DMS, da formação do cold break e da perda de aromas do lúpulo pela temperatura alta após desligar o fogo. O que eu concluí:
- Apesar de vários "homebrew" experientes falarem na formação de DMS não vejo muita lógica, isto porque o DMS (C2H6S) possui um ponto de ebulição de 37˚C, desta forma ele continuaria sendo evaporado mesmo depois que o mosto não esta mais fervendo.
- O cold break que pode ir para o fermentador se precipita para o fundo, sendo assim, como uso fermentados cônico, nas cervejas ALE, retiro um pouco do mosto umas 24h depois da inoculação e nas lagers sinceramente nunca notei diferença significativa. Outra questão é que quando resfriamos antes, existem outras partículas que entram em suspensão com o frio, sendo assim, com ele quente eu as retiraria e frio não. Sinceramente não sei o que é melhor.
- Quanto ao aroma esse sim ao meu ver sofre maior impacto, mas pode ser amenizado com uma adição mais tardia dos lúpulos de aroma.
Bom esta é minha opinião muito baseada na observação de tentativa e erro. Estou tentando uma análise laboratorial, dividindo uma leva em duas fervuras e resfriar uma com e uma sem trub e analisar se há diferença de DMS(presença ou ausência) e partículas sólidas para tentar encontrar a melhor técnica. Tenho um amigo bioquímico, dono de uma farmácia de manipulação, caso consiga realizar esta análise, posto aqui.
Eu noto é que com o resfriamento do trub o cone nunca fica tão bem formado quando quente e acabo perdendo mais mosto.
Abraços
Diego
Tendo uma fervura razoável e com tampa aberta, DMS é algo que não precisamos nos preocupar.

Já o cold-break é benéfico em quantidades pequenas, mas pode gerar chill-haze em grandes quantidades.

Sobre fazer whirlpool antes ou depois do resfriamento, pode-se fazer das duas formas. Geralmente o cone de trub se forma melhor se feito a quente, pois o cold-break não está coagulado, e então durante o resfriamento ele cai por cima do cone... ou seja... fica um cone de trub quente (essencialmente feito de lúpulo e outros compostos "ásperos"), e cai uma camada de cold-break por cima (sendo que o cold-break é proteína, extremamente liso e escorregadio).

Por tudo que li e testei até hoje, cold break é algo que eu simplesmente não ligo pois na maioria dos casos eu resfrio dentro da panela, e nos casos onde eu resfrio direto para o fermentador, são em cervejas que uma leve turbidez a frio não faria a mínima diferença.

Abração,
 
Guenter, e se então fizesse isso apenas uma ou duas horas depois de colocado no fermentador? não removeria todo esse cold-break, o mosto já estaria mais frio e eu drenaria o "mais grosso".
E caso eu já tenha adicionado a levedura, ela sairia junto?
Eu faria (já fiz) depois de várias horas, tipo 4 horas, e retirei somente o excesso, a parte mais grossa.... mas sinceramente, fiz isso pra drenar essencialmente o excesso de trub normal, não cold-break... pois como eu quase sempre resfrio dentro da panela, a quantidade que vai para o fermentador já é bem menor, e uma quantidade razoável é benéfica para o fermento.

De qualquer maneira, o único cônico que tive eu vendi, pois como não reaproveito, eu vejo muito mais desvantagens do que vantagens em usar cônico. Só usaria novamente se tivesse oportunidade de comprar um auto-refrigerado por preço razoável.

Abraço,
 
Eu passei a usar o no chill e só posso falar bem dele.
Fiz 3 lotes com essa técnica e nenhum deles ficou com DMS ou qualquer outro off flavour.

Na verdade a única coisa que eu notei de diferença é o amargor, como o lupulo fica mais tempo no mosto quente, ele continua a acrescentar amargor. Tinha ouvido sobre isso antes de começar com o No chill e pude notar essa diferença de amargor nesse primeiro lote. coisa que foi facil corrigir nos outros. Apenas diminui a quantidade de lupulo e tudo perfeito.

To bem contente com essa técnica. Não tem toda essa coisa de DMS, Chill Haze que falam não. Na verdade a última leva que fiz eh de uma cream ale que terminou de fermentar semana passada (ficou 7 dias fermentando) e mesmo antes de colocar ela pra maturar já esta bem clarificada, sem adicionar nada de especial, apenas fiz whirpool, uma infusão simples com rampas e no chill.
 
Eu acho é uma opção, mas não tem absolutamente nenhuma vantagem, e definitivamente aumenta as chances de DMS, chill-haze, etc. Pode não acontecer pra uns, mas pra outros sim. Outra coisa sobre o DMS é a percepção de cada um.

Uma coisa é certa... aroma de lúpulo nesse caso, só com dry-hopping.

Resumindo, é uma opção pra quem quer menos trabalho... mas não recomendo de maneira nenhuma.

Abraço,
 
Boa noite confrades.
Revitalizando o tópico após sua leitura, a qual desfez alguma dúvidas, tenho uma pergunta para saber com a experiência de vocês qual a melhor opção. Desde já agradecendo a colaboração.

Qual o melhor momento para se fazer o whirlpool para quem usa o chiller de imersão?

Na espera para formação do trub antes de esfriar o mosto, o tempo e as aplicações dos lúpulos não sofrerão alteração em suas características sensoriais? Como fazer esses cálculos dos momentos de adição dos lúpulos para uma previsão correta de IBU e intensidade de aroma?

Teria um bom resultado com os seguintes procedimentos:
1- Colocar o Chiller no final da fervura para esterilizar;
2- Desligar o fogo;
3- Levantar o Chiller;
4- Fazer o whirlpool por 1 minuto;
5- Recolocar o Chiller na panela;
6- Iniciar o resfriamento concomitantemente com a decantação do trub;
7- Transferir para o fermentador.

Conseguirei um resultado satisfatório em relação ao trub e ao aproveitamento dos lúpulos corretamente?

Abraços.
 
Boa noite confrades.
Revitalizando o tópico após sua leitura, a qual desfez alguma dúvidas, tenho uma pergunta para saber com a experiência de vocês qual a melhor opção. Desde já agradecendo a colaboração.

Qual o melhor momento para se fazer o whirlpool para quem usa o chiller de imersão?

Na espera para formação do trub antes de esfriar o mosto, o tempo e as aplicações dos lúpulos não sofrerão alteração em suas características sensoriais? Como fazer esses cálculos dos momentos de adição dos lúpulos para uma previsão correta de IBU e intensidade de aroma?

Teria um bom resultado com os seguintes procedimentos:
1- Colocar o Chiller no final da fervura para esterilizar;
2- Desligar o fogo;
3- Levantar o Chiller;
4- Fazer o whirlpool por 1 minuto;
5- Recolocar o Chiller na panela;
6- Iniciar o resfriamento concomitantemente com a decantação do trub;
7- Transferir para o fermentador.

Conseguirei um resultado satisfatório em relação ao trub e ao aproveitamento dos lúpulos corretamente?

Abraços.

Cara, na minha opinião um dos melhores cenários possíveis pro aproveitamento do aroma do lúpulo adicionado no final da fervura é quando se usa chiller de imersão. Ele resfria o mosto inteiro de maneira uniforme, de modo que vc não tem uma parcela de mosto quase fervendo na panela até o fim da fervura. Então se vc fizer de forma eficiente, não precisa se preocupar quanto à isso.

Em relação ao seu procedimento proposto, desaconselho vc a colocar o chiller e depois retirar ele pra colocar novamente depois. O chiller vai esquentar a 100ºC rapidamente, vc estará lidando com um pedaço de metal nessa temperatura, isso se torna perigoso... quando vc levantar ele deve pingar um monte de mosto e fazer maior sujeira

Então assim, dá pra fazer whirpool com o chiller dentro, dependendo do formato do chiller. Se vc fizer e não der um cone legal, eu deixaria de fazer o whirpool no inicio do resfriamento e faria apenas no final, retiraria o chiller e então faria o whirpool, deixando a panela tampada descansando por uns 20 minutos pelo menos pra assentar.

Se vc tem uma bomba, pode mecanizar o whirpool instalando um braço no interior da panela pra que o whirpool seja feito enquanto resfria, isso corta o tempo de resfriamento pela metade também.
 
Se vou fazer tudo manualmente, sem auxílio de bomba para whirlpool, e eu quiser todo o aroma POSSÍVEL E IMAGINÁVEL....

- Apaga o fogo
- Faz whirlpool e com ele ainda girando coloca o chiller.
- Deixa resfriar até o fim e drena tudo.

Em relação à sanitização do chiller, aí sinceramente é gosto pessoal.

Eu particularmente sanitizo meus chillers de imersão com sanitizante normal, borrifando minutos antes de utilizar, pois confio nessa técnica já que sou BEM metódico e repetitivo com esse tipo de coisa, ou seja, sempre depois que eu uso, eu lavo e inspeciono, e SANITIZO antes de guardar, e ele seca completamente (bactérias que fazem mal à cerveja dificilmente se desenvolvem em coisas secas e arejadas), e então, quando vou usar, eu lavo e sanitizo tudo NOVAMENTE.

Se alguma bactérica conseguir se criar num metal seco, limpo, e que recebeu sanitização antes de secar... e depois recebeu mais sanitizante antes de usar, e depois ainda por cima foi mergulhado em um mosto a quase 100 graus..... e se ainda por cima for um tipo de bactéria que realmente cause mal pra cerveja... cara, essa bactéria tem seus méritos.

Digo "bactérias que fazem mal à cerveja" porque todos os nossos mostos tem bactérias do ar, de saliva ao falarmos perto da panela, etc... a questão é que essas bactérias normalmente não fazem estrago na cerveja a ponto de gerar qualquer flavor que ultrapasse nossa sensibilidade.

Abraço,
 
Pessoal, fiz minha 1ª brassagem ontem, hehe altos imprevistos aconteceram. Mas enfim o que mais tá me procupando é que não consegui fazer o cone de Trub, então foi muito mas muito trub msm pro fermentador. O que devo fazer deixar assim msm ou transferir o mosto para outro fermentador e tentar fazer o whirlpoll denovo? Hj fui ver o fermentado e tem uma boa cama de sedimentos no fundo...
 
Pessoal,

Esta discussão sobre trub ou não-trub no fermentador é muito interessante. Eu achei este blog que o cara fez uma experiência bem elucidativa. O resultado dele é que há alguma diferença no final, mas não para pior. Inclusive, a cerveja fica mais clara.

http://brulosophy.com/2014/06/02/the-great-trub-exbeeriment-results-are-in/

Eu até agora estava evitando o máximo possível de passar o trub para o fermentador. Vou repetir a experiência por mim mesmo para ver, mas parece que o trub no fermentador é um problema menor, se é que é um problema.

Desde que eu comecei a usar um trocador de calor de placas, eu também logo passei a usar o hop-bag para minimizar a retenção de detritos, e não tive problemas com entupimento. Mas igual estava deixando 10% no fundo de cold-break.

abraços

Guto
 
Pessoal,

Esta discussão sobre trub ou não-trub no fermentador é muito interessante. Eu achei este blog que o cara fez uma experiência bem elucidativa. O resultado dele é que há alguma diferença no final, mas não para pior. Inclusive, a cerveja fica mais clara.

http://brulosophy.com/2014/06/02/the-great-trub-exbeeriment-results-are-in/

Eu até agora estava evitando o máximo possível de passar o trub para o fermentador. Vou repetir a experiência por mim mesmo para ver, mas parece que o trub no fermentador é um problema menor, se é que é um problema.

Desde que eu comecei a usar um trocador de calor de placas, eu também logo passei a usar o hop-bag para minimizar a retenção de detritos, e não tive problemas com entupimento. Mas igual estava deixando 10% no fundo de cold-break.

abraços

Guto

Opa bom saber, engarrafei minha leva no sábado e parece que ficou muito boa. Com relação ao trub que foi pro fermentador decantou tudo e passei a leva bem limpa pro maturador. No final antes de engarrafar, e apesar de estar sem gás, a aparência, o sabor e o aroma me agradaram muito. Agora vamos ver se vou acertar na carbonatação com o priming.
 
Aí galera cerva ficou TOP, limpinha e não identifiquei nenhum off flavor crítico. Mas é claro que possui , pois primeira brasagem já viu né... E a minha tive vários contratempos.

Fernando
No fermentador: American Brown Ale
Engarrafado: IPA
 

Attachments

  • IMG_20150729_190629.jpg
    IMG_20150729_190629.jpg
    152.4 KB · Views: 148
Tenho feito whirlpool, resfriado e transferido para o fermentador principal. O q sobra com o trub levo até a última gota (com peneira chinoy sanitizada) para um fermentador menor, até mesmo garrafas pet, e inoculo uma quantidade menor do fermento seco reidratado nelas. Fiz cinco lotes assim, e não percebi diferenças. Marco as tampinhas do lote trubby para ver diferenças depois. No último lote, uma dry stout, levei 11 litros para o baldinho de 12, e 3 litros em garrafa pet. Não vejo pq, após tanto trabalho, jogar fora.
 
Outra coisa, minha torneira ficou relativamente alta, não lembro exatamente quanto, se uns 3 cm.
 
Back
Top