Colorado vendida para AMBEV

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borrife

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Bom dia cervejeiros!


Vi agora uma notícia de que a Colorado foi vendida pra AMBEV.


O que vocês acham? A cerveja vai piorar?

Ao meu ver não vão mais ter o mesmo cuidado na produção.
 
Bom dia cervejeiros!


Vi agora uma notícia de que a Colorado foi vendida pra AMBEV.


O que vocês acham? A cerveja vai piorar?

Ao meu ver não vão mais o mesmo cuidado na produção.
Não creio, acredito que a ideia é fazer frente à concorrência como por exemplo a Baden Baden que há tempos foi comprada pela Schincariol. O Marcelo, que era o proprietário, irá permanecer na empresa pelo que li. O problema que vejo é que, com isso, pode inibir as pequenas cervejarias pois a Ambev tem maior capacidade de negociação com fornecedores podendo reduzir os custos. Em resumo minha opinião é que querem dominar esse mercado emergente.
 
Não creio, acredito que a ideia é fazer frente à concorrência como por exemplo a Baden Baden que há tempos foi comprada pela Schincariol. O Marcelo, que era o proprietário, irá permanecer na empresa pelo que li. O problema que vejo é que, com isso, pode inibir as pequenas cervejarias pois a Ambev tem maior capacidade de negociação com fornecedores podendo reduzir os custos. Em resumo minha opinião é que querem dominar esse mercado emergente.

A Colorado já é uma cerveja mais cara, talvez fique mais competitiva mas será que inibe?

Acho difícil eles dominarem no futuro imediato, se você participa de outros grupos de discussão além desse já sabe a mentalidade do consumidor alvo quanto à ambev. Esse tópico já mostra isso.

Mas que ela quer uma fatia do bolo ela quer, e não tá errado não. Se não for de qualidade eu não vou comprar, simples, e se for eu vou ficar feliz de ter disponível.
 
"A Colorado já é uma cerveja mais cara..."
Talvez por eu morar aqui na região de Ribeirão Preto, perto da "fonte", ela nunca foi mais cara que, por exemplo, a Baden Baden.
 
Não acho que vá piorar. A Eisenbahn e a Baden Baden não pioraram com a venda pra Schin (que agora é Kirin), apesar de eu não ver nada de especial nas 2 marcas (a Eisenbahn até tomo às vezes, porque os preços são até atrativos)

Um ponto interessante é que agora talvez encontremos Colorado pra tomar em alguns pontos que tem exclusividade com a Ambev. Isso acontece aqui em POA, por exemplo, no Opinião, que tem exclusividade com a Kirin. Eles vendem a devassa bem loura, as devassas "especiais" (essas sim, bem sem graça) e Eisenbahn. Uma Eisenbahn sai quase o mesmo preço de uma 600ml da bem loura (pra mim, vale muito)

O que eu acho que eles perdem é a possibilidade de inovar, e a Colorado volta e meia lançava cervejas especiais e sazonais. O que divulgaram foi que agora o Marcelo vai se voltar pra criação de receitas, mas duvido muito.

Também, vi muito o pessoal recriminar o Marcelo pela venda. A velha história de "traiu o movimento". Ele, por outro lado, fala que fez isso pra conseguir difundir ainda mais a distribuição do produto Brasil adentro e afora.
Eu acho que não é nem um nem outro. Não acho que ele perdeu a "paixão" por FAZER cerveja. Mas ele tem um negócio, que é VENDER cerveja. FAZER e CRIAR cervejas é apaixonante. VENDER eu duvido que seja, e acho que esse foi o caminho que ele tomou. Quase 20 anos de mercado, sendo claramente o cabeça por trás de tudo, deve cansar muito. A Colorado é sim MUITO grande, é uma baita empresa. Acho que ele simplesmente deve ter se rendido ao cansaço e ao $$$, e agora voltará a cerveja quase como um hobby, afinal, ele não precisa mais estar ali e só ficará se quiser.

É o que aconteceu com a Eisenbahn, onde hoje em dia os antigos donos são consultores...
 
Na minha opinião o problema da compra não é com a Colorado, é com as menores. A Colorado pode até ter alguma mudança de sabor, não por economia e nem necessariamente para pior, mas por adequação de processos se a produção for aumentar muito.

O que me preocupa é justamente o aumento de de capacidade de distribuição e negociação. Eles tem condições de praticar preços menores, negociar exclusividades, etc, o que é bom pros consumidores da Colorado, mas ruim para os que tentam concorrer com ela e para os consumidores que querem consumir de várias cervejarias. Exagerando um pouco, eles passam a ter condições de inviabilizar o crescimento de outras ou mesmo quebra-las.
Digo exagerando, pois muita gente que aprecia cerveja boa não se contenta com apenas uma marca, mesmo que ela seja boa.
 
Na minha opinião o problema da compra não é com a Colorado, é com as menores. A Colorado pode até ter alguma mudança de sabor, não por economia e nem necessariamente para pior, mas por adequação de processos se a produção for aumentar muito.

O que me preocupa é justamente o aumento de de capacidade de distribuição e negociação. Eles tem condições de praticar preços menores, negociar exclusividades, etc, o que é bom pros consumidores da Colorado, mas ruim para os que tentam concorrer com ela e para os consumidores que querem consumir de várias cervejarias. Exagerando um pouco, eles passam a ter condições de inviabilizar o crescimento de outras ou mesmo quebra-las.
Digo exagerando, pois muita gente que aprecia cerveja boa não se contenta com apenas uma marca, mesmo que ela seja boa.

Como tudo é dinâmico pode ser uma vertente, mas também acredito em outro caminho, o de que essas compras ajudam a divulgar mais ainda as cervejas especiais, torná-las mais acessíveis devido o preço melhor e a maior capilaridade. Então, se por um lado a cervejaria passa ser mais competitiva, por outro lado ela atrai novos consumidores, que descobrem esse mundo enorme e então passa a não se contentar com aqueles exemplares, buscando novos estilos, receitas, etc.
 
Como tudo é dinâmico pode ser uma vertente, mas também acredito em outro caminho, o de que essas compras ajudam a divulgar mais ainda as cervejas especiais, torná-las mais acessíveis devido o preço melhor e a maior capilaridade. Então, se por um lado a cervejaria passa ser mais competitiva, por outro lado ela atrai novos consumidores, que descobrem esse mundo enorme e então passa a não se contentar com aqueles exemplares, buscando novos estilos, receitas, etc.

Concordo, é fácil enxergar vários pontos de vista. Isso pode até mesmo fazer o Brasil ganhar mais notoriedade lá fora, e ser incluído na rota dos cervejeiros de fora. Colorado e Wals tem capacidade de exportar para muitos lugares. As consequências são bem complexas.
 
O que vejo é o seguinte. Quem produz cervejas especiais não vê os outros produtores como competidores, e sim, como parceiros. Todos estão lutando pra aumentar o mercado de cerveja especial, trazer novos consumidores. No Brasil, esse mercado é infinitamente pequeno. E mesmo assim, NENHUMA cervejaria consegue atender nem 50% deste mercado. Então o interesse das microcervejarias não é competir com outras, e sim, se aliar em prol do consumo deste tipo de produto. Se o mercado cresce pra uma, cresce pra todas, e nenhuma tem estrutura para absorver demandas muito maiores (aqui em Porto Alegre, por exemplo, pelo que relatam os donos das cervejarias, eles que não conseguem suprir a demanda em muitos momentos. Vi uma entrevista do dono da Cervejaria Portoalegrense. O estoque da 1ª produção acabou absurdamente rápido. E não por esforço 100% deles. Era época de festas e as outras cervejarias do bairro Anchieta estavam com problemas pra absorver a demanda, e começaram a indicar a cerveja deles.)

Não acho que a coisa da Ambev com a Colorado e com Wals é ampliar produção, nem acho que eles vão ampliar muito não. Também não vai ser de mudar ou criar receitas. É mais pegar conhecimento e se inserir neste mercado também. A Baden Baden e a Eisenbahn também não fizeram isso quando foram compradas. E também, pode tirar o cavalinho da chuva. Eles não devem baixar o preço. O que eles conseguirem baratear, eles vão ficar pra eles, isto eu aposto. E vou acompanhar a evolução de preços da Colorado. E é justamente por isso. Se eles barateiam, vendem mais. Se venderem mais, tem que produzir mais. Mas isso, só se o mercado em si aumentar, e não é todo mundo que quer "cervejas especiais". E até que ponto vale a pena aumentar a fábrica da Colorado ao invés de aumentar a produção de SKOL?

A grande questão é: uma vez que alguém esteja inserido no mundo das artesanais, ele não se contentará com os 4 rótulos da Colorado (que são bons), mas vai procurar outros pra experimentar, comparar, conhecer novos estilos, etc. Então, eu acho que se a Colorado, Wals, Baden Baden e Eisenbahn, mesmo sendo das "grandes corporações", conseguirem trazer mais gentes pra esse "mundo", elas vão dar mercado para microcervejarias, e não tirar.

Eu mesmo, quando comecei a me interessar por "cervejas especiais", comecei pelas Eisenbahn (antes da venda), que oferecia muitos rótulos e a preços mais baixos. Gostei, e não fiquei nelas. Hoje em dia, é raro eu comprar uma. Já tenho minhas escolhidas para cada estilo como as "melhores", mas me policio pra sempre consumir algo novo, de marcas diferentes, pra não ficar na mesmice.
 
O que vejo é o seguinte. Quem produz cervejas especiais não vê os outros produtores como competidores, e sim, como parceiros. Todos estão lutando pra aumentar o mercado de cerveja especial, trazer novos consumidores. No Brasil, esse mercado é infinitamente pequeno. E mesmo assim, NENHUMA cervejaria consegue atender nem 50% deste mercado. Então o interesse das microcervejarias não é competir com outras, e sim, se aliar em prol do consumo deste tipo de produto. Se o mercado cresce pra uma, cresce pra todas, e nenhuma tem estrutura para absorver demandas muito maiores (aqui em Porto Alegre, por exemplo, pelo que relatam os donos das cervejarias, eles que não conseguem suprir a demanda em muitos momentos. Vi uma entrevista do dono da Cervejaria Portoalegrense. O estoque da 1ª produção acabou absurdamente rápido. E não por esforço 100% deles. Era época de festas e as outras cervejarias do bairro Anchieta estavam com problemas pra absorver a demanda, e começaram a indicar a cerveja deles.)

Não acho que a coisa da Ambev com a Colorado e com Wals é ampliar produção, nem acho que eles vão ampliar muito não. Também não vai ser de mudar ou criar receitas. É mais pegar conhecimento e se inserir neste mercado também. A Baden Baden e a Eisenbahn também não fizeram isso quando foram compradas. E também, pode tirar o cavalinho da chuva. Eles não devem baixar o preço. O que eles conseguirem baratear, eles vão ficar pra eles, isto eu aposto. E vou acompanhar a evolução de preços da Colorado. E é justamente por isso. Se eles barateiam, vendem mais. Se venderem mais, tem que produzir mais. Mas isso, só se o mercado em si aumentar, e não é todo mundo que quer "cervejas especiais". E até que ponto vale a pena aumentar a fábrica da Colorado ao invés de aumentar a produção de SKOL?

A grande questão é: uma vez que alguém esteja inserido no mundo das artesanais, ele não se contentará com os 4 rótulos da Colorado (que são bons), mas vai procurar outros pra experimentar, comparar, conhecer novos estilos, etc. Então, eu acho que se a Colorado, Wals, Baden Baden e Eisenbahn, mesmo sendo das "grandes corporações", conseguirem trazer mais gentes pra esse "mundo", elas vão dar mercado para microcervejarias, e não tirar.

Eu mesmo, quando comecei a me interessar por "cervejas especiais", comecei pelas Eisenbahn (antes da venda), que oferecia muitos rótulos e a preços mais baixos. Gostei, e não fiquei nelas. Hoje em dia, é raro eu comprar uma. Já tenho minhas escolhidas para cada estilo como as "melhores", mas me policio pra sempre consumir algo novo, de marcas diferentes, pra não ficar na mesmice.

Li a alegação de que um dos motivos da AMBEV comprar a Wals e Colorado seria primeiramente aumentar o seu portfólio de produtos, para futuramente promover seus já conhecidos acordos de exclusividade, ou seja, no Bar "X" que é cliente da AMBEV, cria-se acordo de que só poderá ser vendida cerveja especial ou artesanal da marca Wals e Colorado, excluindo as outras marcas que tem menos poder de barganha....
Assim, como você mesmo relatou que no Opinião somente se toma cervejas do portfólio de produtos da Kirin.
Pequenos não tem poder de barganha para criar acordos de exclusividade, grandes tem.
Bom essa é uma teoria, veremos como será no futuro.
 
Li a alegação de que um dos motivos da AMBEV comprar a Wals e Colorado seria primeiramente aumentar o seu portfólio de produtos, para futuramente promover seus já conhecidos acordos de exclusividade, ou seja, no Bar "X" que é cliente da AMBEV, cria-se acordo de que só poderá ser vendida cerveja especial ou artesanal da marca Wals e Colorado, excluindo as outras marcas que tem menos poder de barganha....
Assim, como você mesmo relatou que no Opinião somente se toma cervejas do portfólio de produtos da Kirin.
Pequenos não tem poder de barganha para criar acordos de exclusividade, grandes tem.
Bom essa é uma teoria, veremos como será no futuro.

Claro, mas a questão é: No opinião tinha "cerveja especial" antes da Eisenbahn ser da Kirin... não tinha!
Hoje em dia, pra consumir "cerveja especial" em bares, geralmente se vai a bares focados nisso. Esses bares nem tem como fechar contratos de exclusividade, porque foge completamente do seu conceito.
E nos bares que já tem contrato de exclusividade, nem tem "cervejas especiais" pra vender, justamente porque estes contratos são: "nesse bar, só se venderá ambev e parceiros". Não falam em "mas pode cerveja especial de outras marcas". Afinal, se tiver qualquer bebida de outra marca (cerveja, refrigerante e até água), a exclusiva vai estar perdendo dinheiro. Então, não pode.

Aqui em Porto Alegre ao menos nunca fui em bar "de marca" que tenha cervejas especiais. O que tem é xingu, birra moretti e murphy's nos da heineken, baden baden e eisenbahn nos kirin. Agora, talvez começaremos a ver Colorado e Wals nos Ambev (tomara)
 
Então, eu acho que se a Colorado, Wals, Baden Baden e Eisenbahn, mesmo sendo das "grandes corporações", conseguirem trazer mais gentes pra esse "mundo", elas vão dar mercado para microcervejarias, e não tirar


Concordo 110%!
 
Claro, mas a questão é: No opinião tinha "cerveja especial" antes da Eisenbahn ser da Kirin... não tinha!
Hoje em dia, pra consumir "cerveja especial" em bares, geralmente se vai a bares focados nisso. Esses bares nem tem como fechar contratos de exclusividade, porque foge completamente do seu conceito.
E nos bares que já tem contrato de exclusividade, nem tem "cervejas especiais" pra vender, justamente porque estes contratos são: "nesse bar, só se venderá ambev e parceiros". Não falam em "mas pode cerveja especial de outras marcas". Afinal, se tiver qualquer bebida de outra marca (cerveja, refrigerante e até água), a exclusiva vai estar perdendo dinheiro. Então, não pode.

Aqui em Porto Alegre ao menos nunca fui em bar "de marca" que tenha cervejas especiais. O que tem é xingu, birra moretti e murphy's nos da heineken, baden baden e eisenbahn nos kirin. Agora, talvez começaremos a ver Colorado e Wals nos Ambev (tomara)

Eu acredito que o publico para cervejas especiais cresceu muito gerando a necessidade de atenção nesses bares que não vendiam essas cervejas. Oferecendo essa opção para o consumidor a Ambev fecha o cerco a quem não vende suas cervejas básicas. Outro mercado importante, que são as grandes redes de Supermercados, receberão estes novos produtos da Ambev que com novos acordos pode fechar esta porta para as empresas menores. A questão de deixar os antigos proprietários que são quem realmente entende de cervejas especiais (Wals e Colorado) como sócios no negocio, evita que eles peguem o montante recebido e montem outras micro cervejarias concorrentes. O mais importante é saber que a Ambev entrou na briga e é para ganhar em todas as posições como ela sempre fez, e isso me preocupa.
 
Eu acredito que o publico para cervejas especiais cresceu muito gerando a necessidade de atenção nesses bares que não vendiam essas cervejas. Oferecendo essa opção para o consumidor a Ambev fecha o cerco a quem não vende suas cervejas básicas. Outro mercado importante, que são as grandes redes de Supermercados, receberão estes novos produtos da Ambev que com novos acordos pode fechar esta porta para as empresas menores. A questão de deixar os antigos proprietários que são quem realmente entende de cervejas especiais (Wals e Colorado) como sócios no negocio, evita que eles peguem o montante recebido e montem outras micro cervejarias concorrentes. O mais importante é saber que a Ambev entrou na briga e é para ganhar em todas as posições como ela sempre fez, e isso me preocupa.

Claro que a AMBEV nunca entra pra perder. Mas e a Schin? e a Heineken? entram?. Se sim, porque não encontramos hoje só baden baden, eisenbahn e Murphy's? como é mais fácil encontrar uma Guiness que uma Murphy's, apesar de a segunda ser do portfólio da Heineken, e a primeira não ter nada a ver com nenhuma marca que fabrica no Brasil.
E outra... supermercado? exclusividade? Não conheço NENHUM supermercado que tenha fechado qualquer exclusividade com qualquer marca de bebidas. Simplesmente porque não dá. Bebida é uma das coisas que chama as pessoas para o supermercado, porque é um luxo, não algo essencial. Se não tiver a marca que tu gosta, tu vai trocar o supermercado. Aqui em Porto Alegre, por exemplo, qualquer mercado de rede nos bairros tem pelo menos umas 20 opções de "cervejas especiais", porque isso chama gente.
E a questão é a seguinte. A colorado e a Wals não conseguem suprir todo o mercado. E não tem como suprir, é muita coisa. Teriam que abrir muitas outras sedes, seria difícil manter o padrão, os investimentos seriam muito altos pra um retorno mais incerto que investir em plantas com produção convencional. Só o tempo dirá, mas acho improvável que eles dominem o mercado de tal maneira. Nem o público consumidor deixaria.

E se eles realmente dominarem as redes de supermercado, eu vou ser o primeiro a alugar uma loja próximo a um supermercado grande e vender só "cervejas especiais"

O negócio é esperar..
 
Comprei pela internet uma Wäls Hopcorn IPA. Chegou agora há pouco, e para minha surpresa, temos 2 novos ingredientes padrão Ambev. Um, obviamente, é a maltose de milho (nada mais que esperado, pelo nome e apresentação da cerveja). Mas o que me surpreendeu negativamente é que eles utilizam nesta receita o famoso antioxidante INS 316, coisa que desconfio que a Wäls nunca tinha usado (bem como a imensa maioria das artesanais).

Até acredito que a cerveja seja boa, só espero não começarmos a beber Wäls Quadrupel ou Petroleum com corante caramelo (que nem todas as cervejas não loiras da ambev)
 
Comprei pela internet uma Wäls Hopcorn IPA. Chegou agora há pouco, e para minha surpresa, temos 2 novos ingredientes padrão Ambev. Um, obviamente, é a maltose de milho (nada mais que esperado, pelo nome e apresentação da cerveja). Mas o que me surpreendeu negativamente é que eles utilizam nesta receita o famoso antioxidante INS 316, coisa que desconfio que a Wäls nunca tinha usado (bem como a imensa maioria das artesanais).

Até acredito que a cerveja seja boa, só espero não começarmos a beber Wäls Quadrupel ou Petroleum com corante caramelo (que nem todas as cervejas não loiras da ambev)
Ouvi falar, se alguém puder comprovar nos esclareça por favor, que o antioxidante costuma mudar o Ph da cerveja o que gera a necessidade de se utilizar também um acidulante daí muda outras propriedades (gosto, sei lá) gerando necessidade de se utilizar outros aditivos pra compensar.
 
Ouvi falar, se alguém puder comprovar nos esclareça por favor, que o antioxidante costuma mudar o Ph da cerveja o que gera a necessidade de se utilizar também um acidulante daí muda outras propriedades (gosto, sei lá) gerando necessidade de se utilizar outros aditivos pra compensar.

Cara, acredito que conservantes e aromatizantes, mesmo em baixíssimas quantidades, tem que aparecer nos rótulos dos produtos. Pelo menos em refrigerantes sempre aparece o antioxidante, o corante, o acidulante, o estabilizante.

achei na internet os ingredientes da brahma extra:
Água potável tratada, malte, cereais não-maltados, corante caramelo, carboidratos, lúpulo, antioxidante INS 316 e estabilizante INS 405.

Acredito que, por enquanto, seja só anti oxidante mesmo que começaram a colocar... Tomara que a moda não pegue....
 
Esta semana vi no mercado aqui em minha cidade a Colorado a 10 reais. Como eu dizia, a Ambev não vai ficar vendendo mais barato por caridade, obviamente, mas terá melhor poder de negociação e de imposição de preços. Em suma, têm condições de fazer um dumping disfarçado.
 
Mas boicotar por conta de um preconceito de que vai ficar pior? Mimimilho? Sério, eu juro que eu não entendo. Se piorar, mudar a linha das brejas, encarecer, ok. Não gosta não compra. Agora boicotar pelo único motivo de ser da Ambev, acho muita bizarro.
 
O negócio é boicotar a colorado e a walls e todas as outras que a AmBev comprar!

:rockin:

Não tem como boicotar, o mercado é livre.

E outra, eu que moro no interior mesmo não deixaria de comprar se uma Wals ou Colorado passasse a chegar aqui com preço bom e mantendo a qualidade.

Agora sinceramente, não acredito que esta qualidade irá manter. Tomei uma Bohemian Pilsner há um ano e fiquei apaixonado, no entanto, há um mês fui em Ipatinga-MG, encontrei a dita e achei outra cerveja. Ou meu paladar evoluiu, ou a cerveja estava velha, ou a AMBEV já meteu o dedinho dela na receita.
 
Mas boicotar por conta de um preconceito de que vai ficar pior? Mimimilho? Sério, eu juro que eu não entendo. Se piorar, mudar a linha das brejas, encarecer, ok. Não gosta não compra. Agora boicotar pelo único motivo de ser da Ambev, acho muita bizarro.
Eu particularmente nem estou entrando em mérito de boicote ou não, acho também que não daria em nada. Acredito que a comunidade cervejeira não se deixa afetar, não consumimos somente uma marca por mais atrativa que ela seja.
Meu ponto aqui é a preocupação com a intenção de monopolização do mercado e, com isso, o prejuízo para a diversificação de cervejarias artesanais.
E não duvido nada de que esse último aumento de imposto para cervejas que não contenham pelo menos 70% de cevada (que prejudica as Weiss, Fruit beer, etc..) não tenha sido um lobby por influência dos grandes fabricantes.
 
Por isso msm o boicote é a única forma de combater esse poder. O ato de não consumir por não concordar é o ato de boicotar. Como foi dito cada um tem o livre árbitro de consumir o que quiser. A AmBev só entrou nesse seguimento para dominar mais essa fatia. Isso só trará prejuízo para os que lutam para sobreviver dele.
Eu opto por não consumir
 
:rockin:

Não tem como boicotar, o mercado é livre.

E outra, eu que moro no interior mesmo não deixaria de comprar se uma Wals ou Colorado passasse a chegar aqui com preço bom e mantendo a qualidade.

Agora sinceramente, não acredito que esta qualidade irá manter. Tomei uma Bohemian Pilsner há um ano e fiquei apaixonado, no entanto, há um mês fui em Ipatinga-MG, encontrei a dita e achei outra cerveja. Ou meu paladar evoluiu, ou a cerveja estava velha, ou a AMBEV já meteu o dedinho dela na receita.

Acho que não é culpa da Ambev. Tomei uma fresca no tasting room da Wals na Casa OLEC e estava terrível, aroma de esgoto pra ser sincero. Foi antes da compra. Eu creio que a Wals, apesar de ter excelentes cervejas, já não tinha um bom controle de qualidade e deixa sair produto ruim pra não perder produção. O problema de vedação por exemplo durou uns dois anos, e ainda existem relatos de problemas.
 
Também não aguento mais viúvas de Walls e Colorado... Aliás, ambas não eram artesanais há um bom tempo...

Não aguento também gente que odeia os donos de AMBEV, KIRIN e cia só pq os caras são bilionários e nunca fizeram cerveja...

Quando todos dizem uma coisa é apenas eu digo o contrário tenho a tendência a acreditar que o errado sou eu... No caso das cervejas, em torno de 1% bebem as "especiais" mas prefiro acreditar, nesse caso, que ninguém está certo ou errado, apenas usando seu livre arbítrio... Muitos não bebem as especiais porque não gostam mas a maioria apenas por não conhecer. Pense bem, quantas pessoas já te perguntaram se vc consegue fazer uma Skol? Agora e se essa pessoa pergunta se vc consegue fazer uma Session citra IPA? Vc vai fazer numa boa... Deixe os Brahmeiros começarem a tomar as semi-premium, pseudo gourmet... Deixe a AMBEV retirá-los da ignorância total... Daqui a pouco eles abrem a cabeça, quem sabe animam pagar um pouco mais por uma cerva boa de verdade, e vão preferir tomar uma garrafa duma verdadeira pilsner a três dessas que estão por aí...
 
Boicote ou não, considere favorecer as pequenas cervejarias, princialmente as regionais, o brewpub perto de sua casa (se tiver um), etc. Então, deixe de dar seu dinheiro para o império do mal (AmBev), e #supportYourLocalBrewery
 
Nem vou entrar no mérito da compra, mas eu consumo localmente.

Faço questão de sempre que posso comprar uma garrafa da Morada, da Tormenta e religiosamente vou na Bodebrown todo fim de semana encher o meu growler.

Faço isso pois acredito nessas cervejarias, pois a qualidade deles é impecável. Não ligo de pagar alguns reais a mais pois sei que esse dinheiro ajuda essas pessoas a continuarem esse trabalho árduo que é produzir cerveja no Brasil.

Sou amigo pessoal do Andre Junqueira e Fernanda Lazzari da Morada e sei o quanto os dois batalham no dia-a-dia. Não vivem uma vida de luxo, pelo contrário, e mesmo assim não abandonam a luta e continuam cada vez mais nos surpreendendo com novas cervejas.

O mesmo se aplica a insumos.Não ligo de pagar um pouco mais mas não deixo de comprar na Bodebrown, pois sei que fazendo isso eu continuo a apoiar o mercado local.

Semana passada fui no Mercado Municipal aqui em Curitiba e podia comprar a IPA da Colorado muito mais barata do que a Green Cow...fui direto na Green Cow...acredito que um dia esses guerreiros serão recompensados e a legislação será mais justa para eles poderem competir melhor com os grandes.

E apenas para polemizar: não compro Ambev, nem Kirin e a Colorado e Wals estão fora do meu radar por isso. Eu apoio o local!!!
 
Nem vou entrar no mérito da compra, mas eu consumo localmente.

Faço questão de sempre que posso comprar uma garrafa da Morada, da Tormenta e religiosamente vou na Bodebrown todo fim de semana encher o meu growler.

Faço isso pois acredito nessas cervejarias, pois a qualidade deles é impecável. Não ligo de pagar alguns reais a mais pois sei que esse dinheiro ajuda essas pessoas a continuarem esse trabalho árduo que é produzir cerveja no Brasil.

Sou amigo pessoal do Andre Junqueira e Fernanda Lazzari da Morada e sei o quanto os dois batalham no dia-a-dia. Não vivem uma vida de luxo, pelo contrário, e mesmo assim não abandonam a luta e continuam cada vez mais nos surpreendendo com novas cervejas.

O mesmo se aplica a insumos.Não ligo de pagar um pouco mais mas não deixo de comprar na Bodebrown, pois sei que fazendo isso eu continuo a apoiar o mercado local.

Semana passada fui no Mercado Municipal aqui em Curitiba e podia comprar a IPA da Colorado muito mais barata do que a Green Cow...fui direto na Green Cow...acredito que um dia esses guerreiros serão recompensados e a legislação será mais justa para eles poderem competir melhor com os grandes.

E apenas para polemizar: não compro Ambev, nem Kirin e a Colorado e Wals estão fora do meu radar por isso. Eu apoio o local!!!

Concordo Ipera,

Mas o fator Ambev e Kirin no mercado das especiais vai muito além do "apoiar o local", justamente por conseguir apresentar cervejas diferentes em locais de mais difícil acesso. O país é imenso e as boas microcervejarias não têm condições de distribuir! Quem mora no interior sabe como é... não tem como apoiar uma local pois não tem, e não dá pra fugir das light lagers pois não há opções no mercado. E nisto, essas grandes vão ajudar, mostrar pro cara que nunca foi em um evento cervejeiro, que nunca conheceu nanocervejarias, que existem outros tipos de cervejas e o quanto esse mundo é diverso e saboroso.

Eu não sou contra Ambev, Kirin e afins, sou contra o lobby que elas conseguem fazer e os safados que nos representam fazem desse lobby.
 
Concordo Ipera,

Mas o fator Ambev e Kirin no mercado das especiais vai muito além do "apoiar o local", justamente por conseguir apresentar cervejas diferentes em locais de mais difícil acesso. O país é imenso e as boas microcervejarias não têm condições de distribuir! Quem mora no interior sabe como é... não tem como apoiar uma local pois não tem, e não dá pra fugir das light lagers pois não há opções no mercado. E nisto, essas grandes vão ajudar, mostrar pro cara que nunca foi em um evento cervejeiro, que nunca conheceu nanocervejarias, que existem outros tipos de cervejas e o quanto esse mundo é diverso e saboroso.

Eu não sou contra Ambev, Kirin e afins, sou contra o lobby que elas conseguem fazer e os safados que nos representam fazem desse lobby.

Excelente ponto! Talvez seja mais dificil para eu entender pois vivo em um "pólo cervejeiro" aqui no Brasil, onde tenho fácil acesso a muitas cervejas excelentes.
 
Boicote ou não, considere favorecer as pequenas cervejarias, princialmente as regionais, o brewpub perto de sua casa (se tiver um), etc. Então, deixe de dar seu dinheiro para o império do mal (AmBev), e #supportYourLocalBrewery

É isso aí!

Prefiro gastar meu dinheiro com cervejarias pequenas e locais do que contribuir com o Império do Mal!! :)
 
Cara, acredito que conservantes e aromatizantes, mesmo em baixíssimas quantidades, tem que aparecer nos rótulos dos produtos. Pelo menos em refrigerantes sempre aparece o antioxidante, o corante, o acidulante, o estabilizante.

achei na internet os ingredientes da brahma extra:
Água potável tratada, malte, cereais não-maltados, corante caramelo, carboidratos, lúpulo, antioxidante INS 316 e estabilizante INS 405.

Acredito que, por enquanto, seja só anti oxidante mesmo que começaram a colocar... Tomara que a moda não pegue....
Não sou químico, mas recordo de explicações para o uso do estabilizante. Tem a ver com o corpo das milho beer, originalmente não forma e não retem espuma, o estabilizante ajuda na espuma.

O Antioxidante permite você deixar a cerveja no copo por horas ou usar um copo sujo de cerveja, sem aquele cheiro de papelão. Um apelo da AmBev ao consumidor ignorante que iria xingar a cerveja se depois de bêbado esqueceu que a cerveja ficou horas azedando no copo.

O Conservante é o mais estranho... Dizem que tem a ver com processo fabril falho em termos de assepsia (sanificação), e os conservantes reduziriam as chances de uma contaminação se desenvolver.

A Heineken não usa nenhum.
 
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