sparge e eficiência

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david_jr

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desisti de fazer biab, na última vez que brassei derrubei os grãos direto na panela (sem bazooka ou fundo falso), fiz lavagem e filtrei tudo com uma peneira chinoi, aquelas peneiras de óleo. Mas o processo do sparge foi jogado direto de uma panela para a outra, ao fazer isso, acaba por não lavar muitos dos grãos, pois a água fica mais localizada. Pensei em pegar uma daquelas formas de bolo, e fazer diversos furos nela e colocar alguns ganchos para que ela fique fixa na panela e jogar a água nessa forma, assim iria chover de forma mais distribuída nos grãos, vcs acha que isso pode dar certo?

forma de bolo dessas - https://www.google.com.br/url?sa=i&...UwLovPSk6_x0r1rQ_zdvKPJw&ust=1375213484630154

Com Biab eu conseguia 60% de eficiência, nessa última com o sparge virando de uma panela para outra já aumentou para 65%, mas creio que a água não lavou todo o grão, acabou ficando mais localizada, já vi vários artigos que recomendam uma chuva mais espalhada, acho que com essa forma de bolo eu conseguiria espalhar mais, e seria uma coisa barata.
 
David, a eficiência na brassagem tem vários fatores, não só o sparge. PH , a movimentação contínua do mosto e uma moagem bem feita resultam numa melhora de eficiência.
 
tinha que arrumar um agitador mecânico para o mosto, para que ficasse contínuo, eu sempre mexo enquanto tem fogo direto. a moagem melhorou muito na última brassagem e tirando mais cerveja tinha uma melhor de 60 para 65% de eficiência, isso com uma cerveja de OG 1081, creio que se tivesse feito uma cerveja de OG menor a eficiência teria saído melhor, estou errado?
 
cara, estou montando um para minha panela com um motor de limpador de parabrisa de e uma fonte de pc (atx) 12V. Vc não tem noção a força que esse motorzinho tem. Ainda não montei, estou adaptando a panela e mandei fazer num torneiro o batedor. quando ficar pronto postarei imagens.
 
Olá Marcos. A pá vai movimentar o mosto continuamente durante toda a brassagem? Isso não teria impacto na liberação excessiva de tanino das cascas?
 
Pessoal,

Tenho uma receita antiga em que eu adicionava 10 litros de água na lavagem / filtragem

Desses 10 litros, 5 eram adicionados enquanto estava filtrando e os outros 5 litros eram adicionados quando estava trocando de panela (eles não recirculavam)

Existe alguma vantagem / desvantagem em fazer desta maneira?

Vejo como vantagem conseguir fazer levas um pouco maiores

Tem como colocar esses paremetros no BS?
 
Aproveitando esse tópico para não criar um novo, a fim de economizar tempo, pensei em fazer uma brassagem sem lavagem, mas ao invés de utilizar toda a água total como se fosse num no-sparge BIAB, a ideia era fazer a conversão com uns 2,5 litros de água por quilo de malte, medir a densidade e aí ir adicionando mais água até chegar ao volume pré fervura, cuidando para que a densidade pré-fervura fique no maximo uns 10 pontos abaixo da OG programada.

A minha referência seria essa calculadora do Brewers Friend. http://www.brewersfriend.com/dilution-and-boiloff-gravity-calculator/

Segundo ela, se com 7 litros de mosto (feitos a partir de 2,5kg de malte) com uma gravidade de 1.080 eu quisesse transformar em 13 litros, eu teria uma OG pré-fervura 1.043.

Alguém já fez algo assim? Alguma dica? Alguma outra sugestão?

Meu equipamento por enquanto é bem simples, utilizo uma panela de 15 litros para levas de 10 litros.

Muito obrigado!
Abraços!
 
Só uma coisa... ficar agitando o mosto não é garantia de eficiência. Eu, por exemplo, nunca TOCO na cama de grãos, justamente pra ela manter uma formação boa, e consequente filtragem eficiente, gerando melhor eficiência.

Ficar mexendo na cama de grãos, na minha opinião, é um dos erros mais comuns, e uma das técnicas mais desnecessárias. Além de prejudicar a filtragem posterior, faz perder um monte de temperatura e ter que ficar corrigindo, pelo menos com sistemas com fundo falso.

Usando bazooka, aí já se torna quase necessário mexer pela quase obrigação de se usar Batch Sparge.

Abraço!
 
Só uma coisa... ficar agitando o mosto não é garantia de eficiência. Eu, por exemplo, nunca TOCO na cama de grãos, justamente pra ela manter uma formação boa, e consequente filtragem eficiente, gerando melhor eficiência.

Ficar mexendo na cama de grãos, na minha opinião, é um dos erros mais comuns, e uma das técnicas mais desnecessárias. Além de prejudicar a filtragem posterior, faz perder um monte de temperatura e ter que ficar corrigindo, pelo menos com sistemas com fundo falso.

Usando bazooka, aí já se torna quase necessário mexer pela quase obrigação de se usar Batch Sparge.

Abraço!



Guenther, porque é quase necessário mexer e a quase obrigação de se usar Batch Sparge com a utilização da bazooka?

Eu utilizo a bazooka e normalmente não mexo na cama de grãos (a não ser quando vou regular a temperatura) e utilizo normalmente o método de fly sparge. Gostaria de saber um pouco mais das consequências disso.

Obrigado.
 
Guenther, porque é quase necessário mexer e a quase obrigação de se usar Batch Sparge com a utilização da bazooka?

Eu utilizo a bazooka e normalmente não mexo na cama de grãos (a não ser quando vou regular a temperatura) e utilizo normalmente o método de fly sparge. Gostaria de saber um pouco mais das consequências disso.

Obrigado.
A consequência do que acontece internamente na panela de tu usa bazooka, faz fly sparge, e não mexe o malte, é o que mostra na imagem a seguir.

Veja a diferença entre como o mosto flui na panela durante um fly sparge nos diferentes tipos de filtro, sendo A o fundo falso, e C uma bazooka.

Além disso, usando bazooka, é obrigatório mexer o malte caso faça rampas de temperatura com fogo direto, se não o malte no fundo pode queimar. Recirculação sozinha, nesse caso, não adianta.

figure4.gif
 
De onde é essa ilustração Guenther?

Uso bazooka e faço fly sparge mas nunca tinha me atentato para isso. Já tinha pensado em fazer batch sparge só para diminiur meu trabalho mas não queria perder eficiênvia. Pelo jeito então vai talvez aumentar a eficiência com o batch sparge. Queria ver o texto para saber o quanto o que a imagem mostra já foi testado ou se ainda é mais teoria.
 
usando fundo falso então não há necessidade de mexer o mosto? ou é bom mexer para soltar mais.?
 
Necessidade nenhuma, pelo contrário. Com fundo falso, ao contrário do que se vê em 90% dos textos brasileiros e "receitas" da internet, o ideal é NÃO TOCAR nunca na cama de grãos, pois isso destrói a formação dela, pressiona cascas nos furos, etc.

Com fundo falso, o ideal é SÓ recircular o mosto filtrado quando o fogo estiver aceso. Isso faz com que as partículas pequenas que estão lá no fundo perto do fundo falso PASSEM por ele, e então, quando o mosto é devolvido por cima, essas partículas pequenas ficam presas na parte de cima da cama de grãos, fazendo com que lá embaixo fiquem só as cascas grandes, formando um filtro natural perfeito, e gerando grande eficiência.

Nesse caso, é extremamente usar lavagem contínua, costumeiramente chamado de Fly/Continuous Sparge, justamente para não mexer na cama de grãos. Além de ser talvez a melhor técnica, é a mais fácil de todas depois que se estabiliza o processo.

Abraço,
 
Sim, usando bazzoka simples, o recomendado é sempre Batch Sparge.

Aqui: http://morebeer.com/brewingtechniques/library/backissues/issue3.4/palmer.html[/QUOTE

Olhei o texto aqui e fui reler o Brewing Better Beer. Essa é uma questão de eficiência. Ao mesmo tempo que o batch sparge teoricamente consegue uma eficiência menor que o fly sparge, quem usa bazooka deve ter uma eficiência maior com batch sparge. Parece aquela teoria do cobertor curto. Eu tenho a impressão de que, para quem usa bazooka e faz fly sparge, as perdas de eficiência se equalizam com os ganhos e a diferença final deve ser mínima, se é que existe. Tu já testou alguma vez isso na prática Guenther?

Não sei se vale a pena mudar o método de trabalho, a não ser que seja uma opção do cervejeiro e não para um ganho de eficiência. Também há outras formas de melhorar eficiência, como aumentar um pouco a quantidade de maltes, fazer mash out (com a temperatura correta, medida quando a água chega na cama de grãos), fazer uma drenagem lenta do mosto quando fizer fly sparge, deixar uma camada constante de água acima da cama de grãos, evitando compactação da cama.

Essa é a parte que mais modifiquei na minha técnica desde que comecei a brassar. No início usava um chuveirinho de cpvc para fazer o fly sparge. Depois vi que perdia muita temperatura usando ele. Deixai de usar esse chuveirinho e estou tentando encontrar a melhor forma de jorrar a água de lavagem na cama de grãos. Hoje estou somente deixando a camada de água e colocando a mangueira vinda do HLT por cima, alimentando essa camada constantemente. Não uso nada nem para fixar essa mangueira mas às vezes fico com receio dela sair do local e bagunçar tudo. Estou pensando em bolar um grampo para fixar a mangueira ou mesmo incorporar uma conexão da parede lateral superior da panela para conectar a mangueira com a água do sparge. Alguma dica?
 
Bazzoka - melhor eficiência com Batch Sparge

Fundo falso - melhor eficiência com Fly Sparge

Filtro de canos de CPVC/cobre furados, num formato bem espalhado no fundo também dá pra usar Fly Sparge.

Já testei todas essas combinações, com tudo que é tipo de filtro diferente.
 
Para evitar de abrir outro tópico, estou com uma duvida em relação ao sparge.

Para parar o sparge, devo atingir o pre boil ... digamos que estou lavando os grãos, mantendo uma camada de uns 5 cm de mosto acima dos grãos ...

Ai vem as perguntas:

- É necessario que quando eu atingir o pre boil e interromper o processo que minha panela do mash/tun esteja vazia ou praticamente vazia? (quando a cama de grãos esta totalmente "seca")

- Existe algum problema (ou perda de eficiencia) quando eu atingir o pre-boil ainda ter um volume consideravel na panela de mash/tun?
 
Necessidade nenhuma, pelo contrário. Com fundo falso, ao contrário do que se vê em 90% dos textos brasileiros e "receitas" da internet, o ideal é NÃO TOCAR nunca na cama de grãos, pois isso destrói a formação dela, pressiona cascas nos furos, etc.

Com fundo falso, o ideal é SÓ recircular o mosto filtrado quando o fogo estiver aceso. Isso faz com que as partículas pequenas que estão lá no fundo perto do fundo falso PASSEM por ele, e então, quando o mosto é devolvido por cima, essas partículas pequenas ficam presas na parte de cima da cama de grãos, fazendo com que lá embaixo fiquem só as cascas grandes, formando um filtro natural perfeito, e gerando grande eficiência.

Nesse caso, é extremamente usar lavagem contínua, costumeiramente chamado de Fly/Continuous Sparge, justamente para não mexer na cama de grãos. Além de ser talvez a melhor técnica, é a mais fácil de todas depois que se estabiliza o processo.

Abraço,

Mas isso inclusive na hora da brassagem? pensei que não mexesse somente na filtragem e na recirculação!
 
Mas isso inclusive na hora da brassagem? pensei que não mexesse somente na filtragem e na recirculação!
Não confunda os termos.

Brassagem é o processo inteiro, o dia inteiro.

Mosturação é mosturação.

E sim, novamente, com fundo falso, é melhor somente recircular do que ficar agitando os grãos e detonando com a cama de grãos.

Abraço,
 
Pessoal,

aproveitando o tópico gostaria de mostrar a forma que eu filtro o meu mosto. Lógico que sou iniciante e não tenho metade dos "fancy gadgets" que profissionais como os senhores.
Faço as reações enzimáticas normalmente (aprox. 2,5 L de água por quilo de malte, e controle de temperatura agitando caso necessite ligar o fogo) e na sequencia passo o mosto, com o auxilio de uma caneca, para um sistema de filtragem com pano (como podem ver é uma panela toda furada com um pano dentro:)).
O sparging realizo com água a 76-78°C despejando sobre o "bolo" lentamente e esperando secar novamente para próxima adição.
Gostaria que os senhores comentassem a minha adaptação e criticassem caso possa ter efeitos desagradáveis. Até agora (após a 7ª brassagem) estou bastante satisfeito com os meus resultados.
Bem, aguardo sugestões e comentários.

p.s. antes que comentem, a torneira foi um erro de construção de uma bazzoca, tirei o tubo e furei a panela toda com broca 8 fazendo uma peneira grossa...
 

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Necessidade nenhuma, pelo contrário. Com fundo falso, ao contrário do que se vê em 90% dos textos brasileiros e "receitas" da internet, o ideal é NÃO TOCAR nunca na cama de grãos, pois isso destrói a formação dela, pressiona cascas nos furos, etc.

Com fundo falso, o ideal é SÓ recircular o mosto filtrado quando o fogo estiver aceso. Isso faz com que as partículas pequenas que estão lá no fundo perto do fundo falso PASSEM por ele, e então, quando o mosto é devolvido por cima, essas partículas pequenas ficam presas na parte de cima da cama de grãos, fazendo com que lá embaixo fiquem só as cascas grandes, formando um filtro natural perfeito, e gerando grande eficiência.

Nesse caso, é extremamente usar lavagem contínua, costumeiramente chamado de Fly/Continuous Sparge, justamente para não mexer na cama de grãos. Além de ser talvez a melhor técnica, é a mais fácil de todas depois que se estabiliza o processo.

Abraço,

Guenther, e quem mais quiser opinar, recém vou pra minha 5• brassagem que será feita de forma bem simples, e será realizada com fundo falso (a ser comprado) ao invés da bazooka (um tanto artesanal, apesar de comercializada por um fabricante em POA) que tenho.

Após as primeiras levas de 10, finalmente vou partir pros 20 litros e por isso gostaria de não errar (muito). Ao menos quero amenizar os erros, que fazem parte do aprendizado, só não quero desperdiçar 20 litros de IPA, rs.

Tenho um fogareiro, panelas de alumínio, duas de 32 litros, outra de 22, todas com tampa e torneira, e mais os acessórios básicos, baldes fermentadores, borbulhadores, peneiras, termômetros digitais simples, etc. Tenho também um grain bag que acho prático para retirar os grãos. Haveria algum senão em usá-lo, ou é indiferente?

Vai ser uma IPA (talvez da WE), portanto vou seguir a tua dica de não mexer o mosto, apesar de provavelmente ficar um pouco tenso com isso, confesso, rs.
Ainda pretendo fazer um bom curso, mas seria abuso pedir ajuda ou seja, um resumo, um passo-a-passo "simples" de sugestão do processo a ser seguido para essa leva de IPA?

Se procurar provavelmente ache uma "receita" (que até recebi da própria WE, só achei o passo-a-passo meio técnico pro meu bico) para isso mas o teu texto é muito explicativo apesar de ser direto e simples, o que torna tudo mais claro e relativamente fácil pra um iniciante como eu. Espero que essa ajuda não esteja sendo pedida no tópico inadequado, caso esteja fazendo isso, favor redirecioná-lo ou indicar o correto. Pensei em postá-lo na parte de Receitas mas queria citar o teu texto.

Saudações cervejeiras.
:mug:
 
Guenther, e quem mais quiser opinar, recém vou pra minha 5• brassagem que será feita de forma bem simples, e será realizada com fundo falso (a ser comprado) ao invés da bazooka (um tanto artesanal, apesar de comercializada por um fabricante em POA) que tenho.

Após as primeiras levas de 10, finalmente vou partir pros 20 litros e por isso gostaria de não errar (muito). Ao menos quero amenizar os erros, que fazem parte do aprendizado, só não quero desperdiçar 20 litros de IPA, rs.

Tenho um fogareiro, panelas de alumínio, duas de 32 litros, outra de 22, todas com tampa e torneira, e mais os acessórios básicos, baldes fermentadores, borbulhadores, peneiras, termômetros digitais simples, etc. Tenho também um grain bag que acho prático para retirar os grãos. Haveria algum senão em usá-lo, ou é indiferente?

Vai ser uma IPA (talvez da WE), portanto vou seguir a tua dica de não mexer o mosto, apesar de provavelmente ficar um pouco tenso com isso, confesso, rs.
Ainda pretendo fazer um bom curso, mas seria abuso pedir ajuda ou seja, um resumo, um passo-a-passo "simples" de sugestão do processo a ser seguido para essa leva de IPA?

Se procurar provavelmente ache uma "receita" (que até recebi da própria WE, só achei o passo-a-passo meio técnico pro meu bico) para isso mas o teu texto é muito explicativo apesar de ser direto e simples, o que torna tudo mais claro e relativamente fácil pra um iniciante como eu. Espero que essa ajuda não esteja sendo pedida no tópico inadequado, caso esteja fazendo isso, favor redirecioná-lo ou indicar o correto. Pensei em postá-lo na parte de Receitas mas queria citar o teu texto.

Saudações cervejeiras.
:mug:
Se tu for usar um filtro, qualquer um, não faz sentido usar o Bag. Se usar o bag, teu filtro vai ser ele, e não o filtro da panela.

Sobre o passo a passo, cara, eu poderia fazer isso, mas não o farei. Sabes por quê? Se eu fizer, estou te dando o peixe, e não te ensinando a pescar.

Esse "passo a passo" que tu estás pedindo precisa estar CLARO dentro da tua cabeça antes de começar. Se eu escrever um passo a passo, acredite, tu vais aprender 10% do que eu te disser. Sei disso porque já fiz antes, e os caras seguem me perguntando a mesma coisa semana após semana.

Ou seja, que parte do processo tu não entendeu ainda?

De repente, vai criando tópicos separados para cada uma das dúvidas.

Abraço,
 
Pessoal, gostaria de algumas sugestões com o sparge no meu processo, acredito que este seja o tópico mais adequado.

Por enquanto ainda não usei grãos, mas a próxima vai ser um partial mash usando BIAB, e meu equipamento é uma panela e um galão de água pra fermentar...

O sparging realizo com água a 76-78°C despejando sobre o "bolo" lentamente e esperando secar novamente para próxima adição.

Então a ideia é fazer o sparge parecido com o do fabriciogehrke. Faço o mash na grain bag dentro da panela, aí levanto a bag em coloco em um "suporte" (peneira, escorredor de massa, whatever) e faço sparge jogando água em cima da bag, de volta pra panela. Essa panela já vai pra fervura e daí pro fermentador.

Alguma dica com o sparge? Se for despejando água a 75oC na bag até dar o volume de fervura está ok ou devo limitar a água do sparge? Lembrando que é partial mash e vai ter muita água pra pouco grão. Tenho medo dos tais taninos...

Inclusive tenho medo deles (taninos) ainda no mash, já que vai ter pouco malte base (vou adicionar DME na fervura) e bastante caramelo/tostado (é uma porter), não sei como vai ficar o pH... mas aí já é outra história.

Valeu!
 
Pessoal, gostaria de algumas sugestões com o sparge no meu processo, acredito que este seja o tópico mais adequado.

Por enquanto ainda não usei grãos, mas a próxima vai ser um partial mash usando BIAB, e meu equipamento é uma panela e um galão de água pra fermentar...



Então a ideia é fazer o sparge parecido com o do fabriciogehrke. Faço o mash na grain bag dentro da panela, aí levanto a bag em coloco em um "suporte" (peneira, escorredor de massa, whatever) e faço sparge jogando água em cima da bag, de volta pra panela. Essa panela já vai pra fervura e daí pro fermentador.

Alguma dica com o sparge? Se for despejando água a 75oC na bag até dar o volume de fervura está ok ou devo limitar a água do sparge? Lembrando que é partial mash e vai ter muita água pra pouco grão. Tenho medo dos tais taninos...

Inclusive tenho medo deles (taninos) ainda no mash, já que vai ter pouco malte base (vou adicionar DME na fervura) e bastante caramelo/tostado (é uma porter), não sei como vai ficar o pH... mas aí já é outra história.

Valeu!

Cara, a maioria dos usuários de BIAB faz batch sparge ou nem sequer faz lavagem. Já que vc vai fazer partial mash e tá com medo de taninos, pode adicionar os grãos torrados no final da mosturação... É dificil predizer o comportamento do pH na lavagem sem ter conhecimento da composição dá água.

Vc pode tambem ir medindo a densidade da sua lavagem, o John palmer recomenda não lavar abaixo de ... 1.012?
 
Então Tiago, vou usar água mineiral, 23mg/L de bicarbonato, calcio+magnesio<5mg/L (não sei se tem alguma outra informação importante pro pH)

A minha próxima compra vai incluir fitas de medir pH e densímetro. Por enquanto está bem rudimentar, mas com certeza vou aproveitar as recomendações! O John Palmer fala em parar o sparge antes de chegar na gravidade de 1.008, e não usar água acima de 76oC. Inclusive ele fala em limitar a água do sparge a 1.5x o volume de água usado no mash, mas pelo que entendo isso seria pra um mash normal com bastante malte base, imagino que o meu vai ser bem mais ácido... não encontrei recomendação sobre o que fazer com uma proporção tão grande de maltes especiais... Vou fazer isso de colocar os especiais no final então! Sugestão de tempo?

Valeu, abraço!
 
Valtert, tbm uso água mineral mas ao comprar sempre procuro águas com PH próximo à 5.2.
Procure no rótulo que sempre tem o PH da água.
 
Então Tiago, vou usar água mineiral, 23mg/L de bicarbonato, calcio+magnesio<5mg/L (não sei se tem alguma outra informação importante pro pH)

A minha próxima compra vai incluir fitas de medir pH e densímetro. Por enquanto está bem rudimentar, mas com certeza vou aproveitar as recomendações! O John Palmer fala em parar o sparge antes de chegar na gravidade de 1.008, e não usar água acima de 76oC. Inclusive ele fala em limitar a água do sparge a 1.5x o volume de água usado no mash, mas pelo que entendo isso seria pra um mash normal com bastante malte base, imagino que o meu vai ser bem mais ácido... não encontrei recomendação sobre o que fazer com uma proporção tão grande de maltes especiais... Vou fazer isso de colocar os especiais no final então! Sugestão de tempo?

Valeu, abraço!

O pH da água inicial não é tão importante, porque os grão podem mudar drasticamente esse pH, o que mais importa são os sais. Mas eu não tenho muita experiência com ajuste de água pra te ajudar com isso.

Na verdade, sua mosturação ficaria menos ácida dessa forma e não mais, porque os grãos acidificam o mosto.

Mas eu não vejo muito sentido na sua preocupação, pq se vc vai fazer um partial mash, pq não trata ele como uma mini-mosturação mesmo? Usa a proporção padrão de 3L de água por quilo de malte, se vc usar uma relação muito maior pode ter problemas até de conversão dos amidos. Depois, faça uma lavagem de acordo como essa que vc citou do Palmer. Assim, será pouco provável que vc terá qualquer problema com química da água e taninos!

Se vc quiser fazer infusão tardia dos maltes caramelo/torrado faça por uns 15 minutos pelos 76ºC, não precisa mais que isso...

Abraço
 
Valtert, tbm uso água mineral mas ao comprar sempre procuro águas com PH próximo à 5.2.
Procure no rótulo que sempre tem o PH da água.
Cara, se tu encontrar água ao natural com pH de 5.2... desconfie... porque que eu saiba nem é permitido. Se não me engano, o pH mínimo permitido de qualquer água é de 7 ou algo do tipo.

Abraço,
 
Muito obrigado pelas dicas Tiago e VictorCoelho!

Estou tratando (ou tentando tratar) como uma mosturação normal, até pra ir pegando o jeito, por isso as preocupações "exageradas" e insistência em não pular nenhum passo :)

A preocupação com a acidez veio por que vai ter muito malte tostado pra pouco malte base, então vou adicionar no fim como você sugeriu!

Essa brincadeira vai ser amanhã, depois eu mando notícias.

Valeu!
 
Cara, se tu encontrar água ao natural com pH de 5.2... desconfie... porque que eu saiba nem é permitido. Se não me engano, o pH mínimo permitido de qualquer água é de 7 ou algo do tipo.

Abraço,

Hmmmm.....estranho isso...medirei o ph.
 
Cara, se tu encontrar água ao natural com pH de 5.2... desconfie... porque que eu saiba nem é permitido. Se não me engano, o pH mínimo permitido de qualquer água é de 7 ou algo do tipo.

Abraço,

Oi Guenther,

Eu achei estranho isso que tu disse, porque já comprei água mineral em garrafinha que tinha pH abaixo de 6 até. Só que não é muito comum, porque tá na "moda" beber agua alcalina, em algum lugar deve ter saído que é mais saudável...

Então botei no google e encontrei um artigo que cita o seguinte: "De acordo com a legislação vigente, o pH das águas minerais pode variar de 4,0 a 9,0 (BRASIL, 2000)"

http://wp.ufpel.edu.br/rhima/files/2010/09/EN_00731-Ane.pdf

Abraço!
 
Cara, se tu encontrar água ao natural com pH de 5.2... desconfie... porque que eu saiba nem é permitido. Se não me engano, o pH mínimo permitido de qualquer água é de 7 ou algo do tipo.

Abraço,

Guenther,
Deve haver algum engano.
Fui verificar o rótulo e conferir o ph.
O ph bate com o rótulo que diz: ph à 25°C 5.31.
Após uma rápida busca na net encontrei várias outras marcas com ph 5.2, 5.3, etc.
uploadfromtaptalk1405096007353.jpg
 
Cara, que loucura isso.... vai ver essa "regra", digamos assim, vale somente pra água da rede. Vamos ver se alguém tem algum parecer mais definitivo.

O fato é que pouco tempo atrás eu li, não tenho certeza se foi no livro Water, do Palmer, que se o pH normal de alguma água for na faixa dos 5, é bom desconfiar pois isso pode ser indicativo de solo contaminado por bactérias e consequente geração de ácidos.
 
Cara, isso é algo que ouvi diversas vezes, mas nunca fui pesquisar pra ver lei, nem nada. Há poucos dias dei curso pra um cara que é especialista nisso, e ele me falou o mesmo.

Fui dar uma pesquisada rápida agora, e achei essas duas coisas.. ambas falando em pH > que 6, de 2007 e 2011.

http://site.sabesp.com.br/uploads/file/asabesp_doctos/kit_arsesp_portaria2914.pdf

http://dre.pt/pdf1s/2007/08/16400/0574705765.pdf

Acho esta dúvida muito pertinente e conveniente que se esclareça este assunto ao max.

Bem....

Guenther,
esta é primeira vz que ouço falar em ph min de 6.0.
No primeiro link, Sabesp, o que está escrito é apenas uma recomendação para tratamento de águas de rede.
§ 1º - Recomenda-se que, no sistema de distribuição, o pH da água seja mantido na
faixa de 6,0 a 9,5.
Já o segundo link é do Diário da República Eletronico de Portugal e tbm trata da rede de distibuição e não água mineral.
Sinceramente não acredito que várias companhias de água mineral coloquem no mercado águas fora do padrão deixando isto claro no rótulo.
Acredito sim que muitas coloquem dados em rótulos que não condizem com o conteúdo, mas acreditar q a própria descrição do rótulo esteja fora das especs legais, é acreditar que até os mais desonestos que burlam a legislação, são honestos bastante pra especificar isto no rótulo....hehehe

O link que o Tiago postou é da Universidade Federal de Pelotas e tendo como respaldo normas e regulamentações da ANVISA e o DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) do Governo Brasileiro.

Sempre procurei águas minerais com ph perto de 5.2 e sempre encontrei sem maiores dificuldades.
 
...
O fato é que pouco tempo atrás eu li, não tenho certeza se foi no livro Water, do Palmer, que se o pH normal de alguma água for na faixa dos 5, é bom desconfiar pois isso pode ser indicativo de solo contaminado por bactérias e consequente geração de ácidos.

Tbm acredito que tal afirmação seja relacionada à rede de distribuição de água e não água mineral.

Por curiosidade fui checar o PH da água Perrier, água francesa e uma das mais famosas do mundo e exportada para o mundo todo inclusive Brasil.
E para minha surpresa o PH da água Perrier é de 5.46. (boa pra fazer cerveja!...hehe)

É claro para mim que ph na faixa dos 5 não é em hipotese alguma, sinal de qualquer contaminação em se tratando de águas minerais.
E que PH maior que 6 é apenas uma recomendação para a água da rede pública.
 
Opa, buenas!

Parece que o tópico deu uma desvirtuada no assunto.... mas... falando sobre água... achei uma tabela das principais fontes aqui do RS (desculpe resto do BR:drunk:). Está aí anexada... e indica que duas fontes daqui tem ph abaixo de 6! :rockin:
 

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Bem interessante isso pessoal, vamos ver se alguém consegue achar algum parecer definitivo sobre isso... porque eu já ouvi um monte de gente me comentando isso.... que "água da rede não pode ter pH baixo".

E cara, meu espanto em relação a água mineral é que simplesmente eu nunca tinha visto nenhuma com pH tão baixo. No entanto, é bom salientar que eu não uso água mineral.. então talvez seja por isso, falta de amostragem.
 
Olá Guenther!
Minha informação é que a recomendação para que a água da rede pública seja maior que 6 de ph é para evitar maior corrosão nos encanamentos.
Nem de longe me considero cervejeiro, mas a praticidade na utilização de água mineral é grande, não só por encontrarmos águas com ph baixo mas tbm pela abrigatoriedade de estar no rótulo a composição química, o que facilita muito qualquer correção.
Além claro de ser barato.
 
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