Provavelmente a maioria disso ai são outras proteínas e/ou lipídeos.
No mosto existem muitos tipos diferentes de proteínas. Acredito que o que o Guenther está querendo dizer é que cold break é o resultado de um processo específico, do resfriamento rápido, independente de ser especificamente uma coisa que se forma. Então, nesse sentido, só haveria formação de cold break quando o processo de resfriamento fosse feito.
Isso não significa que outros processos não possam acontecer, de formas diferentes. Como eu disse, o mosto tem mais de uma dezena de tipos diferentes de proteínas, provavelmente uma delas, ou talvez algumas, tem essa propriedade especial e eficiente de se aglutinar com o choque térmico formando o cold break, mas isso não significa que outras não aglutinem também, ou talvez até mesmo parte das mesmas se aglutinem com outras ou de forma diferente (e menos eficiente)... o hot break que forma aquela espuma amarelada no inicio da fervura também é um processo de aglutinação de proteínas e é diferente do processo do cold break, provavelmente envolve na maioria outras proteínas.
Continuo acreditando que o choque mecânico faça proteínas se aglutinarem, não sei de qual tipo, ou quais. O processo da formação do hot break tem a ver com intensidade da fervura, obviamente é resultado do choque entre as moléculas. Esse tipo de coisa ocorre quando há movimentação mecânica também, então seguindo essa lógica a filtragem deve ser responsável por aglutinar algumas proteínas do mosto e tirar elas de solução. E isso não tem a ver com o processo de formação do cold break. Agora, se isso pode ou não reduzir a quantidade das mesmas proteínas que se formarão depois como cold break eu já não sei, embora acredite que sim, porque o cold crash não é a única forma de aglutinar as proteínas. Sabe-se que existe uma interação de cargas opostas entre os taninos das cascas do grão e as proteínas, por que essa passagem constante pela superfície das cascas não poderia capturar algumas delas, por exemplo?