Primming x Temperatura

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LRossi

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Sep 3, 2014
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Bom dia,

Estou com uma dúvida no procedimento que vou fazer e nos resultados que ele pode gerar na minha cerveja. Ressalto que é minha primeira brassagem então estou trabalhando só com teorias e não tenho ainda prática nesse assunto.

Irei efetuar a maturação no balde a 2ºC por 15 dias, após isso farei o transvase para um balde sanitizado e vou acrescentar a mistura do açucar refinado (ou cristal) no balde. Li diversas teorias dizendo sobre após o envase manter as garrafas em temperatura ambiente e sobre mantê-las numa geladeira a 2-5ºC, aí que está minha dúvida, qual a real diferença das temperaturas pós envase para primming?

As calculadoras que encontramos na internet geralmente pedem a temperatura que as garrafas irão ficar e, quanto maior esta, maior a quantidade de açucar a ser adicionado, mas após ver vários relatos do pessoal ter tentado efetuar o primming em temp. ambiente e a cerveja ter ficado choca me deixou um pouco apreensivo.

E após o término do primming (caso seja feito em geladeira) posso retirar as garrafas da geladeira e armazená-las como uma cerveja comercial ou elas só devem ser retiradas da geladeira quando for efetivamente abrir e beber?

Obrigado pessoal !

Abs
 
O ideal é deixar as garrafas em temperatura ambiente pois entre 2ºC e 5ºC, o fermento não vai conseguir consumir o açúcar do primming pra carbonatar ela. A questão de adicionar mais açúcar quanto maior a temperatura é que quanto mais gelada a cerveja no balde, mais CO2 residual ela possui.

Eu sempre carbonatei minhas cervejas em temperatura ambiente e nunca tive problemas, seja com garrafas explosivas ou cervejas chocas. Acho que não tem necessidade em armazenar na geladeira após o envase. Deixa num canto e coloca na geladeira quando for beber, isso até pode ser melhor por evitar mudanças de temperatura.

Abraços!
 
Basicamente existem dois métodos para carbonatar a cerveja: carbonatação forçada e carbonatação natural. A carbonatação forçada consiste em injetar CO2 na cerveja utilizando um cilindro de CO2; Já na carbonatação natural, adicionamos certa quantidade de açúcar diretamente no balde ou individualmente em cada garrafa. A ideia aqui é dar um pouco mais de alimento para as leveduras, que já consumiram todos os açúcares disponíveis durante a fermentação. A levedura vai consumir esse açúcar que adicionamos na garrafa e vai gerar CO2 e álcool. Com a garrafa tampada, o CO2 vai, primeiramente ocupar o headspace da garrafa e depois se dissolver no líquido ... dando a carbonatação que esperamos.

Sabendo que as leveduras "adormecem" em baixas temperaturas, devemos manter as garrafas na temperatura de fermentação (geralmente 18-24C para ales) se desejamos que elas continuem seu trabalho... Se logo após o envase você colocar as garrafas na geladeira, a levedura não vai consumir o primming e sua cerveja vai ficar sem carbonatação.

Não existe uma fórmula exata para saber quantos dias irá levar para carbonatar (existem inúmeras variáveis em jogo aqui, como quantidade de fermento, viabilidade do mesmo, condições da fermentação, stress da levedura, etc.), mas de uma forma geral podemos dizer que a partir da segunda semana você pode abrir uma garrafa e verificar a carbonatação. Se já está boa, aguarde mais um ou dois dias e aí sim coloque as garrafas na geladeira.

Sobre o primming: como você está começando agora, sugiro que faça o primming de forma individual em cada garrafa (algo entre 6 e 7g de açúcar por litro serve para a maioria dos estilos). Digo isso porque é muito fácil errar o volume final de cerveja que você tem no fermentador. Exemplo: você fez uma receita para 20 litros e acredita que tem 20 litros dentro do fermentador, então calcula 7g/litro e adiciona 140g de primming. Ao final do envase, você conta a quantidade de garrafas e percebe que o volume envasado foi de 15 litros - e não 20, como era o esperado. Com isso você terá feito um primming de quase 10g/litro e, muito provavelmente, sua cerveja ficará mais carbonatada do que deveria.
 
Muito obrigado pela agilidade nas respostas, esclareceram perfeitamente o que eu precisava !!

Vou deixar carbonatando em temperatura de fermentação. Após pronta a carbonatação (vou medir com manômetro) eu devo colocá-las na geladeira por uns dias para interromper a atividade do fermento ou não há essa necessidade? Meu objetivo é conseguir deixar as garrafas em temp. ambiente por quanto tempo for para ir abrindo-a aos poucos, como o Guenther diz, fazer uma "poupança" da cerveja e experimentá-la nas mais diversas idades.

Abs
 
Muito obrigado pela agilidade nas respostas, esclareceram perfeitamente o que eu precisava !!

Vou deixar carbonatando em temperatura de fermentação. Após pronta a carbonatação (vou medir com manômetro) eu devo colocá-las na geladeira por uns dias para interromper a atividade do fermento ou não há essa necessidade? Meu objetivo é conseguir deixar as garrafas em temp. ambiente por quanto tempo for para ir abrindo-a aos poucos, como o Guenther diz, fazer uma "poupança" da cerveja e experimentá-la nas mais diversas idades.

Abs

Não há necessidade de interromper a carbonatação. É só não exagerar no açúcar e deixar carbonatar normalmente. Eu utilizo normalmente 5g por litro para cervejas de baixa carbonatação, 6 para média e 7 para alta. Nunca tive problemas, seja com garrafas explosivas ou cervejas chocas.

Uma coisa que eu recomendo é fazer marcações no balde de envase pra saber a quantidade exata que tu tem de cerveja e aí calcular corretamente, aí é só adicionar o primming e misturar bem. Eu utilizei uma jarra de um litro, a lanterna do iPhone e uma caneta de retroprojetor pra fazer as marcações. Simples e muito efetivo. :mug:

Abraços!
 
Não há necessidade de interromper a carbonatação. É só não exagerar no açúcar e deixar carbonatar normalmente. Eu utilizo normalmente 5g por litro para cervejas de baixa carbonatação, 6 para média e 7 para alta. Nunca tive problemas, seja com garrafas explosivas ou cervejas chocas.

Uma coisa que eu recomendo é fazer marcações no balde de envase pra saber a quantidade exata que tu tem de cerveja e aí calcular corretamente, aí é só adicionar o primming e misturar bem. Eu utilizei uma jarra de um litro, a lanterna do iPhone e uma caneta de retroprojetor pra fazer as marcações. Simples e muito efetivo. :mug:

Abraços!

Sim no meu balde eu fiz marcações de 15L até 20L indo de litro em litro já prevendo possíveis problemas hehe.

Então nesse caso eu faço o primming ideal para a litragem a ser envasada e deixo elas sempre em temperatura ambiente, só gelando para provar !

Obrigado pela força.

Abs
 
Sim no meu balde eu fiz marcações de 15L até 20L indo de litro em litro já prevendo possíveis problemas hehe.

Então nesse caso eu faço o primming ideal para a litragem a ser envasada e deixo elas sempre em temperatura ambiente, só gelando para provar !

Obrigado pela força.

Abs

Isso aí! Eu tenho uma daquelas garrafas com tampa "flip-top" que eu sempre coloco o resto do balde (que fica abaixo da torneira) e abro uns 7-10 dias depois de engarrafar pra ter uma ideia como anda o processo, aí sei quanto tempo ainda falta pra ficar ok.

Abraços!
 
Isso aí! Eu tenho uma daquelas garrafas com tampa "flip-top" que eu sempre coloco o resto do balde (que fica abaixo da torneira) e abro uns 7-10 dias depois de engarrafar pra ter uma ideia como anda o processo, aí sei quanto tempo ainda falta pra ficar ok.

Abraços!

Show, bela dica.

Muito obrigado pela ajuda mais uma vez !

Abs
 
Isso aí! Eu tenho uma daquelas garrafas com tampa "flip-top" que eu sempre coloco o resto do balde (que fica abaixo da torneira) e abro uns 7-10 dias depois de engarrafar pra ter uma ideia como anda o processo, aí sei quanto tempo ainda falta pra ficar ok.

Abraços!

Mas tu abre a garrafa, experimenta e fecha novamente? e o Co2 que escapa cada vez que abre?

eu tenho uma regra: não abrir antes de 10 dias!

...mas no sexto dia eu já abro uma de 300 ml pra experimentar, rsrs
 
O ideal é deixar as garrafas em temperatura ambiente pois entre 2ºC e 5ºC, o fermento não vai conseguir consumir o açúcar do primming pra carbonatar ela. A questão de adicionar mais açúcar quanto maior a temperatura é que quanto mais gelada a cerveja no balde, mais CO2 residual ela possui.

Eu sempre carbonatei minhas cervejas em temperatura ambiente e nunca tive problemas, seja com garrafas explosivas ou cervejas chocas. Acho que não tem necessidade em armazenar na geladeira após o envase. Deixa num canto e coloca na geladeira quando for beber, isso até pode ser melhor por evitar mudanças de temperatura.

Abraços!


Cara me diz uma coisa você diz temperatura ambiente, mas qual seria essa temperatura? de onde você é?

Abc
 
Na verdade, o ideal seria refermentar dentro da faixa de atuação do fermento. Mas, como a quantidade de fermentável é pequena e a influência na cerveja vai ser mínima, não precisa ser muito rigoroso.
 
Olha, eu acho desnecessário fazer priming na temperatura de fermetação.
O fermento não vai produzir características de fermentação nesse momento.

Da mesma forma que não faz diferença (nesse sentido) vc elevar a temperatura no final da fermentação pra 23ºC ou deixar em 18ºC ou da mesma forma que vc pode adicionar uma segunda cepa de fermento depois da primeira ter atuado, por motivos diversos, sem afetar o perfil de aromas da fermentação.

Só evitaria deixar esquentar demais... tipo alem dos 30, 30 e poucos graus. Dependendo da cerveja pode oxidar muito rapido ou perder o frescor.
 
Achei o tópico bastante esclarecedor mas ainda permaneci com uma dúvida e gostaria da ajuda de vocês.

Normalmente eu faço priming e mantenho as garrafas na mesma temperatura que foi fermentado no balde. Acompanho o final desse processo com a ajuda de um manômetro e quando a pressão para de subir eu coloco na geladeira, a uns 5 graus, para que o CO2 passe do headspace para o líquido (recomendação da loja onde comprei o manômetro).

O problema é que, com isso, minhas garrafas ficam nessa temperatura e sempre que eu vou transportar uma delas (para presentear um amigo, por exemplo) fico me perguntando se tirar da geladeira poderia deixá-la choca... Acaba que sempre transporto minhas garrafas numa sacola térmica com gelo (o que é extremamente incômodo ter que fazer isso todas as vezes).

Minha pergunta é: no final da fase de aumento de pressão, posso deixá-las em temperatura ambiente? Assim, posso transportá-las normalmente e só vão pra geladeira na hora de consumir.

Obrigado.
 
Achei o tópico bastante esclarecedor mas ainda permaneci com uma dúvida e gostaria da ajuda de vocês.

Normalmente eu faço priming e mantenho as garrafas na mesma temperatura que foi fermentado no balde. Acompanho o final desse processo com a ajuda de um manômetro e quando a pressão para de subir eu coloco na geladeira, a uns 5 graus, para que o CO2 passe do headspace para o líquido (recomendação da loja onde comprei o manômetro).

O problema é que, com isso, minhas garrafas ficam nessa temperatura e sempre que eu vou transportar uma delas (para presentear um amigo, por exemplo) fico me perguntando se tirar da geladeira poderia deixá-la choca... Acaba que sempre transporto minhas garrafas numa sacola térmica com gelo (o que é extremamente incômodo ter que fazer isso todas as vezes).

Minha pergunta é: no final da fase de aumento de pressão, posso deixá-las em temperatura ambiente? Assim, posso transportá-las normalmente e só vão pra geladeira na hora de consumir.

Obrigado.

Oi Bruno,

Primeiro gostaria de esclarecer que a recomendação da loja não é exatamente a melhor, é uma recomendação que considera o cervejeiro menos capaz de acertar o priming.

Eu digo isso porque na realidade, não é necessario colocar as garrafas na geladeira assim que a pressão atinge o desejado. Por que essa recomendação existe na verdade? nem é por causa da absorção do CO2 no líquido, mas pelo risco de super carbonatação. A supercarbonatação (que pode ocasionar explosão de garrafas) pode ocorrer por dois motivos: fermentação equivocada, que resultará em açucares residuais que não foram completamente fermentados na cerveja pronta ou priming equivocado, com quantidades acima do necessário. Se um desses ocorre, a supercarbonatação pode ocorrer, então por "segurança" muitos recomendam fazer de qualquer jeito, acompanhar pelo manômetro e colocar na geladeira pra travar o processo.

Se vc fermentar completamente a cerveja, de forma correta e adicionar a quantidade certa de açucar pro priming, esse tipo de coisa não vai acontecer. Seu manômetro vai atingir a pressão X desejada e vai ficar lá, "pra sempre" nessa pressão, não vai subir mais.

A questão da absorção do gás, existe uma relação de temperatura x pressão. Quanto maior a temperatura, maior será a pressão, num recipiente fechado como a garrafa, a temperatura não muita diferença em relação a quantidade de gás dissolvido. Fato é que uma cerveja qualquer no mercado está a temperatura ambiente e não está sem gás pro causa disso. Se vc abrir ela quente, o gás vai sair mais rápido sim, porque líquidos frios retém mais gás, mas a quantidade inicial será a mesma.

Finalmente, não tem necessidade de manter a cerveja refermentando na garrafa em temperatura de fermentação. A temperatura ambiente está OK, desde que não passe dos 35ºC.

Abraço
 
E uma pergunta que nunca achei uma resposta conclusiva: transferir para o priming ou fazer no balde que fermentou?

Abcs
 
Transferir.... é pratica comum descrita na maioria dos livros de homebrew.

Pra mim o negocio de priming no fermentador é uma novidade muito recente que surgiu aqui. Desaconselho fortemente...
 
Posso estar equivocado, mas me parece que essa questão que temos visto de fazer o primming sem transferir de balde foi uma má interpretação da galera mais nova sobre a recomendação de não se transferir a cerveja de balde pra maturação. Alguém em algum momento entendeu que não precisaria transferir nunca.

Transferir ora maturação não é necessário, apenas um trabalho e risco a mais. Mas o fermento do fundo tem que sair uma hora, não tem jeito. Que hora? Na hora de fazer o primming pra engarrafar.

Mesmo engarrafar direto do fermentador conico, que teoricamente teve todo fermento purgado pelo fundo, eu não recomendo (usei esse trambolho por 1 ano dos 3 que eu faço cerveja e foi meu pior ano, nunca mais) pois é bem mais complicado pra homogeneizar a solução de açúcar de forma satisfatória.

Abraços!
 
E uma pergunta que nunca achei uma resposta conclusiva: transferir para o priming ou fazer no balde que fermentou?

Abcs
Se for misturar o açúcar no balde que fermentou irá misturar o fermento que estava decantado, aí então terá que resfriar novamente e deixar decantar para depois envasar, acho mais trabalhoso isso. Antigamente eu transferia, misturava o açúcar e envasava, depois com o fermentador cônico tirava o fermento por baixo e misturava no fermentador mesmo o açúcar pra depois envasar.
 
Oi Bruno,

Primeiro gostaria de esclarecer que a recomendação da loja não é exatamente a melhor, é uma recomendação que considera o cervejeiro menos capaz de acertar o priming.

Eu digo isso porque na realidade, não é necessario colocar as garrafas na geladeira assim que a pressão atinge o desejado. Por que essa recomendação existe na verdade? nem é por causa da absorção do CO2 no líquido, mas pelo risco de super carbonatação. A supercarbonatação (que pode ocasionar explosão de garrafas) pode ocorrer por dois motivos: fermentação equivocada, que resultará em açucares residuais que não foram completamente fermentados na cerveja pronta ou priming equivocado, com quantidades acima do necessário. Se um desses ocorre, a supercarbonatação pode ocorrer, então por "segurança" muitos recomendam fazer de qualquer jeito, acompanhar pelo manômetro e colocar na geladeira pra travar o processo.

Se vc fermentar completamente a cerveja, de forma correta e adicionar a quantidade certa de açucar pro priming, esse tipo de coisa não vai acontecer. Seu manômetro vai atingir a pressão X desejada e vai ficar lá, "pra sempre" nessa pressão, não vai subir mais.

A questão da absorção do gás, existe uma relação de temperatura x pressão. Quanto maior a temperatura, maior será a pressão, num recipiente fechado como a garrafa, a temperatura não muita diferença em relação a quantidade de gás dissolvido. Fato é que uma cerveja qualquer no mercado está a temperatura ambiente e não está sem gás pro causa disso. Se vc abrir ela quente, o gás vai sair mais rápido sim, porque líquidos frios retém mais gás, mas a quantidade inicial será a mesma.

Finalmente, não tem necessidade de manter a cerveja refermentando na garrafa em temperatura de fermentação. A temperatura ambiente está OK, desde que não passe dos 35ºC.

Abraço


Mas pelo que entendi a recomendação da loja é de colocar na geladeira assim que parar de subir o manômetro, então já acabou a refermentação, neste caso manter na geladeira é uma boa prática de conservação, mas geralmente não se faz por dificuldades de espaço e transporte. Então se puder manter algumas suas na geladeira depois de refermentar está Ok, mas se manter em temperatura ambiente depois de engarrafar geralmente não deve ter nenhum problema também.
 
Mas pelo que entendi a recomendação da loja é de colocar na geladeira assim que parar de subir o manômetro, então já acabou a refermentação, neste caso manter na geladeira é uma boa prática de conservação, mas geralmente não se faz por dificuldades de espaço e transporte. Então se puder manter algumas suas na geladeira depois de refermentar está Ok, mas se manter em temperatura ambiente depois de engarrafar geralmente não deve ter nenhum problema também.

Tem razão, li rapidamente e interpretei errado.
Gelar a cerveja depois é boa prática pra grande maioria... de qualquer forma nao é absolutamente necessário.

Abraço
 
bom... só pra deixar um adendo aqui: fiz o primming com 7g/L e transferi todo o líquido pra panela (não tenho outro balde).

Lavei e sanitizei a panela antes de fazer a transferencia (usei uma mangueira até o fundo da panela pra oxigenar o mínimo possível).
Aproveitei que a cerveja estava gelada e coloquei um pouco no recipiente que usei pra fazer o primming. Aparentemente tudo certo. A cerveja estava bem clara e a lama tinha aquelas "bolinhas" como se fosse um local pra sair ar. Estava bem compacta.
 
Alguém me confirma se eu fiz o primming certo?

esqueci da calculadora do Brewer's Friend e não contei o gás carbônico solubilizado.

Usei 117g de açúcar. Corro algum risco?
 
Existe muito esse mito que se gelar a cerveja e voltar pra temperatura ambiente, ele fica "choca".
 
Alguém me confirma se eu fiz o primming certo?

esqueci da calculadora do Brewer's Friend e não contei o gás carbônico solubilizado.

Usei 117g de açúcar. Corro algum risco?


Se essas 117g deu 7g por litro não deve ter problemas se tua fermentação foi bem acabada.
 
Existe muito esse mito que se gelar a cerveja e voltar pra temperatura ambiente, ele fica "choca".

Mas não é somente um mito, digamos que seja um medo exagerado. Se fazer uma, duas vezes não tem problema. Agora por exemplo em bares onde ao fechar o bar todo dia eles desligam suas geladeiras, e elas passam por esse processo várias vezes acaba sim danificando a cerveja, as vezes ficando bem ruim mesmo. Isso acelera o envelhecimento, oxidação, a coagulação de proteínas, isso em cervejas comerciais principalmente que tem pouco corpo, se acontece isso ela parece uma água mesmo.
 
Sim, Fagner. Mas o termo "choca" normalmente vem da cerveja sem gás. Aumentar e baixar a temperatura não vai alterar a quantidade de CO2 na garrafa.
E eu não sabia que essa variação de temperatura acelerava o envelhecimento ou oxidação. Uma cerveja que ficou direto a 25 graus e outra que ficou a 5 graus durante o dia e a 25 graus durante a noite. Isso depois de um mês, qual oxidou mais? Acredito que a que ficou a 25 graus por mais tempo, não?
 
Sim, Fagner. Mas o termo "choca" normalmente vem da cerveja sem gás. Aumentar e baixar a temperatura não vai alterar a quantidade de CO2 na garrafa.
E eu não sabia que essa variação de temperatura acelerava o envelhecimento ou oxidação. Uma cerveja que ficou direto a 25 graus e outra que ficou a 5 graus durante o dia e a 25 graus durante a noite. Isso depois de um mês, qual oxidou mais? Acredito que a que ficou a 25 graus por mais tempo, não?

sobre o gás de choca não sei dizer certo. Mas o próprio termo choca é bem relativo também, porque não é um termo técnico exatamente. Tem gente que chama choca sem gás, mas se for leigo principalmente ele não sabe o que é sem gás, o que é sensação de corpo, só sente que a cerveja ta ruim e diz que ta choca. Agora eu imagino, tentando criar uma teoria aqui sem nenhum embasamento teórico que eu saiba agora, que pode ter uma relação com a retenção de gás após a abertura da cerveja, ele some rápido.

Sobre a comparação de uma sempre gelada com uma variando, a cerveja variando vai envelhecer mais rápido certamente. Agora uma sempre quente e uma variando eu não tenho certeza, mas também imagino que a sempre quente seja pior.
 
Pois é.. essa questão de choca é bem relativa mesmo.
Também não tenho nenhuma experiência nem estudo científico, mas pelo que já li e faz total sentido, quanto mais quente a cerveja, acelera as reações de envelhecimento e oxidação. Então o melhor seria sempre gelada, depois variando e por último sempre quente. Hehehehehehe

Alguém poderia esclarecer melhor qual o efeito da oscilação de temperatura na cerveja já carbonatada?
 
A questão da oxidação é puramente química...

O que ocorre com as variações mais intensas e rápidas de temperatura é que as pressões internas da garrafa ficam oscilando. A tampinha permite uma certa "respiração", então vai começar a haver pequenas trocas de gás. O oxigenio pode entrar e tende a oxidar a cerveja. O interessante é que mesmo com essa "micro-permeabilidade" a pressão não vai embora, então a cerveja não ficará sem gás.

Essa questão de trocas moleculares através da tampinha não é mito. Os estudos iniciais acredito que foram em cima da permeabilidade das rolhas nos vinhos. Isso ocorre com eles também e até certo ponto é desejável no envelhecimento. Nas garrafas de cerveja o que pode-se fazer é vedar a parte externa da região da tampa com cera quente, ainda que seja discutível a eficácia disso como proteção a longo prazo.

Enfim, o termo choca as vezes é usado pra indicar uma cerveja sem gás, mas pode significar cerveja velha, oxidada... são variações de significado de um termo popular apenas.
 
Caros, duas dúvidas para quem possa me ajudar, já li sobre fazer o priming com água, limao, acucar invertido, outros misturando acucar refinado direto na cerveja. Qual o melhor metodo? Outra duvida, após fazer o priming posso deixar as garrafas deitadas? Pergunto isto porque aqui em manaus é muito quente -+ 30°C e vou precisar coloca-las em temperatura controlada para carbonatar dentro do refrigerador.
 
O açúcar invertido vai fermentar mais rápido pois a sacarose é quebrada em frutose e glicose, que são cadeias menores e mais fáceis para o fermento metabolizar. Pra isso você deve ferver com água e limão, cerca de 10mL por Kg. Além disso elimina possíveis riscos de contaminação.

Deixar a garrafa deitado é complicado. Uma que o fermento vai se depositar na lateral. Mas o pior é a oxidação, pois vai ficar uma superfície bem maior de contato da cerveja com o ar. Poder deixar deitado até pode, mas tem esses probleminhas, aí vai do teu julgamento. Dependendo do estilo pode ser um grande problema ou não.
 
Sempre considerei açúcar invertido como açúcar fervido com água por mais de 20 min. Está errado? É necessário o limão?

Faço meu primming com a quantidade necessária de açúcar (uso o cristal) + 4x o peso em água filtrada. Assim q inicia a fervura, conto 20min, desligo e deixo tampado enquanto vou sanitizando as garrafas e arrumando a parafernalha toda. Assim ele não entra muito quente. Faço um whirlpool bem de leve e engarrafo.
 
Sempre considerei açúcar invertido como açúcar fervido com água por mais de 20 min. Está errado? É necessário o limão?

Faço meu primming com a quantidade necessária de açúcar (uso o cristal) + 4x o peso em água filtrada. Assim q inicia a fervura, conto 20min, desligo e deixo tampado enquanto vou sanitizando as garrafas e arrumando a parafernalha toda. Assim ele não entra muito quente. Faço um whirlpool bem de leve e engarrafo.

Não está errado, é isso mesmo. Ferver brevemente já "inverte" o açucar. O ácido só faz isso um pouco mais rápido.

Abraço
 
Galera, Tudo bom.
Fiz uma IPA e esta com 2,5 bar de pressão na temperatura de 20c ela foi carbonatada com primming devo locar todas na geladeira ?
 
Galera, Tudo bom.
Fiz uma IPA e esta com 2,5 bar de pressão na temperatura de 20c ela foi carbonatada com primming devo locar todas na geladeira ?

Cara, a pressão tá um pouco alta. Se chegar no limite do manômetro coloque na geladeira pras garrafas não explodirem.

Mas procure não utilizar esse recurso como uma técnica normal de atingir a pressão desejada via priming, porque cada vez que vc tirar da geladeira, vai continuar carbonatando. É bom ver por que está indo além do que vc queria, normalmente é calculo de priming incorreto ou fermentação incompleta que deixam açucares residuais na cerveja.

Abraço
 
Cara me diz uma coisa você diz temperatura ambiente, mas qual seria essa temperatura? de onde você é?

Abc
Para a temperatura do priming vc pode seguir dois caminhos. Ou vc deixa na temperatura ambiente, num lugar abrigado. Ou voce deixa na geladeira com o controle de temperatura na temperatura ideal da sua levedura. Acabo de colocar uma IPA com US-05 que fermentou a 18 graus e seguira essa temperatura no priming por duas semanas. Dai vou setar o termostato p levar a temperatura a 2 graus por poucos dias e depois beber a cerva
 
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