Não consigo Aroma e Sabor de lúpulo nas IPAs

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Ah @Tomazela.... desculpe, mas aí é um pouco demais.

A primeira vez que fui usar uma calculadora de água eu tive exatamente o mesmo problema. O que fiz? Fui estudar o básico de química, fui pesquisar como utilizar calculadoras, aí achei textos que descreviam os principais "ions".... mas eu não sabia o que era ions, aí fui pesquisar primeiro o que eram ions, cations, anions..... aí fui pesquisar o que cada um deles faz na cerveja... e por aí vai.......... porque eu sou apaixonado por isso e quero ter conhecimento.......... eu não queria simplesmente uma receita de bolo só pra poder dizer que estou corrigindo minha água. Se quer fazer correções químicas, um mínimo de química terá que se esforçar a aprender. Se se esforçar.... vai conseguir. Se não conseguir... desistiu antes de se esforçar o suficiente...... por isso que hoje em dia eu nunca desisto antes de conseguir aprender algo.

Isso é o mesmo que muitos cervejeiros que me mandam e-mail porque querem ter um equipamento elétrico RIMS ou HERMS, mas não sabem nada de elétrica, e querem que eu desenhe um esquema pronto e diga como conectar os fios, e como calcular amperagem, etc......... se a pessoa não se esforça minimamente pra entender de elétrica, simplesmente não deve ter um equipamento elétrico... continue com o gás até que você decida optar setar um estado mental decidido a alcançar aquele objetivo.... e quando a gente DECIDE aprender algo, não existe "se" eu vou aprender.... existe somente "quanto tempo" eu vou levar......... mas que eu vou..... eu vou! Isso que é preciso ter em mente..... a gente consegue qualquer coisa que quiser! Quando eu fui fazer o meu primeiro, não sabia absolutamente nada.... o que eu fiz? Fui estudar. Quando decidi fazer meu equipamento de Inox do zero, eu nunca havia soldado na vida, mas decidi que eu iria soldar tudo......... e fui estudar. Às vezes tem gente que me diz "Guenther.... você é um gênio!".... não, isso é um tremendo erro....... não sou nada demais..... mas eu sou tremendamente obstinado e esforçado quando quero, de verdade, aprender algo.

Desculpe pela franqueza... mas é isso.

Segue em frente, baixa a cabeça, pesquisa e não desiste.

Chegou num ponto com vontade de arrancar os cabelos porque não entende algo? Só tenho uma coisa pra te dizer: bem-vindo ao meu mundo! Todos os dias eu quase arranco meus cabelos de raiva por coisas que pesquiso e pesquiso e ainda não entendo ou não consegui gravar na minha cabeça...... mas eu sigo à risca aquele lema gaúcho que diz.... "Não tá morto quem peleia!" (pelear = brigar, lutar).

Enfim, eu prefiro muito mais gastar mais tempo escrevendo um texto motivacional que nem este e talvez ter a chance de mudar teu pensamento permanentemente a partir de agora (ensinar a pescar) do que simplesmente te dar uma receita de bolo (te dar o peixe).... e aí já me lembrei de outra frase que eu gosto muito..... "Deus não tira do homem o tempo que ele passa pescando", hehehehe.

Grande abraço,

Guenther

huahau...

Obrigado pelo texto motivacional, mas eu procurei estudar antes o que seriam cada item sim, porém não encontrei todos, conforme o amigo postou acima.

Inclusive estou fazendo um orçamento para análise da minha água, que gira em torno de R$250,00

Como você sugeriu, acredito que para uns testes iniciais, dê pra eu estimar mais ou menos o quanto tem de cálcio e magnésio...

Basicamente vou adicionar Sulfeto e Cloreto de cálcio, que pelo que simulei no Brewers atende a praticamente todos os requisitos para uma água adequada de IPA
 
Bom texto motivacional @Guenther. Nesse mês eu resolvi começar a pensar na análise da minha água. Primeiro passo, paguei por uma análise em laboratório. Agora com ela em mãos, estou engatinhando pra entender como fazer. Não coloquei prazo pra pôr em prática, sigo minhas levas com água da torneira, somente filtrada. Já aprendi que minha água é extremamente dura (alcalinidade em 106ppm), mas até hoje saiu cerveja, então até que chegue o dia que eu aprenda a fazer minhas correções, vai sair "cerveja dura" por aqui...hehehehe
 
huahau...

Obrigado pelo texto motivacional, mas eu procurei estudar antes o que seriam cada item sim, porém não encontrei todos, conforme o amigo postou acima.

Inclusive estou fazendo um orçamento para análise da minha água, que gira em torno de R$250,00

Como você sugeriu, acredito que para uns testes iniciais, dê pra eu estimar mais ou menos o quanto tem de cálcio e magnésio...

Basicamente vou adicionar Sulfeto e Cloreto de cálcio, que pelo que simulei no Brewers atende a praticamente todos os requisitos para uma água adequada de IPA
Aqui na minha cidade o departamento de saneamento da universidade (estadual) tem um teste que atende todos os parâmetros pra cerveja que custa cerca de R$150,00.

Não sei qual cidade você mora, mas a dica é dar uma pesquisada sobre o teste nas universidades.
 
Ah @Tomazela.... desculpe, mas aí é um pouco demais.

A primeira vez que fui usar uma calculadora de água eu tive exatamente o mesmo problema. O que fiz? Fui estudar o básico de química, fui pesquisar como utilizar calculadoras, aí achei textos que descreviam os principais "ions".... mas eu não sabia o que era ions, aí fui pesquisar primeiro o que eram ions, cations, anions..... aí fui pesquisar o que cada um deles faz na cerveja... e por aí vai.......... porque eu sou apaixonado por isso e quero ter conhecimento.......... eu não queria simplesmente uma receita de bolo só pra poder dizer que estou corrigindo minha água. Se quer fazer correções químicas, um mínimo de química terá que se esforçar a aprender. Se se esforçar.... vai conseguir. Se não conseguir... desistiu antes de se esforçar o suficiente...... por isso que hoje em dia eu nunca desisto antes de conseguir aprender algo.

Isso é o mesmo que muitos cervejeiros que me mandam e-mail porque querem ter um equipamento elétrico RIMS ou HERMS, mas não sabem nada de elétrica, e querem que eu desenhe um esquema pronto e diga como conectar os fios, e como calcular amperagem, etc......... se a pessoa não se esforça minimamente pra entender de elétrica, simplesmente não deve ter um equipamento elétrico... continue com o gás até que você decida optar setar um estado mental decidido a alcançar aquele objetivo.... e quando a gente DECIDE aprender algo, não existe "se" eu vou aprender.... existe somente "quanto tempo" eu vou levar......... mas que eu vou..... eu vou! Isso que é preciso ter em mente..... a gente consegue qualquer coisa que quiser! Quando eu fui fazer o meu primeiro, não sabia absolutamente nada.... o que eu fiz? Fui estudar. Quando decidi fazer meu equipamento de Inox do zero, eu nunca havia soldado na vida, mas decidi que eu iria soldar tudo......... e fui estudar. Às vezes tem gente que me diz "Guenther.... você é um gênio!".... não, isso é um tremendo erro....... não sou nada demais..... mas eu sou tremendamente obstinado e esforçado quando quero, de verdade, aprender algo.

Desculpe pela franqueza... mas é isso.

Segue em frente, baixa a cabeça, pesquisa e não desiste.

Chegou num ponto com vontade de arrancar os cabelos porque não entende algo? Só tenho uma coisa pra te dizer: bem-vindo ao meu mundo! Todos os dias eu quase arranco meus cabelos de raiva por coisas que pesquiso e pesquiso e ainda não entendo ou não consegui gravar na minha cabeça...... mas eu sigo à risca aquele lema gaúcho que diz.... "Não tá morto quem peleia!" (pelear = brigar, lutar).

Enfim, eu prefiro muito mais gastar mais tempo escrevendo um texto motivacional que nem este e talvez ter a chance de mudar teu pensamento permanentemente a partir de agora (ensinar a pescar) do que simplesmente te dar uma receita de bolo (te dar o peixe).... e aí já me lembrei de outra frase que eu gosto muito..... "Deus não tira do homem o tempo que ele passa pescando", hehehehe.

Grande abraço,

Guenther


Eeeeeeeeiiiiita que me lembro de ter tomado esse mesmo fumo pelo facebook uns 3 anos antras, foram 2 horas comendo meu toco, hahahaha. Mas mudou miuto minha visão!
 
Pessoal, depois de muita discussão aqui, tinha concluído por eliminação que o mais provável responsável pela falta de aroma nas minhas IPAs seria oxidação. Eu sempre achei isso difícil de ser pois eu sempre tomei os cuidados que dizem pra tomar como não fazer splash na mosturação, não fazer splash na trasfega, não destampar o fermentador, usar enchedor corretamente nas garrafas e etc... basicamente não deixar a cerveja misturar com o ar. Além disso, já tinha lido em vários lugares que uma cerveja oxidada apresenta aromas de papelão molhado, o que não era o caso das minhas IPAs, nas quais os problemas eram outros.

Então perdido e sem direção resolver ler ler e ler mais um pouco. Entrei em todos os foruns que encontrei pela frente e estudei exaustivamente problemas semelhantes aos meus. E em meio a um oceano de gente inexperiente que simplesmente repetem a mesma coisa só porque ouviram de uma "fonte confiável"(gerando uma reação em cadeia) encontrei algumas respostas diferentes. Ao final desta saga descobri e pude comprovar que realmente minha cerveja estava oxidada, mas o problema era que ninguém sabia disso com base no meu relato da minha cerveja, pois o senso comum era de que cerveja oxidada tinha cheiro de papelão e ponto final. Bem, não sei em relação a outros estilos mas cervejas bem lupuladas se comportam de maneira diferente.

Agora posso afirmar que cerveja muito lupulada quando oxidada apresenta outras características. Em termos de aroma e sabor o cheiro de lúpulo some, aparece um aroma adocicado e no paladar fica uma sensação mais áspera, inclusive a espuma parece ter uma maior asperesa. Além disso a cor tende a ficar bem mais escura. Isso tudo é bem diferente de simples aroma de papelão. Quem é bebedor de vinho como eu provavelmente já pegou uma garrafa antiga oxidada, e essa sim tem um aroma exatamente igual ao de papelão molhado, parece até uma caixa se sapato que pegou chuva na noite anterior. Talvez daí tenha saído essa crença, ou talvez outros estilos apresentem exatamente essa mesma característica de um vinho oxidado, mas não é o caso das IPAs.

Foi então que li em locais diferentes duas pessoas descrevendo todos os problemas da minha cerveja e diagnosticando como oxidação e resolvi por isso a prova. Comprei um cilindro de co2 só pra isso e usei como um louco em todos os processos. Usei o co2 freneticamente, até para purgar a panela de fervura antes de receber o mosto da panela de brassagem. Purguei os baldes nas trafegas e fiz uma adaptação para passar a cerveja de um balde para o outro sem abri-los, passando usando a pressão do co2. Na hora de engarrafar purguei com co2 as garrafas uma a uma antes de encher, e ao tirar o enchedor da garrafa já purgava o headspace e colocava a tampinha e fechava imediatamente. Eu estava usando de maneira tão desmedida que consegui acabar com 6Kg de co2 só com essa leva, e acabou que as 3 últimas garrafas foram engarrafadas sem purgar com co2, o que foi ótimo pra servir de comparação. Agora veja abaixo a diferença entre uma garrafa purgada e a outra que não foi. Nem precisa dizer qual é qual né? Na foto abaixo fazem 15 dias que receberam o priming e foram engarrafadas.

Só o co2 nesse estágio final já deu essa diferença, imagina se não tivesse usado nas trasfegas. E o pior é que a gente lê por aí aos montes que purgar com co2 é desnecessário e que só cervejaria grande faz isso e apenas porque a cerveja tem que durar anos.

Nessa receita eu usei a levedura WLP051, que é american ale mas mais esterificada que a US-05/WLP001. Achei interessante que ela deixa um cheirinho de fermento na cerveja, mas que nas garrafas oxidadas não existe nem sinal. Ou seja, além de matar o aroma de lúpulo a oxidação mata também os aromas do fermento. Isso é algo que eu não tinha lido ainda ninguém relatar.

Com todo esse estudo e experimento que eu fiz cheguei à conclusão que definitivamente o problema de falta de aroma é oxidação. Porém apesar de ter amenizado esse problema enormemente eu receio que talvez eu ainda esteja com oxidação em um nível menor, pois apesar de ter havido uma melhora ainda não está como eu queria que estivesse. A minhas garrafas agora ficaram com um pequeno aroma de maracujá que eu não encontrava antes nas minhas cervejas depois de engarrafadas, mas ainda não é aquela explosão de lúpulo. Já está bem melhor que muita IPA comercial por aí, mas ainda não está da qualidade de uma BrewDog ou Dogma. Tenho mais idéias em mente e irei fazer mais alguns experimentos, e assim que eu chegar a mais alguma conclusão irei postar aqui.

Minha conclusão é de que a oxidação na cerveja caseira é um problema muito mais grave do que se diz no meio cervejeiro. Muito se fala sobre contaminação por exemplo, mas a meu ver parece que é MUITO mais difícil evitar uma oxidação do que uma contaminação. Deu pra aprender muito com essa experiência mas ainda quero tentar mais coisas que tenho em mente para melhorar ainda mais. Espero que meu relato também tenha sido útil pra mais alguém, e se alguém puder me dar sugestões e insights a respeito disso seria ótimo.

Abraço a todos que estão acompanhando o tópico.
 

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NeoRamza, aproveita que tem o. cilindro e investe em embarrilhamento.

Priming é inimigo de lúpulo de duas formas: oxidação no engarrafamento e tempo esperando carbonatar em temperatura ambiente.

Com keg você consegue fazer transferências fechadas e faz carbonatação forçada, bebendo à cerveja muito mais fresca e mantendo ela sempre gelada (altas temperaturas aceleram o processo de oxidação).

Abraço e muito obrigado por ter se dado a trabalho de escrever todo esse feedback.
 
@NeoRamza, achei bem estranho esse seu relato...
vc utilizou o mesmo processo nos dois casos com diferença apenas no envase e deu toda essa oxidação? acho q o buraco é mais embaixo.
Até pq ficaria inviável fazer cerveja nesse modelo q vc descreveu.
 
@NeoRamza, achei bem estranho esse seu relato...
vc utilizou o mesmo processo nos dois casos com diferença apenas no envase e deu toda essa oxidação? acho q o buraco é mais embaixo.
Até pq ficaria inviável fazer cerveja nesse modelo q vc descreveu.

Concordo 100% com você.
 
Oxidação na parte fria é um fato e um dos responsáveis pela degradação do aroma de cervejas com bastante lúpulo.

Pra quem faz cerveja em casa, armazena gelado e bebe rápido isso provavelmente não vai ser um problema.
 
@NeoRamza, achei bem estranho esse seu relato...
vc utilizou o mesmo processo nos dois casos com diferença apenas no envase e deu toda essa oxidação? acho q o buraco é mais embaixo.
Até pq ficaria inviável fazer cerveja nesse modelo q vc descreveu.

Sim, de fato a diferença foi só essa na hora de engarrafar. E o problema apareceu nas 3 garrafas nas quais eu não purguei. No mais o resto do processo foi idêntico. Tomei inclusive cuidado de colocar para gelarem ao mesmo tempo. Teve uma última garrafa ainda que só deu pra encher até a metade e essa ao abrir com apenas 7 dias de priming estava bem mais escura ainda e meio azulada.

Posso dar certeza a você de que o que mudou nas duas amostras foi apenas isso. Mas eu não descarto a possibilidade de que minha cerveja esteja com algum outro problema que a torna mais sensível à oxidação do que o normal.
 
NeoRamza, aproveita que tem o. cilindro e investe em embarrilhamento.

Priming é inimigo de lúpulo de duas formas: oxidação no engarrafamento e tempo esperando carbonatar em temperatura ambiente.

Com keg você consegue fazer transferências fechadas e faz carbonatação forçada, bebendo à cerveja muito mais fresca e mantendo ela sempre gelada (altas temperaturas aceleram o processo de oxidação).

Abraço e muito obrigado por ter se dado a trabalho de escrever todo esse feedback.

Sim, inclusive eu já li relatos em outros foruns de pessoas dizendo que só conseguira um bom aroma de lúpulo depois que passaram pra keg. Mas o problema do keg é que eu ficarei obrigado a tomar toda a cerveja rápido, o que eu não quero. Sem contar que eu já tomei boas IPAs comerciais com bom aroma de lúpulo, então eu sei que é possível. Ainda tenho alguns testes para fazer aqui, e antes de partir pro keg ainda vou tentar encher com contra-pressao. Partir pro keg de fato só vai acontecer quando eu desistir de resolver o problema. Abraço.
 
Sim, inclusive eu já li relatos em outros foruns de pessoas dizendo que só conseguira um bom aroma de lúpulo depois que passaram pra keg. Mas o problema do keg é que eu ficarei obrigado a tomar toda a cerveja rápido, o que eu não quero. Sem contar que eu já tomei boas IPAs comerciais com bom aroma de lúpulo, então eu sei que é possível. Partir pro keg só vai acontecer quando eu desistir de resolver o problema. Abraço.
Como assim ter que tomar rápido? IPA tem que tomar rápido msm, hahaha, mas o keg vc pode deixar refrigerando tanto quanto uma garrafa, só precisa de espaço pra isso.

E veja bem, o processo industrial de engarrafamento é bem diferente do nosso. Os caras realmente são preocupados com oxigênio dissolvido na cerveja final. Enchem na contra pressão, etc.
 
Como assim ter que tomar rápido? IPA tem que tomar rápido msm, hahaha, mas o keg vc pode deixar refrigerando tanto quanto uma garrafa, só precisa de espaço pra isso.

E veja bem, o processo industrial de engarrafamento é bem diferente do nosso. Os caras realmente são preocupados com oxigênio dissolvido na cerveja final. Enchem na contra pressão, etc.

Mas quão rápido? Uma coisa é eu ter que beber em 2 meses, outra coisa é beber em dois dias hahaha. Sem contar que já tomei brewdog vencida, guardada no guardaroupa e que estava muito melhor que as minhas na primeira semana.

Eu até editei lá em cima dizendo que depois ainda quero engarrafar por contra-pressão, mas pelo seu quote acho que você leu antes de eu editar. Sei que nas grandes cervejarias o processo é diferente do nosso mas o que eu acho estranho é que ninguém diz que não dá pra fazer cerveja tão boa em casa.
 
@NeoRamza:

1) O texto ficou muito grande, quase deu preguiça de ler. Bora ser mais conciso da próxima vez? :p
2) Eu engarrafo sem purgar o O2 e não tenho esse problema. Será que o seu processo de limpeza e sanitização das garrafas ou tampinhas não está causando isso?
3) Já pensou na possibilidade de ser contaminação? Tenta lembrar se na fase final do engarrafamento você fez algo um pouco diferente, se as garrafas não ficaram expostas por muito tempo após a sanitização. Verifique se as últimas garrafas purgadas estão um pouco mais escuras que as primeiras.
 
Aproveitando a excelente explicação do Guenther sobre adições tardias para sabor e aroma e também pegando um gancho de um outro tópico sobre amargor que criei esses dias, lá vão alguns comentários...

No meu processo eu levo uns 15 min até começar a resfriar o mosto depois da fervura, pois faço o whirpool e espero decantar o trub, depois então inicio o resfriamento. E AÍ ESTÁ UM POSSÍVEL PROBLEMA!

Esses 15 min eu nunca tinha levado em consideração para o aumento do amargor, pois nesse período o mosto ainda está acima de 85 graus. Então no BeerSmith resolvi adicionar esses 15 min depois da fervura, agora tem essa possibilidade. E o amargor de uma APA que eu tinha planejado passou de 37 para 48 IBUs. Esse APA eu já tinha feito 3 vezes e vinha notando um amargor mais elevado do que o esperado...

Agora fica a seguinte dúvida, esse tempo após a fervura até o resfriamento influencia tanto assim para o aumento do amargor? :confused:
 
Certamente influencia. Pelo que eu entendo, pra efeito de isomerização, é como se você estivesse estendendo sua fervura por mais 15 minutos (já que a isomerização continua acontecendo enquanto a temperatura estiver acima de 85). Então, o lúpulo de amargor que você botou aos 60' (se botou) é como se fosse aos 75'. Os de 30' viram 45', o de 15' vira 30', o flameout vira 15', etc e tal.

Já passei por isso também. Era uma tentativa de APA só com late hopping, que acabou ficando bem mais próxima de uma IPA
 
Lembrando que a curva de isomerização do lúpulo possui a sua derivada mais alta entre 10 e 40 minutos de fervura (por volta disso, autores e resultados experimentais divergem um pouco), ou seja, se você leva uns 15min a partir do final da fervura pra chegar a 85ºC as adições tardias que mais contribuirão para o amargor após o flameout são as de 25 a 10 minutos.

http://www.valhallabrewing.com/dboard/dbnewsl/t9509d.htm
 
E pra piorar os 85°C nem são um consenso. Estudos diferentes apontam temperaturas limite diferentes, entre 78°C e 85°C.
 
Se acha que isso está aumentando o amargor da cerveja, adiciona os lúpulos quando estiver a 80c e boa....

Sinceramente acredito que o aumento de amargor é mínimo
 
@tomazela,
acredite, não é.

Consegui 45 IBU´s com uma adição no whirlpool.

É um ponto a se tomar cuidado principalmente para que usa os lúpulos nobre americanos de alto teor de AA.

Comecei a foca muito em usar um lúpulo "barato" de alto AA para FWH e criar a base de amargor e os aromáticos/sabor no flame-out, mas calculando eles como 15 min.
 
@tomazela,
acredite, não é.

Consegui 45 IBU´s com uma adição no whirlpool.

É um ponto a se tomar cuidado principalmente para que usa os lúpulos nobre americanos de alto teor de AA.

Comecei a foca muito em usar um lúpulo "barato" de alto AA para FWH e criar a base de amargor e os aromáticos/sabor no flame-out, mas calculando eles como 15 min.

Então precisa rever o processo de restriamento ou como eu disse, adicionar os lúpulos somente quando estiverem abaixo de 80c
 
Exemplificando em imagens:

- Nessa imagem é desconsiderando o tempo entre o fim da fervura até os 85 graus:
Captura de Tela 2017-06-08 a?s 15.52.33.png

- Nessa ativando a opção de 10 min até resfriar a 85 graus:
Captura de Tela 2017-06-08 a?s 15.52.01.png

- E aqui a diferença com a opcão ativada:
Captura de Tela 2017-06-08 a?s 15.52.18.png

Tem uma diferença de 11 IBUs aí... Notem que na adição dos 10 min finais de fervura acontece um aumento de IBU, mas no FWH fica praticamente o mesmo.
 
Exemplificando em imagens:

- Nessa imagem é desconsiderando o tempo entre o fim da fervura até os 85 graus:
View attachment 119040

- Nessa ativando a opção de 10 min até resfriar a 85 graus:
View attachment 119041

- E aqui a diferença com a opcão ativada:
View attachment 119042

Tem uma diferença de 11 IBUs aí... Notem que na adição dos 10 min finais de fervura acontece um aumento de IBU, mas no FWH fica praticamente o mesmo.

Pra mim isso só faz sentido se o resfriamento for feito direto no fermentador, depois de um Whirlpool a quente. E nessa perde-se muito aroma nesses 15 minutos aí...
 
Eu particularmente gosto de usar pelo menos uns 10% de Trigo a exemplo de muitas americanas... noto uma refrescância e uma certa acentuação de todos os aromas dos lúpulos com o trigo.

Bo tarde Guenther, usando 10% de trigo nessas IPAs você faz o descanso proteico a 50 graus ou não precisa?

Obrigado
 
Bo tarde Guenther, usando 10% de trigo nessas IPAs você faz o descanso proteico a 50 graus ou não precisa?

Obrigado
Vamos pensar...

Paradas/Descansos servem para "corrigir" problemas no malte, ou seja, serve para eu, em casa, corrigir um trabalho inacabado da Maltaria.

Maltes hoje em dia são super bem modificados, informação ratificada veementemente pelo próprio John Mallet, autor do livro Malt, no penúltimo Congresso Técnico de SC.

Se os maltes são super bem modificados, quer dizer que eles não tem problemas.

Se ele não tem problema, pq eu vou querer consertá-lo?

E quando eu tento consertar algo que, na realidade, não tem problema algum, o que eu posso gerar? Um problema que não existia.

Logo............. não, em 99% dos casos utilizando Maltes, eu não faço parada proteica alguma pq não não preciso corrigir algo que não precisa ser corrigido. :)

E se eu usasse 10% de trigo NÃO maltado, faria? Tb não, é muito pouca quantidade pra fazer qualquer diferença, e o resto do malte tem FAN (free amino nitrogen) em abundância para o fermento.

E se eu usasse uns 30% ou mais, faria? Bom, aí eu começaria a pensar no assunto.

Abraço,
 
Pessoal, depois de muita discussão aqui, tinha concluído por eliminação que o mais provável responsável pela falta de aroma nas minhas IPAs seria oxidação. Eu sempre achei isso difícil de ser pois eu sempre tomei os cuidados que dizem pra tomar como não fazer splash na mosturação, não fazer splash na trasfega, não destampar o fermentador, usar enchedor corretamente nas garrafas e etc... basicamente não deixar a cerveja misturar com o ar. Além disso, já tinha lido em vários lugares que uma cerveja oxidada apresenta aromas de papelão molhado, o que não era o caso das minhas IPAs, nas quais os problemas eram outros.

Então perdido e sem direção resolver ler ler e ler mais um pouco. Entrei em todos os foruns que encontrei pela frente e estudei exaustivamente problemas semelhantes aos meus. E em meio a um oceano de gente inexperiente que simplesmente repetem a mesma coisa só porque ouviram de uma "fonte confiável"(gerando uma reação em cadeia) encontrei algumas respostas diferentes. Ao final desta saga descobri e pude comprovar que realmente minha cerveja estava oxidada, mas o problema era que ninguém sabia disso com base no meu relato da minha cerveja, pois o senso comum era de que cerveja oxidada tinha cheiro de papelão e ponto final. Bem, não sei em relação a outros estilos mas cervejas bem lupuladas se comportam de maneira diferente.

Agora posso afirmar que cerveja muito lupulada quando oxidada apresenta outras características. Em termos de aroma e sabor o cheiro de lúpulo some, aparece um aroma adocicado e no paladar fica uma sensação mais áspera, inclusive a espuma parece ter uma maior asperesa. Além disso a cor tende a ficar bem mais escura. Isso tudo é bem diferente de simples aroma de papelão. Quem é bebedor de vinho como eu provavelmente já pegou uma garrafa antiga oxidada, e essa sim tem um aroma exatamente igual ao de papelão molhado, parece até uma caixa se sapato que pegou chuva na noite anterior. Talvez daí tenha saído essa crença, ou talvez outros estilos apresentem exatamente essa mesma característica de um vinho oxidado, mas não é o caso das IPAs.

Foi então que li em locais diferentes duas pessoas descrevendo todos os problemas da minha cerveja e diagnosticando como oxidação e resolvi por isso a prova. Comprei um cilindro de co2 só pra isso e usei como um louco em todos os processos. Usei o co2 freneticamente, até para purgar a panela de fervura antes de receber o mosto da panela de brassagem. Purguei os baldes nas trafegas e fiz uma adaptação para passar a cerveja de um balde para o outro sem abri-los, passando usando a pressão do co2. Na hora de engarrafar purguei com co2 as garrafas uma a uma antes de encher, e ao tirar o enchedor da garrafa já purgava o headspace e colocava a tampinha e fechava imediatamente. Eu estava usando de maneira tão desmedida que consegui acabar com 6Kg de co2 só com essa leva, e acabou que as 3 últimas garrafas foram engarrafadas sem purgar com co2, o que foi ótimo pra servir de comparação. Agora veja abaixo a diferença entre uma garrafa purgada e a outra que não foi. Nem precisa dizer qual é qual né? Na foto abaixo fazem 15 dias que receberam o priming e foram engarrafadas.

Só o co2 nesse estágio final já deu essa diferença, imagina se não tivesse usado nas trasfegas. E o pior é que a gente lê por aí aos montes que purgar com co2 é desnecessário e que só cervejaria grande faz isso e apenas porque a cerveja tem que durar anos.

Nessa receita eu usei a levedura WLP051, que é american ale mas mais esterificada que a US-05/WLP001. Achei interessante que ela deixa um cheirinho de fermento na cerveja, mas que nas garrafas oxidadas não existe nem sinal. Ou seja, além de matar o aroma de lúpulo a oxidação mata também os aromas do fermento. Isso é algo que eu não tinha lido ainda ninguém relatar.

Com todo esse estudo e experimento que eu fiz cheguei à conclusão que definitivamente o problema de falta de aroma é oxidação. Porém apesar de ter amenizado esse problema enormemente eu receio que talvez eu ainda esteja com oxidação em um nível menor, pois apesar de ter havido uma melhora ainda não está como eu queria que estivesse. A minhas garrafas agora ficaram com um pequeno aroma de maracujá que eu não encontrava antes nas minhas cervejas depois de engarrafadas, mas ainda não é aquela explosão de lúpulo. Já está bem melhor que muita IPA comercial por aí, mas ainda não está da qualidade de uma BrewDog ou Dogma. Tenho mais idéias em mente e irei fazer mais alguns experimentos, e assim que eu chegar a mais alguma conclusão irei postar aqui.

Minha conclusão é de que a oxidação na cerveja caseira é um problema muito mais grave do que se diz no meio cervejeiro. Muito se fala sobre contaminação por exemplo, mas a meu ver parece que é MUITO mais difícil evitar uma oxidação do que uma contaminação. Deu pra aprender muito com essa experiência mas ainda quero tentar mais coisas que tenho em mente para melhorar ainda mais. Espero que meu relato também tenha sido útil pra mais alguém, e se alguém puder me dar sugestões e insights a respeito disso seria ótimo.

Abraço a todos que estão acompanhando o tópico.

Muito BOM! Obrigado por compartilhar conosco!
 
Muito bom seu relato @NeoRamza.

No passado fiz um teste sem querer, em relação a uma IPA. Na hora de colocar no postfix (pois faço carbonatação forçada), usei um de 18L e não coube toda a IPA, então fiz priming com o que sobrou, tanto em garrafas de 300ml quanto em minikeg.

Depois de um tempo, queria usar o postmix e transferi já carbonatada por contrapressão para outras garrafas de 500ml.

6 meses depois abri uma das caçulinhas de 300ml e pra minha surpresa estavam sem aroma e gosto de lupulo, apenas amarga, como você reportou acima. Já as garrafas de 500ml que havia transferido já carbonatada estavam perfeitas, com o aroma e gosto cítrico de lúpulo maravilhoso.

Ainda não abri o minikeg pra ver como ficou, mas certamente deve ter ficado igual ao das garrafas caçulas.

Na minha experiência tenho observado também que dá uma pu** diferença entre o priming e a carbonatação forçada quando ao aroma e gosto a médio/longo prazo.

Abs
 
Muito bom ler o relato de vocês!

Tenho sentido isso em algumas IPA's mais antigas minhas, e realmente a oxidação tem deixado este gosto!

Por isso, estou pensando seriamente em comprar um postmix, carbonatar em temperatura ambiente e depois transferir por contra-pressão pras garrafas para ter controle de 02 variáveis: carbonatação e, se tudo der certo, oxigênio dissolvido.
 
Pessoal, depois de muita discussão aqui, tinha concluído por eliminação que o mais provável responsável pela falta de aroma nas minhas IPAs seria oxidação. Eu sempre achei isso difícil de ser pois eu sempre tomei os cuidados que dizem pra tomar como não fazer splash na mosturação, não fazer splash na trasfega, não destampar o fermentador, usar enchedor corretamente nas garrafas e etc... basicamente não deixar a cerveja misturar com o ar. Além disso, já tinha lido em vários lugares que uma cerveja oxidada apresenta aromas de papelão molhado, o que não era o caso das minhas IPAs, nas quais os problemas eram outros.

Então perdido e sem direção resolver ler ler e ler mais um pouco. Entrei em todos os foruns que encontrei pela frente e estudei exaustivamente problemas semelhantes aos meus. E em meio a um oceano de gente inexperiente que simplesmente repetem a mesma coisa só porque ouviram de uma "fonte confiável"(gerando uma reação em cadeia) encontrei algumas respostas diferentes. Ao final desta saga descobri e pude comprovar que realmente minha cerveja estava oxidada, mas o problema era que ninguém sabia disso com base no meu relato da minha cerveja, pois o senso comum era de que cerveja oxidada tinha cheiro de papelão e ponto final. Bem, não sei em relação a outros estilos mas cervejas bem lupuladas se comportam de maneira diferente.

Agora posso afirmar que cerveja muito lupulada quando oxidada apresenta outras características. Em termos de aroma e sabor o cheiro de lúpulo some, aparece um aroma adocicado e no paladar fica uma sensação mais áspera, inclusive a espuma parece ter uma maior asperesa. Além disso a cor tende a ficar bem mais escura. Isso tudo é bem diferente de simples aroma de papelão. Quem é bebedor de vinho como eu provavelmente já pegou uma garrafa antiga oxidada, e essa sim tem um aroma exatamente igual ao de papelão molhado, parece até uma caixa se sapato que pegou chuva na noite anterior. Talvez daí tenha saído essa crença, ou talvez outros estilos apresentem exatamente essa mesma característica de um vinho oxidado, mas não é o caso das IPAs.

Foi então que li em locais diferentes duas pessoas descrevendo todos os problemas da minha cerveja e diagnosticando como oxidação e resolvi por isso a prova. Comprei um cilindro de co2 só pra isso e usei como um louco em todos os processos. Usei o co2 freneticamente, até para purgar a panela de fervura antes de receber o mosto da panela de brassagem. Purguei os baldes nas trafegas e fiz uma adaptação para passar a cerveja de um balde para o outro sem abri-los, passando usando a pressão do co2. Na hora de engarrafar purguei com co2 as garrafas uma a uma antes de encher, e ao tirar o enchedor da garrafa já purgava o headspace e colocava a tampinha e fechava imediatamente. Eu estava usando de maneira tão desmedida que consegui acabar com 6Kg de co2 só com essa leva, e acabou que as 3 últimas garrafas foram engarrafadas sem purgar com co2, o que foi ótimo pra servir de comparação. Agora veja abaixo a diferença entre uma garrafa purgada e a outra que não foi. Nem precisa dizer qual é qual né? Na foto abaixo fazem 15 dias que receberam o priming e foram engarrafadas.

Só o co2 nesse estágio final já deu essa diferença, imagina se não tivesse usado nas trasfegas. E o pior é que a gente lê por aí aos montes que purgar com co2 é desnecessário e que só cervejaria grande faz isso e apenas porque a cerveja tem que durar anos.

Nessa receita eu usei a levedura WLP051, que é american ale mas mais esterificada que a US-05/WLP001. Achei interessante que ela deixa um cheirinho de fermento na cerveja, mas que nas garrafas oxidadas não existe nem sinal. Ou seja, além de matar o aroma de lúpulo a oxidação mata também os aromas do fermento. Isso é algo que eu não tinha lido ainda ninguém relatar.

Com todo esse estudo e experimento que eu fiz cheguei à conclusão que definitivamente o problema de falta de aroma é oxidação. Porém apesar de ter amenizado esse problema enormemente eu receio que talvez eu ainda esteja com oxidação em um nível menor, pois apesar de ter havido uma melhora ainda não está como eu queria que estivesse. A minhas garrafas agora ficaram com um pequeno aroma de maracujá que eu não encontrava antes nas minhas cervejas depois de engarrafadas, mas ainda não é aquela explosão de lúpulo. Já está bem melhor que muita IPA comercial por aí, mas ainda não está da qualidade de uma BrewDog ou Dogma. Tenho mais idéias em mente e irei fazer mais alguns experimentos, e assim que eu chegar a mais alguma conclusão irei postar aqui.

Minha conclusão é de que a oxidação na cerveja caseira é um problema muito mais grave do que se diz no meio cervejeiro. Muito se fala sobre contaminação por exemplo, mas a meu ver parece que é MUITO mais difícil evitar uma oxidação do que uma contaminação. Deu pra aprender muito com essa experiência mas ainda quero tentar mais coisas que tenho em mente para melhorar ainda mais. Espero que meu relato também tenha sido útil pra mais alguém, e se alguém puder me dar sugestões e insights a respeito disso seria ótimo.

Abraço a todos que estão acompanhando o tópico.

Olá, ótimo texto Neo Ramza, só mais uma dúvida, acontece isso comigo também, mas no meu caso acontece também da cerveja ficar com um gosto de tostado bem de leve no final, ai não sei se está relacionado ao mesmo problema, ou se meu fornecedor está colocando alguns maltes torrados sem eu saber. kkkkkk
 
Olá, ótimo texto Neo Ramza, só mais uma dúvida, acontece isso comigo também, mas no meu caso acontece também da cerveja ficar com um gosto de tostado bem de leve no final, ai não sei se está relacionado ao mesmo problema, ou se meu fornecedor está colocando alguns maltes torrados sem eu saber. kkkkkk

Não notei nada disso nas minhas experiências, mas pode ser sim.
 
A oxidação constada por @NeoRamza, deve ser bem minima mas que afeta mortalmente o aroma de lúpulo. Alguém aqui tem uma ideia de como estas cervejas com a tao buscada explosão de aromas de lúpulo são feitas? Eu busco a explosão mas só tenho conseguido um estalinho bem fraquinho rsrsrs
 
Eu particularmente gosto de usar pelo menos uns 10% de Trigo a exemplo de muitas americanas... noto uma refrescância e uma certa acentuação de todos os aromas dos lúpulos com o trigo.


,


Oi Guenter, gostaria de saber se existe algum estudo teórico científico que enfatiza essa análise onde o trigo contribui para o aroma e refrescancia nas IPAS.

Procurei mas não achei.

Obrigado!
Abraço.
 
No futuro, quando for partir pra técnicas mais avançadas, eu particularmente uso Sulfato de Cálcio e Cloreto de Cálcio na proporção de 3 x 1, o suficiente para ficar acima dos 50 ppm de cálcio. Se for uma Black IPA, uso alguma coisa de Carbonato de Cálcio também durante a mosturação. Os outros sais, uso metade na mostura, e metade na fervura para um aproveitamento melhor, já que muita coisa pode ficar retida na mosturação.

Perfeita colocação. Quando essa galera começar a entender a água que utilizam nas brassagens, fazer as devidas correções com os sais corretos, a qualidade será outra! Vejo muita cervejaria que sequer sabe ler o perfil da água e está tão somente preocupada em "socar" lúpulo no DH.

:mug:
 
Oi Guenter, gostaria de saber se existe algum estudo teórico científico que enfatiza essa análise onde o trigo contribui para o aroma e refrescancia nas IPAS.

Procurei mas não achei.

Obrigado!
Abraço.

O malte de trigo melhora a formação e retenção de espuma, aumenta a atividade diastática dos grãos e fornece nutrientes à levedura. (Malts and Malting, Briggs, 1998).

Em contraste ao malte de cevada, o malte de trigo contém pouquíssimos polifenóis, ou taninos.

Ou seja, observa-se um caráter sensorial importante no uso do malte de trigo em cervejas, geralmente entre 3 e 10% do total de grãos.
 
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