Mash out - fazer ou nao

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Andersonzc

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Jun 14, 2013
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Bom dia pessoal.
Analisando varias receitas de cervejas, vejo que tem muitas que ignoram o mash out. Quais seriam as vantagens e desvantagens deste processo?

Valeu.
Anderson
 
Se o mash out for bem feito (sem extrapolar a temperatura limite), eu sinceramente não vejo desvantagem. Ok, talvez a "perda" de tempo/energia.

As vantagens, pela minha experiência, são uma filtragem mais tranquila e elevação da eficiência, por conta da maior fluidez e extração de açúcar do bagaço.

Mas deve haver mais coisa. Uma vez li algumo a respeito da NECESSIDADE do mash out para interromper a alfa milase em determinadas receitas, mas não lembro dos detalhes.

Abraço
Wagner
 
Mash out serve para desativar todas as enzimas do mosto.
Sem mash out, o perfil do mosto vai continuar evoluindo, as vezes para um fim não desejado.
Portanto, quando o perfil planejado (através das rampas de T) é alcançado, elevar a temperatura para 78oC finaliza qualquer alteração adicional.
 
Eu respeitosamente discordo do Luiz.

Mash-out serve mesmo pra solubilizar o mosto e ajudar na extração dos açúcares, o que aumenta a eficiência.

De que adianta inativar enzimas no final da mosturação, quando elas já converteram todo o açúcar que tinham pra converter?

E outra.. 78º nem e garantia de desnaturação de Alfa Amilase, por exemplo.

Abraço!
 
Eu respeitosamente discordo do Guenther.

O "já converteram todo o açúcar que tinham pra converter" não é bem assim. O fato de todo o amido já ter sido convertido não quer dizer que não sobrou nada pras amilases. Brassagens mais longas produzem mostos mais fermentáveis. Uma mosturação de 3 horas com certeza produzirá uma cerveja mais atenuada do que uma de 1h.

O mashout pode ser particularmente importante para cervejarias, onde a filtragem/transferência do mosto para a tina de fervura pode durar mais de 2h.
 
Eu respeitosamente discordo do Guenther.

O "já converteram todo o açúcar que tinham pra converter" não é bem assim. O fato de todo o amido já ter sido convertido não quer dizer que não sobrou nada pras amilases. Brassagens mais longas produzem mostos mais fermentáveis. Uma mosturação de 3 horas com certeza produzirá uma cerveja mais atenuada do que uma de 1h.

O mashout pode ser particularmente importante para cervejarias, onde a filtragem/transferência do mosto para a tina de fervura pode durar mais de 2h.

Sim, eu sei, mas é como tu disse... isso é usado normalmente por grandes cervejarias pra obter consistência total, etc.

Ou tu estás dizendo que todo o amido já foi convertido, e que ainda sobrou outra coisa (que não o amido) que também é convertido em glicose/frutose/maltose/maltotriose pra tornar o mosto mais fermentável?

Eu perguntei sobre isso pro Palmer em Piracicaba, e foi o que ele me disse pra mim... mas também me lembro de outro Podcast onde ele fala que na prática, para homebrewers, inativar as enzimas não teria serventia no caso dos homebrewers. Vou tentar achar o Podcast.

Abraço!
 
Last edited:
Aê: http://beersmith.com/blog/2011/12/22/beer-brewing-myths-holiday-episode-beersmith-podcast-29/

A pergunta sobre mash-out está em 05:40.

Pra quem não for ver o podcast..

Basicamente, tanto o Palmer como o Gordon Strong e o Denny Conn fazem mash-out, mas não pelo mesmo motivo que as grandes cervejarias, mas sim porque eles "sentem" uma extração melhor dos açúcares.

O Palmer inclusive fala um negócio interessante, que eu não me lembrava, sobre as proteases ficarem muito tempo ativas, quebrando muitas proteínas, porque elas teriam resistência a temperaturas de mosturação.

Por fim, todos ressaltam a importância de pegar conselhos ou técnicas de cervejarias grandes, mas analisar bem pois como homebrewers não precisamos nos preocupar com alguns detalhes que, pelo equipamento pequeno, não fariam diferença.

Bem legal..

Abraço!
 
Ou tu estás dizendo que todo o amido já foi convertido, e que ainda sobrou outra coisa (que não o amido) que também é convertido em glicose/frutose/maltose/maltotriose pra tornar o mosto mais fermentável?

Sim, exatamente isso que eu quis dizer. As beta amilases não atacam apenas amido, mas também polissacarídeos menores (maltotetraose pra cima). Logo, as dextrinas podem ser quebradas em cadeias menores, tornando o mosto mais fermentável.
 
Só pra deixar claro, eu não estou defendendo a necessidade de mashout (até porque eu nunca faço), só estou dizendo que, teoricamente, em determinadas situações pode fazer diferença.
 
Uma vez não fiz o mash out para testar... A eficiência caiu para 54% ou 60% não me recordo bem.

Num modo menos técnico os açucares ficam "menos líquidos" com temperaturas mais baixas que a do mash out e "não se desprendem" tão facilmente dos grãos.
 
Eu só não faço mash-out em cervejas de "brassagem lenta e complicada" como uma witbier por exemplo que tem poucas enzimas (50% de adjuntos)...

Nesse caso sempre acho que não faz mal dar um tempinho extra para as enzimas trabalharem!

abçs
 
Não faço mash out per sé, mas faço lavagens com água a 78 graus - não por causa das enzimas mas para aumentar a viscosidade. E de qualquer forma o mosto não demora em ir para a fervura. Não vejo diferença em eficiência. Como Guenther disse, os caras de Brew Strong desmentiram a necessidade de mash out para homebrew faz tempo.
 
Mash-out, resumindo, é bom pela eficiência.

Ele solubiliza melhor o mosto, e aglutina partículas menores em maiores, e tudo isso melhora a filtragem/lavagem, o que melhor a eficiência.

Especificamente a 78 ºC também ocorre uma "explosão" por assim dizer de algumas micro partículas de amido que não se gelatinizam em temperaturas normais, e a 78 ºC ainda existem Alfa Amilases que podem converter essas partículas, aumentando um pouco mais ainda a eficiência, algo parecido com o aumento de eficiência que ocorre quando se faz decocção.

Abraço!
 
Mash-out, resumindo, é bom pela eficiência.

Ele solubiliza melhor o mosto, e aglutina partículas menores em maiores, e tudo isso melhora a filtragem/lavagem, o que melhor a eficiência.

Especificamente a 78 ºC também ocorre uma "explosão" por assim dizer de algumas micro partículas de amido que não se gelatinizam em temperaturas normais, e a 78 ºC ainda existem Alfa Amilases que podem converter essas partículas, aumentando um pouco mais ainda a eficiência, algo parecido com o aumento de eficiência que ocorre quando se faz decocção.

Abraço!

Guenther,

Nossa Cervejaria ainda é pequena, estamos no começo e temos capacidade de 80L mensais apenas. Brassamos sempre nas quarta-feiras, por isso o nome. Começamos com as Pale Ales, depois Irish Red Ales, Kolschs e Pilsens, todos estilos que demandam uma OG mais baixa. Ontem brassamos pela primeira vez uma Belgian Blond Ale, estava tudo ocorrendo bem quando após 30 minutos de brassagem, por engano nosso amigo responsável pelas panelas, ao resolver manter a temperatura de 68ºC tampou a panela, porém esqueceu a chama ligada. A temperatura do mosto chegou a 73ºC até que ele notou, desligamos a chama e homogenizamos o mosto e a temperatura chegou aos 80ºC. Depois de alguns minutos fazendo recirculação e mexendo o mosto para diminuir a temperatura, resolvemos colocar mais 3L de água fria, estabilizamos nos 68º C novamente, porém se passaram cerca de 7-8 minutos nesse processo. Continuamos com a brassagem, pois já era um caminho sem volta. Após 1h30 o teste de amido com iodo deu positivo. Tinha muito amido ainda. Resolvemos continuar mesmo assim. No final de todo processo, antes de colocar no fermentador, medimos a OG e para nossa surpresa deu 1066, perfeitamente dentro do estilo. Fizemos algumas pesquisas e vimos neste e em outro comentário seu dizendo que mesmo submetido a essas temperaturas algumas enzimas permanecem vivas. Temos algumas dúvidas, seguindo o teste de iodo que acusou que tinha muito amido ainda no mosto, o amido interfere na leitura do densímetro? Se sim, com certeza teremos problema de atenuar essa cerveja certo? Senão acredito que essa rampa ¨sem querer¨ não tenha interferido muito na atividade enzimática. O que você acha?

Desde já muito obrigado pela atenção.

Abraços
 
Guenther,

Nossa Cervejaria ainda é pequena, estamos no começo e temos capacidade de 80L mensais apenas. Brassamos sempre nas quarta-feiras, por isso o nome. Começamos com as Pale Ales, depois Irish Red Ales, Kolschs e Pilsens, todos estilos que demandam uma OG mais baixa. Ontem brassamos pela primeira vez uma Belgian Blond Ale, estava tudo ocorrendo bem quando após 30 minutos de brassagem, por engano nosso amigo responsável pelas panelas, ao resolver manter a temperatura de 68ºC tampou a panela, porém esqueceu a chama ligada. A temperatura do mosto chegou a 73ºC até que ele notou, desligamos a chama e homogenizamos o mosto e a temperatura chegou aos 80ºC. Depois de alguns minutos fazendo recirculação e mexendo o mosto para diminuir a temperatura, resolvemos colocar mais 3L de água fria, estabilizamos nos 68º C novamente, porém se passaram cerca de 7-8 minutos nesse processo. Continuamos com a brassagem, pois já era um caminho sem volta. Após 1h30 o teste de amido com iodo deu positivo. Tinha muito amido ainda. Resolvemos continuar mesmo assim. No final de todo processo, antes de colocar no fermentador, medimos a OG e para nossa surpresa deu 1066, perfeitamente dentro do estilo. Fizemos algumas pesquisas e vimos neste e em outro comentário seu dizendo que mesmo submetido a essas temperaturas algumas enzimas permanecem vivas. Temos algumas dúvidas, seguindo o teste de iodo que acusou que tinha muito amido ainda no mosto, o amido interfere na leitura do densímetro? Se sim, com certeza teremos problema de atenuar essa cerveja certo? Senão acredito que essa rampa ¨sem querer¨ não tenha interferido muito na atividade enzimática. O que você acha?

Desde já muito obrigado pela atenção.

Abraços
Beta Amilase se desnatura rapidamente pelos 70 graus. Alfa Amilase, só em 80 graus.

Ou seja, o que aconteceu contigo provavelmente pode ter sido o seguinte........ teste do iodo errado. Podem ter pego uma amostra com pedaços de casca, etc.... e aí já era..... vai ficar sempre preto.

É por esses motivos que eu nunca faço teste de iodo, eu confio na relação temperatura/tempo.

Abraço,
 
O que vc acha de usar a densidade da mostura usando um refratometro pra estipular que acabou?

Tem inclusive uma tabela do Kai do site braukaiser que ele diz o que esperar em 100 porcento de conversão baseado no ratio l/kg que se usa. Quando comprar um retratometro vou começar a testar esse método.
 
O que vc acha de usar a densidade da mostura usando um refratometro pra estipular que acabou?

Tem inclusive uma tabela do Kai do site braukaiser que ele diz o que esperar em 100 porcento de conversão baseado no ratio l/kg que se usa. Quando comprar um retratometro vou começar a testar esse método.

podes postar o link? eu tenho refratômetro, vou fazer o teste...
 
O que vc acha de usar a densidade da mostura usando um refratometro pra estipular que acabou?

Tem inclusive uma tabela do Kai do site braukaiser que ele diz o que esperar em 100 porcento de conversão baseado no ratio l/kg que se usa. Quando comprar um retratometro vou começar a testar esse método.

Acredito que o refratômetro é um aparelho como o densímetro, mede densidade pela refração da luz de um líquido feito pelos sólidos.. então não tem muita serventia pra determinar cinética enzimática

se tiver 50% de amido convertido/50% não convertido e digamos 100% convertido, a densidade será muito próxima..

abraço!
 
Pessoal, eu estou com este dilema hoje em dia. O Mash out no meu caso me custa bem uns 20-30 min (aquecimento e manutenção). Eu estou convicto que ele sira muito mais para a redução da viscosidade. Eu sou homebrewer, faço as minhas cervejas apenas para o consumo próprio, de tal forma que um ganho discreto de eficiência seja desprezível (frente ao benefício à redução de tempo - há outras questão que envolvem tempo neste contexto :) ). Ainda não testei, mas gostaria de lançar a discussão: quem não esteja tão preocupado com ganho de pequena eficiência, valeria a pena não fazer mash out? O benefício em não fazer, no meu caso, seria uma redução no tempo gasto na produção. Procede? Faz sentido?

Sds,

Fabiano da Mata
 
Pessoal, eu estou com este dilema hoje em dia. O Mash out no meu caso me custa bem uns 20-30 min (aquecimento e manutenção). Eu estou convicto que ele sira muito mais para a redução da viscosidade. Eu sou homebrewer, faço as minhas cervejas apenas para o consumo próprio, de tal forma que um ganho discreto de eficiência seja desprezível (frente ao benefício à redução de tempo - há outras questão que envolvem tempo neste contexto :) ). Ainda não testei, mas gostaria de lançar a discussão: quem não esteja tão preocupado com ganho de pequena eficiência, valeria a pena não fazer mash out? O benefício em não fazer, no meu caso, seria uma redução no tempo gasto na produção. Procede? Faz sentido?

Sds,

Fabiano da Mata
Eu faço várias levas sem fazer Mashout.

Mashout serve, no caso de cervejeiros caseiros, pra 3 coisas:
1) Evitar entupimentos
2) Aumentar a CHANCE de ter uma eficiência mais alta
3) Diminuir a CHANCE de ter conversão incompleta (já que a alta temperatura faz a Alfa destruir/converter um ou outro amido restante não convertido).

Em resumo....

- Se vc não tem problema de entupimentos, não precisa fazer por este motivo específico.
- Se já testou com e sem mashout e não ve grande vantagem em eficiência, também não precisa.
- Se vc sabe que tem conversão completa, também não precisa.

Ou seja, eu por exemplo faço ou não dependendo completamente do equipamento que estou fazendo. Se vai me dar muito trabalho, não faço. Se vai me dar pouco trabalho, faço.

Se o tempo não vai me fazer falta.... eu faço. Se quero fazer a brassagem num tempo X, não faço.

É isso.... No meu equipamento de 40 litros automatizado, eu faço, porque não me adiciona nenhum esforço e gastar 30 minutos a mais no geral... não faz diferença nenhuma na minha vida quando estou fazendo cerveja nele.

Quando uso meu equipamento de 30 totalmente manual, eu faço um semi mashout, pois enquanto estou fazendo recirculação com jarra pré-filtragem, eu deixo o fogo aceso.... e o mosto aquece um pouco, mas nem controlo porque sempre acabo a recirculação antes dos 76.

Quando uso uma panela do meu equipamento de 30, só que pra fazer BIAB.... não faço mashout, porque quando faço BIAB, geralmente meu objetivo é fazer cerveja rápido e com o mínimo de esforço..... então estou pouco me importando com eficiência, que em BIAB sem fazer absolutamente nada de especial dá sempre por volta de 65%.

Ou seja... não existe resposta do tipo "faça ou não faça".

Quando eu faço cerveja, eu não uso uma técnica ou outra como o mashout, porque todo mundo faz, ou porque é clássico...... eu faço algo porque eu julgo necessário ou não.... ou porque é obrigatório, e EU decido se vou fazer ou não.

Abraço,
 
Eu faço várias levas sem fazer Mashout.

Mashout serve, no caso de cervejeiros caseiros, pra 3 coisas:
1) Evitar entupimentos
2) Aumentar a CHANCE de ter uma eficiência mais alta
3) Diminuir a CHANCE de ter conversão incompleta (já que a alta temperatura faz a Alfa destruir/converter um ou outro amido restante não convertido).

Em resumo....

- Se vc não tem problema de entupimentos, não precisa fazer por este motivo específico.
- Se já testou com e sem mashout e não ve grande vantagem em eficiência, também não precisa.
- Se vc sabe que tem conversão completa, também não precisa.

Ou seja, eu por exemplo faço ou não dependendo completamente do equipamento que estou fazendo. Se vai me dar muito trabalho, não faço. Se vai me dar pouco trabalho, faço.

Se o tempo não vai me fazer falta.... eu faço. Se quero fazer a brassagem num tempo X, não faço.

É isso.... No meu equipamento de 40 litros automatizado, eu faço, porque não me adiciona nenhum esforço e gastar 30 minutos a mais no geral... não faz diferença nenhuma na minha vida quando estou fazendo cerveja nele.

Quando uso meu equipamento de 30 totalmente manual, eu faço um semi mashout, pois enquanto estou fazendo recirculação com jarra pré-filtragem, eu deixo o fogo aceso.... e o mosto aquece um pouco, mas nem controlo porque sempre acabo a recirculação antes dos 76.

Quando uso uma panela do meu equipamento de 30, só que pra fazer BIAB.... não faço mashout, porque quando faço BIAB, geralmente meu objetivo é fazer cerveja rápido e com o mínimo de esforço..... então estou pouco me importando com eficiência, que em BIAB sem fazer absolutamente nada de especial dá sempre por volta de 65%.

Ou seja... não existe resposta do tipo "faça ou não faça".

Quando eu faço cerveja, eu não uso uma técnica ou outra como o mashout, porque todo mundo faz, ou porque é clássico...... eu faço algo porque eu julgo necessário ou não.... ou porque é obrigatório, e EU decido se vou fazer ou não.

Abraço,

Esse tipo de comentário é extremamente pertinente...

O que mais vejo é o pessoal seguindo processos à risca por que leram em determinado lugar que é bom, mas nem sabem porque fazem e nem sabem se é bom para o perfil de equipamento que possuem. Eu me incluía muito nesse "pessoal"...

valeu

[ ]´s
 
Quando eu faço cerveja, eu não uso uma técnica ou outra como o mashout, porque todo mundo faz, ou porque é clássico...... eu faço algo porque eu julgo necessário ou não.... ou porque é obrigatório, e EU decido se vou fazer ou não.

Sensacional!!!


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Eu faco mash out qdo adiciono a agua da lavagem, aumenta a minha eficiencia, sera devido a uma densidade menor dessa segunda mosturacao facilitaria uma melhor extracao de amidos ? :confused: me expliquem os mais entendidos pois ainda sou iniciante. muito obrigado:mug:
 
Eu faço várias levas sem fazer Mashout.

Mashout serve, no caso de cervejeiros caseiros, pra 3 coisas:
1) Evitar entupimentos
2) Aumentar a CHANCE de ter uma eficiência mais alta
3) Diminuir a CHANCE de ter conversão incompleta (já que a alta temperatura faz a Alfa destruir/converter um ou outro amido restante não convertido).

Em resumo....

- Se vc não tem problema de entupimentos, não precisa fazer por este motivo específico.
- Se já testou com e sem mashout e não ve grande vantagem em eficiência, também não precisa.
- Se vc sabe que tem conversão completa, também não precisa.

Ou seja, eu por exemplo faço ou não dependendo completamente do equipamento que estou fazendo. Se vai me dar muito trabalho, não faço. Se vai me dar pouco trabalho, faço.

Se o tempo não vai me fazer falta.... eu faço. Se quero fazer a brassagem num tempo X, não faço.

É isso.... No meu equipamento de 40 litros automatizado, eu faço, porque não me adiciona nenhum esforço e gastar 30 minutos a mais no geral... não faz diferença nenhuma na minha vida quando estou fazendo cerveja nele.

Quando uso meu equipamento de 30 totalmente manual, eu faço um semi mashout, pois enquanto estou fazendo recirculação com jarra pré-filtragem, eu deixo o fogo aceso.... e o mosto aquece um pouco, mas nem controlo porque sempre acabo a recirculação antes dos 76.

Quando uso uma panela do meu equipamento de 30, só que pra fazer BIAB.... não faço mashout, porque quando faço BIAB, geralmente meu objetivo é fazer cerveja rápido e com o mínimo de esforço..... então estou pouco me importando com eficiência, que em BIAB sem fazer absolutamente nada de especial dá sempre por volta de 65%.

Ou seja... não existe resposta do tipo "faça ou não faça".

Quando eu faço cerveja, eu não uso uma técnica ou outra como o mashout, porque todo mundo faz, ou porque é clássico...... eu faço algo porque eu julgo necessário ou não.... ou porque é obrigatório, e EU decido se vou fazer ou não.

Abraço,

Por ler esses e outros comentários, apesar de ainda não ter feito minha primeira brassagem, percebo cada vez mais que fazer cerveja é experimentar, conhecer bem seu equipamento e definir se gosto pessoal em termos de trabalho. Pretendo começar com BIAB, para, como Guenther citou, não ter muito trabalho e estudar processo, focando principalmente em fermentação e maturação.....
 
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