Circulaçao do mosto

[lcmpedrosa]

Pessoal, gostaria de saber duas questões.

1 - Existe algum problema de circular o mosto o tempo todo durante a brassagem com a bomba de recirculação, mesmo considerando as rampas de temperatura? com a bomba puxando na valvula de baixo da panela e devolvendo na parte alta, logicamente com um prolongamento para que desça pela lateral da panela, para não haver oxidação do mosto.

2- Depois de passar a agua da brassagem para a panela de fervura, a segunda agua (da lavagem), posso recircular também durante o tempo todo desse processo, para então transferir para a panela de fervura?

 

[lh-correa]

1 - Olha, não tem problema nenhum, é até recomendável, poupa um baita de um trabalho! Fizemos isso na última brassagem e deu muito certo. O ideal é fazer isso em uma panela com fundo falso. Agora, quanto a oxidação, se não estou enganado, tu não precisa se preocupar com isso até a etapa de fermentação, mas aí tem gente experiente (o que não sou!) pra falar sobre isso por aqui.

2 - Olha, até onde sei, a água da lavagem não deve ser recirculada. Passe ela, quente (entre 75ºC e 79ºC), apenas uma vez no mosto, para extrair o restante dos açúcares que ainda estão presos na cama de grãos.

Na última brassagem fizemos a lavagem da seguinte forma:
Colocamos a panela de mostura em cima do fogão e, no chão, em frente ao fogão, o fogareiro com a panela de fervura. Drenamos todo o mosto para dentro da panela de fervura e começamos a fazer a lavagem, sendo que esse mosto da lavagem também já ia caindo direto na panela de baixo. Enquanto isso, na metade da etapa já acendemos o fogareiro lá em baixo, para ir adiantando o processo da fervura.

Essa foi nossa quarta brassagem e nunca tínhamos feito desse jeito. A bomba foi uma mão na roda, graças ao amigo RodrigoTPereira, que nos emprestou.

 

[dericeira]

1 - Olha, não tem problema nenhum, é até recomendável, poupa um baita de um trabalho! Fizemos isso na última brassagem e deu muito certo. O ideal é fazer isso em uma panela com fundo falso. Agora, quanto a oxidação, se não estou enganado, tu não precisa se preocupar com isso até a etapa de fermentação, mas aí tem gente experiente (o que não sou!) pra falar sobre isso por aqui.

2 - Olha, até onde sei, a água da lavagem não deve ser recirculada. Passe ela, quente (entre 75ºC e 79ºC), apenas uma vez no mosto, para extrair o restante dos açúcares que ainda estão presos na cama de grãos.

Na última brassagem fizemos a lavagem da seguinte forma:
Colocamos a panela de mostura em cima do fogão e, no chão, em frente ao fogão, o fogareiro com a panela de fervura. Drenamos todo o mosto para dentro da panela de fervura e começamos a fazer a lavagem, sendo que esse mosto da lavagem também já ia caindo direto na panela de baixo. Enquanto isso, na metade da etapa já acendemos o fogareiro lá em baixo, para ir adiantando o processo da fervura.

Essa foi nossa quarta brassagem e nunca tínhamos feito desse jeito. A bomba foi uma mão na roda, graças ao amigo RodrigoTPereira, que nos emprestou.

Só por curiosidade, que tipo de bomba é?
CC ou CA?

 

[lh-correa]

Usamos uma march, mas era emprestada.

Como não temos como comprar uma dessas no momento, provavelmente compraremos uma dessas que tem no Ebay. Nesse tópico o pessoal fala sobre elas.

Abraço

 

[rafaelpiovesan1]

Pessoal,

quando utilizamos a recirculação, qual o melhor forma do mosto retornar para a panela sem bagunçar a cama de grãos?
Abraço

 

[lcmpedrosa]

Caros Amigos, acho então que vou continuar no método de recircular o tempo inteiro, o motivo do questionamento, foi que alguém me falou, que se eu recirculasse o tempo inteiro, a dextrose acumularia em cima da cama de grãos. Mas salvo engano, em uma panela automática BRAUMAISTER, o que ocorre é justamente isso, o mosto recircula (de baixo para cima) o tempo todo das rampas de temperatura.
Mas gostaria de ouvir mais opiniões. Abraços

 

[lcmpedrosa]

Caro Rafael, o que não pode ocorrer é fazer um tunel que passe pela cama de grãos, pois ai a lavagem é inútil. Eu pessoalmente construi uma peça para fazer a lavagem, que copiei no blog do HENRIK BODEN, e que funciona muito bem. De maneira geral o pessoal usa uma escumadeira e vai derramando devagarinho a agua sobre a cama de graos.

 

[rafaelpiovesan1]

Valeu lcmpredrosa,

já tinha visto o esquema do bode por ai, mas acho pouco prático (muito grande), gostaria de saber se há algo mais prático, tipo o da foto em anexo, ou se é possível apenas deixar o mosto escorrer pela parede da panela.

 

[RodrigoTPereira]

Pessoal, gostaria de saber duas questões.

1 - Existe algum problema de circular o mosto o tempo todo durante a brassagem com a bomba de recirculação, mesmo considerando as rampas de temperatura? com a bomba puxando na valvula de baixo da panela e devolvendo na parte alta, logicamente com um prolongamento para que desça pela lateral da panela, para não haver oxidação do mosto.

2- Depois de passar a agua da brassagem para a panela de fervura, a segunda agua (da lavagem), posso recircular também durante o tempo todo desse processo, para então transferir para a panela de fervura?

Respondendo:

Pode e Pode!

 

[finsel]

Olá, tudo bom ?

Desculpem por re-abrir esse tópico, mas gostaria de deixar um ponto para ser analisado por cada um.

Caso vc tenha vontade de fazer uma cerveja cada vez mais "perfeita", então deve sim se preocupar com detalhes como nosso amigo que questionou sobre bomba de circulação.

Deve-se ter em mente que a proteína extraída do grão é algo delicado... Por esse motivo que as fábricas de cerveja passaram a ser construída com curvas suaves ou seja, ângulos de 90 graus nas tubulações deixaram de existir. Isso ocorreu pois as fábricas tentaram manter o mais integro possível a proteína do mosto. Agora imagine vc. passando o mosto constantemente em uma hélice de bomba de circulação...

Caso realmente precise de uma bomba de circulação, tenha em mente que quanto mais forte o rpm mais irá deformar a proteína. As hélices tbm. devem ser mais propícias possível para manter a integridade das proteínas. Então evite qqr bomba de circulação.

Toda essa analise está descrita claramente no livro Kunze, página 240.

abcs e boa cerveja!
Frank