Proporção H2O/Malte

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Kurt1

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Jun 10, 2013
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Pessoal, quero colocar aqui uma discussão que tivemos em outro forum uma vez e que muitos ainda estão testando.

No livro do Horst Dornbusch (Bavarian Helles) existem algumas informações muito interessantes, entre elas, algo sobre a consistência (concentração) da brassagem, o que acabou mudando minha forma de brassar.

A informação é de que a atividade proteolítica das proteases ocorre de forma muito mais intensa quando a brassagem é bem consistente (proporção em torno de 2:1, ou seja, 2 partes de água para 1 de grãos). Por outro lado, a atividade de sacarificação por parte das amilases (alfa e beta) é muito mais intensa quando a consistência é menor, em torno de 3:1. Segundo o autor, nesta concentração a conversão total do amido pode ocorrer em apenas 20 minutos.

Em dúvida, fiz o teste em uma Helles. Fiz o mash in com 10L de água (2:1) e adicionei mais água quente (90°C) para diluir a solução e aumentar a temperatura (3,2:1). Resultado: conversão total em 20 minutos. Isso reduziu meu tempo de brassagem, mesmo tendo feito uma parada proteica.

Sei que muitos já tem uma conversão total em pouco tempo naturalmente e não precisam mudar qualquer processo, mas fica a informação. Aliás, eu faço parada proteica em todas as minhas cervejas desde então e a grande vantagem é poder mudar de rampa instantaneamente. Assim, não tenho brassagens que durem mais de uma hora. :rockin:
 
Cara, já li sobre isso, mas faz algum tempo já.

Como eu faço muitas cervejas fortes, ao longo do tempo uma coisa que percebi é que uma mosturação mais longa é vital nesse caso, aumenta bastante a eficiência, e no caso de cervejas fortes muitas vezes tempos que fazer uma mosturação bem densa, na casa dos 2:1 como tu disse, justamente pela grande quantidade de malte. Ou seja, aparentemente a prática é bem como tu citou a teoria.

No entanto, eu sinceramente nunca faço mosturação com menos de 1h30 pois sinceramente não confio muito no teste do iodo. Não confio porque, por um lado, se o teste diz que ainda não converteu tudo, beleza, mas se ele diz que sim, converteu..... isso não garante que converteu tudo. Muitas vezes ainda há malte na panela que não foi devidamente convertido só que isso não aparece na amostra que se retira para fazer o teste. Já comprovei isso em muitos casos, tanto no meu quanto no equipamento dos outros, e o principal sintoma é justamente quando a eficiência fica abaixo do esperado.

Abração!
 
Eu tenho feito neste formato que o Kurt propõe. A conversão é bem rápida (geralmente em 30 min o teste já dá negativo para amido). Eu sempre deixo um tempo a mais por garantia. As densidades sempre tem sido as planejadas e até superiores.
Por achar que a espuma da cerveja não estava com uma boa retenção, só tenho feito o repouso proteico quando uso grãos que exigem isto.
Costumo mexer a mistura com frequência pois assim consigo manter a temperatura homogênea e os grãos sempre em contato com o líquido. Acho que isto reduz os problemas que o Guenther relatou. Um dia ainda vou ter um agitador motorizado.
 
Eu não uso repouso proteico de jeito nenhum...só se tiver muito adjunto ou trigo......fiz uma vez o repouso e a cerveja parecia somrisal, terrível.....
Faço mosturação de aprox. 1h à 1h e meia...
 
Para cervejas dentro de parâmetros "normais" (entende-se como aquelas sem extremos em densidade), tenho feito uma parada proteica de 15 min e sacarificação de 30 min. Depois é mash out e fim de papo.

Levo uma hora para fazer tudo.
 
Uso o sistema de Cooler plastico e minha temperatura fica estável por um bom tempo. Sempre uso a proporção de 3:1 e tenho tido ótimos resultados usando single step 68 C e sem mash out. Com menos de 1 hora faço todo o processo de brassagem e (como meu equipamento é pequeno 9,5 litros) em 4 horas a cerveja já está no fermentador.
Não costumo fazer muita agitação durante a brassagem e mesmo assim minha eficiência tem ficado em 72% - 75% que eu considero bom.
O resultado final das cervejas não poderia ser melhor. Com o equipamento pequeno e o tempo reduzido, não fico "fadigado" no final da brassagem e diminuo os erros.
 
Eu achei um pessoal dos EUA que fez um estudo dos dois pontos: tempo de mosturação e proporção agua/malte. Sobre o tempo de mosturação, eles mostram que após 90 minutos o aumento da eficiência e da conversão é mínimo. Sobre a quantidade de agua, eles mostram que um mosto mais "fino" (com mais agua - até 5 L/kg) produz uma eficiência significantemente maior do que um mosto mais "grosso" (2,57L/kg).
Eles também mostram outras variáveis como ph, temperatura e espaçamento dos rolos do moedor e como elas influenciam a eficiência.
Para quem quiser ver mais
 
Eu achei um pessoal dos EUA que fez um estudo dos dois pontos: tempo de mosturação e proporção agua/malte. Sobre o tempo de mosturação, eles mostram que após 90 minutos o aumento da eficiência e da conversão é mínimo. Sobre a quantidade de agua, eles mostram que um mosto mais "fino" (com mais agua - até 5 L/kg) produz uma eficiência significantemente maior do que um mosto mais "grosso" (2,57L/kg).
Eles também mostram outras variáveis como ph, temperatura e espaçamento dos rolos do moedor e como elas influenciam a eficiência.
Para quem quiser ver mais

Esses testes que vc apresentou são interessantes mas eles buscam resultados em termos de eficiência. Muito legais, por sinal, e que estão relacionados ao tempo já que ninguém vai deixar por tempo indeterminado até chegar à conversão total.
 
Adicionando:::
Mash mais "molhado" ex: 4:1 - produz-se cervejas mais encorpadas e menos alcoólicas...
Maha mais "seco" ex: 2:1 - as cervejas ficam menos encorpadas, mas mais alcoólicas.
Justamente porque com um mosto mais diluido, a alfa amilase trabalha melhor e em mosto menos diluido as proteases e a beta amilase são mais eficientes...
Dá um trabalho mas realmente a eficiencia fica melhor quando começa com uma proporção menor de água malte no incio e depois na sacarificação dilui-se o mosto...
abç
 
Interessante esse post do Kurt. Já tinha acompanhado a discusão em outro forum mas sempre é bom rever pois agora estou achando que estou perdendo muito tempo na brassagem, geralmente fica em torno de 1:30 a 2 horas. Isso em cervejas que estou tentando deixá-las bem seca privilegiando a rampa de 62ºC. Na próxima vou testar, preciso diminuir esse tempo, está aumentando muito o tempo total do processo.
 
Kurt, eu faço BIAB, como funcionaria fazer uma receita com esse sistema usando 10 litros? Em que momento eu acrescentaria mais água? somente na fervura?
 
Vou repetir minha pergunta do outro tópico, acho que ela se enquadra nos dois: "Tem muita diferença em fazer o mash principal com 62 ou 65? levando em conta que não seria rampa única?"
 
Via de regra, a velocidade de conversão é proporcional à temperatura (até os 70ºC).
Quando quero cervejas mais secas, trabalho na faixa dos 64-65 ºC. Nesta faixa o mosto é bastante fermentável, a velocidade de conversão é bem alta (com diluição e ph ideais) e o rendimento é bem interessante. Acima dos 65ºC tu já vais reduzir a fermentabilidade do mosto, pelo aumento da conversão pela alfa-amilase.
 
Kurt, eu faço BIAB, como funcionaria fazer uma receita com esse sistema usando 10 litros? Em que momento eu acrescentaria mais água? somente na fervura?

David, a diferença na diluição só existe da fase de conversão enzimática, cuja atividade que só ocorre durante a mosturação (mash). Se for adicionar água, deverá ser no momento de mudar de uma rampa anterior para uma rampa de sacarificação. Isso funciona para qualquer sistema, inclusive no BIAB.
 
Via de regra, a velocidade de conversão é proporcional à temperatura (até os 70ºC).
Quando quero cervejas mais secas, trabalho na faixa dos 64-65 ºC. Nesta faixa o mosto é bastante fermentável, a velocidade de conversão é bem alta (com diluição e ph ideais) e o rendimento é bem interessante. Acima dos 65ºC tu já vais reduzir a fermentabilidade do mosto, pelo aumento da conversão pela alfa-amilase.

Obrigado ZeRosa,
Então não tem necessidade para ficar no 62?
 
então vamos lá. Durante a fase da parada proteica se eu tiver 7kg de grãos, vou trabalhar com 14 litros de água, enquanto isso vou deixar água esquentando, e quando for partir para a sacarificação faz o acréscimo de mais 7 litros. Então eu ficaria com algo próximo de 20 litros na panela. Hoje em dia costumo colocar 29 litros de água (sempre no BIAB) e acabo tendo como resultado 15 a 16 litros engarrafados. Se eu usar este esquema de 14 litros, depois acrescentar mais 7 para sacarificação, e depois acrescentar mais 10 litros para a fervura isso iria baixar muito a densidade e prejudicar a cerveja?
 
então vamos lá. Durante a fase da parada proteica se eu tiver 7kg de grãos, vou trabalhar com 14 litros de água, enquanto isso vou deixar água esquentando, e quando for partir para a sacarificação faz o acréscimo de mais 7 litros. Então eu ficaria com algo próximo de 20 litros na panela. Hoje em dia costumo colocar 29 litros de água (sempre no BIAB) e acabo tendo como resultado 15 a 16 litros engarrafados. Se eu usar este esquema de 14 litros, depois acrescentar mais 7 para sacarificação, e depois acrescentar mais 10 litros para a fervura isso iria baixar muito a densidade e prejudicar a cerveja?

Não, ficaria a mesma coisa, porque os volumes são os mesmos, vc só estaria permitindo que as enzimas de sacarificação (beta-amilases) trabalhassem em ambiente mais propício, aumentando a velocidade de conversão. A única diferença é que vc adiciona parte da água que vc colocaria no final, durante a mudança de rampas.
 
para quem não tem habilidades sensoriais de degustação... rsrs
Quais marcas/estilos (não muito diferentes) são exemplos claros de "cervejas secas" e quais são de "cervejas encorpadas" para podermos experimentar e entender de vez a diferença?
 
para quem não tem habilidades sensoriais de degustação... rsrs
Quais marcas/estilos (não muito diferentes) são exemplos claros de "cervejas secas" e quais são de "cervejas encorpadas" para podermos experimentar e entender de vez a diferença?

Opa ! Essa pergunta também me interessa !!!
 
para quem não tem habilidades sensoriais de degustação... rsrs
Quais marcas/estilos (não muito diferentes) são exemplos claros de "cervejas secas" e quais são de "cervejas encorpadas" para podermos experimentar e entender de vez a diferença?


Olha, acho que bons exemplos é a A Guiness, uma dry stout, e uma Imperial Stout. Sente o peso na língua que os dois exemplos vão te proporcionar.
 
Pessoal, desculpem reativar esse tópico, mas acho mais interessante aproveitar a discussão do que abrir um novo.

Pela leitura do tópico e com o que tenho visto em livros e em blogs, parece-me que não há muito consenso em relação à proporção ótima água x malte. Aparentemente, para a parada proteica, o melhor seria a relação de água 2 x 1 e para a sacarificação, o mosto um pouco mais diluído (se bem que nessa etapa, pelo que li, a beta amilase atuaria melhor em um mosto um pouco menos diluído e a alfa amilase em um mosto um pouco mais diluído).

O livro do Palmer cita a proporção ideal de 3 a 4 litros por quilo de malte. Segundo ele, "a proporção grão/água é o menos significativo fator influenciando a performance da mostura. Um mosto mais fino (mais de 4L/Kg) dilui a concentração relativa das enzimas, diminuindo a conversão, e leva a uma rápida desnaturação, mas em último caso levaria a um mosto mais fermentável, porque as enzimas não seriam inibidas pela alta concentração de açúcares. Já um mosto mais grosso (inferior a 2,5L/Kg) é melhor para a parada proteica e resulta em uma conversão mais rápida, mas os açúcares resultantes podem ser menos fermentáveis, resultando em uma cerveja mais doce, mais maltada".

Já o blog do Boden é taxativo a falar que a proporção ótima é de 2,5 L/Kg (2,44, para ser mais preciso). Num mosto muito diluído, "mais de 3L/kg as enzimas ficariam dispersas na água e sua conversão de amido em açúcar poderia ser prejudicada. Abaixo de 2L/kg, por outro lado, o mosto ficaria tão concentrado com tantos grãos que mexe-lo seria um verdadeiro tormento e a agitação ficaria prejudicada e novamente a questão da conversão poderia ser prejudicada."

Já o James Houston (achei o livro dele muito bom, perfeito para iniciantes), fala que "de forma geral, você quer de 2,4 a 3,8 L/Kg para ter uma boa mostura. A quantidade total de água é uma oportunidade de influenciar o caráter do seu mosto. Um mosto mais grosso (com uma proporção maior de malte para água) promove mais atividade proteolítica, enquanto um mosto mais fino promove mais atividade diastática".

Considerando tudo isso, poderia fazer a sacarificação com uma relação de 2,5 L/Kg e mesmo assim obteria um bom resultado? Minha maior preocupação com a brassagem que vou fazer é ter um mosto bem fermentável, então, ao privilegiar a beta amilase com a temperatura de 62-65ºC, conseguiria atingir o resultado esperado?

*As traduções foram livres, então pode ser que tenha errado algum termo no meio do caminho rsrs
 
Pessoal, desculpem reativar esse tópico, mas acho mais interessante aproveitar a discussão do que abrir um novo.

Pela leitura do tópico e com o que tenho visto em livros e em blogs, parece-me que não há muito consenso em relação à proporção ótima água x malte. Aparentemente, para a parada proteica, o melhor seria a relação de água 2 x 1 e para a sacarificação, o mosto um pouco mais diluído (se bem que nessa etapa, pelo que li, a beta amilase atuaria melhor em um mosto um pouco menos diluído e a alfa amilase em um mosto um pouco mais diluído).

O livro do Palmer cita a proporção ideal de 3 a 4 litros por quilo de malte. Segundo ele, "a proporção grão/água é o menos significativo fator influenciando a performance da mostura. Um mosto mais fino (mais de 4L/Kg) dilui a concentração relativa das enzimas, diminuindo a conversão, e leva a uma rápida desnaturação, mas em último caso levaria a um mosto mais fermentável, porque as enzimas não seriam inibidas pela alta concentração de açúcares. Já um mosto mais grosso (inferior a 2,5L/Kg) é melhor para a parada proteica e resulta em uma conversão mais rápida, mas os açúcares resultantes podem ser menos fermentáveis, resultando em uma cerveja mais doce, mais maltada".

Já o blog do Boden é taxativo a falar que a proporção ótima é de 2,5 L/Kg (2,44, para ser mais preciso). Num mosto muito diluído, "mais de 3L/kg as enzimas ficariam dispersas na água e sua conversão de amido em açúcar poderia ser prejudicada. Abaixo de 2L/kg, por outro lado, o mosto ficaria tão concentrado com tantos grãos que mexe-lo seria um verdadeiro tormento e a agitação ficaria prejudicada e novamente a questão da conversão poderia ser prejudicada."

Já o James Houston (achei o livro dele muito bom, perfeito para iniciantes), fala que "de forma geral, você quer de 2,4 a 3,8 L/Kg para ter uma boa mostura. A quantidade total de água é uma oportunidade de influenciar o caráter do seu mosto. Um mosto mais grosso (com uma proporção maior de malte para água) promove mais atividade proteolítica, enquanto um mosto mais fino promove mais atividade diastática".

Considerando tudo isso, poderia fazer a sacarificação com uma relação de 2,5 L/Kg e mesmo assim obteria um bom resultado? Minha maior preocupação com a brassagem que vou fazer é ter um mosto bem fermentável, então, ao privilegiar a beta amilase com a temperatura de 62-65ºC, conseguiria atingir o resultado esperado?

*As traduções foram livres, então pode ser que tenha errado algum termo no meio do caminho rsrs

Esse é um assunto que cada vez mais está sendo desafiado com os sistemas BIAB utilizando concentrações de malte/H2O cada vez mais diluídos.

Dizer que existe uma concentração ideal taxativa não pode ser levada a sério...

Sugiro a leitura do seguinte experimento:

http://brulosophy.com/2016/02/15/th...in-liquor-to-grist-ratio-exbeeriment-results/
 
Obrigado por compartilhar, Ronaldo. Achei muito bom o experimento, aparentemente a influência desse fator, água x malte, é pequena (ou não muito grande) no resultado final. Uma curiosidade: por conta do livro do Palmer, eu achava que o ideal era de 3 a 4 litros por quilo e jamais cogitaria mosturar com uma proporção menor do que 3, mas, agora, tenho a impressão de que muita gente usa o parâmetro dos 2,5 L/Kg.

Particularmente, isso é uma novidade boa, pois, com o tamanho da minha panela, posso me aventurar a aumentar um pouco a minha produção, inclusive foi esse fator que me levou a conhecer melhor o assunto.
 
Obrigado por compartilhar, Ronaldo. Achei muito bom o experimento, aparentemente a influência desse fator, água x malte, é pequena (ou não muito grande) no resultado final. Uma curiosidade: por conta do livro do Palmer, eu achava que o ideal era de 3 a 4 litros por quilo e jamais cogitaria mosturar com uma proporção menor do que 3, mas, agora, tenho a impressão de que muita gente usa o parâmetro dos 2,5 L/Kg.

Particularmente, isso é uma novidade boa, pois, com o tamanho da minha panela, posso me aventurar a aumentar um pouco a minha produção, inclusive foi esse fator que me levou a conhecer melhor o assunto.

Lembro que o Malcom Fraser, um dos Brulosophers, estará no III Congresso Técnico da Acerva Catarinense.
 
Lembro que o Malcom Fraser, um dos Brulosophers, estará no III Congresso Técnico da Acerva Catarinense.

Confesso que nunca tinha ouvido falar dos Brulosophers (na verdade, conheço poucos nomes ainda pela precocidade na arte cervejeira), mas eles devem ser bons, afinal, brassar uma cerveja especialmente para o casamento da irmã (como o autor do artigo que você enviou disse) requer coragem e competência, porque se ficasse ruim ele ouviria um monte pelo resto da vida dele haha

Eu preciso procurar conhecer a Acerva aqui do meu Estado (São Paulo). Será que o pessoal das acervas acompanha o fórum?

Abraços!
 
Confesso que nunca tinha ouvido falar dos Brulosophers (na verdade, conheço poucos nomes ainda pela precocidade na arte cervejeira), mas eles devem ser bons, afinal, brassar uma cerveja especialmente para o casamento da irmã (como o autor do artigo que você enviou disse) requer coragem e competência, porque se ficasse ruim ele ouviria um monte pelo resto da vida dele haha

Eu preciso procurar conhecer a Acerva aqui do meu Estado (São Paulo). Será que o pessoal das acervas acompanha o fórum?

Abraços!

rsrsrsrs!

Fuça lá que tem mta coisa legal!

A ACERVA Catarinense tem estado antenada para o que está acontecendo no meio homebrewer norte americano, o mais prolífico, e tentado trazer palestrantes de ponta para o nosso evento técnico. Te programa para vir!

Boa brassagens!
 
Valeu pelo convite, Ronaldo! Quem me dera poder ir a Florianópolis para curtir, além das prais, um congresso cervejeiro.

Boa sorte para vocês!
 
Boa noite, andei lendo muito sobre a quantidade de agua por X estudiosos da cerveja e nos últimos 2 meses andei lendo noticias vindas de foruns gringos sobre usar de inicio 5L de água por Kg pra quem usa BIAB.(Eu uso saco, mas não faço o BIAB, apenas uso como cama de grão ao invés de usar fundo falso ou bazuca).
A receita que ví era 20L com 4kl de malte(acho q era uma APA):
1- seria aquecer de 72ºC e jogar o malte e deixar de 1h.
2- retira o saco contabilizando 0,7L de liquido por Kg(2,8L) de perda +1.2L evaporado.
3- adiciona-se 12L de água, contabilizando os 4L perdidos nos grãos + 7 perdidos na futura fervura de 1h.
4- Após a fervura, restaram 21L e deixaram 1L no fundo com o lupulo e colocaram 20L no fermentador.

Bem, minha pergunta é:
Não seria muita água pra uma brassagem assim de cara?

Estou pensando em testar na próxima brassagem mês q vem, pois estou com 40L aqui de American Blonde Ale terminando de carbonatar !

Valeu !
 
Buenas, eu vi um video da Cervejaria Los Dias, que ele fala que a conta da agua inicial é de 2.75xpeso do malte, considera a perda de liquido por absorção de liquido pelos grãos de 0,8l/kg, e que considera que a evaporação é de 1l/h para um volume de 20 l... acho que tá na media de tudo que foi dito aqui.
 
Pessoal, quero colocar aqui uma discussão que tivemos em outro forum uma vez e que muitos ainda estão testando.

No livro do Horst Dornbusch (Bavarian Helles) existem algumas informações muito interessantes, entre elas, algo sobre a consistência (concentração) da brassagem, o que acabou mudando minha forma de brassar.

A informação é de que a atividade proteolítica das proteases ocorre de forma muito mais intensa quando a brassagem é bem consistente (proporção em torno de 2:1, ou seja, 2 partes de água para 1 de grãos). Por outro lado, a atividade de sacarificação por parte das amilases (alfa e beta) é muito mais intensa quando a consistência é menor, em torno de 3:1. Segundo o autor, nesta concentração a conversão total do amido pode ocorrer em apenas 20 minutos.

Em dúvida, fiz o teste em uma Helles. Fiz o mash in com 10L de água (2:1) e adicionei mais água quente (90°C) para diluir a solução e aumentar a temperatura (3,2:1). Resultado: conversão total em 20 minutos. Isso reduziu meu tempo de brassagem, mesmo tendo feito uma parada proteica.

Sei que muitos já tem uma conversão total em pouco tempo naturalmente e não precisam mudar qualquer processo, mas fica a informação. Aliás, eu faço parada proteica em todas as minhas cervejas desde então e a grande vantagem é poder mudar de rampa instantaneamente. Assim, não tenho brassagens que durem mais de uma hora. :rockin:

Vamos ver se entendi, para 5kg de malte utiliza-se:

. 10L (2:1) de água para o Mash-in
. Depois adiciona-se mais 5L (3:1) de água na sacarificação?

E se eu não fizer parada proteica, como é a utilização das proporções de 2:1 e depois 3:1??
 
Olá, Ronaldo.

Pelo que sei foi o Palmer que popularizou o valor de 2,5 litros/kg. Porém, fiz um curso com um mestre cervejeiro que explicou que as enzimas beta-amilase e alfa-amilase são do tipo hidrolases, ou seja, elas utilizam água no processo de quebra dos amidos.

Sendo assim, a mosturação é beneficiada por uma proporção maior, tipo 4,0 litros/kg, pois quanto mais água, melhor a atuação das enzimas.

No entanto, esse benefício se estenderia até uma proporção de 5,0 litros/kg, acima disso o ganho de eficiência é muito pequeno.

Eu pessoalmente passei a fazer com 4,0 litros/kg e minha eficiência aumentou consideravelmente, muitas vezes consigo um volume muito maior do que o previsto com a mesma OG. Já aconteceu inclusive de eu ter que parar de lavar o malte com a OG pré-fervura maior do que o planejado, porque a panela de fervura não comportava.

Abraço!
 
Olá, Ronaldo.

Pelo que sei foi o Palmer que popularizou o valor de 2,5 litros/kg. Porém, fiz um curso com um mestre cervejeiro que explicou que as enzimas beta-amilase e alfa-amilase são do tipo hidrolases, ou seja, elas utilizam água no processo de quebra dos amidos.

Sendo assim, a mosturação é beneficiada por uma proporção maior, tipo 4,0 litros/kg, pois quanto mais água, melhor a atuação das enzimas.

No entanto, esse benefício se estenderia até uma proporção de 5,0 litros/kg, acima disso o ganho de eficiência é muito pequeno.

Eu pessoalmente passei a fazer com 4,0 litros/kg e minha eficiência aumentou consideravelmente, muitas vezes consigo um volume muito maior do que o previsto com a mesma OG. Já aconteceu inclusive de eu ter que parar de lavar o malte com a OG pré-fervura maior do que o planejado, porque a panela de fervura não comportava.

Abraço!

Mas até onde sei, conversão enzimática não influencia na OG.
Deve ter havido outros motivos para vc ter tido uma eficiência maior.
 
Amigo Carlos,

Particularmente, talvez não diretamente, acredito que tenha haver de alguma forma, sim. Claro que brassagem é uma coisa que tem n variáveis envolvidas. Porém, o software estima uma eficiência da mostura. E se você consegue uma OG maior do que o esperado, e um volume maior do que o esperado, em tese a sua eficiência foi maior. E, acredito eu, isso pode estar relacionado à melhor extração dos açúcares.

Bom, mas isso é uma conjectura.

Abraço!
 

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