Falta de retenção de espuma.

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rvitoria

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Dec 14, 2017
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Nobres colegas,

Gostaria de compartilhar com vocês duas imagens da minha segunda cerveja, para demonstrar o problema de retenção de espuma. Tive o mesmo problema na minha primeira produção, acreditei que havia exagerado no sanitizante (PAC 200), porém tive o mesmo problema similar nos dois lotes.

Ao despejar a cerveja percebo uma boa carbonatação, porém após pouco tempo (questão de 30 segundos), a espuma some por completo.

Uso o método BIAB, levas de 10l. Rampa simples, mosturação de 65 minutos, iniciando em 68ºC com queda de temperatura natural até 63ºC após 65 minutos. Elevei a temperatura para 76ºC por 10 minutos, e após isso fervura por 60 minutos.

Fermentação com temperatura controlada, iniciando em 17ºC po 4 dias, elevando para 22ºC por mais 6 dias, depois reduzindo para 2ºC por 7 dias, engarrafei e mantive em temperatura ambiente por 1 mês (esta da foto está com um mês na garrafa).

Realmente pensei em n variáveis, li vários topicos e não encontrei nenhum erro grave no processo que pudesse justificar este problema. Os ingredientes utilizados são novos.

Moí o malte bem fino para ter uma eficiência um pouco maior devido ao método BIAB permitir esta variação. Recirulei com bomba por 10 minutos enquanto a temperatura estava em 76ºC no pré-fervura.

A receita é de uma Red Ale. Foram utilizados os maltes Pilsen (70,7%), Carared (17,7%), Caramber (10,4%) e Carafa I (1,2%). O fermento foi o Nottingham, lupulos NB e Willamette. A água utilizada foi agua mineral, com pH 6,07.

Priming com 5,5g de açucar por litro, misturado no balde (primeiro a calda e depois a cerveja conforme recomendado no tópico especifico).

A OG foi 1.049 e FG 1.013.

Me ajudem a pensar em quais variáveis podem estar prejudicando a retenção de espuma da minha cerveja. Estou pensando em algo no processo, pois nos dois lotes a característica foi bem similar.

No vídeo o copo está gelado, porém foi um teste, com o copo em temperatura ambiente ocorre o mesmo fenomemo.
 

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quanto tempo de primming????? parece cerveja com menos de tres semanas engarrafada
 
como está o sabor? isso começou a acontecer nestes 3 lotes? anteriormente já conseguiu uma melhor retenção? sanitiza só com PAC?
 
Na verdade este foi meu segundo lote, e nos dois a questão da espuma ficou bem similar. Havia usado 5g/l no primeiro lote e aumentei para 5,5g/l neste segundo lote, ficou um pouco melhor, mas a espuma some muito rápido, questão de 30 segundos. O sabor está legal, bem saborosa, não parece ter contaminação. A sanitização foi somente com PAC, uma g por litro (se não estou enganado, segui a recomendação). Não fiz enxague, e não esperei o balde fermentador e as garrafas secarem por completo antes do envase.
 
5g/l é para uma carbonatação média/baixa.

Pilsen já daria uma espuma razoável, só tive algo assim com uma cream ale com flocos de arroz, pois os flocos continham gordura.
 
Então, pelo gráfico que simplifica o cálculo de volume de CO2, com a temperatura máxima de fermentação/maturação em 22ºC, considerando o CO2 residual e adicionando 5,5g/l eu teria um volume final de CO2 de aproximadamente 2,3, o que é até um pouco acima do volume para o estilo da cerveja em questão. Pelo menos esta foi minha interpretação pelo que estudei sobre primming até o momento, se estiver errado me corrijam por favor.

Alguns pontos que pensei que poderiam influenciar nesta questão da espuma:
- O fato de moer o grão muito fino poderia prejudicar de alguma forma a retenção de espuma?
- Neste segundo lote não utilizei whirfloc (esqueci), e ficou um pouco mais turva do que no primeiro lote. Isto traria algum prejuízo para a cerveja além da turbidez?
- Apesar de BIAB, acabei recirulando com bomba. Por não ter fundo falso ou bazooca, o tecido acabava entrando no furo da torneira e entupindo um pouco a passagem do liquido pela bomba, e isto causou um pouco de ar na mangueira durante a recirulação. Vi que gerar ar neste processo poderia causar oxidação, certo? Mas além da oxidação, traria algum outro prejuízo adicional?
- Na receita estava previsto 17l de água, coloquei inicialmente 14 litros, e os outros 3 litros eu adicionei antes da fervura, fiz uma "lavagem" no saco do BIAB e adicionei ao mosto. Eu pressionei bastante o saco com os grãos para extrair o máximo de líquido possível retido no grão. Acredito que isto pode ter trazido um pouco da "sujeira" que os grãos haviam retido durante a recirculação de volta para a panela.
 
Então, pelo gráfico que simplifica o cálculo de volume de CO2, com a temperatura máxima de fermentação/maturação em 22ºC, considerando o CO2 residual e adicionando 5,5g/l eu teria um volume final de CO2 de aproximadamente 2,3, o que é até um pouco acima do volume para o estilo da cerveja em questão. Pelo menos esta foi minha interpretação pelo que estudei sobre primming até o momento, se estiver errado me corrijam por favor.

Alguns pontos que pensei que poderiam influenciar nesta questão da espuma:
- O fato de moer o grão muito fino poderia prejudicar de alguma forma a retenção de espuma?
- Neste segundo lote não utilizei whirfloc (esqueci), e ficou um pouco mais turva do que no primeiro lote. Isto traria algum prejuízo para a cerveja além da turbidez?
- Apesar de BIAB, acabei recirulando com bomba. Por não ter fundo falso ou bazooca, o tecido acabava entrando no furo da torneira e entupindo um pouco a passagem do liquido pela bomba, e isto causou um pouco de ar na mangueira durante a recirulação. Vi que gerar ar neste processo poderia causar oxidação, certo? Mas além da oxidação, traria algum outro prejuízo adicional?
- Na receita estava previsto 17l de água, coloquei inicialmente 14 litros, e os outros 3 litros eu adicionei antes da fervura, fiz uma "lavagem" no saco do BIAB e adicionei ao mosto. Eu pressionei bastante o saco com os grãos para extrair o máximo de líquido possível retido no grão. Acredito que isto pode ter trazido um pouco da "sujeira" que os grãos haviam retido durante a recirculação de volta para a panela.
Existem vários fatores que influenciam a qualidade da espuma. Fervura muito vigorosa, falta de proteína, podem influenciar negativamente, a qualidade da água também.
 
Então, pelo gráfico que simplifica o cálculo de volume de CO2, com a temperatura máxima de fermentação/maturação em 22ºC, considerando o CO2 residual e adicionando 5,5g/l eu teria um volume final de CO2 de aproximadamente 2,3, o que é até um pouco acima do volume para o estilo da cerveja em questão. Pelo menos esta foi minha interpretação pelo que estudei sobre primming até o momento, se estiver errado me corrijam por favor.

Alguns pontos que pensei que poderiam influenciar nesta questão da espuma:
- O fato de moer o grão muito fino poderia prejudicar de alguma forma a retenção de espuma?
- Neste segundo lote não utilizei whirfloc (esqueci), e ficou um pouco mais turva do que no primeiro lote. Isto traria algum prejuízo para a cerveja além da turbidez?
- Apesar de BIAB, acabei recirulando com bomba. Por não ter fundo falso ou bazooca, o tecido acabava entrando no furo da torneira e entupindo um pouco a passagem do liquido pela bomba, e isto causou um pouco de ar na mangueira durante a recirulação. Vi que gerar ar neste processo poderia causar oxidação, certo? Mas além da oxidação, traria algum outro prejuízo adicional?
- Na receita estava previsto 17l de água, coloquei inicialmente 14 litros, e os outros 3 litros eu adicionei antes da fervura, fiz uma "lavagem" no saco do BIAB e adicionei ao mosto. Eu pressionei bastante o saco com os grãos para extrair o máximo de líquido possível retido no grão. Acredito que isto pode ter trazido um pouco da "sujeira" que os grãos haviam retido durante a recirculação de volta para a panela.

Como eu disse, com 5g/l tu vai estar na faixa "mais baixa da carbonatação média". AS vezes demora mais para todo o gás se encorporar no líquido. Uma boa é depois de 2 ou 3 semanas de carbonatação, deixar pelo menos 2 a 3 dias gelando para depois abrir.

Quanto a espuma, ela precisa de proteína para se estabilizar. Não fez alguma parada por volta dos 50ºC por muito tempo?

BIAB não vai afetar a espuma e acredito que a aeração que ocorreu também não influencie.
O espremer pode ter te trazido taninos, mas isto também não afetaria a espuma.

dá uma olhada aqui
http://teoriadecerveja.blogspot.com.br/2016/07/fatores-que-afetam-espuma.html
 
Bom eu começaria a fazer o seguinte. Adicionar o malte a 55 graus quando adicionar o malte deve cair a temperatura ai é subir mais devagar deixar uns 10 min a 50 graus para realizar a parada proteica, Poderia incorporar um pouco de aveia tipo 10% ou 5% para melhorar a proteína, reservar uma garrafa um mês de priming e ver tem gente que tira cerva carbonatada em uma semana, mas são muitos fatores as vezes a gente toma o lote inteiro e só a ultima esta carbonatada legal, aumenta o priming para 6 g por L, assim já tirei assim vc via as bolhas mas as que tirei com um mês estavam melhores na espuma e carbonatação. E ve se melhora, eu daria uma limpada caprichada com uma esponja nova ou uma escovinha nos utensílios só para garantir, pq vai que tem uma incrustação que o pac está deixando passar, (acho pouco provável mas, não custa eliminar todos os potenciais candidatos a causadores do problema) o wirlfloc não seria o causador eu não uso e não tenho problemas na espuma, eu não gosto muito de espremer o biab sai um caldo meio que rico em amido leitoso do centro dos pedacinhos dos grãos que da uma turbidez, mas isso também não influenciaria a espuma como o colega falou.
A aeração que vc falou está me parecendo cavitação da bomba, pq se vc obstrui a entrada ela cria uma baixa pressão na tubulação que gera bolhas de vapor, parece ar mas não é.
Mas olha, geralmente não sei o que acontece, vamos nos familiarizando com o processo e nossas cervas melhoram, mesmo que tenhamos a impressão de fazer tudo igual ao primeiro dia.

Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
 
Tenho um pouquinho mais de experiência, 18 brassagens até agora, o que não é lá essas coisas...
Quero dar meus pitacos mas sem qerer ser o dono da verdade.
Pelo que vc descreveu, não há nada de errado com o processo, só acho que a quantidade de açucar tá meio baixa. Independente do estilo, queremos ver espuma consistente, cremosa, na cerveja. Quanto a guia de estilo, nem leio...
Nunca fiz primming com menos de 6g por litro, nem passei de 9. Geralmente uso 7 ou 7,5. Minhas espumas ficam bonitas e cremosas em 15 dias, mas não estou dizendo que são as melhores...
Nunca fiz rampa de temperatura com o objetivo de melhorar espuma, a única que fiz foi numa weiss, que pede a parada ferúlica. (Nem gosto muito de cerveja de trigo)
Raramente minhas cervas duram mais que um mês, então não posso afirmar que após isso a espuma possa melhorar.
Uso Biofor para sanitizar as garrafas, deixo elas dentro de um balde grande, depois escorro e por último jogo um pouco de água fervendo dentro de cada garrafa, para tirar a espuma que fica e escorro novamente. Dizem que não é necessário com a concentração certa, mas prefiro fazer.
Resumindo, só posso supor que seja ou a quantidade de açucar no primming ou resíduo de sanitizante.
Espero ter ajudado.
Boa sorte e feliz Natal.
 
Acrescentando...
O malte carapills ajuda na espuma, usei algumas vezes e, pela minha experiência, realmente funciona.
 
Ola companheiro cervejeiro.

Voce esta fazendo um irish red ale?
Ales inglesas tem pouca espuma.
Nao vi problema no seu processo tb nao.
Pensei em 1 coisa. Como foi a sabitizacao das garrafas? Gordura ajuda a eliminar a espuma.

Se quiser aumentar a retencai coloca 2% de vienna ou 1% de aveia.

Enviado de meu SM-J500M usando Tapatalk
 
Olá pessoal, muito obrigado por compartilharem seu conhecimento. Baseado nas informações que vocês compartilharam, bem como de outras fontes que tenho consultado sobre o assunto, segue um resumo das possíveis causas para falta de retenção de espuma:]
- proteína é fundamental para a retenção de espuma. Pode-se adicionar uma pequena quantidade de aveia, Malte Carapils ou Vienna para aumentar a quantidade de proteínas do mosto.
- Fervura muito vigorosa. Pelo que li, teria que ser uma fervura muito vigorosa, e por um tempo maior do que 90 minutos. Procede?
- Qualidade da água. Este é um item que ainda não pretendo me preocupar. Como estou iniciando, já tenho muitas variáveis para aprender a controlar antes de começar a tratar a água. Tenho utilizado água mineral, procuro alguma com pH entre 5 e 6; mas é fato que o controle de algumas características da água interferem significativamente na qualidade da cerveja como um todo, e não somente na retenção de espuma;
- Resíduo de sanitizante: tenho utilizado PAC 200. No meu primeiro lote acredito que a concentração foi acima da máxima, inclusive houve dificuldade de diluição do mesmo. No segundo lote tomei cuidado para usar o mínimo possível de sanitizante para evitar resíduos. O PAC 200 é um sanitizante sem enxague se utilizado dentro da proporção adequada, minha dúvida é se é necessário aguardar que todo o sanitizante evapore antes de engarrafar a cerveja, ou se podemos engarrafar sem ter que esperar as garrafas secarem por completo;
- Uso de detergente para limpar panela e demais itens: li que o detergente de cozinha cria uma película sobre os itens, e o mais recomendado para limpeza dos itens seria percabonato de sódio (princípio ativo do vanish). O Livro do Palmer recomenda sua utilização. Como voces fazem a limpeza? utilizam detergente ou ou algum outro produto?
- Ainda no livro do Palmer, fala que deve ser evitado uma queda de temperatura brusca para fazer a clarificação da cerveja após a maturação. Esta queda brusca causaria um choque térmico nas leveduras, o que provocaria a eliminação de ácidos graxos e lipídios, e isto causaria um problema de retenção de espuma. Segundo o Palmer, o correto é reduzir a temperatura na ordem de 1ºC /dia até que se alcance 5-8ºC abaixo da temperatura utilizada na fermentação. Aqui no fórum se fala em reduzir bruscamente a temperatura após a maturação. Então sobre este item, alguém pode contribuir com mais informações?
 
Essa espuma com bolhas grandes normalmente acontece quando tem algum problema na formação da mesma, principalmente por gordura ou pouca quantidade de proteínas de cadeia média.
 
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