sparge e eficiência

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Se medir o ph da água na mostura e obter um valor mais alto que o ideal, como ajustar? Qual produto usar? E a água da lavagem também deve ser ajustado o ph?
 
Eu uso acido latico ou citrico. Importante tbm o pH da água de lavagem dentro dessa faixa entre 5,0-5,5.
 
Necessidade nenhuma, pelo contrário. Com fundo falso, ao contrário do que se vê em 90% dos textos brasileiros e "receitas" da internet, o ideal é NÃO TOCAR nunca na cama de grãos, pois isso destrói a formação dela, pressiona cascas nos furos, etc.

Com fundo falso, o ideal é SÓ recircular o mosto filtrado quando o fogo estiver aceso. Isso faz com que as partículas pequenas que estão lá no fundo perto do fundo falso PASSEM por ele, e então, quando o mosto é devolvido por cima, essas partículas pequenas ficam presas na parte de cima da cama de grãos, fazendo com que lá embaixo fiquem só as cascas grandes, formando um filtro natural perfeito, e gerando grande eficiência.

Nesse caso, é extremamente usar lavagem contínua, costumeiramente chamado de Fly/Continuous Sparge, justamente para não mexer na cama de grãos. Além de ser talvez a melhor técnica, é a mais fácil de todas depois que se estabiliza o processo.

Abraço,

Guenther, e se eu mexer o mosto somente quando estiver com o fogo ligado, e depois fazer uma recirculação mais demorada, em torno de 1 hora, aí sim sem mexer o mosto ? Provavelmente conseguirei uma boa filtragem. Não?

Minha dúvida surgiu porque na minha última brassagem tentei seguir seu conselho, porém, ao contrário de você eu não consegui manter a temperatura da brassagem por 1 hora e meia. De 20 em 20 minutos eu tinha que ligar o fogo para aumentar a temperatura que teimava em cair mesmo com a panela de alumínio tampada. Pois bem, enquanto eu ligava o fogo tentei recircular o mosto, mas minha bomba de recirculação esquentou demais e parou. Aí tive que mexer a cama de grãos com a pá quase encostando no fundo falso para fazer com que o mosto abaixo dele também circulasse. Tentei compensar a "destruição" da cama de grãos com uma recirculação após o mashout mais demorada. Com essa alternativa eu consegui criar novamente a cama de grãos e realizar uma boa filtragem.
 
Blz pessoal, to pensando en fazer minha primeira brasagem com a técnica no sparge. Pois li vários relatos que melhora a qualidade da breja, apesar da perda de eficiência que deve ser compensada com a adição de mais mais.
Porém o ideal seis fazer o mash com a proporção de 2,5l/kg de malte. Sendo assim o ideal seria adicionar o restante da água após o mash out, certo?
Minha dúvida é se passo adicionar essa água a temperatura ambiente ou devo aquece lá a 78 graus?

Valeu galera
 
Guenther, e se eu mexer o mosto somente quando estiver com o fogo ligado, e depois do mashout fazer uma recirculação mais demorada, em torno de 1 hora, aí sim sem mexer o mosto ? Provavelmente conseguirei uma boa filtragem. Não?

Minha dúvida surgiu porque na minha última brassagem tentei seguir seu conselho, porém, ao contrário de você eu não consegui manter a temperatura da brassagem por 1 hora e meia. De 20 em 20 minutos eu tinha que ligar o fogo para aumentar a temperatura que teimava em cair mesmo com a panela de alumínio tampada. Pois bem, enquanto eu ligava o fogo tentei recircular o mosto, mas minha bomba de recirculação esquentou demais e parou. Aí tive que mexer a cama de grãos com a pá quase encostando no fundo falso para fazer com que o mosto abaixo dele também circulasse. Tentei compensar a "destruição" da cama de grãos com uma recirculação após o mashout mais demorada. Com essa alternativa eu consegui criar novamente a cama de grãos e realizar uma boa filtragem.


Oi Guenther, gostaria de uma opinião sua.

Obrigado.
 
A consequência do que acontece internamente na panela de tu usa bazooka, faz fly sparge, e não mexe o malte, é o que mostra na imagem a seguir.

Veja a diferença entre como o mosto flui na panela durante um fly sparge nos diferentes tipos de filtro, sendo A o fundo falso, e C uma bazooka.

Além disso, usando bazooka, é obrigatório mexer o malte caso faça rampas de temperatura com fogo direto, se não o malte no fundo pode queimar. Recirculação sozinha, nesse caso, não adianta.

figure4.gif

Bom dia galera, analisando esses desenhos postados pelo guenther, restou uma dúvida. Utilizou fundo falso, porém, diferente do modelo americano, que possui um acesso invertido pelo meio do mesmo até a saída da panela. A minha panela tem somente a torneira em um dos cantos.

Eu teria alguma melhora de lavagem e consequentemente eficiência se fizesse uma extensão da torneira até o meio da panela? Como no modelo americano?
 
Bom dia galera, analisando esses desenhos postados pelo guenther, restou uma dúvida. Utilizou fundo falso, porém, diferente do modelo americano, que possui um acesso invertido pelo meio do mesmo até a saída da panela. A minha panela tem somente a torneira em um dos cantos.

Eu teria alguma melhora de lavagem e consequentemente eficiência se fizesse uma extensão da torneira até o meio da panela? Como no modelo americano?

Sim, pois teria um fluxo mais bem distribuido
 
Eu teria alguma melhora de lavagem e consequentemente eficiência se fizesse uma extensão da torneira até o meio da panela? Como no modelo americano?

A menos que a vedação lateral do seu fundo falso não seja boa e a velocidade de transferência seja muito alta, não deve dar muita diferença. Para vazões pequenas, como costuma acontecer na lavagem, não deve ser um problema.
 
Bom, falando da vazão indicada..... o que eu costumo recomendar é simplesmente o seguinte: a recirculação com bomba deve ser tão forte desde que não entupa o seu sistema.

Boa noite, Guenther. Revivendo esta sua recomendação, recentemente alterei meu equipamento (panelas de 28 L) colocando fundo falso e recirculação constante com bomba chugger durante a mosturação com uma mangueira sobre a cama de grãos voltada com o fluxo para a lateral da panela, criando um whirlpool semelhante ao que aparece num vídeo de teste de um equipamento de 10L que você postou. O que acontece é que usando a recirculação no máximo da vazão da bomba, o whirlpool fica tão forte que acaba criando um "vale" na cama de grãos ao redor das laterais da panela levando a formação de um "morro" de grãos concentrado no meio da panela. Imagino que isso acabe atrapalhando na busca por uma lavagem homogênea pelo fly-sparge e acabo com uma eficiência abaixo do que gostaria, na casa dos 64-66% (já revi cuidadosamente outras variáveis que pudessem melhorar a eficiência geral do processo e tendo a colocar a culpa na lavagem).

Você acharia aconselhável, neste meu caso, diminuir a vazão da recirculação na saída da bomba para evitar a formação desse "morro" de grãos?

Agradeço desde já!

Um abraço,

Chico Mello
 
Boa noite, Guenther. Revivendo esta sua recomendação, recentemente alterei meu equipamento (panelas de 28 L) colocando fundo falso e recirculação constante com bomba chugger durante a mosturação com uma mangueira sobre a cama de grãos voltada com o fluxo para a lateral da panela, criando um whirlpool semelhante ao que aparece num vídeo de teste de um equipamento de 10L que você postou. O que acontece é que usando a recirculação no máximo da vazão da bomba, o whirlpool fica tão forte que acaba criando um "vale" na cama de grãos ao redor das laterais da panela levando a formação de um "morro" de grãos concentrado no meio da panela. Imagino que isso acabe atrapalhando na busca por uma lavagem homogênea pelo fly-sparge e acabo com uma eficiência abaixo do que gostaria, na casa dos 64-66% (já revi cuidadosamente outras variáveis que pudessem melhorar a eficiência geral do processo e tendo a colocar a culpa na lavagem).

Você acharia aconselhável, neste meu caso, diminuir a vazão da recirculação na saída da bomba para evitar a formação desse "morro" de grãos?

Agradeço desde já!

Um abraço,

Chico Mello
Bom, primeira coisa..... pra que serve a recirculação constante durante toda a mosturação? Por um único motivo.... para homogeneizar a temperatura QUANDO temos um sistema que liga/desliga o aquecimento sozinho, automaticamente.

Agora, se não usa isso..... pra que serve recircular constantemente durante toda a mosturação? Pra nada.

A clarificação não será melhor do que recircular com bomba somente durante a rampa de mash-out final.

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Sobre recircular tão forte quanto possível, desde que não entupa, isso continua sendo verdade.... pois só gera benefícios gerais.

O seu problema do retorno do líquido causar um "buraco" perto da parede da panela é OUTRO problema...... é algo causado por outros fatores, como o tipo de panela, a posição da mangueira, a quantidade de água que utiliza, etc. Nesse caso, você mesmo tem que decidir como resolver ao seu gosto.

Já tive esse "problema" várias vezes em equipamentos diferentes, e adivinhe como resolvi? De várias formas diferentes... conforme eu preferia para aquele caso.

Em alguns casos simplesmente diminui a vazão, em outros, simplesmente reposicionei a mangueira. Em outros, coloquei uma tela de inox por cima da cama de grãos, fazendo com que o formato dela não mudasse (como se fosse um fundo falso sobre a cama de grãos, etc).

Ou seja, ao pensar sobre o um problema, tem que focar NO PROBLEMA..... o problema é o buraco, não a recirculação forte. A recirculação forte causa o buraco porque o líquido bate forte nela...... e é isso que precisa ser resolvido.... ou seja, fazer com que o fluxo de líquido não abra um buraco na cama de grãos. Como resolver? Tem dezenas de formas... aí o cervejeiro que precisa escolher a solução que preferir. Não existe 100% certo.

Abração,
 
Muito esclarecedor, Guenther, obrigado. Tendo a certeza que esta "mal formação" da cama de grãos está prejudicando uma lavagem homogênea, vou focar agora em tentar resolver o problema. As opções que vc deu do que pode causar o problema já vão me ajudar a buscar a solução.

Faço a recirculação constante durante a mosturação porque idealizei meu equipamento como um HERMS manual, se é que existe isso, hehehehe. Tenho uma panela em cima do fogão com a água de lavagem e uma serpentina dentro. A panela de mosturação fica num nível inferior em frente ao fogão, aqueço a água nela com um ebulidor até atingir a temp de lançar os grãos e mantenho a temp durante toda a mostura fazendo uma recirculação constante do mosto que se mantém aquecido após passar pela serpentina imersa na panela de cima. Meço a temperatura com um termômetro direcionado na saída da mangueira que repousa sobre a cama de grãos. Preciso apenas ligar o fogão de vez em quando para manter a mosturação na temperatura que desejo ou para aumentar a temperatura para fazer uma rampa. Tinha a ideia que nesse sistema de recirculação constante eu conseguiria uma clarificação bem melhor do que quando circulava só no final... Se vc diz que não faz diferença, vivendo e aprendendo, talvez até abandone esse conceito.

Novamente, obrigado pela resposta!

Abraço!
 
@Guenther, se minha pergunta não for relevante a este tópico, por favor me perdoe. Minha primeira dúvida e comentário.

Estou montando meu segundo equipamento, onde quero utilizar um sistema com 2 panelas ( uma para mosturação e fervura e outra para lavagem).

Onde na mosturação terá uma panela interna e uma externa, sendo a interna com o fundo furado ( fundo falso) utilizando como fonte de obter calor a resistência e circulação contínua para homogenizar a temperatura.

Logo depois da mosturação, circulação e mashout, levantarei a panela para que o mosto fique na panela externa já partindo pro processo de fervura.

Porém antes, terá a segunda panela no caso de lavagem, com água aquecida para fazer a lavagem dos grãos tentando extrair mais açúcar e aumentar a eficiência (ou volume e densidade esperado).

Pergunta: Como a panela interna com grãos estará suspensa, e o mosto descido para a panela externa, eu fazendo a lavagem, os grãos estarão digamos que "secos", isso não pode fazer com que a lavagem tenha uma eficiência menor? Pois a água que entrar para fazer a lavagem não passará homogeneamente no mosto, como se estivesse ao mesmo tempo que saindo mosto, na mesma proporção entrando água para a lavagem proporcionando uma fluidez ?

Como nesse meu sistema consigo resolver esse problema ( caso seja um problema) da lavagem para ter eficiência? Ou seria melhor colocar todo o volume da receita direto na panela de mosturação, circular, suspender a panela e partir pra fervura?

Não sei se minha pergunta é primária, ou irrelevante, porém pesquisei por 5 dias aqui no fórum e não obtive uma resposta específica sobre isso

Muito Obrigado
 
@Guenther, se minha pergunta não for relevante a este tópico, por favor me perdoe. Minha primeira dúvida e comentário.

Estou montando meu segundo equipamento, onde quero utilizar um sistema com 2 panelas ( uma para mosturação e fervura e outra para lavagem).

Onde na mosturação terá uma panela interna e uma externa, sendo a interna com o fundo furado ( fundo falso) utilizando como fonte de obter calor a resistência e circulação contínua para homogenizar a temperatura.

Logo depois da mosturação, circulação e mashout, levantarei a panela para que o mosto fique na panela externa já partindo pro processo de fervura.

Porém antes, terá a segunda panela no caso de lavagem, com água aquecida para fazer a lavagem dos grãos tentando extrair mais açúcar e aumentar a eficiência (ou volume e densidade esperado).

Pergunta: Como a panela interna com grãos estará suspensa, e o mosto descido para a panela externa, eu fazendo a lavagem, os grãos estarão digamos que "secos", isso não pode fazer com que a lavagem tenha uma eficiência menor? Pois a água que entrar para fazer a lavagem não passará homogeneamente no mosto, como se estivesse ao mesmo tempo que saindo mosto, na mesma proporção entrando água para a lavagem proporcionando uma fluidez ?

Como nesse meu sistema consigo resolver esse problema ( caso seja um problema) da lavagem para ter eficiência? Ou seria melhor colocar todo o volume da receita direto na panela de mosturação, circular, suspender a panela e partir pra fervura?

Não sei se minha pergunta é primária, ou irrelevante, porém pesquisei por 5 dias aqui no fórum e não obtive uma resposta específica sobre isso

Muito Obrigado
Sem dúvida vai ter uma eficiência menor.

É que na realidade, você está indo por um caminho contra-producente, porque você quer fazer lavagem... mas está usando um sistema single vessel meio "hibrido".

Em resumo, o que quero dizer é que você poderia ter simplesmente um sistema single vessel e aproveitar todas as vantagens dele sem esperar uma eficiência alta, ou poderia ter um equipamento normal de 3 panelas e uma eficiência mais alta. Ou seja, ou você faz uma coisa bem feita, ou outra.

No meu caso, está querendo o meio termo..... e o resultado vai ser, pela minha experiência? Um meio termo.

Veja que fazendo BIAB sem fazer nenhuma força pra obter eficiência alta, já se consegue algo por volta de 65%. Nesse sentido, vale a pena fazer tudo isso aí pra ter uma eficiência 5 ou 10% no máximo maior? Na minha visão, não.

Abraço,
 

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