Breve explicação sobre fermentação primária, secundária, maturação, etc

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claro, em casos de lotes pequenos fica perfeitamente fácil aumentar a temperatura, colocando dentro da geladeira um uma lampado no tic por exemplo.

Mas acima de 200l, 1.000l tanques de 10.000l, como fazem esse controle?
Rafael, se o calor gerado pela própria fermentação não for suficiente, eles recirculam líquido mais quente, ou pode ter sistema de resistência na camisa.

Abraço,
 
Isso se resume à fermentação primária e secundária.

Uma frase clássica do Palmer, que eu já comprovei inúmeras vezes na prática: "Uma cerveja fermentada corretamente estará melhor em 10 dias do que uma fermentada de forma precária com 3 meses de maturação."

Ou seja, reveja o processo. Tem certeza que está usando a quantidade correta de fermento? Está reidratando corretamente (fermento seco)? Está fazendo starter (fermento líquido ou slurry). Está oxigenando o suficiente? Será que a água que tu utiliza tem pelo menos 50pmm de cálcio?

Cara, experiência própria.... eu, até hoje, toda a vez que faço cerveja, consigo melhorar meu processo em termos de fermentação primária e secundária, SEMPRE tem o que melhorar, ou seja, não assuma que faz tudo certo. Se algo tá saindo errado, é porque... algo está errado. É assim que eu penso sempre.

Abração!


Sempre lembro dessa frase cara....

E o processo como um todo sempre estou revendo, reavaliando, estudando, e teoricamente evoluindo, etc... O processo todo é interessante não só o resultado. Estabeleço alguns parâmetros, outros sempre mudando no intuito de testar mesmo (tentativa e erro).

Algo com certeza está errado e é na fermentação. Taxa de inoculação.... talvez esteja exagerando... (1 sachet p +/- 15L, não poderia..)
Já pensei em utilizar nutrientes p otimizar. Mas..... com fermento seco seria necessário?
Permanência com a levedura 15-20dias teria consequencias? Para uma produção tão pequena acredito q não...

Se está gerando tantos compostos indesejáveis.... provavelmente seja no início da fermentação correto? Temperatura de inoculação, talvez iniciar em temp. mais baixa e ir aumentando nas primeiras 12h ?

Único fato q realmente não mudei ainda foi a agua.


Baita abraço, valeu!
 
Pessoal quanto ao fermento T-58, quanto tempo deixam maturar para a ceva ficar boa com esse fermento?

É a segundo leva q faço com ele e está difícil de "domar" a tal cepa.

Com as outras duas últimas levas com outros fermentos está tudo ok. Estão ficando boas em 15 dias de refermentação. Mas com o t-58...

Tenho uma Wit com ele que depois de muito tempo ficou espetacular, mas nos primeiros meses quase joguei fora. Agora q ele precipitou e a ceva está bem clara o aroma está inacreditavel, um floral fantástico.
Agora estou com uma belga com uns 50 dias maturando mas não está "redonda" ainda, melhorou mas não está boa ainda.
 
Uma duvida aqui sobre a fermentação primaria...

Coloquei no balde fermentador uma Golden Ale com 12.1 Plato.
Em 3 dias ela chegou em exatos 6 de plato, o que dá 1.010 de densidade calculado o Alcool.
Já se passou 6 dias totais, e ela ainda está em 6P.

Duvida : O Airlock ainda está borbulhando, pouco, mas ainda está. Ela "terminou" a fermentação ou não? 6 de Plato é o minimo, certo?

Pelos tópicos que li aqui no forum, ela fermentou bem rapido, provavelmente por causa da temperatura ambiente (20 - 22º).

Tô em duvida sobre o que faço agora. Prossigo ou deixo mais algum tempo no fermentador...
Pelos posts que li aqui do Guenther, o ideal era subir a temperatura um pouco para o fermento consumir o diacetyl, certo?
 
Uma duvida aqui sobre a fermentação primaria...

Coloquei no balde fermentador uma Golden Ale com 12.1 Plato.
Em 3 dias ela chegou em exatos 6 de plato, o que dá 1.010 de densidade calculado o Alcool.
Já se passou 6 dias totais, e ela ainda está em 6P.

Duvida : O Airlock ainda está borbulhando, pouco, mas ainda está. Ela "terminou" a fermentação ou não? 6 de Plato é o minimo, certo?

Pelos tópicos que li aqui no forum, ela fermentou bem rapido, provavelmente por causa da temperatura ambiente (20 - 22º).

Tô em duvida sobre o que faço agora. Prossigo ou deixo mais algum tempo no fermentador...
Pelos posts que li aqui do Guenther, o ideal era subir a temperatura um pouco para o fermento consumir o diacetyl, certo?
Peraí... 6 plato dá em torno de 1023.. 1024!
 
Cara se ta borbulhando o airlock é porque ta fermentando (gerando álcool, CO2 e varias coisas boas e ruins hehe) então espera termina, e da uma olhada na tua conversão de plato para densidade especifica que não ta muito certo isso como disse o Guenter, e toma cuidado com o fim da fermentação, se tu engarrafar ou mesmo baixar a temperatura antes vais ter umas bombas caseiras.
Abraço
Bruno
 
Tá, perai. Acho que to fazendo confusão aqui. Só pra deixar claro, eu não tenho densimetro, só refratrometro.

Refratrometro mede o Brix, e não Plato, certo?


Quando eu usei o refratrometro antes de colocar o fermento no balde, ele marcou 12.1 Brix.

Depois de 1 semana no balde fermentador, eu tirei uma amostra e medi ela com meu refratrometro. Dessa vez agora ele está marcando 6 Brix.

Pela tabela que usei, esses 6 Brix, calculado com o OG, dá 1,010 de densidade.

Ou seja, teoricamente (apesar de o airlock ainda borbulhar. Pouco, mas borbulha) esse seria o momento de já engarrafar.

Correto?
 
Acho que ainda não. Aparentemente o que está terminando é a fermentação primária. Depois disto o ideal é elevar um pouco a temperatura e deixar alguns dias em repouso para eliminar o diacetil.

Pelo que entendi, tu fez a fermentação em temperatura ambiente. Neste caso provavelmente ocorreu uma maior geração de compostos indesejáveis e o melhor seria deixar pelo menos 7 dias em temperatura por volta dos 22ºC para eliminar estes compostos. Depois disto sim dá para pensar em clarificar e envasar.

Eu normalmente deixo bem mais do que isto. Depois de terminada a primária costumo deixar entre 20 e 30 dias em temperatura de fermentação (ou ambiente) para dar uma amadurecida antes de engarrafar.
 
Cara se ta borbulhando, é sinal que esta sendo formado CO2, ao engarrafar no priming tu ira adicionar mais açúcar para gerar CO2, sem saber quanto ira ser formado ainda, sem contar no que o o Zé Rosa falou nos compostos gerados durante a fermentação, esperando mais uns dias tu vais ter certeza que a fermentação terminou mesmo, e a própria levedura ira consumir muitos compostos indesejáveis gerados durante a fermentação, resultando em uma cerveja muito melhor.
Abraço
Bruno
 
Ainda seguindo a ideia do tópico... tenho a seguinte duvida... qual a diferença entre maturar no balde fermentador e maturar na garrafa? Pergunto isso pois estou querendo fazer minha 1° barley wine e a ideia é deixar maturando no minimo 06 meses antes de experimentar a primeira garrafa... a pra nao ter q adicionar fermento depois de 06 meses de maturaçao pra fazer a refermentaçao na garrafa, estou querendo engarrafalas logo depois da clarificação, e deixar maturando na garrafa... qual a opinião dos senhores? Obrigado
 
Agora tu desenterro a minha eterna duvida que nunca achei resposta, porque tem a turma que defende a maturação no fermentador ou maturador que seja, e outros que defendem que a cerveja segue maturando na garrafa, como nunca achei respostas que pra mim fossem as certas ( é o sangue germânico que teima em não acreditar plenamente), no meu entendimento existe uma diferença simples de nomenclatura, pra mim maturar e envelhecer não é a mesma coisa (PRA MIM hehe), Como nunca achei uma reposta convincente adotei pra mim que em quanto eu tenho o ambiente controlado eu estou maturando, depois de engarrafado eu deixo os garrafas em temperatura ambiente elas estão envelhecendo, não que o resultado não seja o mesmo mas eu não to controlando isso, digo isso como exemplo o queijo , existem queijos que são vendidos com diferentes tempos de maturação, ai eu vo la e compro um queijo com 8 meses de maturação que sai da queijaria e fica quatro meses girando em caminhão e gondola e compro um com 12 meses de maturação na saída da queijaria eles são iguais???? . Qual é a diferença entre maturação e envelhecimento? ou é a mesma coisa???
Abraço
Bruno
 
Mais, e se eu fizer essa maturaçao controlada na garrafa??? Ao meu ver unica coisa que muda é a preçao q existe dentro da garrafa... muito bacana seu post vlw Bruno...
 
Pois então Defler eu acredito que vai ser a mesma coisa, mas é ACREDITO não sei te dizer se sim ou não, alguem a de nos responder.
Abraço
Bruno
 
Ainda seguindo a ideia do tópico... tenho a seguinte duvida... qual a diferença entre maturar no balde fermentador e maturar na garrafa? Pergunto isso pois estou querendo fazer minha 1° barley wine e a ideia é deixar maturando no minimo 06 meses antes de experimentar a primeira garrafa... a pra nao ter q adicionar fermento depois de 06 meses de maturaçao pra fazer a refermentaçao na garrafa, estou querendo engarrafalas logo depois da clarificação, e deixar maturando na garrafa... qual a opinião dos senhores? Obrigado
Defler, a princípio não tem diferença nenhuma. Eu faria o primming primeiro, e maturaria essa Barleywine a temperatura ambiente sem dúvida nenhuma.

Abraço,
 
Agora tu desenterro a minha eterna duvida que nunca achei resposta, porque tem a turma que defende a maturação no fermentador ou maturador que seja, e outros que defendem que a cerveja segue maturando na garrafa, como nunca achei respostas que pra mim fossem as certas ( é o sangue germânico que teima em não acreditar plenamente), no meu entendimento existe uma diferença simples de nomenclatura, pra mim maturar e envelhecer não é a mesma coisa (PRA MIM hehe), Como nunca achei uma reposta convincente adotei pra mim que em quanto eu tenho o ambiente controlado eu estou maturando, depois de engarrafado eu deixo os garrafas em temperatura ambiente elas estão envelhecendo, não que o resultado não seja o mesmo mas eu não to controlando isso, digo isso como exemplo o queijo , existem queijos que são vendidos com diferentes tempos de maturação, ai eu vo la e compro um queijo com 8 meses de maturação que sai da queijaria e fica quatro meses girando em caminhão e gondola e compro um com 12 meses de maturação na saída da queijaria eles são iguais???? . Qual é a diferença entre maturação e envelhecimento? ou é a mesma coisa???
Abraço
Bruno
Cara, é mais ou menos como tu falou. A questão toda é a nomenclatura. No Brasil não há um consentimento sobre isso.

Maturação/envelhecimento acontece pra sempre, independente da temperatura, do fermentador, garrafa, etc. A questão, como citei lá no texto, são as consequências da temperatura que se usa. Maturando a quente, há uma ação do fermento, o que pode-se entender como envelhecimento.

Abraço,
 
O que complica mesmo é que a fermentação maturação e ai por diante, o que tem de complicado e controverso tem de IMPORTANTE, e se não focarmos nesse ponto nunca teremos um produto bem feito ( na sorte as vezes acontece hehe),
Abraço.
Bruno
 
Pessoa,

Surgiu aqui uma dúvida teórica. Alguém saberia me informar, ou citar uma literatura que fale sobre, quais os efeitos que as temperaturas de fermentação e maturação causam na cerveja? Por exemplo, para uma ale, se eu fermentar na temperatura de 25°C que característica eu adicionarei de diferente caso a fermente a uma temperatura de 20°C.

Gostaria de ter essa informação para então personalizar as levas, buscar certa característica naquele estilo de cerveja com a temperatura e tempo de fermentação/maturação.

Valeu.
 
Cara, normalmente quanto mais alto tu fermenta, mais ésteres, mais álcool superior, mais diacetil, mais acetaldeído, etc, principalmente no início da fermentação.
 
Cara, normalmente quanto mais alto tu fermenta, mais ésteres, mais álcool superior, mais diacetil, mais acetaldeído, etc, principalmente no início da fermentação.

Blz GUenther.

Outra dúvida que tenho é a seguinte. Fazemos a fermentação primária, aumentamos gradualmente a temperatura para a secundária, no intuito de não estressar a levedura.

Agora no cold crash, essa variação é abrupta? Isso não causaria um stress absurdo na levedura e poderia trazer problemas? E quando for maturar, eu também já levo à temperatura indicada à maturação ou vou aumentando/reduzindo gradativamente?
 
Vou um pouquinho além, maturando a 0o C. por exemplo, teoricamente o próprio fermento vai decantar, não sei o quanto mas vai...

Então para engarrafar, qual seria o processo mais próximo do ideal, engarrafar/primming na condição que esta "super gelada" ou deixar subir um pouco a temperatura para o fermento dar uma leve acordada e subida?!
 
Veja bem.... uma coisa é choque de temperatura quando o fermento está..... fermentando.

Outra coisa é choque de temperatura quando o fermento NÃO está fermentando.

Quando o fermento está fermentando, ele está gerando coisas ruins.... por isso que principalmente no início da fermentação devemos manter as temperaturas mais baixas e sem variações.

Já no final da fermentação, esses subprodutos são gerados em quantidade muito menor, e o fermento começa a reabsorvê-los gradativamente... ou seja... como ele GRADATIVAMENTE começa a reabsorvê-los... faz sentido com que gradativamente a gente aumente a temperatura.

Já na hora de baixar a temperatura, o fermento praticamente já fez tudo que tinha que fazer... então praticamente não faz diferença para o gosto da cerveja baixar a temperatura devagar, ou fazer um cold-crash.

Baixar a temperatura devagar é benéfico quando haverá posterior reutilização do fermento já que a sua genética é programada para se preparar quando detecta frio... e ele começa a aumentar suas reservas de vários carboidratos, lipídios, etc.

Se não for reutilizar depois, podes fazer cold-crash tranquilamente.

Inspiron... podes engarrafar com ela gelada que depois ao subir a temperatura o fermento vai fazer o seu papel. Existem casos suficientes provando essa eficácia no mundo inteiro.

Abraço,
 
Guenther,

Voltando um pouco esse tópico... a minha questão foi mais em relação a decantação do que ao fermento "acordar" ou não... Só seguindo a linha de raciocínio, ao baixar a temperatura todas as partículas em suspensão (mais pesadas) teoricamente se decantam, e consequentemente ficam no fundo do fermentador. Ao levar para a garrafa, "novamente e teoricamente" levamos bem menos fermento a garrafa, pois eles estariam também no fundo.

Seria válido essa linha de raciocínio? Digo isso, pois percebi que quando maturando (0o.C) e logo após engarrafando. Após 20 dias de engarrado não há carbonatação suficiente...
 
Guenther,

Voltando um pouco esse tópico... a minha questão foi mais em relação a decantação do que ao fermento "acordar" ou não... Só seguindo a linha de raciocínio, ao baixar a temperatura todas as partículas em suspensão (mais pesadas) teoricamente se decantam, e consequentemente ficam no fundo do fermentador. Ao levar para a garrafa, "novamente e teoricamente" levamos bem menos fermento a garrafa, pois eles estariam também no fundo.

Seria válido essa linha de raciocínio? Digo isso, pois percebi que quando maturando (0o.C) e logo após engarrafando. Após 20 dias de engarrado não há carbonatação suficiente...
Sempre fiz o coldcrash e, mesmo retirando o fermento pelo fundo do fermentador (cônico), não tive cerveja que demorasse tanto pra carbonatar. Tive mais problema na refermentaçao quando utilizei gelatina pra clarificar, aí sim demorou um mês pra carbonatar.
 
Guenther,

Voltando um pouco esse tópico... a minha questão foi mais em relação a decantação do que ao fermento "acordar" ou não... Só seguindo a linha de raciocínio, ao baixar a temperatura todas as partículas em suspensão (mais pesadas) teoricamente se decantam, e consequentemente ficam no fundo do fermentador. Ao levar para a garrafa, "novamente e teoricamente" levamos bem menos fermento a garrafa, pois eles estariam também no fundo.

Seria válido essa linha de raciocínio? Digo isso, pois percebi que quando maturando (0o.C) e logo após engarrafando. Após 20 dias de engarrado não há carbonatação suficiente...
Não tem muito sentido, até pq conheço muito mais gente que faz isso e ninguém tem problemas. Mesmo fazendo cold-crash, a quantidade de fermento residual é MUITO acima do necessário para uma boa carbonatação. Isso depende muito mais de temperatura durante a refermentação.

Abraço,
 
Olá amigos, gostaria de saber se o descanso até 25C também se aplica a cervejas de trigo? Valeu.
 
Eu tinha essa dúvida em relação a de trigo tb. Agora está sanada.

Tenho outra dúvida, fiz uma blond ale usando infusão simples a 68 graus e fermentação como consta no material descrito pelo Guenther. Comecei a 18 graus,......, e finalizei nos 25. Isso deu em torno de uns 10/11 dias. Fiz o primming com 5 gr/l, mas a pressão ficou além do normal....estava passando dos 3,5 aí coloquei na geladeira. A dúvida é, porque essa pressão subiu tanto se usei 5 gr/l ? Pode ser pq não fiz a rampa de 76-78 graus na mostura?

valeu.
 
Eu tinha essa dúvida em relação a de trigo tb. Agora está sanada.

Tenho outra dúvida, fiz uma blond ale usando infusão simples a 68 graus e fermentação como consta no material descrito pelo Guenther. Comecei a 18 graus,......, e finalizei nos 25. Isso deu em torno de uns 10/11 dias. Fiz o primming com 5 gr/l, mas a pressão ficou além do normal....estava passando dos 3,5 aí coloquei na geladeira. A dúvida é, porque essa pressão subiu tanto se usei 5 gr/l ? Pode ser pq não fiz a rampa de 76-78 graus na mostura?

valeu.

Vc procedeu com os 18ºC até parar a atividade do airlock ou começou a subir antes?

Excesso de carbonatação no priming pode ser 4 coisas, que eu lembro:
-Açucar residual na cerveja;
-Excesso de priming;
-Contaminação;
-CO2 residual.

Então, mesmo seguindo as recomendações de fermentação é possível que tenha se passado em algum quesito, restando algum açucarzinho lá...

Ou calculou o priming de forma equivocada (ex. pra uma litragem maior do que a que foi realmente obtida).

Ou contaminou em algum momento do priming (normalmente costuma levar bastante tempo pra supercarbonatar quando acontece isso).

Ou fez um cold-crash, envasou a cerveja fria e não levou em conta o CO2 já dissolvidno líquido.

Acha que se enquadra em algum desses aspectos?

Abraço
 
Rohr,

existe sempre a possibilidade de você ter calculado esse primming errado. Já fiz isso uma vez, e a cerveja (no meu caso) ficou pouco carbonatada porque tinha umas 3,5g/L de açucar.
Outra possibilidade é você não ter misturado muito a solução de açucar com a cerveja, gerando um líquido não uniforme e algumas garrafas terão concentração maior de açucar e outras estarão pouco carbonatadas.
A última possibilidade é ter ficado muito açucar residual na sua cerveja, por algum problema de fermentação ("stuck fermentation"). Nesse caso, você levaria muito açucar para a garrafa e adicionando mais ainda ficariam elas muito carbonatadas. Você mediu a densidade?

Reveja todo o seu processo e veja onde pode estar o erro.

(EDIT) hahahaha postei praticamente junto com o Tiago e não tinha visto a resposta dele ainda, mas fica ai se ajudar
 
Rohr,

existe sempre a possibilidade de você ter calculado esse primming errado. Já fiz isso uma vez, e a cerveja (no meu caso) ficou pouco carbonatada porque tinha umas 3,5g/L de açucar.
Outra possibilidade é você não ter misturado muito a solução de açucar com a cerveja, gerando um líquido não uniforme e algumas garrafas terão concentração maior de açucar e outras estarão pouco carbonatadas.
A última possibilidade é ter ficado muito açucar residual na sua cerveja, por algum problema de fermentação ("stuck fermentation"). Nesse caso, você levaria muito açucar para a garrafa e adicionando mais ainda ficariam elas muito carbonatadas. Você mediu a densidade?

Reveja todo o seu processo e veja onde pode estar o erro.

(EDIT) hahahaha postei praticamente junto com o Tiago e não tinha visto a resposta dele ainda, mas fica ai se ajudar

Isso, esqueci dessa causa também, a falta de misturar o priming. Já me aconteceu...
 
Vc procedeu com os 18ºC até parar a atividade do airlock ou começou a subir antes?

Excesso de carbonatação no priming pode ser 4 coisas, que eu lembro:
-Açucar residual na cerveja;
-Excesso de priming;
-Contaminação;
-CO2 residual.

Então, mesmo seguindo as recomendações de fermentação é possível que tenha se passado em algum quesito, restando algum açucarzinho lá...

Ou calculou o priming de forma equivocada (ex. pra uma litragem maior do que a que foi realmente obtida).

Ou contaminou em algum momento do priming (normalmente costuma levar bastante tempo pra supercarbonatar quando acontece isso).

Ou fez um cold-crash, envasou a cerveja fria e não levou em conta o CO2 já dissolvidno líquido.

Acha que se enquadra em algum desses aspectos?

Abraço

Tiago,

Algumas levas acontecem e outras não. Eu envaso sempre a cerveja fria, passo do ferm. conico para um balde para fazer o primming. Acredito não ser excesso de primming pois sempre utilizo a mesma medida no balde.

Também acredito não ser contaminação, uso muito peracético (no balde) e nas garrafas alcool 70, nunca tive problema. Pelo menos o gosto sempre esteve bom. (hehehe)

O açúcar residual da cerveja pode ser por falta de fermento? Acho que estou utilizando pouco. Utilizei dois S-04 para 50 litros. Para a próxima brassagem (weiss) vou utilizar 3 envelopes de fermento.

O que seria o CO2 residual?

Valeu.
Christian
 
Tiago,

Algumas levas acontecem e outras não. Eu envaso sempre a cerveja fria, passo do ferm. conico para um balde para fazer o primming. Acredito não ser excesso de primming pois sempre utilizo a mesma medida no balde.

Também acredito não ser contaminação, uso muito peracético (no balde) e nas garrafas alcool 70, nunca tive problema. Pelo menos o gosto sempre esteve bom. (hehehe)

O açúcar residual da cerveja pode ser por falta de fermento? Acho que estou utilizando pouco. Utilizei dois S-04 para 50 litros. Para a próxima brassagem (weiss) vou utilizar 3 envelopes de fermento.

O que seria o CO2 residual?

Valeu.
Christian

Mas vc usa sempre a mesma medida de piming, e o volume de cerveja também é sempre o mesmo?

Açucar residual pode acontecer por varios motivos de fermentação, não aumentar a temperatura, pouco fermento, muita variação de temperatura... isso pode ser agravado ainda quando se usa cepas mais floculantes e menos atenuativas por natureza, s-04 cabe nessa categoria (observe que não estou dizendo que é culpa do fermento, apenas que ele é mais sensível à isso).

CO2 residual seria aquele que a levedura produziu durante a fermentação e permaneceu em cima da cerveja, cobrindo ela e protegendo contra o oxigênio, devido ao balde estar relativamente fechado (com ou sem airlock). A dissolução desse CO2 na cerveja (o quanto a cerveja está 'carbonatada' de forma natural, sem pressão além da atmosférica) depende da temperatura. Quanto mais fria a temperatura, mais CO2 está presente nela, então vc nao está partindo do 0,0 vols de CO2, vc ja tem alguma coisa lá, é bom levar isso em conta. Tem calculadora no brewers friend que ajuda com isso...

Ja tivemos em outro tópico aqui uma discussão sobre qual temperatura deve ser usada quando se considera o CO2 residual, se é a mais alta que todo o processo de fermentação teve, ou se é a temperatura que ela está na hora do priming. Eu não tenho certeza pq nunca fiz o teste, mas acredito que se vc tem o balde bem vedado, a quantidade de CO2 residual depois de um cold crash tende mais pra temperatura do cold crash do que pra temperatura mais alta do processo... é uma questão de experimentar..

Abraço
 
Mas vc usa sempre a mesma medida de piming, e o volume de cerveja também é sempre o mesmo?

Açucar residual pode acontecer por varios motivos de fermentação, não aumentar a temperatura, pouco fermento, muita variação de temperatura... isso pode ser agravado ainda quando se usa cepas mais floculantes e menos atenuativas por natureza, s-04 cabe nessa categoria (observe que não estou dizendo que é culpa do fermento, apenas que ele é mais sensível à isso).

CO2 residual seria aquele que a levedura produziu durante a fermentação e permaneceu em cima da cerveja, cobrindo ela e protegendo contra o oxigênio, devido ao balde estar relativamente fechado (com ou sem airlock). A dissolução desse CO2 na cerveja (o quanto a cerveja está 'carbonatada' de forma natural, sem pressão além da atmosférica) depende da temperatura. Quanto mais fria a temperatura, mais CO2 está presente nela, então vc nao está partindo do 0,0 vols de CO2, vc ja tem alguma coisa lá, é bom levar isso em conta. Tem calculadora no brewers friend que ajuda com isso...

Ja tivemos em outro tópico aqui uma discussão sobre qual temperatura deve ser usada quando se considera o CO2 residual, se é a mais alta que todo o processo de fermentação teve, ou se é a temperatura que ela está na hora do priming. Eu não tenho certeza pq nunca fiz o teste, mas acredito que se vc tem o balde bem vedado, a quantidade de CO2 residual depois de um cold crash tende mais pra temperatura do cold crash do que pra temperatura mais alta do processo... é uma questão de experimentar..

Abraço

Quando disse que é a mesma medida é que transfiro do fermentador para o balde e faço o primming, então o primeiro balde sempre uso o mesmo volume. O segundo varia, dá um pouco menos sempre, daí eu reduzo o açúcar.

Quanto a temperatura eu usei conforme tem no texto aquele. Iniciei em 18....e tal. Tenho o controle da temperatura colado e bem isolado no corpo do fermentador, acredito que não seja isso. Mas, talvez possa ser a falta de fermento. Li que não é para dar muita atenção ao que diz no pacote "de 20 a 30 litros", mas sempre usei 2 pacotes para 50 litros. Na próxima vou usar 3 e ver se vai ter diferença.

Vou procurar a calculadora.

Realmente, se tem já um pouco de CO2 não partimos do 0 na carbonatação.

Valeu.
 
Pessoal,

Muita gente tem dúvida sobre o que é exatamente fermentação primária, secundária (ou o também conhecido "descanso de diacetil"), maturação, etc, então vou aproveitar uma resposta que dei num outro tópico (http://www.homebrewtalk.com.br/f163...ria-sim-ou-nao-402981/index5.html#post5079097) pra explicar, por cima e de modo geral, o que é cada um dos processos.



Ao terminar de fermentar (e entenda-se como "terminar de fermentar" o fato de parar de atenuar, ou seja, quando todos os açúcares fermentáveis foram consumidos e consequentemente a densidade para de baixar), pode-se então começar a elevar a temperatura até os 25 ºC para a fermentação secundária. Isso acelera bastante o processo.

Quando eu não tinha como aquecer o fermentador, eu deixava na temperatura máxima de fermentação no mínimo 1 semana, ou seja, se eu conseguisse fermentar no máximo a 18, deixava assim por no MÍNIMO mais 1 semana, mas em muitos casos, muitas semanas, pra só depois baixar a temperatura a fim de clarificar e então envasar.

Hoje, como eu consigo aumentar a temperatura com precisão, isso me permite encurtar esse tempo. Então o que eu faço é ir aumentando 1 grau por dia, até chegar nos 24, 25. Quando chego nessas temperaturas, já transcorrem 3 ou 4 dias, ou seja, nem preciso deixar mais tempo aos 25 (caso eu não tenha sentido excesso de diacetil ou acetaldeído na cerveja).

Feito isso, pode-se tranquilamente fazer um "cold-crash", ou seja, baixar a temperatura de tudo ao mínimo praticável (que não tenha chance de congelar). Quando sei que não vou usar meu "freezer de fermentação" para outra cerveja em seguida, faço isso nele mesmo, e então baixo a 0 grau. Quanto mais gelado, mais rápido clarifica a cerveja. Quando já vou ter que fermentar outra logo em seguida, levo o fermentador pra minha câmara fria, sendo que ela se mantem entre 3 e 6 graus, o que também clarifica bem.

Agora vem a grande pergunta... onde todos normalmente querem uma resposta "matemática": quantos DIAS deixar "maturando" antes de envasar? Ou envasar assim que clarificar e então quantos DIAS deixar "maturando" antes de começar a tomar?

Não há problema em dizer "deixe pelo menos X dias fazendo isso", ou aquilo, mas é preciso entender que fermentação e maturação são processos biológicos e químicos também, então eles dependem de VÁRIOS fatores. Ou seja, quando alguém diz X dias pra alguma coisa, isso quer dizer que, levando em conta a maioria das fermentações e maturações, aqueles X dias são suficientes para que a cerveja termine uma determinada etapa ou então que ela "amadureça" a ponto de ficar legal para beber. Mas, lembrando sempre, nada disso é uma regra, por ESSE motivo que eu sempre tento ensinar que o cervejeiro deve ESQUECER a quantidade de dias, e usar de técnicas (quando possível, caso da fermentação) para detectar o fim de uma etapa, ou então, usar de sua própria percepção e experiência para detectar o fim de outras etapas (maturação mínima antes de beber).

Então vamos lá...

Fermentação Primária - quanto tempo? - A Fermentação Primária nada mais é do que o consumo de todos os açúcares fermentáveis pelas leveduras, então, é barbada, pois podemos utilizar técnicas exatas pra saber quando termina. Basta acompanhar o air-lock, medir a densidade, e então quando a mesma parar de baixar, ponto, podemos entender que a fermentação primária acabou (claro que existem exceções onde ocorre baixa atenuação por falta de fermento, oxigenação, etc).

Fermentação Secundária - quanto tempo? - Aqui o cervejeiro deve começar a treinar seu lado artesão da coisa, ou seja, estimular sua própria análise sensorial. Por quê? Porque a fermentação secundária serve para que o fermento REABSORVA alguns dos subprodutos indesejáveis que ele mesmo gerou durante a fermentação, como diacetil e acetaldeído. Então, quando acaba a fermentação secundária? Acaba quando a gente pega uma amostra da cerveja e não sente mais esses off-flavors. "Tá Guenther, mas por favor, me dá um número X de dias, pois ainda não consigo sentir/perceber esses off-flavors". Assumindo uma temperatura de fermentação secundária por volta dos 16 graus para lagers, e pelo menos uns 22 graus para ales, pela minha experiência uns 3 dias (recomendados em várias literaturas) são realmente suficientes. Como a temperatura atua diretamente na velocidade de tudo que o fermento faz, esse período pode ser maior caso essas temperaturas sejam inferiores. NO ENTANTO, esses 3 dias são NORMALMENTE suficientes quando a fermentação ocorreu bem, saudável, toda bonitinha, com controle de temperatura, quantidade de fermento suficiente, etc. Se houve muita variação de temperatura, falta de fermento, ou seja, estresse de fermentação, a quantidade de subprodutos gerados pode ser DEZENAS de vezes maior, e consequentemente isso pode demandar uma fermentação secundária bem mais longa (a exemplo de cervejas high gravity, onde o fermento sempre sofre).

Clarificação - quanto tempo? - Primeiro é preciso entender que, assim que a cerveja parou de fermentar, o processo de clarificação, ou seja, decantação de resíduos, células, proteínas, etc, é constante. Isso vai acontecer pra sempre (assim como a maturação, cuja explicação vem depois). O que fazemos nada mais é do que um ESTÍMULO para que essa decantação ocorra mais rápido, baixando a temperatura do líquido. É interessante fazer isso antes de envasar pois dessa forma levamos muito menos células e resíduos para as garrafas e barris, fazendo com que, com o tempo, muito menos borra seja gerada no fundo. Quanto tempo? Pela minha experiência, no mínimo uma semana. Novamente, eu, Guenther, sempre tendo a fazer as coisas com MUITA calma, e tendo a estender todos os processos que podem beneficiar a minha cerveja se demorarem mais, então, como disse, eu deixo no mínimo uma semana, mas muitas vezes já embarrilei somente depois de meses com a cerveja clarificando/maturando dentro do fermentador. Se fosse engarrafar num caso desses, provavelmente teria que adicionar mais fermento. Ah, e não esperem que a cerveja fique cristalina ainda no fermentador/maturador, isso é só pra tirar o excesso. A cerveja só vai ficar cristal mesmo depois que estiver sob a pressão do CO² depois engarrafar/embarrilar, isso sim, acelera muito a decantação dos resíduos.

Maturação - quanto tempo? - Bom, notaram que eu falei "cerveja clarificando/MATURANDO dentro do fermentador"? Pois é, e é isso mesmo. Maturação, ou seja, "amadurecimento" da cerveja, é um processo interminável. No momento que ela parou de fermentar, já está maturando, amadurecendo, e depois... envelhecendo (o que pode ser ÓTIMO). A fermentação seria o nascimento dela. Mas então, quanto tempo maturar? Depende. O que normalmente queremos com a maturação é fazer com que a cerveja perca o gosto de aroma VERDE (como uma fruta ainda verde), e fique com o gosto e aroma bons para beber, e novamente, isso depende COMPLETAMENTE de como a cerveja foi fermentada, do tipo de cerveja, e por aí vai. Cervejas fermentadas corretamente ficam melhores logo depois de 2 semanas do que cervejas mal fermentadas mesmo maturando há meses, então, novamente, não há como dizer X dias exatos de maturação. Pode acontecer de alguém ter feito uma receita e em 1 mês ela estava ótima, e então eu fazer a mesma receita e ela ficar ruim mesmo depois de meses. Resumindo, o cervejeiro TEM QUE aprender e se forçar a provar e analisar sua cerveja pra DETECTAR por si mesmo se ela já está boa pra beber, ou não. Por vezes, e com a experiência que vamos adquirindo, conseguimos detectar que "bom, essa cerveja já esta muito boa pra beber, mas pra ela adquirir aquele gosto de frutas escuras e uma certa oxidação benéfica, ainda vai demorar X tempo", e por aí vai.

E aí entra uma coisa muito legal, e que todo o cervejeiro também deve aprender com o tempo, que é MANIPULAR a maturação conforme os objetivos para aquela cerveja.

Exemplos de coisas que devemos analisar ao tomar decisão de como maturar a cerveja:

Oxidação: ocorre muitas vezes com o decorrer do tempo porque sempre pode sobrar um pouco de oxigênio dentro do barril ou garrafa, mas a oxidação normalmente é RUIM para cervejas fracas (álcool) e leves (corpo), mas muitas vezes pode ser BOA em cervejas fortes, maltadas. Os efeitos de oxidação são tremendamente diminuídos com o frio, então, dependendo da cervejas que fizermos, podemos propositalmente deixá-la maturando a frio, ou muitas vezes, a quente, caso muito frequente de Imperial Stouts.

Aroma/Frescor: muitas cervejas acabam sendo muito melhores de beber quando novas pelo seu frescor, ou aromas de lúpulo. Nesses casos, é muito recomendável o cervejeiro caprichar MUITO na fermentação de forma que não precisa maturar por muito tempo a cerveja e que, assim que os aromas ruins sumirem, que já se possa bebê-la, ou seja, nesse caso, é legal fazer um cold-crash assim que fermentação secundária tiver terminado e mantê-las bem geladas. "Ah, mas aí as Weiss perdem sua turbidez". É por isso que balançamos a garrafa delas.

Açúcares residuais/cervejas high gravity: em cervejas muito fortes, muitas vezes acaba ficando um DOCE residual muito grande pelo excesso de açúcares não fermentáveis. Nesse caso, deixar a cerveja maturando a quente pode ser muito benéfico, pois mesmo que eu nunca tenha visto algum artigo ou texto provando que o fermento trabalhe ao longo do tempo consumindo esses açúcares, na prática, eu e muitos cervejeiros já vimos esse DOCE diminuir muito ao longo do tempo de uma maturação a quente, e que nesse caso, podemos chamar de Envelhecimento, ou Aging (ou seja, um processo além da maturação), pois como a cerveja não está gelada, o fermento está "acordado", e consequentemente envelhecendo. É como comparar uma carne que você deixa dentro, ou fora da geladeira. Já ouviram falar, ou viram pra vender, as carnes "maturadas"? A carnes maturadas, ao contrário da maioria (que logo em seguida é congelada), é mantida por vários dias numa temperatura fria, mas não congelante, fazendo com que algumas enzimas NATURAIS sejam liberadas pela carne e amoleçam as fibras naturalmente. No caso da cerveja, mantendo ela sempre gelada, abaixo da temperatura de atividade do fermento, ele pouco vai fazer ao longo do tempo... vai ficar ali, hibernando, até morrer, se morrer. Se mantivermos a cerveja numa temperatura mais alta, na faixa em que ele está "acordado", é de se esperar que ele faça alguma coisa ao longo do tempo, nem que seja a canibalização (autólise), que também pode ocorrer em temperaturas muito altas ou com fermento pouco saudável. Novamente, pode até ter algum artigo/material sobre isso, mas eu nunca li se realmente ele processa mais açúcares ao longo do tempo. NA PRÁTICA, novamente, a percepção é que sim pois o doce residual diminui muito.

Lagers: lagers também são sabidamente beneficiadas por uma longa maturação a frio. A própria origem alemã da palavra Lager quer dizer "armazenar", ou em alguns textos que já li, "armazenar a frio".

"Mas quanto tempo devo maturar, PORR3$@#$@$?"

O tempo necessário para que a sua cerveja fique boa para VOCÊ E PARA O OBJETIVO destinado. Se for servir num churrasquinho para um monte de amigos, muitas vezes com 1 semana já tá bom... pois a galera vai curtir um monte. A mesma cerveja, para ter chance num Concurso, pode necessitar de meses maturando. Assim como, além do objetivo, depende do gosto do cervejeiro. Já provei cervejas que achei excelentes com pouca maturação, mas o dono dela ainda achava que deveria maturar mais.

É isso que eu aprendi até hoje, mas não que seja a verdade absoluta.

(não vou revisar o texto, ou seja, desculpem os erros de digitação)

Abração,
Guenther, excelente matéria! fiz um fluxograma para Ales, pode me sinalizar caso tenha algo errado?
 

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@EMOTTA ,
seguinte, tem algumas dicas que vou apontar.
- Primária de 7 dias é normalmente mais do que necessário, a minha costuma estabilizar com 4 a 5 dias. Porém, isso depende da densidade da cerveja que você esteja fazendo e do fermento que utiliza. Trabalhe mais com a densidade, como você mesmo disse. A temperatura, da mesma forma, não fará mal nenhum você fermentar sua cerveja o tempo todo a 18º e ela ficará muito boa, porém com o tempo estude um pouco mais o que a mudança de temperatura faz com a cerveja, por exemplo no livro brew like a monk, demonstram uma 3 cervejas que utilizam o mesmo fermento e são fermentadas em temperaturas diferentes, conseguindo resultados muito diversos.

- Os próximos passos estão um pouco fora de ordem: A maturação a 5-10ºC, se for fazer esse passo, deve ser feita antes do cold crash a 0ºC. O cold crash tem o objetivo de decantar a maior parte de resíduos presentes na cerveja e, a meu ver deve ser o último passo antes do envase. Outra, não tem nada de por no máximo 48h, pois não tem problema algum você deixar a 0ºC por uma ou duas semanas se quiser, eu normalmente faço o coldcrash por 5 dias e adiciono a gelatina nos ultimos 2. A gelatina é que teria tal indicação, ou seja, adicione a gelatina à cerveja gelada umas 48h antes da transferencia para o envase.

- quanto ao tempo de maturação em 10ºC por no mínimo 15 dias, não é obrigado não. Mal nenhum fará a sua cerveja, que quase sempre melhora com o tempo, mas não há essa obrigação como parece no papel.

-Quanto ao último passo, armazenamento de garrafas, eu prefiro deixar as minhas pelo menos 12 a 18 dias em local escuro e temperatura proxima da de fermentação. Com 7 dias elas já estão carbonatadas (maioria das vezes), porém a espuma não retem bem e algumas vezes ainda com alguns off-flavors da refermentação na garrafa.
 
@EMOTTA ,
seguinte, tem algumas dicas que vou apontar.
- Primária de 7 dias é normalmente mais do que necessário, a minha costuma estabilizar com 4 a 5 dias. Porém, isso depende da densidade da cerveja que você esteja fazendo e do fermento que utiliza. Trabalhe mais com a densidade, como você mesmo disse. A temperatura, da mesma forma, não fará mal nenhum você fermentar sua cerveja o tempo todo a 18º e ela ficará muito boa, porém com o tempo estude um pouco mais o que a mudança de temperatura faz com a cerveja, por exemplo no livro brew like a monk, demonstram uma 3 cervejas que utilizam o mesmo fermento e são fermentadas em temperaturas diferentes, conseguindo resultados muito diversos.

- Os próximos passos estão um pouco fora de ordem: A maturação a 5-10ºC, se for fazer esse passo, deve ser feita antes do cold crash a 0ºC. O cold crash tem o objetivo de decantar a maior parte de resíduos presentes na cerveja e, a meu ver deve ser o último passo antes do envase. Outra, não tem nada de por no máximo 48h, pois não tem problema algum você deixar a 0ºC por uma ou duas semanas se quiser, eu normalmente faço o coldcrash por 5 dias e adiciono a gelatina nos ultimos 2. A gelatina é que teria tal indicação, ou seja, adicione a gelatina à cerveja gelada umas 48h antes da transferencia para o envase.

- quanto ao tempo de maturação em 10ºC por no mínimo 15 dias, não é obrigado não. Mal nenhum fará a sua cerveja, que quase sempre melhora com o tempo, mas não há essa obrigação como parece no papel.

-Quanto ao último passo, armazenamento de garrafas, eu prefiro deixar as minhas pelo menos 12 a 18 dias em local escuro e temperatura proxima da de fermentação. Com 7 dias elas já estão carbonatadas (maioria das vezes), porém a espuma não retem bem e algumas vezes ainda com alguns off-flavors da refermentação na garrafa.
@motammg

Muito obrigado pelas considerações! clareou a mente, igual a cerveja após a gelatina!! Confere o fluxo agora, acho que será útil para os iniciantes que nem eu.

Abraços
 

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  • DA FERMENTAÇÃO AO ENVASE DAS ALEs.pdf
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@EMOTTA ,
baseado no modo que eu faço a minha cerveja, esta sequencia esta boa. Só lembrando para não ficar apegado a dias contados, e tentar experimentar mais a cerveja. Com isso você aprende mais e começa a perceber/identificar mais off-flavors, bem como o momento que a cerveja estará boa (para o seu gosto) para engarrafar.

Só mais um comentário, essa maturação a 5-10ºC, eu particularmente não faço. Alguns autores de livros indicam e outros não. A pouco tempo discuti o assunto com o Guenther e o Tiago nesse post (últimas postagens dele mesmo, http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=402981&page=9 ), e pelo que entendi, ainda não há nenhum estudo científico comprovando os benefícios. Porém repito, mal não vai fazer a sua cerveja, inclusive acho que vai melhorar, mas não especificamente pela temperatura... acho que teria mais a ver com o tempo mesmo.
 
@motammg

Com certeza não estou sendo refém do tempo delimitando o processo matematicamente, acredito que seja igual a comida, se não provar, não sabe o que estará servindo!!

Já li muito sobre pular/ negligenciar essa etapa e conseguir uma cerveja digamos nota 7 e quando você mesmo diz "inclusive acho que vai melhorar", com certeza seu feeling sabe que faz bem ao líquido precioso!

Obrigado mesmo pelas considerações

Abraços
 
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