Danete alcoólico - Russian Imperial Stout

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Johnnyzinho

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São Paulo - Brasil
Depois de um período de estudo e produção de cervejas lúpuladas, chegou a hora de arrumar outra boa briga, dessa vez com uma Russian Imperial Stout.

A idéia aqui é uma cerveja densa, algo semelhante a uma Petroleum (talvez até mais densa), mas indo para uma pegada um pouco diferente em aroma e sabor. O foco aqui é a pegada de chocolate amargo e em segundo plano café, ameixa e um leve caramelo, não estou buscando esterificação de levedura e nem aroma de lúpulo. Está sera uma versão 2.0 de uma receita que já gosto muito, mas com alguns ajustes.

A receita tem uma OG 1.113 (será bem dificil atingir essa densidade) e a FV em generosos 1043 (eu sei, tem muita cerva que não tem isso nem de OG), por consequência o ABV ficará um pouco acima dos 9%. A prioridade aqui não será álcool, chegando em 9% está ótimo, o foco é a densidade final.

Recentemente produzi uma RIS com FG de 1030, e mesmo assim, o corpo desta cerva ainda estava abaixo de uma Petroleum. Já tive acesso a receita de alguns clones da Petroleum e a FG sempre está na casa dos 1030, com a experiencia da minha ultima RIS, não acredito seja realmente esse o parâmetro.

Como estrategia para elevar o corpo, adotei as seguintes estrategias:
-Utilizei pela primeira vez maltodextrina, totalizando 5.5% do grist;
-Flocos de aveia, totalizando 20% do grist (sim, 20% e já estou me preparando psicologicamente para essa mostura, não será fáci)l;
-Mostura alta, 71°C;
-Levedura de menor atenuação, no caso S-04.

Pretendo explorar outros dois ingredientes, nibs de cacau e lascas de carvalho. Pretendo fazer com ambos um extrato em álcool de cereais e dosar no envase de algumas garrafas.

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Inclusive, aceito sugestões sobre a receita.

A primeira etapa desta produção já começou. A brassagem de uma Strong Bitter que servirá de propagação de levedura para a RIS.
Essa cerva atingiu a FG hoje, manterei somente mais 3 dias em cold, para pegar a lama no estágio mais fresco possível.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
 
Parece bem interessante! Minha sugestão é não poupar nos nibs de cacau e usar muito, sem medo. É bem importante procurar um vendedor que tenha o produto o mais fresco possível. Coma alguns nibs antes de comprar pra testar se o sabor está bom. Tive experiência com nibs velhos que só me deram gordura. Pra extração alcoólica dos nibs, gosto de usar whisky. Pro meu paladar, as notas amadeiradas ficam suaves e combinam bem com o chocolate.
 
RIS sempre vale a pena! Pitacos de quem já apanhou feio de um projeto parecido:

1 - Se você quer manter FG alta, eu substituiria o açúcar pelo extrato de malte - ou colocaria os dois pois nessa densidade 9% de álcool me parece baixo para balancear o peso da cerveja.
2 - Eu faria um starter monstro para o início, com aeração cuidadosa antes da inoculação e só colocaria os adjuntos depois que o mosto inicial for totalmente fermentado. Separaria uns pacotinhos ou outro starter para quando for colocar os adjuntos e faria uma segunda aeração + nutriente.
3 - Se ela realmente ficar acima de 1.040 seu BU/GU vai ficar baixo e o lúpulo pode dar uma sumida.
4 - Se prepara para uma maturação quente longa. Pra limpar uma cerveja dessa de subproduto vai dar trabalho pras bichinhas.

A levedura vai chorar nesse mosto - mosto espesso prejudica a fermentação pelo problema de cinética.

Boa sorte e vê se posta o resultado!
 
Eu tentaria aumentar esse corpo com lactose, acredito que para uma RIS deve ficar um resultado interessante, me preocuparia com a finalização da fermentação, possibilidade de acrescentar um outro fermento para finalizar a fermentação: Exemplo: T-58

Faria aeração conjunta nos 2 primeiros dias da fermentação (eu fiz isso na minha última RIS) e tive um resultado fantástico, a cerveja ficou tão bem fermentada que deu pra tomar tranquilo no primeiro mês de maturação, mas é claro que as garrafas estão maturando para iniciar a degustação lá para o inverno do ano que vem.

Irei mandar foto dos 2 lotes que fiz em maio desse ano. Uma RIS e uma Quadrupel. A meta é beber algumas garrafas por ano até completar 5 anos. Já fiz isso em 2015 com a mesma receita.


Depois de um período de estudo e produção de cervejas lúpuladas, chegou a hora de arrumar outra boa briga, dessa vez com uma Russian Imperial Stout.

A idéia aqui é uma cerveja densa, algo semelhante a uma Petroleum (talvez até mais densa), mas indo para uma pegada um pouco diferente em aroma e sabor. O foco aqui é a pegada de chocolate amargo e em segundo plano café, ameixa e um leve caramelo, não estou buscando esterificação de levedura e nem aroma de lúpulo. Está sera uma versão 2.0 de uma receita que já gosto muito, mas com alguns ajustes.

A receita tem uma OG 1.113 (será bem dificil atingir essa densidade) e a FV em generosos 1043 (eu sei, tem muita cerva que não tem isso nem de OG), por consequência o ABV ficará um pouco acima dos 9%. A prioridade aqui não será álcool, chegando em 9% está ótimo, o foco é a densidade final.

Recentemente produzi uma RIS com FG de 1030, e mesmo assim, o corpo desta cerva ainda estava abaixo de uma Petroleum. Já tive acesso a receita de alguns clones da Petroleum e a FG sempre está na casa dos 1030, com a experiencia da minha ultima RIS, não acredito seja realmente esse o parâmetro.

Como estrategia para elevar o corpo, adotei as seguintes estrategias:
-Utilizei pela primeira vez maltodextrina, totalizando 5.5% do grist;
-Flocos de aveia, totalizando 20% do grist (sim, 20% e já estou me preparando psicologicamente para essa mostura, não será fáci)l;
-Mostura alta, 71°C;
-Levedura de menor atenuação, no caso S-04.

Pretendo explorar outros dois ingredientes, nibs de cacau e lascas de carvalho. Pretendo fazer com ambos um extrato em álcool de cereais e dosar no envase de algumas garrafas.

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Inclusive, aceito sugestões sobre a receita.

A primeira etapa desta produção já começou. A brassagem de uma Strong Bitter que servirá de propagação de levedura para a RIS.
Essa cerva atingiu a FG hoje, manterei somente mais 3 dias em cold, para pegar a lama no estágio mais fresco possível.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
 

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Eu to com uma RIS que fiz há 2 anos, e coloquei nela dados de carvalho. Ficou absurda, com 11% de alcool. E com certeza, é uma cerveja pra tomar pelo menos depois de um ano. Muda completamente!
 
Depois de um período de estudo e produção de cervejas lúpuladas, chegou a hora de arrumar outra boa briga, dessa vez com uma Russian Imperial Stout.

A idéia aqui é uma cerveja densa, algo semelhante a uma Petroleum (talvez até mais densa), mas indo para uma pegada um pouco diferente em aroma e sabor. O foco aqui é a pegada de chocolate amargo e em segundo plano café, ameixa e um leve caramelo, não estou buscando esterificação de levedura e nem aroma de lúpulo. Está sera uma versão 2.0 de uma receita que já gosto muito, mas com alguns ajustes.

A receita tem uma OG 1.113 (será bem dificil atingir essa densidade) e a FV em generosos 1043 (eu sei, tem muita cerva que não tem isso nem de OG), por consequência o ABV ficará um pouco acima dos 9%. A prioridade aqui não será álcool, chegando em 9% está ótimo, o foco é a densidade final.

Recentemente produzi uma RIS com FG de 1030, e mesmo assim, o corpo desta cerva ainda estava abaixo de uma Petroleum. Já tive acesso a receita de alguns clones da Petroleum e a FG sempre está na casa dos 1030, com a experiencia da minha ultima RIS, não acredito seja realmente esse o parâmetro.

Como estrategia para elevar o corpo, adotei as seguintes estrategias:
-Utilizei pela primeira vez maltodextrina, totalizando 5.5% do grist;
-Flocos de aveia, totalizando 20% do grist (sim, 20% e já estou me preparando psicologicamente para essa mostura, não será fáci)l;
-Mostura alta, 71°C;
-Levedura de menor atenuação, no caso S-04.

Pretendo explorar outros dois ingredientes, nibs de cacau e lascas de carvalho. Pretendo fazer com ambos um extrato em álcool de cereais e dosar no envase de algumas garrafas.

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Inclusive, aceito sugestões sobre a receita.

A primeira etapa desta produção já começou. A brassagem de uma Strong Bitter que servirá de propagação de levedura para a RIS.
Essa cerva atingiu a FG hoje, manterei somente mais 3 dias em cold, para pegar a lama no estágio mais fresco possível.

Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Se vc quer pouco corpo, pode usar o fermento Lallemand Windsor, ele não metaboliza maltotriose. Segue a baixo os dados desse fermento:
https://www.lallemandbrewing.com/en/united-states/product-details/windsor-british-style-beer-yeast/
Eu usei ele pra fazer uma bitter, num fermento normal ficaria com 5,0% e ela ficou com 3,5%, com um belo corpo...pode ser que te agrade!
 
Corpo na RIS? mostura alta + fervura (2 horas) + cepa de levedura inglesa + aveia ( de 5 a 7% do grist). Pode "cozinhar" a aveia antes e adiciona na fervura só o "mingau". Mumu com fanta. :cool:

EDIT: calcule, pelo menos, 3 vezes o pitch de levedura. Oxigene bastante o mosto antes de inocular. CAso contrário, as bichinhas vão sofrer só com 1,1 sachê.
 
Parece bem interessante! Minha sugestão é não poupar nos nibs de cacau e usar muito, sem medo. É bem importante procurar um vendedor que tenha o produto o mais fresco possível. Coma alguns nibs antes de comprar pra testar se o sabor está bom. Tive experiência com nibs velhos que só me deram gordura. Pra extração alcoólica dos nibs, gosto de usar whisky. Pro meu paladar, as notas amadeiradas ficam suaves e combinam bem com o chocolate.
Agradeço as dicas!

Os nibs eu irei usar somente no extrato dosando na hora do envase, adições em outras etapas me parecem pouco eficientes. Optei pelo o alcool de cereais, mas pensei bastante no Whisky tanto para os nibs mas principalmente para o extrato de carvalho. Vou seguir o mais basico nessa com o alcool de cereais, mas pretendo testar com Whisky na próxima.
 
RIS sempre vale a pena! Pitacos de quem já apanhou feio de um projeto parecido:

1 - Se você quer manter FG alta, eu substituiria o açúcar pelo extrato de malte - ou colocaria os dois pois nessa densidade 9% de álcool me parece baixo para balancear o peso da cerveja.
2 - Eu faria um starter monstro para o início, com aeração cuidadosa antes da inoculação e só colocaria os adjuntos depois que o mosto inicial for totalmente fermentado. Separaria uns pacotinhos ou outro starter para quando for colocar os adjuntos e faria uma segunda aeração + nutriente.
3 - Se ela realmente ficar acima de 1.040 seu BU/GU vai ficar baixo e o lúpulo pode dar uma sumida.
4 - Se prepara para uma maturação quente longa. Pra limpar uma cerveja dessa de subproduto vai dar trabalho pras bichinhas.

A levedura vai chorar nesse mosto - mosto espesso prejudica a fermentação pelo problema de cinética.

Boa sorte e vê se posta o resultado!
Vamos lá Nero.

Primeiro ponto, pode mandar pitacos! Serão bem vindos.

1- Quando fiz o post ainda não havia finalizado a receita - na verdade é o tipo de receita que leva anos para "finalizar", mas fiz alguns ajustes. Sobre o açucar, eu acabei adicionando só para atingir os 9%, a FG alta eu já consegui com o restante dos insumos/processos.

2- Não entendi muito bem o lance de só colocar os adjuntos após o mosto inicial ser fermentado, pode explicar melhor? Sobre o starter monstro, comentei na publicação, ele já está feito. O processo foi realizar um starter inicial de 2L com um pacote de S-04, isso resultou em um pitch mais que adequado para fermentar um Bitter, a lama dessa bitter que atingiu a FG dia 18-10, ou seja, está extremamente fresca será usada para fermentar a RIS.
Esse foi exatamente o mesmo processo que fiz na minha ultima RIS com parâmetros de OG em 1097 e FG em 1030. O resultado foi uma fermentação extremamente rápida e neutra, sem off mesmo com a cerveja extremamente jovem.

3- Nesse parametro o BU/GU está dentro do estilo, no limite inferior mas ainda dentro, de qualquer forma tive uma percepção parecida e como já comentei, fiz alguns ajustes na receita, um deles foi diminuir um pouco a FG e subir um pouco o IBU.
FG 1043 -> 1040; IBU 63 -> 70. Para o meu paladar acredito que ficará equilibrada.

4- Sobre a maturação, pretendo tomar a primeira garrafa depois de 1 mês, na minha ultima quando deu 2 semanas eu já abri a primeira rsrs.
Mas a ideia é deixar ela maturar mesmo, pretendo tomar uma garrafa por mês e ir avaliando a evolução da cerva, isso significaria uns 40 meses até a ultima garrafa, mas tenho bem claro que irei falhar nessa missão rsrs.

Estou confiante sobre a fermentação, com minhas experiencias em High Gravity anteriores, acho que vai dar bom. Mas impossivel não ficar apreensivo.

Pode deixar que atualizarei o post com os resultados!
 
Eu tentaria aumentar esse corpo com lactose, acredito que para uma RIS deve ficar um resultado interessante, me preocuparia com a finalização da fermentação, possibilidade de acrescentar um outro fermento para finalizar a fermentação: Exemplo: T-58

Faria aeração conjunta nos 2 primeiros dias da fermentação (eu fiz isso na minha última RIS) e tive um resultado fantástico, a cerveja ficou tão bem fermentada que deu pra tomar tranquilo no primeiro mês de maturação, mas é claro que as garrafas estão maturando para iniciar a degustação lá para o inverno do ano que vem.

Irei mandar foto dos 2 lotes que fiz em maio desse ano. Uma RIS e uma Quadrupel. A meta é beber algumas garrafas por ano até completar 5 anos. Já fiz isso em 2015 com a mesma receita.
Cara minha ideia era usar metade maltodextrina e metade Lactose, mas acabou não rolando, ficará para próxima.
Sobre outra levedura, com base na minha ultima RIS estou confiante que ela vai dar conta, mas estarei esperto na fermentação e pronto para correr para o brewshop mais próximo se necessário, obrigado pela dica.

Oq seria essa aeração conjunta?

Pretendo deixar envelhecer sim, mas confesso que não sei quanto tempo aguentarei. Duvido que 5 anos rsrsrs Pretendo fazer uma Quadrupel em breve tbm.

Sobre as fotos, linda apresentação! Pretendo fazer finalizar lacrando as garrafas com cera.
 
Eu to com uma RIS que fiz há 2 anos, e coloquei nela dados de carvalho. Ficou absurda, com 11% de alcool. E com certeza, é uma cerveja pra tomar pelo menos depois de um ano. Muda completamente!
Legal seu feedback, estou bem ansioso pelo resultado com as garrafas com carvalho. Espero ter paciencia para deixá-las envelhecer.
 
Se vc quer pouco corpo, pode usar o fermento Lallemand Windsor, ele não metaboliza maltotriose. Segue a baixo os dados desse fermento:
https://www.lallemandbrewing.com/en/united-states/product-details/windsor-british-style-beer-yeast/
Eu usei ele pra fazer uma bitter, num fermento normal ficaria com 5,0% e ela ficou com 3,5%, com um belo corpo...pode ser que te agrade!
Já tinha ouvido falar mas ainda não tinha pesquisado no detalhe. Irei dar uma olhada depois, obrigado pela dica.
 
Corpo na RIS? mostura alta + fervura (2 horas) + cepa de levedura inglesa + aveia ( de 5 a 7% do grist). Pode "cozinhar" a aveia antes e adiciona na fervura só o "mingau". Mumu com fanta. :cool:

EDIT: calcule, pelo menos, 3 vezes o pitch de levedura. Oxigene bastante o mosto antes de inocular. CAso contrário, as bichinhas vão sofrer só com 1,1 sachê.
Cara, estou indo além do básico. Em minha última RIS fiz tudo isso, com um carga maior de aveia e uma correção de aguá alinhada com esse objetivo, acredito que posso ir além! Descobriremos!

Sobre o pitch, o sache está ali só ilustrando, respondi no detalhe acima, irei colar aqui abaixo:
"O processo foi realizar um starter inicial de 2L com um pacote de S-04, isso resultou em um pitch mais que adequado para fermentar um Bitter, a lama dessa bitter que atingiu a FG dia 18-10, ou seja, está extremamente fresca será usada para fermentar a RIS.
Esse foi exatamente o mesmo processo que fiz na minha ultima RIS com parâmetros de OG em 1097 e FG em 1030. O resultado foi uma fermentação extremamente rápida e neutra, sem off mesmo com a cerveja extremamente jovem."
 
Cara, estou indo além do básico. Em minha última RIS fiz tudo isso, com um carga maior de aveia e uma correção de aguá alinhada com esse objetivo, acredito que posso ir além! Descobriremos!

Sobre o pitch, o sache está ali só ilustrando, respondi no detalhe acima, irei colar aqui abaixo:
"O processo foi realizar um starter inicial de 2L com um pacote de S-04, isso resultou em um pitch mais que adequado para fermentar um Bitter, a lama dessa bitter que atingiu a FG dia 18-10, ou seja, está extremamente fresca será usada para fermentar a RIS.
Esse foi exatamente o mesmo processo que fiz na minha ultima RIS com parâmetros de OG em 1097 e FG em 1030. O resultado foi uma fermentação extremamente rápida e neutra, sem off mesmo com a cerveja extremamente jovem."
Faça a bitter com o fermento que te falei e depois a RIS. Vao ficar duas cervejas com corpo pra vc aproveitar, uma leve e outra pesadona!!!!
 
Faça a bitter com o fermento que te falei e depois a RIS. Vao ficar duas cervejas com corpo pra vc aproveitar, uma leve e outra pesadona!!!!
Cara, ficaria muita coisa para testar de uma vez só. Quero ir na segurança de uma cepa que já usei em uma receita semelhante.

Fora que a tal da bitter já está até envada:
WhatsApp Image 2022-10-20 at 22.17.18.jpeg


E a lama coletada tbm:
WhatsApp Image 2022-10-20 at 23.12.08.jpeg



Mas eu agradeço a dica, deixei esse fermento anotado aqui para testar em breve!
 
Cara minha ideia era usar metade maltodextrina e metade Lactose, mas acabou não rolando, ficará para próxima.
Sobre outra levedura, com base na minha ultima RIS estou confiante que ela vai dar conta, mas estarei esperto na fermentação e pronto para correr para o brewshop mais próximo se necessário, obrigado pela dica.

Oq seria essa aeração conjunta?

Pretendo deixar envelhecer sim, mas confesso que não sei quanto tempo aguentarei. Duvido que 5 anos rsrsrs Pretendo fazer uma Quadrupel em breve tbm.

Sobre as fotos, linda apresentação! Pretendo fazer finalizar lacrando as garrafas com cera.
Sobre aeração durante a fermentação eu vi nessa palestra online de 2 horas do Jamal: (Vale muita a pena assistir)
Ele tirou essa informação do livro Yeast o autor cita que aeração durante os primeiros dias de fermentação é até mais importa que aerar antes de iniciar a fermentação.

Sobre uso de levedura auxiliar para completar a fermentação tem outro vídeo:
 
Sobre aeração durante a fermentação eu vi nessa palestra online de 2 horas do Jamal: (Vale muita a pena assistir)
Ele tirou essa informação do livro Yeast o autor cita que aeração durante os primeiros dias de fermentação é até mais importa que aerar antes de iniciar a fermentação.

Sobre uso de levedura auxiliar para completar a fermentação tem outro vídeo:

Show de bola.

Alias, já vi os dois videos e agora eu entendi oq quis dizer.

Você comentou que fez a aeração durante a fermentação, certo? Como fez no seu setup?
 
Show de bola.

Alias, já vi os dois videos e agora eu entendi oq quis dizer.

Você comentou que fez a aeração durante a fermentação, certo? Como fez no seu setup?
Eu utilizo uma pedra difusora, aeração apenas nos 2 primeiros dias da fermentação. Confesso que fiquei apreensivo quanto a isso, mas resolvi testar e o resultado realmente me surpreendeu.
 
Eu utilizo uma pedra difusora, aeração apenas nos 2 primeiros dias da fermentação. Confesso que fiquei apreensivo quanto a isso, mas resolvi testar e o resultado realmente me surpreendeu.
Você abre o fermentador durante a fermentação, coloca a pedra, faz aeração, fecha o fermentador e depois faz novamente, isso?
 
Você abre o fermentador durante a fermentação, coloca a pedra, faz aeração, fecha o fermentador e depois faz novamente, isso?
Exatamente. Pra uma cerveja HG não terá problema de oxidação nos 2 primeiros dias. OG alta realmente precisa de muito oxigênio para uma boa fermentação.
 
22-10-2022 - Brassagem

Realizei a brassagem no sábado, iniciei as 10 e finalizei as 22hrs. Tinha esquecido como era trabalhoso brassar uma RIS.

A estratégia era:
1 hora em 71°C somente com os maltes;
1 hora em 71°C com os maltes + a aveia;
30 min em 79°C;

Na etapa somente com os maltes, mesmo com a relação água malte baixíssima, tudo lindo. Após a adição da aveia, caos total (leve drama aqui)!

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Já estou acostumado a trabalhar com aveia, é meu adjunto preferido essa desgraça. Quer uma mostura tranquilo? Não use aveia!

Totalizando 2,5kg equivalentes a 20% do Grist, em menos de 10min após a adição da aveia já estava rolando entupimento na cama de grão. Reduzi a recirculação ao mínimo e mesmo assim, de 10 em 10min eu precisava desligar a bomba por um tempo até que o nível da panela baixasse. Foram mais de 1 hora mostura nesta etapa.

Então partimos para o mashout, e as coisa seguiam complicadas. A cama de grãos estava extramente pesada e com a viscosidade do mosto a recirculação ficou extremamente comprometida, resultado: os 30 min viraram 1 hora.

Com o mashout concluído, bora suspender o cesto.. sim, mas pq o liquido não está ocorrendo? Adivinha, aveia fodendo com tudo. Uma etapa de 10min consumiu mais de 1 hora. Isso que durante todo o período eu tive que ficar do lado, eu e minha Cream Ale, raspando o fundo da cama de grão para criar abertura e o mosto poder escorrer para fervura.

A essa altura, já sabia que a minha eficiência havia sido extremamente baixa, e então decidi que a fervura teria que ser de 2 horas.

Observação: Na próxima apelarei para double mash, fazendo em mash unico foi tão difícil quanto. Eu até já tinha ciência que seria o melhor caminho, mas como estava testando muitas coisas em termos de receita, preferi seguir meu processo convencional.

Bom bora para fervura! Duas horas de fervura vigorosa com adição de lupulo somente para amargor, foram 70 IBU de columbos no inicio.

O brewfather, configura as adições de açucar e malto dextrina para o final da furvura, optei por adicionar faltando 1 hora. Além do alcool do açucar mascavo e do corpo da maltodextrina, pensei em trabalhar esses adjuntos na fervura para tentar trazer caramelização e maillard ao mosto.

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Faltando 15 minutos Whirfloc e faltando 5 nutrientes para levedura.

Hora de resfriar com o chiller de imersão e finalizar na geladeira.

OG Uns 1110 (não tenho densímetro para tudo isso rsrs):

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Depois, ainda rolou uma segunda brassagem, fazendo uma nova mostura com a mesma cama de grãos da RIS. Eficiencia baixa na primeira brassagem indica que ainda há açucar lá para ser convertido e foi suficiente para conseguir mais 17l em uma OG de 1042. Deve sair uma Porter.

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Vamos para a fermentação!
 
Last edited:
27-10-2022 - FG Atingida

Com a brassagem concluída e o mosto resfriado, hora do inoculo da levedura.

Como já comentei aqui no tópico, usei a estratégia de fazer uma Strong Bitter e com a lama dela fermentar a RIS. A lama estava extremamente fresca, a quando inoculada no mosto da RIS devia ter somente 5 dias após a data da atenuação total na Strong Bitter.

Antes, fiz uma boa oxigenação do mosto com nebulizador, preferi pecar pelo excesso e mantive a bomba fazendo a aeração por 1 hora. Obrigado anti-espumante.

Agora, bora mandar a lama de S-04 para dentro!

A fermentação foi um absurdo, assim como na minha RIS anterior a atenuação foi extremamente rápida. Na ultima RIS que havia feito, a fermentação atingiu a FG em 3 dias, nessa com um mosto de densidade um pouco superior, foram necessários pouco mais de 3 dias, exatas 80 horas.

Lembro de ter comentado surpreso em um grupo o andamento da fermentação da minha RIS anterior, um colega (e eu até entendo ele rsrsrs) disse que só podia ser mentira uma atenuação tão rápida de um mosto com OG tão elevada. Nessa RIS, desta vez com o iSpindel, tenho uma testemunha:

1666982566696.jpeg
 
Bom, nem tudo são flores..

Com o termino da fermentação no dia 27-10, dia 29-10 eu tirei a primeira amostra e com ela uma surpresa (calma, não é contaminação): A amostra veio extremamente turva e com várias partículas em suspensão.

Tentei fazer uma avaliação sensorial, mas nas condições que estava a cerveja, ficou quase impossível.

Fiquei tentado entender de onde veio tanta turbidez. Aparentemente havia um pouco de carga proteica em suspensão, isso é compreensível pois eu tive bastante problema com a filtração em função da aveia, mas além da carga proteica, havia muita, mas muita mesmo, levedura em suspensão.

A levedura utilizada foi uma S-04 e quem já usou esta cepa sabe que ela tem alta floculação. Já cansei de após a fermentação, tirar amostras razoavelmente clarificadas, mesmo antes do cold.


Cheguei em uma desconfiança, que me traziam dois indicativos, um bom e outro ruim: Tanto a levedura, quanto a carga proteica, não decantaram em função da densidade e da viscosidade do mosto.

Bom, como densidade e viscosidade eram um desejo, este é um indicativo de que atingi o objetivo, mas com ele também arrumei um problema, eu estou ferrado para clarificar esta cerva!


Como todo o bom ansioso, já fiquei pensando nisso por horas e tentando bolar uma maneira de testar se um cold crash simples resolveria a situação. Decidi tirar algumas amostras da cerva e colocá-las em copos de vidro (para que seja possível observá-las) em uma temperatura abaixo de 5°C, com o objetivo de verificar como fluiria a decantação no cold.

Dois dias depois:

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Normalmente em 24hrs a lama já estaria decantada no fundo do copo, a cerva ainda não clarificada, mas o grosso já teria decantado.

Isso para mim é um problema pois meu setup é pequeno e só neste mês tenho outras três cervas para produzir e não consigo deixar meu frigobar ocupado por tanto tempo com uma só cerva fazendo cold.

Ainda não sei oq irei fazer, como já comentei algumas vezes aqui no tópico, já fiz uma RIS de alta FG, mas mesmo com os 1030, não tive nenhuma dificuldade em clarificar a cerva.

Estou estudando oq fazer, talvez tente transferir a cerva para um galão de 20l e com ele temperatura ambiente, aguardar a decantação (oq talvez até ajude com a diminuição da viscosidade).

Pensei em usar gelatina para auxiliar, mas não tenho ideia do resultado que ela entrega em cervejas pretas, tenho medo de virar um cháfé rsrsrs

Sobre o problema, aceito dicas inclusive.

Com isso, o envase tentar a demorar mais que o programado.

Manterei o post atualizado (possivelmente um pouco atrasado como já venho fazendo).
 
Se você não tem muito tempo, veja a possibilidade de usar algum decantador como betonita. Se não tiver jeito, decante o que for possível e retire a cerveja por cima, e não lamente tanto pela perda de muita cerveja. Às vezes acontecem coisas dessas...
 
Bom, nem tudo são flores..

Com o termino da fermentação no dia 27-10, dia 29-10 eu tirei a primeira amostra e com ela uma surpresa (calma, não é contaminação): A amostra veio extremamente turva e com várias partículas em suspensão.

Tentei fazer uma avaliação sensorial, mas nas condições que estava a cerveja, ficou quase impossível.

Fiquei tentado entender de onde veio tanta turbidez. Aparentemente havia um pouco de carga proteica em suspensão, isso é compreensível pois eu tive bastante problema com a filtração em função da aveia, mas além da carga proteica, havia muita, mas muita mesmo, levedura em suspensão.

A levedura utilizada foi uma S-04 e quem já usou esta cepa sabe que ela tem alta floculação. Já cansei de após a fermentação, tirar amostras razoavelmente clarificadas, mesmo antes do cold.


Cheguei em uma desconfiança, que me traziam dois indicativos, um bom e outro ruim: Tanto a levedura, quanto a carga proteica, não decantaram em função da densidade e da viscosidade do mosto.

Bom, como densidade e viscosidade eram um desejo, este é um indicativo de que atingi o objetivo, mas com ele também arrumei um problema, eu estou ferrado para clarificar esta cerva!


Como todo o bom ansioso, já fiquei pensando nisso por horas e tentando bolar uma maneira de testar se um cold crash simples resolveria a situação. Decidi tirar algumas amostras da cerva e colocá-las em copos de vidro (para que seja possível observá-las) em uma temperatura abaixo de 5°C, com o objetivo de verificar como fluiria a decantação no cold.

Dois dias depois:

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Normalmente em 24hrs a lama já estaria decantada no fundo do copo, a cerva ainda não clarificada, mas o grosso já teria decantado.

Isso para mim é um problema pois meu setup é pequeno e só neste mês tenho outras três cervas para produzir e não consigo deixar meu frigobar ocupado por tanto tempo com uma só cerva fazendo cold.

Ainda não sei oq irei fazer, como já comentei algumas vezes aqui no tópico, já fiz uma RIS de alta FG, mas mesmo com os 1030, não tive nenhuma dificuldade em clarificar a cerva.

Estou estudando oq fazer, talvez tente transferir a cerva para um galão de 20l e com ele temperatura ambiente, aguardar a decantação (oq talvez até ajude com a diminuição da viscosidade).

Pensei em usar gelatina para auxiliar, mas não tenho ideia do resultado que ela entrega em cervejas pretas, tenho medo de virar um cháfé rsrsrs

Sobre o problema, aceito dicas inclusive.

Com isso, o envase tentar a demorar mais que o programado.

Manterei o post atualizado (possivelmente um pouco atrasado como já venho fazendo).
Eu acredito que utilizar gelatina irá resolver boa parte de seu problema, com 3 dias a 2 graus isso tá tudo decantado.
Em minhas cervejas até escura eu utilizo gelatina, não afeta em nada na questão do corpo.
 
Se você não tem muito tempo, veja a possibilidade de usar algum decantador como betonita. Se não tiver jeito, decante o que for possível e retire a cerveja por cima, e não lamente tanto pela perda de muita cerveja. Às vezes acontecem coisas dessas...
Não conheço essa betonita, vou dar uma pesquisada.

A questão da perda me preocupa um pouco, pois como minha eficiência de mostura foi abaixo do esperado, acabei tendo de ferver por mais tempo oq diminuiu meu volume final, mas faz parte.
 
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Eu acredito que utilizar gelatina irá resolver boa parte de seu problema, com 3 dias a 2 graus isso tá tudo decantado.
Em minhas cervejas até escura eu utilizo gelatina, não afeta em nada na questão do corpo.
Então, apelei para a gelatina mesmo.
Nas escuras eu nunca usei, tenho receio de dar uma zoada na cor..

Minha ideia aqui será a seguinte:

Entrei com gelatina ontem, já faz um tempo que está em cold e estou com a ideia de aumentar a temperatura hoje a noite. Pelos teste que fiz e até por indicação de um cervejeiro, essa oscilação tende a ajudar a decantação em um mosto tão viscoso, pois em uma temperatura mais alta a densidade tende a mudar tbm. É achometro, irei tentar.

No sábado vou tirar uma amostra a provavelmente seguirá saindo essa cerveja suja, neste caso, vou fazer uma transfega para um galão de 20L e deixá-lo em temperatura ambiente por mais uma semana.

Vantagem do galão é que por ser transparente, vou conseguir ir acompanhando a decantação.

No final, mando o galão para cold novamente por mais uns dias e ai é torcer para dar certo.

Espero primeiro conseguir envasar a cerva (para isso, creio que seja só questão de tempo) e segundo espero não ter perdas tão expressivas.
 
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Retomando o tópico.

Depois de um período corrido, acabei não conseguindo dedicar tempo ao tópico, mas seguem atualizações.

Realmente, a grande dificuldade nesta produção foi a clarificação. Destaco abaixo algumas falhas que contribuíram para o problema:

1. Filtragem do mosto.
Como utilizei uma quantidade elevada de aveia, exatos 2,5kg para 22L que corresponderam à 20% do grist, o entupimento na cama de grãos foi inevitável. Ainda mais sem parada proteica e sem enzimas.

2. Excesso de lama no inoculo.
Com a alta densidade do mosto, decidi pecar pelo excesso e fiz o inoculo de bastante lama saudável. Foi o caminho que segui na minha RIS anterior, onde atingi exatamente o objetivo em termos de fermentação.
Nesta, aparentemente o perfil de fermentação seguiu na mesma linha, rápida e neutra. Senti um leve álcool superior na primeira amostra colhida, mas que foi embora após uma semana maturando. Em contrapartida, eu tive uma multiplicação absurda de leveduras.

3. Alta densidade final.
Atingindo o objetivo proposto, a densidade final foi extremamente elevada. Exatos 1040 de FG.
Como consequência, a decantação dessas partículas de proteína e de levedura, ficaram comprometidas.
Conversei com um cervejeiro que produziu uma RIS de alta densidade final comercialmente - até mais densa inclusive – e ele também relatou essa dificuldade com a clarificação.

4. Desespero de marinheiro de primeira viajem.
Está não é a primeira RIS que faço e tbm não é a primeira cerveja de alta FG, mas ainda não havia chegado na caso dos 1040. Quando vi que a levedura não havia decantado, me precipitei. Como eu queria concluir o processo em uma data especifica por uma questão de espaço, acabei adiantando o cold e essa não foi uma decisão inteligente. Com a queda da temperatura, há um aumento da densidade e isso prejudicou o processo a decantação de partículas de determinado peso. Devia ter mantido a cerva em uma temperatura mais elevada por mais alguns dias e só ai ter enviado a cerva para o cold.

Dadas as condições, fui obrigado a fazer umas trasfega e prolongar o período de clarificação, que totalizou 3 semanas.

Com isso, tive percas consideráveis na produção. Inicialmente eu planejei enviar para o fermentador 22 litros, mas com a baixa eficiência da mostura, para atingir a OG projetada, tive que prolongar a fervura e por consequência enviei somente 20L. Destes 20L somente 16,5L foram envasados.

IMG_20221121_141520.jpg


No envase, dosei em parte das cervejas dois extratos que fiz, uma de carvalho francês e outro de nibs de cacau. O extrato de nibs também me deu dor de cabeça, mas eu abri um outro tópico para falar especificamente sobre isso.

A dosagem de primming foi um pouco menor, optei por 4,5gr/litro. Estou buscando nela uma carbonatação mais baixa.

Agora é deixar o tempo cumprir o seu papel.
 

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