Cold Break

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Tavares

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Sep 19, 2014
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Pessoal
Um cold break como esse é sinal de um whirpool bem feito ou apenas que fiz um resfriamento rápido?

Abri a torneira para um fluxo bem lento e formou esse trub também!

É a minha primeira cerveja/brassagem com essa cor clara e percebi o grande volume de 'resíduos'.
 

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Oi @Tavares , ainda estou aprendendo sobre isso mas pelo que tenho percebido recentemente com algumas alterações que fiz no processo e retorno de outros cervejeiros sobre o assunto:

* Uma boa formação de cold break (bem visível e separado do mosto) se deve a um bom resfriamento / rápido.
* (inferência precipitada, discutida a seguir) Uma grande formação de cold break (bastante, em volume) se deve a uma filtragem insuficiente, e acontece muito com BIAB quando não é feita recirculação nem se descarta a "farinha" que atravessa o saco de grãos.
* O whirlpool bem feito pode ajudar a baixar um pouco o cold break, mas ele sempre vai ficar meio que boiando, se não for pelo mosto todo, ao menos no fundo.
* O trub, mais sólido e pesado, vai ficar sempre abaixo do cold break, e vai formar um cone após o whirlpool, conforme o mosto for se assentando. (causa e consequencia?) Eu só consegui ver o dito cone depois que comecei a filtrar e recircular o mosto antse da fervura e diminuí bastante a quantidade de cold break. Com muito cold break fica difícil ver o cone, e ele vai se desfazendo a medida que o nível do mosto vai baixando e o cold break vai perturbando o cone e espalhando ele.

Teve uma discussão interessante sobre isso recentemente, e o @romulo fez um desenho legal na página 2. http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=404883

Abraço,
 
Last edited:
Isso é simplesmente sinal de um resfriamento que promoveu choque térmico suficiente para formação de um BELO cold break.

Agora, filtragem na mosturação mais ou menos eficiente não tem nada a ver com isso. As proteínas que se coagulam já estão totalmente solubilizadas, e a filtragem eficiente ou não atua na retenção de sólidos.

Ou seja, quando isso acontecer... fique feliz, e não se importe se boa parte disso for para o fermentador na hora de drenar. Existem algumas literaturas que defendem a importância de se ter uma certa quantidade de cold-break no fermentador para que sirvam como fonte de lipídios.

Abraço,
 
@Guenther então alguma outra coisa que mudei no meu processo (ao mesmo tempo que melhorei a filtragem) pode ter reduzido a quantidade de proteínas dissolvidas? Pois o resfriamento continua igual e a quantidade de cold break diminuiu nas duas últimas levas, sendo uma weizen...
 
Teve uma época que eu usava um sistema tipo BIAB também e não fazia recirculação, a quantidade de cold break era absurdamente maior... depois passei a fazer e o cenário mudou...

Tenho a impressão de que algumas proteínas, talvez as de maior tamanho, já saem de solução e coagulam em temperaturas mais elevadas, como as da mosturação, ou seja, ficam na cama de grãos.

Talvez o próprio ato de friccionar o líquido contra a cama de grãos enquanto o líquido é recirculado já faça isso (só supondo)... mas dá pra perceber que se vc recircular um pouco antes da lavagem vai deixar de ter sólidos no mosto e ainda assim terá um mosto turvo, já se vc recircular esse mosto por muito tempo (ou usar um sistema rims ou herms que recircule durante a mosturação) vai notar que o mosto se torna cristalino. O que seria o componente turvante então? eu imagino que sejam proteínas e lipídeos...

Claro que o mosto estará limpido por causa das proteínas dissolvidas que só vão coagular depois, a maioria coagula no choque térmico, o cold break, mas tem outras que já coagulam antes na própria fervura, hot break... existe uma variedade de proteínas no mosto.
 
Pessoall,

Adotei levas pequenas e o BIAB como "padrão". Logo que comecei a fazer o BIAB, eu recirculava e diminuía um pouco o sedimento. Porém, fazer isso numa receita com >50% de trigo é impraticável. Pelo menos na minha curta lida cervejeira, pois o trigo forma uma goma que recobre a cama de grãos rapidamente e se vai a recirculação nos primeiros litros. Então abandonei isso e simplesmente iço o bag. Porém, realmente, sempre fiz isso com a torneira no talo. Fiz umas 3 receitas com trigo na sequência e abandonei a recirculação no biab e levei isso para as outras receitas com trigo. Vou tentar recircular em outras receitas.

Tá chegando minhas férias... em breve testarei algumas coisas... vai ter duas levas por semana...
 
Menos cold-break quer dizer que o choque térmico não foi tão bom, ou que os maltes utilizados tem menos proteínas, só isso.

Abraço,
 
Mas @Guenther, eu sempre usei a mesma serpentina e a mesma receita... com recirculação, a quantidade de aglutinação no coldbreak é beeeem menor...
 
Romulo, independente disso.... a questão é que proteínas estão solubilizadas no mosto... e por consequência não vão ser "capturadas" por filtragem de grãos. Existe alguma outra variável aí que tu não te deu conta, o certo é que filtragem do mosto, dificilmente é o caso.

Agora... tem uma outra questão na história..... se realmente o que tu estás chamando de "cold-break" realmente é "cold-break". Tu estás falando em "quantidade de sendimento", e isso pode não ser cold-break, e simplesmente trub normal decorrente de micro-resíduos de malte.... aí sim, concordo, isso pode diminuir com um mosto mais límpido decorrente de recirculação, mas isso não é cold-break.

Abraço,
 
Exato @Guenther!

Eu fui no "cold break" pq me disseram que era isso... Mas não precisa estar tão cold pra dar esse break. Na verdade, no que tu desliga o fogo e para de mexer a panela, já começa a aglutinar...
Aliás, Cold break pra mim é um processo e não um resultado. Cold break é choque frio... Por exemplo o processo de choque frio num vidro tem resultado vidro quebrado...
 
Certo, só que na cerveja, cold-break não é um processo, é um resultado. Cold-break é o termo utilizado para chamar as proteínas JÁ COAGULADAS, decorrentes de choque-térmico apropriado.

Processo, no caso do homebrewing, seria cold-crash.

Se só desligar o fogo, nada de cold-break se forma ou decanta, e o que se formar, não é cold-break.

Abraço,
 
Realmente, só desligando, não decanta, mas aglutina e fica "flutuando" pelo mosto
 
Isso que aglutina NÃO é cold-break..... pode aglutinar o que for, restos disso, daquilo, mas não é cold-break. Cold-break só se "aglutina" (coagula) com choque térmico.. e isso está em qualquer literatura clássica.
 
uhmm, e isso dessa foto pode ser chamado de que?
Até procurei num glossário, mas visualmente complica
Brewing-035.jpg
 
Provavelmente a maioria disso ai são outras proteínas e/ou lipídeos.

No mosto existem muitos tipos diferentes de proteínas. Acredito que o que o Guenther está querendo dizer é que cold break é o resultado de um processo específico, do resfriamento rápido, independente de ser especificamente uma coisa que se forma. Então, nesse sentido, só haveria formação de cold break quando o processo de resfriamento fosse feito.

Isso não significa que outros processos não possam acontecer, de formas diferentes. Como eu disse, o mosto tem mais de uma dezena de tipos diferentes de proteínas, provavelmente uma delas, ou talvez algumas, tem essa propriedade especial e eficiente de se aglutinar com o choque térmico formando o cold break, mas isso não significa que outras não aglutinem também, ou talvez até mesmo parte das mesmas se aglutinem com outras ou de forma diferente (e menos eficiente)... o hot break que forma aquela espuma amarelada no inicio da fervura também é um processo de aglutinação de proteínas e é diferente do processo do cold break, provavelmente envolve na maioria outras proteínas.

Continuo acreditando que o choque mecânico faça proteínas se aglutinarem, não sei de qual tipo, ou quais. O processo da formação do hot break tem a ver com intensidade da fervura, obviamente é resultado do choque entre as moléculas. Esse tipo de coisa ocorre quando há movimentação mecânica também, então seguindo essa lógica a filtragem deve ser responsável por aglutinar algumas proteínas do mosto e tirar elas de solução. E isso não tem a ver com o processo de formação do cold break. Agora, se isso pode ou não reduzir a quantidade das mesmas proteínas que se formarão depois como cold break eu já não sei, embora acredite que sim, porque o cold crash não é a única forma de aglutinar as proteínas. Sabe-se que existe uma interação de cargas opostas entre os taninos das cascas do grão e as proteínas, por que essa passagem constante pela superfície das cascas não poderia capturar algumas delas, por exemplo?
 
uhmm, e isso dessa foto pode ser chamado de que?
Até procurei num glossário, mas visualmente complica
Brewing-035.jpg
Rômulo, eu te pergunto....... de onde tu tirou essa foto? Fez uma procura no Google por qual termo?????

:D

Eu digo que quase CERTAMENTE, tu achou essa imagem numa busca do Google procurando por "cold-break", por o que tem nessa foto aí, sim, é Cold-Break..... e provavelmente nesse caso foi em decorrência de resfriar a panela inteira colocando numa bacia com água e gelo.

Abraço,
 
Last edited:
Ok @Tiago, mas seja ela o que for, não é resto de lúpulo e nem trub, certo? Então tá tranquilo colocar tudo isso no fermentador? E depois manter isso na maturação?

@paulo, uso pouco whirflock, quando uso... 1/2 ou 1/4 do recomendado.

@Guenther! Exato hehehe, mas é isso que acontece na minha cerveja assim que desligo o fogo e paro de mexer no mosto. Se eu esperar 5 minutos já forma isso. É o tempo de eu preparar o chiller e já ta essa formação flutuando.
 
Ok @Tiago, mas seja ela o que for, não é resto de lúpulo e nem trub, certo? Então tá tranquilo colocar tudo isso no fermentador? E depois manter isso na maturação?

@romulo
Coloquei "tudo isso" (da foto II que postei) numa garrafa transparente e o resultado foi uma rápida decantação. Metade 'resíduo' metade líquido 'puro'.
Acredito que indo tudo pro fermentador teremos muito slurry... que a mim só atrapalha na manipulação/trasfega da cerveja. Me ocorreu, parcialmente, na prática numa leva.
Me despertou uma curiosidade tosca... uma panela/recipiente cônico (e aparato que o suporte) para fervura seria ideal para a trasfega para o fermentador!! :cross:
 
Certo, só que na cerveja, cold-break não é um processo, é um resultado. Cold-break é o termo utilizado para chamar as proteínas JÁ COAGULADAS, decorrentes de choque-térmico apropriado.

Processo, no caso do homebrewing, seria cold-crash.

Se só desligar o fogo, nada de cold-break se forma ou decanta, e o que se formar, não é cold-break.

Abraço,

@Guenter
Seria errado minha linha de raciocínio...?
Resfriamento eficiente > cold break > maior aglutinação de proteínas > melhor decantação destas proteínas > cerveja + límpida na garrafa
 

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