Eisenhower, boa tarde!
No caso que você apresentou, com certeza ocorreu algum problema no processo de brassagem ou com as leveduras. Não é normal acontecer uma paralisação/demora tão grande, principalmente com o US-05 e na temperatura de fermentação que você descreveu.
Primeiramente, na minha opinião, eu não tentaria corrigir esta brassagem. O ideal é rever todo o seu processo (temperatura de brassagem, temperatura de hidratação, temperatura de inoculação, sanitização, etc.). Os casos mais frequentes de fermentação arrastada é temperatura de brassagem incorreta (alta, deixando muitos açúcares não fermentáveis - dextrinas) e/ou erro com o fermento (ex.: inoculou em temperatura muito alta, matando grande parte das células viáveis).
Mas, caso a leva esteja de fato imbebível da forma que está e realmente queira tentar corrigir, sugeriria seguir alguns passos:
1. Elevar a temperatura para 24º ou até mais, junto com uma chacoalhada no balde. Aguardar alguns dias e ir medindo a densidade.
2. Caso o passo anterior não funcione, alguma das duas opções:
I. Adicionar nova levedura (indicaria um Saccharomyces cerevisiae var.
diastaticus, pois esta levedura produz enzima que quebra açúcares normalmente não fermentáveis, exemplos: Mangrove M29 - French Saison; Lallemand Belle Saison). Obs: a utilização destas leveduras poderá atribuir com alguma característica própria e teoricamente irá descer a FG até 1.000 - 1.003. e apesar de conseguirem 'comer' os açúcares não fermentáveis, a ação não é muito rápida, portanto você teria que ter paciência para esperar o tempo suficiente.
II. Adicionaria enzima glucoamilase (ex.:
https://www.emporiodolupulo.com.br/amg-300l.html) junto a mais fermento US-05. A enzima glucoamilase irá desempenhar a função de quebrar os açúcares não fermentáveis, deixando disponíveis para seu fermento. Também há a grande possibilidade de 'secar' o FG dependendo da atuação do US-05.
Talvez tenha me esquecido de algum outro método para resolver este tipo de situação, mas fica aí alguma dicas. Qualquer dúvida, estamos aí.
Att.,
Luis