Problemas com acidez em cerveja de trigo

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andrecelarino

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May 23, 2014
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Como vão todos?

Estou tendo problemas com minhas cervejas de trigo. Da última vez fiz uma leva teste de 5l. 0,6kg de malte de trigo e 0,8kg de malte pilsen, usei o fermento bavarian wheat da mangrove jacks. Neste meu setup uso um isopor onde coloco o balde fermentador com o sensor grudado na parede e ligo uma lampada ao controlador, uso umas duas garrafas de água congeladas para jogar a temperatura pra baixo, quando baixa muito o termostato liga a lâmpada e aquece até a temperatura que quero, com histerese de 0,2 graus.

Fermentei essa weiss a 20 graus. Quando atenuou até o fim (1012) fui aumentando até 24, e deixei dois dias nessa temperatura, Cold crash a 6 graus e depois envase com 3 volumes de CO2, descontando o volume residual de Co2 na cerveja com base na temperatura de 24 graus.

Ficou com uma acidez absurda, pouco ou nada parecida com uma weiss, bem fraca na realidade. Além disso, a carbonatação também não ficou legal, muita bolha subindo, parece uma água tônica. É um estilo que em 2 anos de homebrew não consigo acertar!

Alguém já passou pelos mesmos problemas e sabe como contorná-los?

Abraços a todos.
 
Fiz a exatamente a mesma receita de weiss duas vezes, na primeira com fermentação a temperatura ambiente (sem controle, acredito que tenha ficado por volta de 22, 23ºC), na segunda fermentação primária a 18ºC, levedura WB-06. A primeira ficou extremamente acida, quase intragavel, já a segunda ficou excelente. Essa diferença na temperatura fez toda a diferença.
Aliás, essa primeira receita foi o motivo de eu decidir investir em uma geladeira com termostato para as fermentações.
 
Acredito que seu controle de tempertura funcione, pois já usei e ainda uso (e sei que não estou sozinho nessa) caixa térmica com gelo e termostato quando o freezer tá ocupado fermentando outra coisa.

Acreditem ou não, não há tanta diferença. Já testei lotes divididos, contanto que a temperatura fique fixa, o resultado é o mesmo.

Sobre a acidez, supondo que você faz o pitch rate correto e mantém a faixa de temperatura com pouca ou nenhuma variação, eu olharia o ph do mash.

Abraços,
 
Então, quanto ao pitch rate creio que tenha sido ok, para 5L, usei um pacote de m20 e depois coletei porque pretendo usar novamente.

A variação também creio que tenha sido pouca, quando troco as garrafas congeladas, que são no máximo 2, a temperatura cai uns 0.5 graus do que estava, mas rapidamente a lâmpada aquece e chega à temperatura alvo, que no caso foi 20 graus.

Uma coisa a se pensar talvez seria o pH da água mesmo, que nunca medi. No entanto, fiz uma brown ale no mesmo setup e depois de umas duas semanas a cerveja ficou bem boa, a maioria dos defeitos, pelo menos aqueles que consigo identificar sumiram com a maturação na garrafa. Vou deixá-las na geladeira por algum tempo e depois volto a tomar pra ver no que deu.

Também tenho sérias desconfianças quanto ao fermento seco, não em relação à qualidade inicial deles, mas sim no tempo que demora desde a fabricação até o uso, talvez haja uma perda não de quantidade de células mas na eficiência do fermento que justifique fazer um mínimo starter.
 
Também tenho sérias desconfianças quanto ao fermento seco, não em relação à qualidade inicial deles, mas sim no tempo que demora desde a fabricação até o uso, talvez haja uma perda não de quantidade de células mas na eficiência do fermento que justifique fazer um mínimo starter.

WB06 deixa um carater mais ácido que muitos usuários do fórum odeiam.
O M20, nunca percebi nada nas 4 levas que fiz com ele. Todas muito boas.

REcomendo hidratar o fermento seco antes de utilizar (há um tópico sobre isso), mas eu olharia de perto o PH da mosturação antes de tirar outras conclusões.

Abraços,
 
Hidratei o fermento antes de inocular também.

Talvez seja o pH do mosto mesmo. A temperatura não consigo enxergar relação.

Vou refazer a receita e ver se muda algo.
 
Álcool Superior e gosto azedo?

Não tem relação.

Gosto azedo nao, falei besteira, é acido que quis dizer.
É bem provavel que seja acetaldeído.
Pode ser por 3 motivos: Temp de fermentação, cerveja muito nova/jovem ou bacteria.
Como ele disse que fermentou a 20-22 graus, chuto que pode ser a temp.
 
Quanto à temperatura de fermentação estou no fim da primária em uma weiss à temperatura de 17 graus, de acordo com o que foi discutido no tópico http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=406404 .
Até o momento posso dizer que há uma diferença brutal em relação a todas as outras Weiss que fiz, embora não tenham sido muitas. O aroma e o sabor estão muuuuito melhores. Umas das vezes que fiz de trigo ficou mais ácida, não considerei estragada. Nunca consegui fazer uma weiss que me satisfizesse, não ficaram ruins mas sempre achei que faltou alguma coisa, estou bastante esperançoso nessa leva que estou fermentando. Utilizo o Wb-06, a próxima vez vou testar o M20.
 
Azedo e acidez descrevem o mesmo fenômeno, acetaldeído não deveria ter sabor ácido/azedo.

A percepção de acidez está relacionada a acidos sempre, pelo menos nunca vi ninguem relacionar a outra coisa, mesmo quando se relaciona a carbonatação demais, ainda assim seria ácido (carbônico).

Esse descritor é recorrente em Weiss, principalmente as fermentadas com WB-06, já percebi essa característica em algumas Weiss e realmente se trata de uma leve acidez, porém não é lática, nem acética. Talvez não seja extravagante teorizar que cepas de levedura de trigo tenham alguma tendência a liberar algum intermediário ácido durante o metabolismo, quando a fermentação é feita em condições precárias (pitching rate inadequado, temperatura muito elevada, falta de nutriente, etc etc), poderia ser um off-flavor característico. Até hoje eu pensei que isso era comum apenas com o WB-06.

Abraço
 
Talvez não seja extravagante teorizar que cepas de levedura de trigo tenham alguma tendência a liberar algum intermediário ácido durante o metabolismo, quando a fermentação é feita em condições precárias (pitching rate inadequado, temperatura muito elevada, falta de nutriente, etc etc)
Abraço

Já fiz alguns testes (5 weiss com a mesma geração de m20, 2 com Bio4 HeffeWeizen, levas de 5 litros, extrato + trigo maltado e malte pilsen + trigo maltado, mosturação única com controle de temperatura) e percebi mudanças no perfil fenólico, como esperato, mas nenhuma acidez evidente à 21ºC, que foi a faixa mais alta do meu teste.

Ou seja, acredito nessa possível teorização, mas acho que seja uma soma de duas ou mais variáveis, e não apenas a temperatura ou apenas o pitch rate.

Meus dois centavos.
 
Já fiz alguns testes (5 weiss com a mesma geração de m20, 2 com Bio4 HeffeWeizen, levas de 5 litros, extrato + trigo maltado e malte pilsen + trigo maltado, mosturação única com controle de temperatura) e percebi mudanças no perfil fenólico, como esperato, mas nenhuma acidez evidente à 21ºC, que foi a faixa mais alta do meu teste.

Ou seja, acredito nessa possível teorização, mas acho que seja uma soma de duas ou mais variáveis, e não apenas a temperatura ou apenas o pitch rate.

Meus dois centavos.

Sem dúvidas... só estava pensando alto numa explicação lógica pra algo que realmente existe, mas que até antes eu achava que era uma característica própria do WB-06 apenas.... o que não dá pra dizer que não seja também e que a percepção relatada aqui no tópico com esse outro fermento não seja realmente a mesma coisa que estamos acostumados a expressar como 'a acidez do wb-06'... é um mistério.
 
Sem dúvidas... só estava pensando alto numa explicação lógica pra algo que realmente existe, mas que até antes eu achava que era uma característica própria do WB-06 apenas.... o que não dá pra dizer que não seja também e que a percepção relatada aqui no tópico com esse outro fermento não seja realmente a mesma coisa que estamos acostumados a expressar como 'a acidez do wb-06'... é um mistério.

Complicado isolar essas percepções, sensações e expectativas através de relatos pela internet, mas até o momento, eu fico pé atrás com tudo isso, inclusive com indicações de melhor/pior faixa de temperatura.

Sobre a acidez, acho que seria válido testar o M20 e o WB06 sob as mesmas condições e ver o que sai, porém, como todo teste desse tipo, os resultados estão atrelados as percepções e as paixões de quem executa.

Eu particularmente não pretendo testar mais nenhuma cepa para weiss, pois não sou fã do estilo (faço pros familiares) e estou contente com o desempenho do Bio4 Heffe na rampa padrão (pra mim, é claro) de 18 à 24 subindo 1ºC/dia a partir do primeiro dia.
 
Minha primeira e unica weiss eu perdi inteira, usei o wb06, desconfio de acetobacter tambem, mas na epoca ja vi comentarios que M20 seria o ideal, e que ja houve problemas com o wb06.
 
Minha primeira e unica weiss eu perdi inteira, usei o wb06, desconfio de acetobacter tambem, mas na epoca ja vi comentarios que M20 seria o ideal, e que ja houve problemas com o wb06.

O que pode ser dito como problema é apenas o próprio perfil de fermentação dele, mas não é um problema de fato, é uma questão de gosto pessoal. Com certeza ele não produz ácido acetico e não vem com acetobacter junto, os fermentos da fermentis são bem limpos, a contaminação deve ter vindo do seu equipamento ou ambiente.

Abraço
 
Vejam que interessante... eu já devo ter feito umas 15 levas de Weiss com WB-06 até hoje, e nunca notei acidez.

Na minha opinião há casos onde se confunde o perfil fenólico e esterificado do WB-06 com azedo/acidez.

Abraço,
 
Como vão todos?

Estou tendo problemas com minhas cervejas de trigo. Da última vez fiz uma leva teste de 5l. 0,6kg de malte de trigo e 0,8kg de malte pilsen, usei o fermento bavarian wheat da mangrove jacks. Neste meu setup uso um isopor onde coloco o balde fermentador com o sensor grudado na parede e ligo uma lampada ao controlador, uso umas duas garrafas de água congeladas para jogar a temperatura pra baixo, quando baixa muito o termostato liga a lâmpada e aquece até a temperatura que quero, com histerese de 0,2 graus.

Fermentei essa weiss a 20 graus. Quando atenuou até o fim (1012) fui aumentando até 24, e deixei dois dias nessa temperatura, Cold crash a 6 graus e depois envase com 3 volumes de CO2, descontando o volume residual de Co2 na cerveja com base na temperatura de 24 graus.

Ficou com uma acidez absurda, pouco ou nada parecida com uma weiss, bem fraca na realidade. Além disso, a carbonatação também não ficou legal, muita bolha subindo, parece uma água tônica. É um estilo que em 2 anos de homebrew não consigo acertar!

Alguém já passou pelos mesmos problemas e sabe como contorná-los?

Abraços a todos.

Não que isso esteja diretamente relacionado a seu problema,mas uma weiss é no mínimo 50% de trigo.
 
Como os maltes claros não baixam tanto o PH da mostura quanto os maltes mais escuros e seu grist se resume a maltes pilsen e trigo, você pode estar mosturando com um PH levemente acima do recomendado. Caso isso seja verdade e você ainda esteja lavando demais os grãos (oversparge) ou mesmo utilizando água em temperatura muito alta (acima de 78C), pode facilmente estar causando extração indesejada de taninos, o que resulta em um sabor adstringente. Pensei então na possibilidade de você estar confundindo acidez com adstringência...

Você já mediu o PH da sua água cervejeira? Como você faz a lavagem dos grãos?

Nesse tópico [1] o @Tiago recomenda a utilização de malte acidificado em cervejas que levam apenas maltes claros justamente pra dar uma leve diminuída no PH da mostura.

[1] http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=405478
 
Alemonez, acho que é uma boa possibilidade.

Nessa brassagem uso batch sparge, pode ser que de alguma forma lavei de mais os grãos, e isso pode de fato ter ocorrido pois minha densidade pré-fervura deu um pouco abaixo do esperado, algo que não acontece nesse setup. Meu setup original para 20L fica em Ribeirão Preto e nunca tive esse tipo de problema em cervejas que faço com a água de lá, nesse setup de 5L faço em Campinas, talvez a água daqui tenha uma condição de pH diferente, precisaria medir mesmo.

Abraço
 
Interessante, nunca tinha visto ou me atentado ao fato de precisar ter 50%.... não dá pra entender, mas é interessante.
 
Interessante, nunca tinha visto ou me atentado ao fato de precisar ter 50%.... não dá pra entender, mas é interessante.
O texto diz que essa é uma lei alemã, ou seja, é uma questão apenas de normas específicas, no mesmo texto ele diz que essa lei alemã não tem nenhuma relevância na América do Norte.
Tudo relativo, aqui no Brasil a lei diz que a cerveja sem pasteurizar se chama Chopp sendo que chopp é uma palavra que designa uma medida de volume apenas.
 
O texto diz que essa é uma lei alemã, ou seja, é uma questão apenas de normas específicas, no mesmo texto ele diz que essa lei alemã não tem nenhuma relevância na América do Norte.
Tudo relativo, aqui no Brasil a lei diz que a cerveja sem pasteurizar se chama Chopp sendo que chopp é uma palavra que designa uma medida de volume apenas.

Não é uma simples lei alemã,é a lei de pureza alemã que existe há uns 500 anos e moldou o jeito como é feito cerveja na Alemanha.Ademais,a questão de ter no mínimo 50% trigo,ao meu ver,tem a ver com a qualidade da cerveja.Eu já provei algumas weiss com mais cevada que trigo,e minha impressão é que a cerveja perde aquela textura cremosa típica de uma boa weiss,proveniente,provavelmente das proteínas do trigo.
 
Boa noite amigo,
Estou com o mesmo problema... E com o mesmo fermento...
Mas no meu caso tenho certeza que estou encarando minha primeira contaminação pois fermentei em dois baldes diferentes e o fato só ocorreu em um... Agora a dúvida... Meto acerola e faço uma sur WEISS acerola?...
 
Não é uma simples lei alemã,é a lei de pureza alemã que existe há uns 500 anos e moldou o jeito como é feito cerveja na Alemanha.Ademais,a questão de ter no mínimo 50% trigo,ao meu ver,tem a ver com a qualidade da cerveja.Eu já provei algumas weiss com mais cevada que trigo,e minha impressão é que a cerveja perde aquela textura cremosa típica de uma boa weiss,proveniente,provavelmente das proteínas do trigo.
Perai.... Lei da Pureza é uma coisa, essa lei da Weiss é outra.

Abraço,
 
Nao eh nao. A lei de pureza alema tem uma parte q fala so da weiss.
Sou leigo na lei da pureza mas pesquisando um pouquinho vi que a lei original de 500 anos atrás determinava quais os ingredientes deveriam ser utilizados, não fixava percentuais, e o malte tinha que ser de cevada, a intenção era justamente restringir a utilização de outros cereais que estavam em falta na época como o trigo e o centeio.
Fonte: http://www.comofazercerveja.com.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=10
 
Last edited:
Texto da lei da pureza:
"Proclamamos com este decreto, por Autoridade de nossa Província, que no Ducado da Baviera, bem como no país, nas cidades e nos mercados, as seguintes regras se aplicam à venda da cerveja:
Do dia de São Miguel (29 de Setembro) ao dia de São Jorge (23 de abril), o preço para um Litro ou um Copo, não pode exceder o valor de Munique do pfennig.
Do dia de São Jorge (23 de Abril) ao dia de São Miguel (29 de setembro), o litro [nota: uma unidade equivalente ao atual litro] não será vendido por mais de dois pfennig do mesmo valor, e o copo não mais de três Heller (Heller geralmente é meio pfennig).
Se isto não for cumprido, a punição indicada abaixo será administrada.
Se todo cervejeiro tiver outra cerveja, que não a cerveja do verão, não deve vendê-la por mais de um pfennig por Litro.
Além disso, nós desejamos enfatizar que no futuro em todas as cidades, nos mercados e no país, os únicos ingredientes usados para fabricação da cerveja devem ser lúpulo, malte e água.
Qualquer um que negligenciar, desrespeitar ou transgredir estas determinações, será punido pelas autoridades da corte que confiscarão tais barris de cerveja, sem falha.
Se, entretanto, um comerciante no país, na cidade ou nos mercados comprar dois ou três barris da cerveja (que contém 60 litros) para revendê-los ao vendedor comum, apenas para este será permitido acrescentar mais um Heller por copo, do que o mencionado acima. Além disso, deverá acrescentar um imposto e aumentos subsequentes ao preço da cevada (considerando também que os tempos da colheita diferem, devido à localização das plantações).
Nós, o Ducado da Baviera, teremos o direito de fazer apreensões para o bem de todos os interessados.
– Guilherme IV Duque da Baviera"
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Reinheitsgebot

"... um dos motivos que destrói o argumento de que a Reinheitsgebot seria uma regra para manter a "qualidade da cerveja" é a exclusão do trigo como ingrediente. Esse é um dos indicativos mais claros do contexto político e econômico que gerou a lei."
Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com/dois-...ot-lei-de-pureza-da-cerveja-alema-565400.html
 
Texto da lei da pureza:
"Proclamamos com este decreto, por Autoridade de nossa Província, que no Ducado da Baviera, bem como no país, nas cidades e nos mercados, as seguintes regras se aplicam à venda da cerveja:
Do dia de São Miguel (29 de Setembro) ao dia de São Jorge (23 de abril), o preço para um Litro ou um Copo, não pode exceder o valor de Munique do pfennig.
Do dia de São Jorge (23 de Abril) ao dia de São Miguel (29 de setembro), o litro [nota: uma unidade equivalente ao atual litro] não será vendido por mais de dois pfennig do mesmo valor, e o copo não mais de três Heller (Heller geralmente é meio pfennig).
Se isto não for cumprido, a punição indicada abaixo será administrada.
Se todo cervejeiro tiver outra cerveja, que não a cerveja do verão, não deve vendê-la por mais de um pfennig por Litro.
Além disso, nós desejamos enfatizar que no futuro em todas as cidades, nos mercados e no país, os únicos ingredientes usados para fabricação da cerveja devem ser lúpulo, malte e água.
Qualquer um que negligenciar, desrespeitar ou transgredir estas determinações, será punido pelas autoridades da corte que confiscarão tais barris de cerveja, sem falha.
Se, entretanto, um comerciante no país, na cidade ou nos mercados comprar dois ou três barris da cerveja (que contém 60 litros) para revendê-los ao vendedor comum, apenas para este será permitido acrescentar mais um Heller por copo, do que o mencionado acima. Além disso, deverá acrescentar um imposto e aumentos subsequentes ao preço da cevada (considerando também que os tempos da colheita diferem, devido à localização das plantações).
Nós, o Ducado da Baviera, teremos o direito de fazer apreensões para o bem de todos os interessados.
– Guilherme IV Duque da Baviera"
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Reinheitsgebot

"... um dos motivos que destrói o argumento de que a Reinheitsgebot seria uma regra para manter a "qualidade da cerveja" é a exclusão do trigo como ingrediente. Esse é um dos indicativos mais claros do contexto político e econômico que gerou a lei."
Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com/dois-...ot-lei-de-pureza-da-cerveja-alema-565400.html

Hoje a lei de pureza alemã é baseada no German Beer Institute. Essa lei eh a antiga, a do German beer Institute é a atualizada.
 
@Rins, eu só estava questionando a afirmação de que a lei da pureza, datada de mais de 500 anos, determinava que a cerveja pra ser considerada de trigo tinha que conter mais de 50% de trigo. Quanto à lei do German Institute o texto http://www.germanbeerinstitute.com/weissbier.html é claro, sem contar que o texto está publicado no site do instituto.
Minha intenção aqui é reafirmar que é relativa a afirmação, de acordo com tal lugar ou pessoa uma cerveja de trigo tem que ter mais de 50% mas de acordo com outro lugar ou outra pessoa isso não se aplica. Ponto final.
Quer um outro exemplo? Aqui na Brasil não se pode nem chamar de cerveja quando você utiliza derivado animal. Não sei se ainda está assim (já que a Ambev tem mais cacife) mas a Colorado descrevia no rótulo da Apia como "bebida alcoólica mista de cerveja e mel", algo assim.
 
@Rins, eu só estava questionando a afirmação de que a lei da pureza, datada de mais de 500 anos, determinava que a cerveja pra ser considerada de trigo tinha que conter mais de 50% de trigo. Quanto à lei do German Institute o texto http://www.germanbeerinstitute.com/weissbier.html é claro, sem contar que o texto está publicado no site do instituto.
Minha intenção aqui é reafirmar que é relativa a afirmação, de acordo com tal lugar ou pessoa uma cerveja de trigo tem que ter mais de 50% mas de acordo com outro lugar ou outra pessoa isso não se aplica. Ponto final.
Quer um outro exemplo? Aqui na Brasil não se pode nem chamar de cerveja quando você utiliza derivado animal. Não sei se ainda está assim (já que a Ambev tem mais cacife) mas a Colorado descrevia no rótulo da Apia como "bebida alcoólica mista de cerveja e mel", algo assim.

Me desculpe mas nao vejo relatividade nisso ou é ou nao é. Por exemplo, eu nao tenho como fazer uma American IPA com lupulo esloveno, e fermento americano, pode estar com os memos parametros mas nao é uma AIPA.
A mesma coisa uma Weiss. Vai ser uma cerveja de trigo mas nao uma Weissbier.

Entendo que padrões são para ajudar a manter um nivel alto do produto. A antiga lei de pureza alema era além de politica um padrão para manter o nivel do produto.
Relativizar as cervejas dessa maneira, comparando com o brasil, é loucura, então nao precisamos de BJCP nem nada. Cada um faz a sua, dá o nome que quiser e pronto acabou. Não é assim. Pilsen é Pilsen, Helles é Helles, e por aí vai.
Agora pegar uma cerveja, fazer mais ou menos parecido, e dizer que é aquele modelo, está errado, o que vc fez foi uma cerveja hibrida, que não tem um modelo fixo.
 
Me desculpe mas nao vejo relatividade nisso ou é ou nao é. Por exemplo, eu nao tenho como fazer uma American IPA com lupulo esloveno, e fermento americano, pode estar com os memos parametros mas nao é uma AIPA.
A mesma coisa uma Weiss. Vai ser uma cerveja de trigo mas nao uma Weissbier.

Entendo que padrões são para ajudar a manter um nivel alto do produto. A antiga lei de pureza alema era além de politica um padrão para manter o nivel do produto.
Relativizar as cervejas dessa maneira, comparando com o brasil, é loucura, então nao precisamos de BJCP nem nada. Cada um faz a sua, dá o nome que quiser e pronto acabou. Não é assim. Pilsen é Pilsen, Helles é Helles, e por aí vai.
Agora pegar uma cerveja, fazer mais ou menos parecido, e dizer que é aquele modelo, está errado, o que vc fez foi uma cerveja hibrida, que não tem um modelo fixo.
Se eu quiser fazer uma cerveja de acordo com o BJCP eu tenho que seguir o BJCP, não posso inventar uma receita que viole a norma e sair dizendo por aí que é de acordo com a BJCP.
Se eu quiser fazer uma cerveja com mais de 50% de trigo não posso sair por aí dizendo que está de acordo com a Lei da Pureza de 500 anos atrás porque NÃO ESTÁ!!!!
É só isso que estou querendo dizer. Quando for fazer uma afirmação, por favor cite a referência e NÃO DIGA que é uma lei universal e intransponível. Não tem esse papo de é ou não é mas sim ser de acordo com uma REFERÊNCIA, NORMA ou PADRÃO!!! Mesmo que essa referência seja você mesmo, se você tem costume de fazer cerveja weiss com 60% de trigo sempre e divulga isso então um dia eu vou poder dizer que @Rins faz cerveja weiss com 60% e não outro percentual!!
Agora se as normas precisam ou não existir não estou entrando nesse mérito da questão, quem sou eu pra desmerecê-las?
 
Se eu quiser fazer uma cerveja de acordo com o BJCP eu tenho que seguir o BJCP, não posso inventar uma receita que viole a norma e sair dizendo por aí que é de acordo com a BJCP.
Se eu quiser fazer uma cerveja com mais de 50% de trigo não posso sair por aí dizendo que está de acordo com a Lei da Pureza de 500 anos atrás porque NÃO ESTÁ!!!!
É só isso que estou querendo dizer. Quando for fazer uma afirmação, por favor cite a referência e NÃO DIGA que é uma lei universal e intransponível. Não tem esse papo de é ou não é mas sim ser de acordo com uma REFERÊNCIA, NORMA ou PADRÃO!!! Mesmo que essa referência seja você mesmo, se você tem costume de fazer cerveja weiss com 60% de trigo sempre e divulga isso então um dia eu vou poder dizer que @Rins faz cerveja weiss com 60% e não outro percentual!!
Agora se as normas precisam ou não existir não estou entrando nesse mérito da questão, quem sou eu pra desmerecê-las?

Mais uma vez. A lei de pureza alemã sofreu ajustes, hoje é a do German Beer Institute. Aliás o BJCP nas cervejas alemas se baseia nela (German Beer Institute).
Se vc quer sair por ai dizendo que fez uma Weiss autentica, vc deve sim seguir a lei de pureza alema (atual lei do German Beer Institute e do BJCP).

Se não, vc vai estar fazendo uma cerveja de trigo, mas não uma Weiss Autentica. Acho que agora me fiz claro.

E esquece lei de pureza de 500 anos. Hoje o padrão é German Beer Institute!
 
Mais uma vez. A lei de pureza alemã sofreu ajustes, hoje é a do German Beer Institute. Aliás o BJCP nas cervejas alemas se baseia nela (German Beer Institute).
Se vc quer sair por ai dizendo que fez uma Weiss autentica, vc deve sim seguir a lei de pureza alema (atual lei do German Beer Institute e do BJCP).

Se não, vc vai estar fazendo uma cerveja de trigo, mas não uma Weiss Autentica. Acho que agora me fiz claro.

E esquece lei de pureza de 500 anos. Hoje o padrão é German Beer Institute!
Então beleza, tá tudo certo, paz e amor rsrs vamos tomar umas pra descontrair...
Voltando ao tópico original eu queria fazer um adendo, eu disse que já fiz cerveja de trigo que ficou ácida mas foi aquela que azedou antes de ferver, então também posso afirmar que das poucas levas de trigo que fiz não percebi acidez com o WB-06. Estou no final da primária de uma agora e também não está ácida.
 
Mais uma vez. A lei de pureza alemã sofreu ajustes, hoje é a do German Beer Institute. Aliás o BJCP nas cervejas alemas se baseia nela (German Beer Institute).
Se vc quer sair por ai dizendo que fez uma Weiss autentica, vc deve sim seguir a lei de pureza alema (atual lei do German Beer Institute e do BJCP).

Se não, vc vai estar fazendo uma cerveja de trigo, mas não uma Weiss Autentica. Acho que agora me fiz claro.

E esquece lei de pureza de 500 anos. Hoje o padrão é German Beer Institute!

FYI

1. Reinheitsgebot não garante absolutamente nada em relação à qualidade.
2. Reinheitsgebot está revogada.

Absss
 
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