Taxa de elevação da temperatura na Secundária

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Cipriani

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No tópico específico sobre fermentação primária, secundária..., Gunther defende que a elevação da temperatura na secundária deve ser de aproximadamente 1º por dia. De início essa taxa me pareceu razoável para não "estressar" o fermento. Depois eu me perguntei se realmente poderia causar estresse no fermento a elevação da temperatura. Como o fermento estaria entrando em faixas de temperatura mais altas que, em tese, são melhores para ele, por que isso lhe causaria estresse? Procurei no Yeast e não encontrei recomendação sobre essa taxa de 1º por dia.

Para trazer mais subsídios na discussão sobre esse assunto, encontrei no Brew Your Own desse mês a seguinte questão com a respectiva resposta do "Mr Wizard":

I’ve seen the importance of diacetyl rests mentioned dozens of times. the description always states to increase fermentation temperatures to the 65–68 °F (18–20 °C) range for 24–48 hours or so. However, there is never a discussion of how quickly to raise the temperature. If I have a lager at 50 °F(10 °C), do I raise the temperature only 2–3 degrees per day until I hit the range (adding ~7 days) to avoid shocking the yeast or do I raise it much faster to no ill-effect?
Seth Adams
Annapolis, Maryland


I have really never understood the idea of shocking yeast. Warming or chilling yeast within the temperature range that brewers ferment beer can and does occur quickly in commercial breweries without negatively affecting the yeast or the resultant beer. Fermenting too warm can of course lead to excessive production of esters, higher alcohols, sulfur, phenols, and other aromatic compounds, so controlling fermentation temperature is an important facet of brewing process control. The short answer to your question about the warming rate is not to worry about it. The easiest way to warm a batch of lager is to move your carboy from your lager fridge to a cool closet or corner in your basement and just let things happen.
 
Esqueci de deixar a pergunta:

É necessário elevar paulatinamente (1º/dia) a temperatura na secundária ou pode já partir direto para a temperatura pretendida de 23 a 25 º??
 
Esqueci de deixar a pergunta:

É necessário elevar paulatinamente (1º/dia) a temperatura na secundária ou pode já partir direto para a temperatura pretendida de 23 a 25 º??

Eu acho que o ponto da questão não é estressar ou chocar o fermento nesse caso específico.

A elevação não precisa ser de 1ºC por dia, pode ser mais, pode ser menos. Depende da cerveja, do andamento da fermentação, na minha opinião, a melhor forma de proceder é manter a atividade estável o máximo possível. Vejo essa prática como "respeitando" a levedura e a bioquimica da fermentação, que é bastante complexa.

Imagino que um aumento súbito de temperatura, cedo demais, pode fazer com que ainda sejam gerados off-flavors de fermentação quente, tipo álcoois superiores... já um aumento súbito tarde demais pode ter o efeito inverso do descanso de diacetil, se a fermentação já estiver com uma atividade muito fraca, o calor pode converter o precursor em diacetil rapidamente e ele pode não ser reabsorvido. Existiria um "momento certo" pra fazer um salto de temperatura? não sei.

Tudo isso tambem depende de varios fatores. Vai setar uma temperatura 6, 7ºC mais alta, mas como ela vai atingir isso, com o proprio calor da fermentação, ou um aquecimento artificial, que pode ser mais brusco... os efeitos podem variar de acordo com a cepa de fermento também...

E bom...
"I have really never understood the idea of shocking yeast. Warming or chilling yeast within the temperature range that brewers ferment beer can and does occur quickly in commercial breweries without negatively affecting the yeast or the resultant beer."

Não sei como é o regime de resfriamento/coleta de fermento exatamente nas cervejarias, mas acho que esse é um dos casos em que esse paralelo entre cervejaria e caseiro não é saudável. São equipamentos e rotinas diferentes. As proteínas de choque térmico são criadas quando ocorre esse tipo de situação cold crash, e elas prejudicam a atuação do fermento. Isso não é mito, está na literatura há bastante tempo já.

Abraço
 
Ola Tiago, obrigado pela resposta.

É realmente me parece mais prudente o aumento gradativo da temperatura já que poderia haver ainda uma fermentação suficientemente ativa para produzir off flavors ou alcoóis superiores.

Mas supondo um controle bem preciso do processo e, portanto, conhecimento de que a cerveja encontra-se realmente no fim da fermentação em que a possibilidade de geração de sub produtos é remota, talvez essa preocupação seja excessiva.

Eu tenho preferido subir a temperatura na secundária na faixa de 2 a 3º por dia (seto o termostato 1,5 º acima de manhã e depois de novo no fim da tarde). Não tenho percebido alteração na cerveja.

Abraço
 
Ola Tiago, obrigado pela resposta.

É realmente me parece mais prudente o aumento gradativo da temperatura já que poderia haver ainda uma fermentação suficientemente ativa para produzir off flavors ou alcoóis superiores.

Mas supondo um controle bem preciso do processo e, portanto, conhecimento de que a cerveja encontra-se realmente no fim da fermentação em que a possibilidade de geração de sub produtos é remota, talvez essa preocupação seja excessiva.

Eu tenho preferido subir a temperatura na secundária na faixa de 2 a 3º por dia (seto o termostato 1,5 º acima de manhã e depois de novo no fim da tarde). Não tenho percebido alteração na cerveja.

Abraço

É muito parecido com o que eu faço.

Na secundária eu aumento 1º na parte da manhã antes de sair de casa, e depois mais 1º antes de dormir. Nunca percebi nenhum problema.
 
Não existe regra pra isso, existe bom senso.

O que é fato? O fato é que cada vez que a temperatura muda, o fermento também se "adapta" biologicamente a essa nova temperatura. Então qualquer rampa de subida natural, suave, será ok.

O que não se deve fazer? Exagerar no aquecimento, como colocar uma resistência de 500 watts dentro da geladeira pra aquecer o fermento até ele subir pra 25.

Em resumo, o que NORMALMENTE se faz? Se está no verão com temperatura absurdamente alta, é interessante limitar a velocidade dessa rampa de subida.... 1.. 2 graus por dia. Se está no inverno, normalmente deixa ele subir sozinho o quanto dá... ou coloca uma lâmpada dentro da geladeira (lâmpada econômica de poucos watts, tipo 10 watts - NÃO incandescente) pra fazer uma rampa suave. Tem gente, que eu acho uma loucura, que liga um secador de cabelo dentro da geladeira.... hehehe.

O aquecimento é muito mais delicado que o resfriamento pois aquecimento, se exagerar ou aquecer um determinado ponto mais que outro, pode causar uma série de problemas, autólise, etc. Resfriamento não.

Abraço,
 
Tem gente, que eu acho uma loucura, que liga um secador de cabelo dentro da geladeira.... hehehe.

Hehehehe fiz parecido na minha terceira ou quarta leva. Era inverno, coloquei um cinto de resistencia em volta do balde dentro da geladeira. Foi de 18 a 25 em pouco tempo, estava até suada a geladeira por dentro. Não sei qual o problema gerado porque nesse cerveja foram tantos que é até difícil de relatar.
 
Eu uso lâmpada fluorescente de 15W ou incandescente de 25W por cima do balde. Acho que o grande problema é criar um ponto de calor no balde onde a temperatura poderia ficar bem acima do indicado no termostato. Como aconteceria se a lâmpada fosse posicionada na parte de baixo.

Também não entendi a razão de a lâmpada incandescente ser vetada. Acho que o que mais importa no caso é a potência da lâmpada. No meu caso uso uma ou outra dependendo da temperatura externa. Para aumentar de 17 a 20º a de 15W dá conta perfeitamente, mas quando está na faixa dos vinte alguma coisa, aí uso a de 25W.
 
Eu particularmente deixo a cerveja subir naturalmente na temperatura ambiente sem preocupação com stressar a levedura. Óbvio que a temperatura ambiente que estamos falando eh próximo dos 25/26 graus. Após a fermentação primária a cerveja já atenuou cerca de 70/80 % portanto o perfil da fermentação já foi definido e nada mudará em termos de offlavor. Até a própria autolise eu desconsidero, mesmo que a temperatura ambiente esteja acima dos 27 graus, dado normalmente o período curto de fermentação secundaria.
 

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