Após inocular o fermento, devo mexer o mosto?

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Freejah

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Jun 1, 2014
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Boa noite galera!
Fiz minha primeira brassagem ontem, tudo correu bem, assim espero!!
Porém ao final do processo, ao inocular o fermento no mosto, me surgiu a grande dúvida.. Devo mexer ou somente derramar o fermento, já hidratado sobre o mosto e fechar o fermentador?
Essa brassagem fui de weiss..
Valeu!!
 
Valeu JesseMatos..
Fico mais tranquilo.. Pois só derramei o fermento e fechei o fermentador..
Abraço
 
Pode ficar tranquilo, quando menos incomodar a levedura melhor =D
Tá fermentando a qual temperatura?

abç
 
Sugiro que vcs dois estudem um pouco antes de fazer cerveja novamente pois aerar o mosto ao final, com a inoculação do fermento, é essencial para multiplicação da levedura e para uma fermentação saudável. :drunk:
#RTFP
 
Eu estava pensando a respeito de mexer ou não mexer e cheguei à seguinte analogia: se eu jogar alguma coisa que contamine o mosto, nem precisaria mexer para proliferar uma cultura de fungo, bactéria ou o que quer que seja heheheh :)
 
JesseMatos.. To fermentando a 20 graus.. Porém nada de bolhas no airlock.. Ao precionar de leve o meio da tampa do balde de 30l, aí sim.. Bolhas no airlock.. Já está com cheiro de cerveja!!
Vou esperar pra ver no que vai dar!!
 
Muito obrigado pelo comentário Ronaldo!!
Adoraria fazer um curso com um cara educado como você!!

Não me conheces para fazer um comentário desse...

Tentei ajudar, dei a solução correta para questão e sugeri que estudassem, pois a dúvida levantada é bastante singela...

Absss
 
Sugiro que vcs dois estudem um pouco antes de fazer cerveja novamente pois aerar o mosto ao final, com a inoculação do fermento, é essencial para multiplicação da levedura e para uma fermentação saudável. :drunk:
#RTFP

Ronaldo, aeração/oxigenação do mosto e mexer o mosto para misturar a levedura são coisas diferentes.

Aeração do mosto é sim essencial ao se utilizar leveduras líquidas ou reaproveitadas de fermentação anterior. Ao se utilizar fermento seco (que é o que a grande maioria dos brasileiros usa, principalmente os iniciantes, como é o caso do Freejah que disse que fez sua primeira brassagem) também pode-se oxigenar o mosto, apesar de não ser essencial, pois o fermento seco não se faz necessário, pois a levedura liofilizada já tem em suas células a carga de oxigênio necessária para sua multiplicação.

Após a inoculação do fermento agitar o mosto para misturar a levedura além de ser desnecessário pode ser prejudicial.

Desnecessário pois, como diria um amigo meu, "o mosto QUER virar cerveja", ou seja, onde existir mosto fermentável as células vão até lá para se alimentar. Então não existe risco de um local ser fermentado e outro não por não ter sido misturada a levedura de forma homogênea no mosto.

E pode ser prejudicial pois a levedura liofilizada, mesmo após hidratada, ainda está com a parede celular fragilizada. Movimentos bruscos e agressivos com a levedura (como, por exemplo, chacoalhar o fermentador com a levedura recém misturada) podem matar um número considerável de células, reduzindo a viabilidade e trazendo diversos problemas que um underpitching pode trazer.

A oxigenação deve ser feita sempre antes da inoculação do fermento.

Freejah, baseado em tudo o que venho estudando sobre homebrewing há algum tempo te digo que não é necessário misturar o fermento no mosto. Só é necessário despejar no fermentador. Porém posso estar errado, então vamos ver as outras respostas, principalmente dos gurus, sobre o assunto.

Ronaldo, entendo que provavelmente você não foi agressivo no seu comentário, e sim que foi somente uma junção equivocada de palavras que causou a impressão de agressividade. Mas acho que ser amigável é essencial para um bom relacionamento num fórum. Se partirmos do pressuposto de que alguém não estudou só por ter feito uma pergunta básica então nenhum de nós aqui nunca estudou nada sobre o assunto. Pode perceber que sua resposta foi incompleta e, na minha opinião, foi também errada. Mas posso estar enganado.

Estudar todos devemos, sempre. Duvido que apareça qualquer pessoa aqui que diga "já sei tudo sobre fazer cerveja... não tem mais nada que eu devo aprender".

Mesmo o Guenther que, na minha opinião, é um dos que mais tem conhecimento e que está sempre ativo aqui no fórum, responde a todos com humildade e paciência.

Abraços!
 
Ronaldo, aeração/oxigenação do mosto e mexer o mosto para misturar a levedura são coisas diferentes.

Aeração do mosto é sim essencial ao se utilizar leveduras líquidas ou reaproveitadas de fermentação anterior. Ao se utilizar fermento seco (que é o que a grande maioria dos brasileiros usa, principalmente os iniciantes, como é o caso do Freejah que disse que fez sua primeira brassagem) também pode-se oxigenar o mosto, apesar de não ser essencial, pois o fermento seco não se faz necessário, pois a levedura liofilizada já tem em suas células a carga de oxigênio necessária para sua multiplicação.

Após a inoculação do fermento agitar o mosto para misturar a levedura além de ser desnecessário pode ser prejudicial.

Desnecessário pois, como diria um amigo meu, "o mosto QUER virar cerveja", ou seja, onde existir mosto fermentável as células vão até lá para se alimentar. Então não existe risco de um local ser fermentado e outro não por não ter sido misturada a levedura de forma homogênea no mosto.

E pode ser prejudicial pois a levedura liofilizada, mesmo após hidratada, ainda está com a parede celular fragilizada. Movimentos bruscos e agressivos com a levedura (como, por exemplo, chacoalhar o fermentador com a levedura recém misturada) podem matar um número considerável de células, reduzindo a viabilidade e trazendo diversos problemas que um underpitching pode trazer.

A oxigenação deve ser feita sempre antes da inoculação do fermento.

Freejah, baseado em tudo o que venho estudando sobre homebrewing há algum tempo te digo que não é necessário misturar o fermento no mosto. Só é necessário despejar no fermentador. Porém posso estar errado, então vamos ver as outras respostas, principalmente dos gurus, sobre o assunto.

Ronaldo, entendo que provavelmente você não foi agressivo no seu comentário, e sim que foi somente uma junção equivocada de palavras que causou a impressão de agressividade. Mas acho que ser amigável é essencial para um bom relacionamento num fórum. Se partirmos do pressuposto de que alguém não estudou só por ter feito uma pergunta básica então nenhum de nós aqui nunca estudou nada sobre o assunto. Pode perceber que sua resposta foi incompleta e, na minha opinião, foi também errada. Mas posso estar enganado.

Estudar todos devemos, sempre. Duvido que apareça qualquer pessoa aqui que diga "já sei tudo sobre fazer cerveja... não tem mais nada que eu devo aprender".

Mesmo o Guenther que, na minha opinião, é um dos que mais tem conhecimento e que está sempre ativo aqui no fórum, responde a todos com humildade e paciência.

Abraços!

Guilherme,

Esse é o grande problema da escrita. Pode ser interpretada conforme o gosto do freguês. Além disso, hj em dia as pessoas estão mto dodói. rs! Se fores ver meu histórico neste fórum verás que fui mal interpretado... sempre contribui e muito... não só para este fórum, mas para o movimento cervejeiro brasileiro como um todo... mas nem vem ao caso.

De qualquer maneira, com o advento do Congresso Técnico, tive oportunidade de trocar algumas ideias com o guru John Palmer, e uma das perguntas foi sobre aeração/oxigenação do mosto para leveduras secas.
Ele foi peremptório: tem que aerar/oxigenar! Assim, permita-me discordar do teu posicionamento... na minha opinião, equivocado.

Quanto ao momento da aeração, realmente não enderecei esta questão na minha resposta, mas é uma tanto óbvio que se dá antes da inoculação.

Absss
 
Se fores ver meu histórico neste fórum verás que fui mal interpretado... smpre contribui e muito... não só para este fórum, mas para o movimento cervejeiro como um todo...

Concordo. Justamente por isso disse que acreditava não ter sido agressivo, e sim um erro de colocação de palavras.

tem que aerar/oxigenar! Assim, permita-me discordar do teu posicionamento... na minha opinião, equivocado.

O ideal é chegarmos em 8ppm de O2. É praticamente impossível sem pedra difusora e cilindro de oxigênio. A levedura liofilizada já contém oxigênio para suprir a demanda de um mosto mal oxigenado. Isso é sabido.

Sem dúvida quanto maior a aeração, melhor. Mas o impacto que uma aeração de baixa qualidade trará à uma cerveja fermentada com levedura liofilizada sera, sem a menor dúvida, muito menor do que o impacto causado em um mosto mal oxigenado fermentado com levedura líquida.

Eu mesmo, sempre usei fermento seco, e mesmo assim sempre chacoalhei o fermentador para aerar o melhor possível.

Quanto ao momento da aeração, realmente não enderecei esta questão na minha resposta, mas é uma tanto óbvio que se dá antes da inoculação.

Não tão óbvio assim. Iniciantes podem ter esta dúvida encontrarem nesse post a resposta sobre o assunto. Entretanto, a dúvida inicial do post não era sobre oxigenação, e sim sobre misturar a levedura no mosto ou não.

Sendo assim, acho válido termos mais um post discutindo sobre aeração do mosto, porém, respondendo a pergunta inicial, para a qual o post foi iniciado:

Freejah, não se faz necessário misturar a levedura no mosto. Somente despejar e fechar o fermentador fará o trabalho.
 
Valeu pela explicação guilherme!!
Oxigenei um pouco o mosto ao transferir da panela de fervura para o fermentador, fazendo "splash" deixando a mangueira a uns 10cm do líquido do fermentador.. Após inoculei o fermento já hidratado com os devidos cuidados de temperatura.. Fechei o fermentador e geladeira a 20 graus..
Quanto a resposta do Ronaldo, posso ter me equivocado, pois li a mensagem dele junto com seu rodapé.. Imaginei que todo o testo fosse sua ajuda para minha pergunta.. Mas tudo bem, agradeço pelas respostas..
E a propósito, venho lendo sobre o assunto a algum tempo, e só fiz minha primeira brassagem após o curso com o Guenther..
Grato a todos!!
E sei que mais dúvidas surgirão!! Kkkk
Abraços
 
Ronaldo, acho que você com certeza sabe, mas a função do oxigenio é fazer as células criarem os esteróis e fortalecer a parede celular para a multuplicação. Fermentos liquidos e lama contém células muito fragilizadas e precisam desse fortalecimento, por isso a necessidade da aeração.

O processo de liofilização é extremamente agressivo para as células, por isso tem tão pouco tipo de fermento seco, a maioria das cepas simplesmente não aguenta. Mas as que são adaptáveis ao processo, são liofilizadas com as reservas de esteróis muito boa, para pelo menos 5 divisões celulares, o que é mais que suficiente para chegar ao numero ideal de células. Por esse motivo, aerar fermento seco pode até ser uma boa prática, mas não é crucial nem obrigatório.

Abraço!
 
Acho q todos nós entendemos que á duvida colacionada se refere a mexer o mosto já oxigenado para espalhar a levedura hidratada. Ok, mas agora fiquei com outra duvida. Alguns dos colegas disseram que não é saudável mexer a levedura por conta da parede celular, e q isso poderia matar uma grande quantidade de celulas. Se isso é verdade pq alguns cervejeiros utilizam agitadores magnéticos justamente para mexer a levedura ?,
 
Eu costumo dar uma movimentada no mosto após inocular o fermento mas acho que não é necessário fazer isto. Não acredito que uma pequena agitação vá causar problemas. Ainda mais com o fermento hidratado pois assim as paredes celulares já estão reconstituídas e mais resistentes (vide tópico "Hidratar ou não o fermento seco").
Quanto ao uso de agitador, geralmente ele é usado com fermento líquido, lama (não passaram pelo processo de liofilização citado pelo André) ou com o fermento seco já hidratado ou seja, o fermento já está saudável e vai tirar proveito da agitação e oxigenação promovida pela movimentação permanente da solução.
 
Quanto ao momento da aeração, realmente não enderecei esta questão na minha resposta, mas é uma tanto óbvio que se dá antes da inoculação.

Absss

Pra mim não é obvio, tanto que sempre faço o contrário. Não consigo enxergar diferença entre aerar imediatamente antes ou imediatamente após a inoculação. Que problema eu estou tendo ao aerar depois?
 
Pra mim não é obvio, tanto que sempre faço o contrário. Não consigo enxergar diferença entre aerar imediatamente antes ou imediatamente após a inoculação. Que problema eu estou tendo ao aerar depois?

Paulo,

O próprio Guilherme expôs em seu post, que "pode ser prejudicial pois a levedura liofilizada, mesmo após hidratada, ainda está com a parede celular fragilizada. Movimentos bruscos e agressivos com a levedura (como, por exemplo, chacoalhar o fermentador com a levedura recém misturada) podem matar um número considerável de células, reduzindo a viabilidade e trazendo diversos problemas que um underpitching pode trazer."

Toda a literatura que li fala em aerar/oxigenar pós resfriamento, pré pitching.

Seguem dois artigos interessantes sobre aeração:

https://byo.com/stories/issue/item/1894-aerating-wort-techniques

http://sciencebrewer.com/2013/11/12...iatus-an-experiment-yeast-aeration-of-course/
 
Freejah, uma solução que parece boa é um aerador de mosto.

Estou usando um desses aqui:
http://ecommerce.lamasbrewshop.com.br/ecommerce_site/produto_6568_9879_Aerador-de-Mosto

Ele faz um splash bem legal... com certeza é melhor do que chacoalhar o fermentador, e acho que é mais eficiente do que só deixar a cerveja cair de altura.

Pelo preço vale a pena.

Pessoal,
Alguém conhece ou já fez aeração por método Venturi ???
Achei esse artigo da Homebrewtalk Americana muito interessante.
Praticamente custo zero!!!
Abs.

PS: Seria realmente interessante um tópico sobre aeração de mosto (caso já não exista).

http://www.homebrewtalk.com/Venturi-Aeration-Experiment.html
 
Paulo,

O próprio Guilherme expôs em seu post, que "pode ser prejudicial pois a levedura liofilizada, mesmo após hidratada, ainda está com a parede celular fragilizada. Movimentos bruscos e agressivos com a levedura (como, por exemplo, chacoalhar o fermentador com a levedura recém misturada) podem matar um número considerável de células, reduzindo a viabilidade e trazendo diversos problemas que um underpitching pode trazer."

Toda a literatura que li fala em aerar/oxigenar pós resfriamento, pré pitching.

Seguem dois artigos interessantes sobre aeração:

https://byo.com/stories/issue/item/1894-aerating-wort-techniques

http://sciencebrewer.com/2013/11/12...iatus-an-experiment-yeast-aeration-of-course/

Acho que não deve ser tão crítico, porque a própria Fermentis recomenda usar aeração para misturar o fermento no tanque:

Rehydration instructions

Sprinkle the yeast in minimum 10 times its weight of sterile water or wort at 27°c ± 3°C (80°F ± 6°F). Leave to rest 15 to 30 minutes. Gently stir for 30 minutes, and pitch the resultant cream into the fermentation vessel.

Alternatively, pitch the yeast directly in the fermentation vessel providing the temperature of the wort is above 20°C (68°F). Progressively sprinkle the dry yeast into the wort ensuring the yeast covers all the surface of wort available in order to avoid clumps. Leave for 30 minutes, then mix the wort using aeration or by wort addition.
 
Paulo, mas essa é exatamente a técnica: Leave to rest 15 to 30 minutes. Foi bem assim que o Guenther ensinou no tópido Hidratar ou não fermento seco. Após 15 minutos, agitas levemente a cada 5 minutos até virar um creme. A questão de aerar depois que inoculou...cara, não é necessidade e principalmente não recomendado se a aeração for no "muque" (chacoalhar na mão). Se faz mal real? Não sei, mas se pode fazer antes, não precisa estressar as bichinhas né?

Abraço!
 
Depois de hidratada já era, a levedura já está recomposta. O problema maior é logo no início da hidratação, nos 15 minutos iniciais, depois pode ir mexendo de 5 em 5 minutos, e com 30 minutos pode inocular. Lembre-se que um dos fatores pelo qual não se recomenda agitar antes da hidratação completa também é a concentração de células, que depois de misturado no mosto, será diluída MUITAS vezes.

Após isso, se quiser aerar... vá em frente. Mal não vai fazer, mas na maioria dos casos, com cervejas não muitos fortes, utilizando fermento SECO, não haverá diferença (assumindo quantidade correta de fermento) simplesmente pela oxigenação.

O fermento precisa de oxigênio pra sintetizar ácidos graxos e esteróis, e esses caras são necessários para que as células tenham biomassa suficiente para se replicar.

Ocorre que os fermentos liofilizados são mantidos em condições PERFEITAS antes da liofilização, e então os caras começam a baixar a temperatura lentamente, o que faz os mesmos aumentarem ao máximo possível suas reservas de carboidratos (pois são programados genéticamente, pela evolução, para hibernar como um urso... gordo), ácidos graxos, esteróis, e ainda fazem o mesmo gerar Trealose (dissacarídeo que age como um casaco de pele, protegendo contra choques de temperatura, choques osmóticos, etc). No momento que essas células estão pra lá de gordas.... os caras liofilizam. Espertos, né? :)

Ou seja, o fermento seco que utilizamos, se bem hidratado, já vem com altas reservas de tudo que ele precisa pra se replicar 3, 4 vezes, sendo que isso é o suficiente pra fermentar a maioria das cervejas.

Existem testes (inclusive em vídeo) comparando o mesmo mosto fermentado com fermento seco, um sem aeração nenhuma, outro aerado com O² puro.. perfeito. Diferença em lag time, atenuação, tempo de fermentação? Nenhuma. Isso corrobora com toda a teoria.

Em 2012, Piracicaba, eu perguntei a mesma coisa pro Palmer... ele falou que precisa aerar... e disse que era bom fazer um starter tb (??). Outra vez eu perguntei a mesma coisa por e-mail, dando esse argumento que acabei de escrever (baseados em várias coisas que estudei). A resposta do Palmer foi que ele ACHA que tem que aerar do mesmo jeito que líquido pois ele ACHA que as reservas dessas células estariam diminuídas.

O que eu interpretei disso tudo, sinceramente? Que esse é um assunto que o Palmer (e a maioria dos estudiosos) sinceramente... ignora.... não pesquisa muito sobre isso, por ser fermento seco.

Assim como eu também perguntei pra ele por e-mail sobre o Efeito de Crabtree, e ele também desconversou. É uma coisa que ele não estudou muito... só disse que bateu um breve papo com o Tracy Aquila sobre isso.

Ou seja, na minha observação de tudo isso, a teoria de que fermento seco já vem com reservas altas e não necessita obrigatoriamente aeração do mosto (novamente, para cervejas normais) está totalmente alinhado com a prática, não só minha, mas de dezenas de cervejeiros que conheço.

Fermento líquido? Slurry? Aí a história é completamente diferente.

Abração,
 
Com a Máxima Data Vênia, discordo e concordo. Concordo em não mexer o mosto nos 15 primeiros minutos pela fragilidade da membrana, contudo, oxigenar o mosto sem ter quem o consuma não é eficiente, pois o oxigênio é instável. O certo é após hidratar o fermento e colocá-lo no mosto, começar a aeração do mesmo... não estou falando de O2 puro. A natureza da levedura não é produzir álcool nunca e esta só o faz para sobreviver.
 
Esse é um curso disponível no Youtube do Barga da Bio4... Quando digo eficiente não quis relacionar com "eficiência" apenas digo que o O2 é instável e se colocado no mosto sem a levedura para consumi-lo ele se dispersará.

[ame]https://www.youtube.com/watch?v=CH3sdObb4EU[/ame]
 
Cara, vi a apresentação, mas sinceramente eu acho que a explicação das "bolhas subirem", etc, extremamente básica.

Alguns sabem, outros não, mas há algum tempo eu importei dos EUA um Medidor de Oxigênio dissolvido em líquidos, coisa que praticamente nenhuma cervejaria por aqui utiliza.

Assim que der, vou fazer um experimento sobre isso, oxigenando um mosto, medindo, deixando descansar durante X tempo, medir novamente, e por aí vai. Esse foi o principal motivo da compra (cara) desse troço, as ainda não tive tempo de utilizar para meus experimentos do livro.

Abraço,
 
A natureza da levedura não é produzir álcool nunca e esta só o faz para sobreviver.

Hehehe, engano... pesquise por Efeito Crabtree.
Sac. Servevisae produz etanol em condições aeróbicas também.
 
Fica muito claro na palestra a dificuldade de se "colocar" oxigênio mexendo o balde. Por isto disse, como iniciante pesquisador, com a máxima data vênia, ou seja, com o devido respeito pois sei que tu é conhecedor... mas acho que ninguém contribui mais que você para o desenvolvimento do grupo
 
Pelo que eu entendi, Araribeer, o que vc tá querendo dizer é que o mosto não "segura" o oxigênio em si, depois de algum tempo, é isso?

Bem, isso tem a ver com a solubilidade do gás no mosto. Solubilidade dos gases nos líquidos tem uma relação muito grande com temperatura, quanto menor a temperatura, mais solúvel os gases se tornam.

No caso do oxigênio, a solubilidade em água a 1bar, 0ºC é de 14.6 mg/L, enquanto que a 20ºC é 7,6 mg/L (http://en.wikipedia.org/wiki/Oxygen).

Ou seja, pode-se oxigenar a água o quanto quiser, até a saturação, mas se a pressão for mantida, aos poucos o oxigênio solubilizado vai sair e entrar em equilíbrio com a atmosfera, ficando nessa faixa aí de acordo com a temperatura.

Só que isso é água. Pra mosto a solubilidade deve ser diferente, imagino que seja maior.
 
Fica muito claro na palestra a dificuldade de se "colocar" oxigênio mexendo o balde. Por isto disse, como iniciante pesquisador, com a máxima data vênia, ou seja, com o devido respeito pois sei que tu é conhecedor... mas acho que ninguém contribui mais que você para o desenvolvimento do grupo
Arari, o Marcelo fala no vídeo que é muito difícil conseguir mais que 2 ou 3 ppm de oxigênio no mosto, e o mínimo ideal seria 8.

Mas eu te digo que existem várias literaturas e testes dizendo que, seja chacoalhando o fermentador, ou com bomba de aquário, também é possível chegar nos 8ppm.

Inclusive, aqui tem um vídeo de um cara da Wyeast dizendo que só chegou nos 8 ppm depois de chacoalhar o fermentador por uns 45 segundos.

O vídeo está aqui: [ame]https://www.youtube.com/watch?v=75gpehf_6Gk[/ame]

Além disso, na palestra do Marcelo, ele diz que os dados ali que dizem que não se consegue mais do que 2 ou 3 ppm ao natural, e que os dados são da White Labs. No entanto, no livro Yeast, cujo autor principal é o Chris White (dono da White Labs), diz que sim, consegue-se chegar aos 8ppm.

Ou seja, é por isso que eu normalmente só aceito uma explicação depois que vejo várias fontes e testes falando a mesma coisa.

Essa de que seria muito melhor aerar só depois de inocular o fermento, sinceramente, também não me convenceu. Talvez realmente haja uma perda conforme o tempo for passando, mas eu acredito hoje, antes de fazer experimentos, que isso seria desprezível.

Abração,
 
Cara, vi a apresentação, mas sinceramente eu acho que a explicação das "bolhas subirem", etc, extremamente básica.

Alguns sabem, outros não, mas há algum tempo eu importei dos EUA um Medidor de Oxigênio dissolvido em líquidos, coisa que praticamente nenhuma cervejaria por aqui utiliza.

Assim que der, vou fazer um experimento sobre isso, oxigenando um mosto, medindo, deixando descansar durante X tempo, medir novamente, e por aí vai. Esse foi o principal motivo da compra (cara) desse troço, as ainda não tive tempo de utilizar para meus experimentos do livro.

Abraço,

Olá Guenther, tudo bom ?
Gostaria de saber se chegou a fazer os testes que mencionou?





Um outro ponto que penso em relação em aerar ou não o mosto para fermento seco é com relação a "saúde" dos fermentos. Pois como é difícil sabermos como foi transportado/armazenado os pacotes de yeast acredito que a viabilidade das células pode ser consideravelmente reduzida levando uma necessidade de divisão de células acima do esperado e desta forma acabando com as reservas de O2 gerando stress etc. Talvez seja por isso que aerar mesmo que pouco seja mais "seguro" do que não aerar e confiar na viabilidade descrita pelo vendedor dos fermentos. Eu particularmente noto uma melhora no resultado final quando aerado o mosto, pelo menos na minha weiss. Mas tudo isso é relativo a muitos fatores envolvidos e deve ser por isso que muitos dizem isso ou aquilo.

A segunda pergunta que deixo aqui é com relação a aerar o mosto após inoculação e até quantos dias depois posso aerar com pedra difusora a fim de não gerar problemas e sim garantir uma total reserva de O2 para as células. Isso no caso de Lager.

Obrigado.
Frank
 
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