Venda de cerveja ambulante.

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@Theo Saad
Concordo com você, a sua explanação está perfeita.

O que as pessoas precisam entender é que para qualquer negócio, é necessário realizar um investimento, estar dentro da lei, estar regularizado ou qualquer outra obrigação, qualquer negócio sem essas premissas, tendem ao fracasso (sim, isso dói, mas é a verdade).

@jeanpaullopes
Também trabalho com desenvolvimento de software (em uma pequena empresa, com um pouco mais que 15 funcionários), e vejo o mesmo problema que você, todos os dias (sobrinhos e amigos que fazem mais por menos, entre outas coisas). Também vejo empresários que abrem um negócio sem se preocupar com a parte "legal" da coisa, sempre visando "trapacear" o sistema (governo). Este tipo de empresa não dura mais que um ano no mercado, e isto não é um achismo, e sim uma realidade!

Se tem alguém aqui que tem a intenção de comercializar cerveja sem registro MAPA, CNPJ, e quaisquer outras regulamentações, entendam, você será apenas mais um que em breve terá um grande prejuízo. Sei que muitos discordam disso, e que já estão a anos vendendo cerveja de forma ilegal, mas isto não passa de uma renda extra, que não "sustenta uma família". Se alguém aqui vive desta forma, sinto muito, em breve você terá que tomar uma decisão, ou você regulariza ou muda de ramo de atividade!

Vejo muita gente que é incentivada pelos amigos e familiares, a comercializar um produto, sem a mínima noção de que qualquer negócio precisa ter no mínimo um investimento, capital de giro, regulamentação e entre outras burocracias. Não caia nessa, é uma cilada.

Em fim, se alguém tem a intenção de comercializar cerveja, procure no mínimo se regularizar, tenha capital para investir (seja proveniente de empréstimo, família, investidores, ou qualquer outro meio), compre equipamentos, aumente a produção e expanda a venda, é assim que um negócio deve ser, caso contrário, continue como hobby.

Um abraço a todos, e PAZ!
 
Last edited:
Se alguém faz a cerveja para vender mas não tem registro, é proibido. Não pode, pela lei, vender nem pro seu pai ou irmão ou amigo. Essa é a lei. Vai de cada um o grau em que vai desrespeitar, que tem muito a ver com o quanto você concorda com a lei e qual o tamanho da sua desobediência civil.
Não existe lei proibindo fazer cerveja caseira. Nem vender para amigos. Isso está fora das relações formais e qualquer fiscal vai rir se você mandar prender um cara que vende para colegas de trabalho.
Já vender em estabelecimentos formais de comércio, é outra história. Até mesmo estocar.
 
Se alguém faz a cerveja para vender mas não tem registro, é proibido. Não pode, pela lei, vender nem pro seu pai ou irmão ou amigo. Essa é a lei. Vai de cada um o grau em que vai desrespeitar, que tem muito a ver com o quanto você concorda com a lei e qual o tamanho da sua desobediência civil.
Que lei é essa?
 
Não são as leis que determinam a realidade, ao contrário, elas são fruto das relações materiais de produção existentes. Em outras palavras: a legislação para produção de cerveja no Brasil atende às demandas da indústria, e nem estava contando com esse boom das artesanais, até pelo fato de que há poucas décadas no Brasil isso nem existia ou era absolutamente residual, raro. Como a História não aguada as leis, hoje temos um movimento cervejeiro, e uma enorme demanda por cerveja de verdade, juntou-se a sede com a vontade de fazer... Tem que haver uma articulação nossa, dos artesãos cervejeiros, para que se regulamente a cervejaria artesanal propriamente dita. Enquanto isso, sim: é ocupar, produzir, beber, vender e resistir.
Acho também que muitas vezes a galera fala e pensa como quem quer ficar "rico" com cerveja, o rico "padrão", com carrão do ano, férias na Europa, casa de praia e tals... Eu já acho que se eu ganhar, com o prazer milenar de fazer a minha cerva, mais do que o salário médio de quem é empregado das cervejarias, sem a aporrinhação de patrão, onde o lucro está sempre a frente da qualidade, já está valendo demais!!!!
Outro ponto que sempre me fustiga é lembrar do produto de que estamos falando, de sua história, do que a cerveja representa em cultura para a humanidade. Cerveja sempre foi das casas, das cozinhas das famílias, de pequenos estabelecimentos, item de prazer e segurança alimentar, precisamos retomar este patrimônio, e não será com obediência cega à legislação, e nem ao modus operandi dos empreendedores que conseguiremos.
 
Não são as leis que determinam a realidade, ao contrário, elas são fruto das relações materiais de produção existentes. Em outras palavras: a legislação para produção de cerveja no Brasil atende às demandas da indústria, e nem estava contando com esse boom das artesanais, até pelo fato de que há poucas décadas no Brasil isso nem existia ou era absolutamente residual, raro. Como a História não aguada as leis, hoje temos um movimento cervejeiro, e uma enorme demanda por cerveja de verdade, juntou-se a sede com a vontade de fazer... Tem que haver uma articulação nossa, dos artesãos cervejeiros, para que se regulamente a cervejaria artesanal propriamente dita. Enquanto isso, sim: é ocupar, produzir, beber, vender e resistir.
Acho também que muitas vezes a galera fala e pensa como quem quer ficar "rico" com cerveja, o rico "padrão", com carrão do ano, férias na Europa, casa de praia e tals... Eu já acho que se eu ganhar, com o prazer milenar de fazer a minha cerva, mais do que o salário médio de quem é empregado das cervejarias, sem a aporrinhação de patrão, onde o lucro está sempre a frente da qualidade, já está valendo demais!!!!
Outro ponto que sempre me fustiga é lembrar do produto de que estamos falando, de sua história, do que a cerveja representa em cultura para a humanidade. Cerveja sempre foi das casas, das cozinhas das famílias, de pequenos estabelecimentos, item de prazer e segurança alimentar, precisamos retomar este patrimônio, e não será com obediência cega à legislação, e nem ao modus operandi dos empreendedores que conseguiremos.
E não falta que dê voz ao lobby ambeviano e da indústria do inox.
Parece até pau mandado para impor discórdia.
 
Que lei é essa?

Olá pessoal!

@Elio Wurrel !

Há um post meu mais atrás em que cito diversas leis que regulamentam a produção e a comercialização de bebidas alcoólicas, na qual a cerveja está incluída.

@Paivao ,

Diferentemente dos USA, aqui realmente não há legislação que regulamente a produção de cerveja caseira. Quanto a venda, independente de volume e de quem seja comprador, configura-se comercialização e nesse caso, se houver por exemplo uma denúncia de um vizinho ou do dono de um boteco que se achar prejudicado, você será autuado - e num primeiro momento não preso - baseado nas sanções previstas em legislação específica de produção e comercialização de bebidas alcoólicas.

@FelGuara ,

Complementando o comentário que fiz acima para @Paivao , concordo que a produção e a venda possa ser um modo de resistência e luta contra o sistema, mas é importante que todos estejam conscientes dos enquadramentos e consequências legais. Conhecimento acima de tudo, mesmo que para subverter o sistema.

Enfim, concordo e andei mais um pouco quanto a organização de dados para formular uma proposta de lei voltada a produção "artesanal" de cerveja. Inclusive, como já citei em textos anteriores, por norma legal, é termitantemente proibido o uso do termo "artesanal" em rótulos de cerveja.

Estou com @FelGuara: mobilização! E nesse campo a indústria está muito bem mobilizada com lobby e financiamento de candidatos.

E ao meu ver, parte dessa mobilização e resistência seja a de desconstruir a falsa ideia de que uma microcervejaria que produz 100 mil litros/mês seja uma cerveja artesanal. Ridículo isso! Pode ser uma puro malte de boa ou ótima qualidade, mas jamais artesanal. É propaganda enganosa utilizando-se do termo artesanal para vender gato por lebre, agregando valor ao produto "industrializado".
 
Caros, não quero estragar a ideia de ninguém, mas vou dar minha visão e experiência na area. Eu empreendi já, com tudo legalizado. Sabe o que mais atrapalha o empreendedor correto? Não é a prefeitura, nem a secretaria de Fazenda com os impostos. Tudo isso é justo, é claro, regulamentado, de conhecimento geral. Portanto, coloca-se tudo isso no preço. O que f... a vida do empreendedor que faz tudo direitinho é o cara que acredita que está acima de tudo isso, que o governo é chupim e atrapalha o empreendedor, e vai lá e faz tudo na gambiarra, fora da lei, não recolhe imposto, não emprega ninguém (pelo menos não com carteira assinada). Daí o cara tem um produto bem mais barato, porque não precisa lidar com vigilância sanitária, Anvisa, prefeitura, Sefaz, MPT, essas coisas. E isso f... o cara que tá empregando gente, ajudando famílias, tentando viver honestamente. Se tu não tem os recursos para funcionar legalmente, de duas uma: 1) ou arrume o recursos, via empréstimo, financiamento, venda de cotas da empresa, sócios, família, amigos, crowdfunding, etc, ou 2) parta para outro ramo, em que você possa fazer tudo dentro da lei. Isso te dá a consciência tranquila de nem correr o risco de ser multado, perder tudo, etc, e de saber que não está prejudicando ninguém que foi lá, investiu, correu atrás, legalizou tudo, botou o pescoço a prêmio e foi à luta! Para exemplificar com uma coisa simples que aconteceu na minha frente: a vigilância sanitária de SP chegou em frente ao Sacolão Perdizes, no bairro de mesmo nome, e apreendeu o ambulante que vendia milho verde ali, bem em frente de um estabelecimento comercial com CNPJ, mais de 100 funcionários e que vendia, entre outras centenas de produtos, MILHO VERDE. O cara tinha uma carrocinha de madeira, com um botijão de gás (olha o perigo de incêndio), uma panela velha, água de sabe-se-lá de onde para cozinhar o milho, margarina fora da geladeira, sem prazo de validade, não usava luvas e com a mesma mão que recebia o dinheiro, servia o milho sem ao menos passar um álcool-gel (porque fonte de água limpa ele não tinha para poder lavar as mãos). Uma turma da rua tentou impedir a vigilância, argumentando que o cara só queria trabalhar. Eu entrei na discussão e argumentei tudo isso, mostrando que ele estava potencialmente tirando o emprego de mais uma pessoa porque o sacolão estava deixando de vender mais milhos porque esse cara estava ali. Todo mundo que teve a paciência de ouvir concordou comigo, o cara do milho ficou envergonhado e a vigilância sanitária agradeceu minha intervenção moderadora e parcimoniosa. Resumo: cada fora-da-lei tira espaço de quem quer atuar dentro da lei. Não faça isso, meu amigo. Abraço.
 
Excelente!! Sou novo no negócio, estou estudando vendo vários assuntos que são infinitos. Tenho vontade de me profissionalizar e partir para um negócio no ramo, mas pra falar a verdade, ainda não sei para onde partirei primeiro após ficar craque como cervejeiro!! @Theo Saad tá certinho! As vezes pensamos em fazer de qualquer jeito até estaremos do outro lado, né?! Você está certíssimo! Parabéns pela explanação.
 

Carlos,

Discordo um pouco no que se refere ao emprego em si, afinal, se o empregado estiver dentro da empresa ou estiver na rua, é indiferente. Mas caberiam mais reflexões.

Agora, quanto a fazer as coisas da forma correta, legalizada e principalmente em tratando-se de produtos alimentícios ou de consumo similar, questões higiênicas e sanitárias realmente não devem ter exceções, aplica-se as regras e ponto. Riscos de contaminação todo mundo aqui devem saber o quanto é fácil de ocorrer.

Creio que nesses casos falta o poder público ou até mesmo as academias - faculdades e universidades - tomarem iniciativas de conscientização e apoio.

Por exemplo, hoje pelo MEI, Micro Empreendedor Individual, há uma ampla gama de atividades que contemplam pequenos empreendedorismos oferendo inclusivo mais segurança social e trabalhista aos próprios empreendedores.

Nada impediria o ambulante do milho ter seu comércio decentemente enquadrado nas normas sanitárias, com até um funcionário registrado, ambos recolhendo seu imposto e segurados pelo INSS. Cabe salientar que uma coisa é uma quitanda/verejão vender milho verde in natura, outra é um ambulante vender milho verde cozido configurando-se assim, um produto alimentício pronto para o consumo. Seria como eu vender cerveja legalizada na frente de uma loja de insumos para fazer cerveja.

Enfim, sim, sou a favor de tudo legalizado e realizado de forma correta, mas precisamos ter empatia e ter compreensão de que há mais de 30 milhões de pessoas hoje, atuando na informalidade devido as questões políticas e econômicas do País, que precisam garantir de alguma forma o sustendo pessoal e/ou da família.
 
Acho bonito o cara falar em "geração de emprego",mas compra no Mercado Livre sem nota fiscal nao ajuda o comercio local
A muito tempo o mercado livre só vende novo com nota, hoje mandam nota digital pelo seu e-mail e declaração de conteúdo somente para usados, já vem na embalagem do correio a nota " pregada " junto, agora mesmo gastei uma grana com equipamentos, panelas, sistema de processamento automático e afins, fora a exploração com as taxas de envio... desde quando comprar pelo mercado livre foi sinônimo de burlar encargos sociais e geração de emprego?
 
Não dá cadeia, mas pode dar multa de diferentes órgãos. Prefeitura, sefaz, MAPA. Porque todos os âmbitos precisam estar legalizados. A venda, na prefeitura, a produção no mapa, etc.. Em 2014, se não me engano, uma galera começou a fazer cerveja em uma cidade da serra aqui do Rio de Janeiro, e como era na serra, cidade pequena, a galera tava conseguindo comercializar as cervejas nos bares. Eram varias "cervejarias" caseiras, e eram até bem boas... Quando o negócio cresceu um pouco, o MAPA recebeu uma denúncia, e deu dura em geral. Nos cervejeiros? Não, nos bares que vendiam. Aí, jogaram fora as garrafas ilegais de todo mundo. E um dos bares levou uma multa salgada... Não sei dizer porque só um levou, mas foi o suficiente pra acabar com o negócio por ali. Ninguém mais quis vender cerveja sem registro lá. Eu conheço gente que faz cerveja pra vender assim, sem registro, e consegue tirar um dinheirinho, mas sem um ponto de venda legal, sem poder vender em mercados, bares, etc.. Não dá muito dinheiro não. E se der, vc vai levar uma dura, porque vai chamar atenção. Tu não vai conseguir levantar o capital pra legalizar uma cervejaria assim, por exemplo. E também não vai atrapalhar o negócio de nenhuma cervejaria legalizada. Rsrsrs. Não é o produtor caseiro, que vende chope no carro a concorrência desleal, né?! A concorrência desleal vem é das grandes, que sonegam imposto até não poder mais. Inclusive com anuência do Estado, quando recebem isenções e anistias. Talvez a forma mais segura de você seguir nesse ramo, seja ir aos poucos. Pra não ter que legalizar um monte de coisa de uma vez. Inicie seu negócio revendendo uma cerveja legalizada, pra não ter que legalizar a produção. Só a venda. Pra comprar e revender chope no seu carro, é muito mais simples. Só precisa de um MEI, e vc já vai poder vender em feiras e locais em que a prefeitura libere. Desse jeito seu investimento vai ser basicamente os barris de chope e a chopeira, vc vai pagar uma merreca de imposto, vai atuar na parte da cadeia que tem menor risco e maior margem de lucro, e não vai ter que fugir do rapa! Além disso vc vai entrar e sentir o mercado aí na sua cidade, e tendo sucesso, você consegue ir se legalizando aos poucos pra produzir de forma cigana sua própria breja, ou mesmo atrair um investidor para o seu negócio, que já está dando certo. Produzir ilegalmente parece tentador, mas é um beco sem saida, porque se vc crescer vão te dar uma rasteira. Existem caminhos mais baratos pra entrar no mercado. Abs.
Gostaria que os políticos brasileiros tivessem medo de cadeia igual os cervejeiros aqui tem... seria um política bem honesta KKKKKKKKKKKKK
 
Muitas das regras constituídas eram feitas pelas grandes empresas para barrar as pequenas. Tem essa do Lobby dos grandes, nada é por acaso. Pra vocês terem ideia, uma agroindústria familiar tinha de ter pé direito com o tamanho de 4 metros de altura. Foi com o governo Tarso Genro, no RS, que este requisito foi alterado.
 
Mas voltando ao tópico, já que foi ressuscitado, rsrsrs. Eu não sei que tantas leis e regras são essas que estão falando aqui. Há sim alguma burocracia pra legalizar uma empresa, mas sinceramente esse é o menor dos custos de uma cervejaria. As regras do MAPA são praticamente as mesmas da vigilância sanitária, e na moral, é o mínimo mesmo. São coisas como ter ralo, ter uma pia pra lavar as mãos, usar materiais atóxicos (não necessariamente inox).. Enfim, além das regras de qualquer cozinha, um responsável técnico. Que é fundamental pra segurança. Como vimos recentemente, um erro, ou problema, pode levar a morte de consumidores.
Agora, sinceramente, falar que um vendedor de milho ta tirando emprego no hortifruti é um pouco demais. Achar que trabalhar informalmente é um ato de resistência ao sistema tbm é puro romantismo, mano. Se fosse assim, o Brasil tava se tornando um berço de Che Guevaras, mas é só uma economia lascada mesmo.
O trabalho informal é ruim, sobretudo pro trabalhador.
Eu comecei minha cervejaria produzindo informalmente, em 2013. Vendia pras festas dos amigos, e amigos dos amigos. Só consegui formalizar como cigana tem 1 ano. Arrumei um sócio que confiou no negócio pq eu ja estava vendendo. Comecei com um rótulo e nesse mês vamos lançar o terceiro, e no próximo o quarto. Estamos crescendo, mas tudo indo devagar, o mercado CAIU MUITO no último ano.
O ponto chave é que, quem produz informalmente não tem acesso aos pdvs mais importantes. Nunca vai ter acesso aos supermercados, nem a 99% dos bares, nem as feiras importantes. Assim, nunca vai vender muito.
Agora, quer meter uma chopeira no carro e sair vendendo a cerva que tu fez com bomba de máquina de lavar roupa em casa? Mete bronca mano! A indústria não dá a mínima pra vc. Nem as grandes nem as pequenas. Isso é uma ótima ideia de trabalho? Não. É um emprego informal, tal qual qualquer outro.
Por fim, sinceramente, tu vai entrar num mercado saturado de micro cervejarias, e várias com grana pra te engolir... Não deixe de ir atrás dos seus sonhos, mas veja bem onde pisa. Saiba que essa idéia teria sido bem melhor a uns 3 anos atrás... E a cada dia que passa vai ficar mais difícil de funcionar.
 
Quase toda cervejaria começou informal. É o jeito mais natural.
Falar em outra coisa é utopia e hipocrisia.
Nem todo mundo tem grana. Se tivesse aí sim seria todo mundo certinho.

A mensagem do @marcelo_r_a expõe a real.

Da pra juntar uma grana pra usinar a primeira cigana e começar produzir certo.
Aprender a andar pra depois pensar em correr.
 
Eu acho que o propositor do tópico levantou a idéia do cara tipo qualquer um de nós, que gosta mesmo de fazer cerveja, tem uma sobra duns 20l e quer vender informalmente pra tirar uma graninha e sustentar o "vício". Acho que quem está comprando deveria de ter consciência do risco. E falo sendo alguém que quase morreu porque comeu tacacá com camarão estragado uma vez duma barraquinha de rua em Humaitá - AM.
E não é porque o cara faz em casa que vai ser um produto fora de padrão, tipo esse negócio bizarro de usar bomba de máquina de lavar, dá pra fazer 40l de BIAB sem essas gambiarras, cerveja 100% dentro dos padrões sanitários.
 
Quase toda cervejaria começou informal. É o jeito mais natural.
Falar em outra coisa é utopia e hipocrisia.
Nem todo mundo tem grana. Se tivesse aí sim seria todo mundo certinho.

A mensagem do @marcelo_r_a expõe a real.

Da pra juntar uma grana pra usinar a primeira cigana e começar produzir certo.
Aprender a andar pra depois pensar em correr.
@pedcana, cara, só uma ressalva, eu acho que é impossivel conseguir a grana pra legalizar uma cervejaria vendendo cerveja caseira... Nem cigana. Dificilmente alguém vai sequer conseguir viver disso.
Varias cervejarias começaram com cervejeiros caseiros, sim. Mas está passagem para a profissionalização não aconteceu pq eles vendiam a cerveja, mas sim porque faziam.
Ou já tinham o capital para o negócio, e viram a oportunidade, ou, de alguma forma se destacaram como cervejeiros caseiros, e a partir do reconhecimento conseguiram levantar o capital. Vender cerveja caseira não é um bom NEGÓCIO.
 
Eu acho que o propositor do tópico levantou a idéia do cara tipo qualquer um de nós, que gosta mesmo de fazer cerveja, tem uma sobra duns 20l e quer vender informalmente pra tirar uma graninha e sustentar o "vício". Acho que quem está comprando deveria de ter consciência do risco. E falo sendo alguém que quase morreu porque comeu tacacá com camarão estragado uma vez duma barraquinha de rua em Humaitá - AM.
E não é porque o cara faz em casa que vai ser um produto fora de padrão, tipo esse negócio bizarro de usar bomba de máquina de lavar, dá pra fazer 40l de BIAB sem essas gambiarras, cerveja 100% dentro dos padrões sanitários.
Na verdade ele queria colocar uma chopeira no carro e sair vendendo... rsrsrs. Mas sim, dá pra fazer na moral! Sem temperinho de câncer...
 
@pedcana, cara, só uma ressalva, eu acho que é impossivel conseguir a grana pra legalizar uma cervejaria vendendo cerveja caseira... Nem cigana. Dificilmente alguém vai sequer conseguir viver disso.
Varias cervejarias começaram com cervejeiros caseiros, sim. Mas está passagem para a profissionalização não aconteceu pq eles vendiam a cerveja, mas sim porque faziam.
Ou já tinham o capital para o negócio, e viram a oportunidade, ou, de alguma forma se destacaram como cervejeiros caseiros, e a partir do reconhecimento conseguiram levantar o capital. Vender cerveja caseira não é um bom NEGÓCIO.

Depende. Estou falando pq conheço quem fez assim. Foi se estruturando e fazendo o que podia em casa. E pode ter certeza que há diversos exemplos. Hoje, graças a luta é uma cigana que está caminhando. Como em qualquer negócio há os riscos e a gestão.
Quando se é caseiro o sócio majoritário...( governo) não está inserido no contexto.
Bom negócio eu concordo contigo que não é pq trabalhar irregular nunca é bom. Mas é possível neste caso saber se a aventura vale a pena ou não.
 
Depende. Estou falando pq conheço quem fez assim. Foi se estruturando e fazendo o que podia em casa. E pode ter certeza que há diversos exemplos. Hoje, graças a luta é uma cigana que está caminhando. Como em qualquer negócio há os riscos e a gestão.
Quando se é caseiro o sócio majoritário...( governo) não está inserido no contexto.
Bom negócio eu concordo contigo que não é pq trabalhar irregular nunca é bom. Mas é possível neste caso saber se a aventura vale a pena ou não.
Cara, veja bem, não é que vender a cerveja caseira que se produz não possa ser um estágio natural no processo de elaboração de uma cervejaria. No meu caso mesmo, foi. Mas é muito mais uma consequência, do que uma a causa. Eu diria até que é um elemento secundário.
O fato do seu conhecido ter atuado informalmente não significa que foi assim que ele levantou a grana. Pergunte a ele quantos barris ele tem atualmente, multiplique pelo preço de um barril, depois pense quantos litros de chope ele teria que ter vendido para pagar tudo isso, e ainda vivido da venda do chope. Tu vai ver que o caminho não foi esse.
Outra coisa, essa ideia de "testar o produto" é furada total. Medir uma atuação no mercado informal NÃO é uma fonte confiável de informação para prever uma entrada no mercado formal. Não é assim que se faz pesquisa de mercado. Nem é assim que se elabora um produto. Essa é uma postura no minimo ingênua, num mercado que já tem suas referências.
Na real cara, se vc precisa da opinião dos outros (leigos) sobre sua cerveja, pra saber se vc pode vende-la, provavelmente vc não está preparado para ter um negócio no ramo. Existem critérios de avaliação objetivos na área e não conhece-los é um péssimo sinal. Esse já não é um ramo de amadores.
O que eu estou tentando ressaltar aqui, é que vender a cerveja caseira não é o start para se ter uma cervejaria, nem vai ser o que vai viabilizar financeiramente o negócio, nem vai ser onde vc vai avaliar nada. Pode baratear o processo? Sim, pode. Pode dar um dinheirinho extra e ajudar a pagar sua produção caseira? Tbm, pode. É o caminho pra entrar no mercado? Não.
 
Acho que devido a vc falar que não se vive disso vc está extrapolando uma situação.
Concordo que não da pra viver de breja caseira. Mas não foi o caso que falei e nem o que estou falando. Havia outro trabalho que era o ganha pão e ainda existe.
Que acaba sendo uma consequência nos concordamos. Outra que discordamos é o testar o produto ser uma furada. Depende do modelo de negócio. Medir o alcance no mercado informal foi positivo para posicionamento da marca. A pesquisa de mercado além de outros tem um tópico que é a avaliação do produto. Do alcance. Eu discordo pq se vc tem um público que não é especializado e exigente vc sabe o ramo de atuação que pode seguir. Não querer ver isso eu acho ingenuidade.
E eu não estou falando de não buscar ajuda profissional para avaliar o produto. É necessário! Como a avaliação do público. A título de exemplo vejo diversas cervejarias craft fazendo o famoso chopão para ajudar a pagar as contas... pq não tinham ideia do que seu público queria. Fora esse há diversos outros exemplos. Concordo que dependendo do seu segmento o erro representa o fim do seu negócio antes mesmo do início. Como título adicional de exemplo eu já vi diversos colegas relatando que só compensa ter fábrica pra tantos litros x ano. O que é uma visão turpe sem conhecer a área de segmento. Há diversos casos de sucesso de brew pubs com meia duzia de fermentadores e uma cozinha de 250L. Mas isso é caso a caso. Devagar...vendo.
O que me parece é que vc não vinculou essa área de segmento ao exemplo que dei. Não dá pra generalizar.
Há como juntar uma grana vindo do retorno da caseira para viabilizar uma primeira batelada de forma cigana? Há.
É o melhor jeito? Não.
É só isso. rsss
Mas respeito sua opinião, mesmo pq há diversos exemplos contrários.
 
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Na verdade ele queria colocar uma chopeira no carro e sair vendendo... rsrsrs. Mas sim, dá pra fazer na moral! Sem temperinho de câncer...

O fato é, não tem como ter um controle 100% do que produzimos de forma caseira, independente do cuidado que tomamos na produção.
Não temos 100% de certeza que os insumos que utilizamos estão de acordo de fato, se foram armazenados da forma correta, desde a colheita até chegar na sua casa.
Não temos como saber se a água que utilizamos, está biologicamente perfeita, mesmo que compremos ela de fonte minerais, com a melhor procedência.
Não tem como afirmar sem um teste de laboratório que está tudo em ordem, e que isto não irá matar ninguém (sim, cerveja mata, e nesse começo de ano já vimos muitas notícias sobre isto).
Não tem como afirmar que o seu equipamento não libera resíduos tóxicos para a cerveja, sem um teste de laboratório.

Em fim, para poder comercializar uma cerveja as pessoas precisam ter em mente todas essas questões (e outras mais), para que o produto a ser comercializado, não coloque em risco a vida dos consumidores, mesmo que seja apenas uma caganeira.

Além de tudo isto vem a questão monetária, vender cerveja caseira, como já dito, não dá dinheiro, não é possível se sustentar com isto!
Se alguém tem a intenção de comercializar, primeiro, se profissionalize, faça as coisas como a lei exige (registros do MAPA, vigilância sanitária, etc...). Isto é o mínimo que você deve fazer, independente se você irá pagar imposto, se o governo vai sugar todo o seu lucro ou qualquer outra justificativa. Inúmeras empresas fazem isto, e estão aí, sobrevivendo.

Qualquer um que pense diferente disso (geralmente os que comercializam de forma clandestina), estão fadados ao fracasso, apenas se sustentando de algo que em algum momento deixará de existir.
 
Acho que devido a vc falar que não se vive disso vc está extrapolando uma situação.
Concordo que não da pra viver de breja caseira. Mas não foi o caso que falei e nem o que estou falando. Havia outro trabalho que era o ganha pão e ainda existe.
Que acaba sendo uma consequência nos concordamos. Outra que discordamos é o testar o produto ser uma furada. Depende do modelo de negócio. Medir o alcance no mercado informal foi positivo para posicionamento da marca. A pesquisa de mercado além de outros tem um tópico que é a avaliação do produto. Do alcance. Eu discordo pq se vc tem um público que não é especializado e exigente vc sabe o ramo de atuação que pode seguir. Não querer ver isso eu acho ingenuidade.
E eu não estou falando de não buscar ajuda profissional para avaliar o produto. É necessário! Como a avaliação do público. A título de exemplo vejo diversas cervejarias craft fazendo o famoso chopão para ajudar a pagar as contas... pq não tinham ideia do que seu público queria. Fora esse há diversos outros exemplos. Concordo que dependendo do seu segmento o erro representa o fim do seu negócio antes mesmo do início. Como título adicional de exemplo eu já vi diversos colegas relatando que só compensa ter fábrica pra tantos litros x ano. O que é uma visão turpe sem conhecer a área de segmento. Há diversos casos de sucesso de brew pubs com meia duzia de fermentadores e uma cozinha de 250L. Mas isso é caso a caso. Devagar...vendo.
O que me parece é que vc não vinculou essa área de segmento ao exemplo que dei. Não dá pra generalizar.
Há como juntar uma grana vindo do retorno da caseira para viabilizar uma primeira batelada de forma cigana? Há.
É o melhor jeito? Não.
É só isso. rsss
Mas respeito sua opinião, mesmo pq há diversos exemplos contrários.
Claro cara, e é só minha opinião mesmo. Normal discordarmos também! É um fórum! Nao é um lugar de verdades, mas de debate! E acho até que mais concordamos do que discordamos... rsrsrs
 
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Mas voltando ao tópico, já que foi ressuscitado, rsrsrs. Eu não sei que tantas leis e regras são essas que estão falando aqui. Há sim alguma burocracia pra legalizar uma empresa, mas sinceramente esse é o menor dos custos de uma cervejaria. As regras do MAPA são praticamente as mesmas da vigilância sanitária, e na moral, é o mínimo mesmo. São coisas como ter ralo, ter uma pia pra lavar as mãos, usar materiais atóxicos (não necessariamente inox).. Enfim, além das regras de qualquer cozinha, um responsável técnico. Que é fundamental pra segurança. Como vimos recentemente, um erro, ou problema, pode levar a morte de consumidores.
Agora, sinceramente, falar que um vendedor de milho ta tirando emprego no hortifruti é um pouco demais. Achar que trabalhar informalmente é um ato de resistência ao sistema tbm é puro romantismo, mano. Se fosse assim, o Brasil tava se tornando um berço de Che Guevaras, mas é só uma economia lascada mesmo.
O trabalho informal é ruim, sobretudo pro trabalhador.
Eu comecei minha cervejaria produzindo informalmente, em 2013. Vendia pras festas dos amigos, e amigos dos amigos. Só consegui formalizar como cigana tem 1 ano. Arrumei um sócio que confiou no negócio pq eu ja estava vendendo. Comecei com um rótulo e nesse mês vamos lançar o terceiro, e no próximo o quarto. Estamos crescendo, mas tudo indo devagar, o mercado CAIU MUITO no último ano.
O ponto chave é que, quem produz informalmente não tem acesso aos pdvs mais importantes. Nunca vai ter acesso aos supermercados, nem a 99% dos bares, nem as feiras importantes. Assim, nunca vai vender muito.
Agora, quer meter uma chopeira no carro e sair vendendo a cerva que tu fez com bomba de máquina de lavar roupa em casa? Mete bronca mano! A indústria não dá a mínima pra vc. Nem as grandes nem as pequenas. Isso é uma ótima ideia de trabalho? Não. É um emprego informal, tal qual qualquer outro.
Por fim, sinceramente, tu vai entrar num mercado saturado de micro cervejarias, e várias com grana pra te engolir... Não deixe de ir atrás dos seus sonhos, mas veja bem onde pisa. Saiba que essa idéia teria sido bem melhor a uns 3 anos atrás... E a cada dia que passa vai ficar mais difícil de funcionar.

Cara, esse é o meu ponto de vista também, você bateu a real sem clichês. Vejo gente que já está legalizada dizendo que o informal pratica concorrência desleal... conversa. O custo por litro de quem está legalizado é bem mais baixo, desde a compra dos insumos até o custo de produção; sem falar que a cervejaria legalizada tem acesso aos bares, supermercados, feiras etc, como você falou, já o informal vende pra amigos, nunca vai ter volume/preço pra ameaçar...

A minha opinião é que até ajuda. Uma cervejaria legalizada não vai ter interesse nenhum em vender 10 litros numa feira de bairro, mas se o caseiro informal estiver lá vendendo a mixaria dele, vai divulgar a cerveja artesanal, vai atingir o brahmeiro que foi à feira e experimentou aquela cerveja diferente e mais amarga, e gostou. Aí esse cara vai olhar para as artesanais no supermercado e nos bares de outra forma.
 
Cara, esse é o meu ponto de vista também, você bateu a real sem clichês. Vejo gente que já está legalizada dizendo que o informal pratica concorrência desleal... conversa. O custo por litro de quem está legalizado é bem mais baixo, desde a compra dos insumos até o custo de produção; sem falar que a cervejaria legalizada tem acesso aos bares, supermercados, feiras etc, como você falou, já o informal vende pra amigos, nunca vai ter volume/preço pra ameaçar...

A minha opinião é que até ajuda. Uma cervejaria legalizada não vai ter interesse nenhum em vender 10 litros numa feira de bairro, mas se o caseiro informal estiver lá vendendo a mixaria dele, vai divulgar a cerveja artesanal, vai atingir o brahmeiro que foi à feira e experimentou aquela cerveja diferente e mais amarga, e gostou. Aí esse cara vai olhar para as artesanais no supermercado e nos bares de outra forma.

Nunca entendi esse ranço que existe entre quem ta formalizado contra quem é caseiro...o cervejeiro caseiro é o cara que muitas vezes inicia o leigo no consumo de artesanais...ele é o cara que vai abrir um leque de possibilidades pra novos consumidores, entusiastas de criações etc. Ja cansei de tomar cervejas produzidas por caseiros muito melhores que as industriais....ainda não entrou na minha cabeça as pessoas acharem natural ter venda de geleias, doces, massas, paes artesanais e nao o mesmo para a cerveja...as vezes penso que esse pensamento higienista anda de mão dada com uma "gourmetização do que é pra ser natural", não pode ser gourmet vc tomar uma boa cerveja fresca, de guarda...temos que naturalizar o acesso a informação e bons alimentos.
 
Nunca entendi esse ranço que existe entre quem ta formalizado contra quem é caseiro...o cervejeiro caseiro é o cara que muitas vezes inicia o leigo no consumo de artesanais...ele é o cara que vai abrir um leque de possibilidades pra novos consumidores, entusiastas de criações etc. Ja cansei de tomar cervejas produzidas por caseiros muito melhores que as industriais....ainda não entrou na minha cabeça as pessoas acharem natural ter venda de geleias, doces, massas, paes artesanais e nao o mesmo para a cerveja...as vezes penso que esse pensamento higienista anda de mão dada com uma "gourmetização do que é pra ser natural", não pode ser gourmet vc tomar uma boa cerveja fresca, de guarda...temos que naturalizar o acesso a informação e bons alimentos.
Impostos meu caro, impostos.

Um dos produtos com maior tarifação são as cervejas. Por isso a diferença entre o que falou acima.
 
Impostos meu caro, impostos.

Um dos produtos com maior tarifação são as cervejas. Por isso a diferença entre o que falou acima.

Mas porque o problema é o pequeno e não o grande? Entendendo o grande como empresa que sonega impostos, compra politicos, o dinheiro simplesmente não volta pra sociedade...ta passeando em paraísos fiscais. Dae vejo uma indignação como o ex do sujeito que vende o milho dele pra sobreviver...e uma vista grossa com quem domina e sufoca o mercado de fato.
 
Impostos meu caro, impostos.

Um dos produtos com maior tarifação são as cervejas. Por isso a diferença entre o que falou acima.
Na verdade é tudo lobby da Ambev e da indústria do inox contra os verdadeiros artesanais!
Nós somos quem cutuca esses mafiosos com vara curta, porque incomodamos: a Inbev, por fabricar transgênicos socados de glifosatado altamente cancerígeno, barato e que engana o povo dizendo ser cerveja; a indústria do inox, porque usamos baldes e bombas plásticas alimentícias e fermentadores de polipropileno, acessíveis e baratos para produção (o maior exemplo seria a Cervejaria Sagrada, de Porto Alegre, que possui vários fermentadores Indupropil de 500 litros, aceitos pelo MAPA).
A Ambev, ano passado, deixou de lucrar 7% em relação à 2018, tudo isso graças aos caseiros e à Heineken, que jogará junto conosco a partir de 2021, quando encerra -se um contrato herdado que beneficia um distribuidor e atrapalha a expansão da cervejaria no Brasil.
Devido a esse mais que claro movimento anti Inbev que há essa condução preconceituosa contra os caseiros, artesanais e pequenas indústrias cervejeiras: eles, que têm os poderes nas mãos, fazem de tudo para manter o mercado sempre manipulado.
 
Mas porque o problema é o pequeno e não o grande? Entendendo o grande como empresa que sonega impostos, compra politicos, o dinheiro simplesmente não volta pra sociedade...ta passeando em paraísos fiscais. Dae vejo uma indignação como o ex do sujeito que vende o milho dele pra sobreviver...e uma vista grossa com quem domina e sufoca o mercado de fato.
Falou tudo: sonegação, jabá e cervejas (?) cancerígenas!
 
Nunca entendi esse ranço que existe entre quem ta formalizado contra quem é caseiro...o cervejeiro caseiro é o cara que muitas vezes inicia o leigo no consumo de artesanais...ele é o cara que vai abrir um leque de possibilidades pra novos consumidores, entusiastas de criações etc. Ja cansei de tomar cervejas produzidas por caseiros muito melhores que as industriais....ainda não entrou na minha cabeça as pessoas acharem natural ter venda de geleias, doces, massas, paes artesanais e nao o mesmo para a cerveja...as vezes penso que esse pensamento higienista anda de mão dada com uma "gourmetização do que é pra ser natural", não pode ser gourmet vc tomar uma boa cerveja fresca, de guarda...temos que naturalizar o acesso a informação e bons alimentos.

LDan,

A questão de tanto controle sobre a produção da cerveja é muito simples: é bebida alcoólica! Como produto alcoólico há uma legislação rígida e específica a ser seguida - concordemos com a legislação ou não, é a vigente.

Por ser bebida alcoólica é considerada de alto risco à saúde, por isso a rigidez no controle produtivo - quem produz, como produz, onde comercializa e quem consome.

Caso aconteça algo como o caso da Backer, por exemplo, é preciso que haja um processo produtivo rastreável de lotes, envases e processos, e os responsáveis possam ser... responsabilizados.

Além do mais, é incomparável a produção de qualquer doce ou pão com a de cerveja.

Só para constar 01: acho ridículo denominarem uma linha de produção que seja de 10 mil litros por mês como artesanal. Para isso já há todo uma estrutura industrial instalada.

Só para constar 02: acredito sim ser possível produzir cerveja realmente artesanalmente em casa ou em pequenas instalações, com controle rígido da produção e dos insumos, aliada a oferta de um produto de boa qualidade a um público específico e reduzido de forma a viver bem com esse lucro. Mas infelizmente a legislação vigente hoje não permite.
 
Na verdade é tudo lobby da Ambev e da indústria do inox contra os verdadeiros artesanais!
Nós somos quem cutuca esses mafiosos com vara curta, porque incomodamos: a Inbev, por fabricar transgênicos socados de glifosatado altamente cancerígeno, barato e que engana o povo dizendo ser cerveja; a indústria do inox, porque usamos baldes e bombas plásticas alimentícias e fermentadores de polipropileno, acessíveis e baratos para produção (o maior exemplo seria a Cervejaria Sagrada, de Porto Alegre, que possui vários fermentadores Indupropil de 500 litros, aceitos pelo MAPA).
A Ambev, ano passado, deixou de lucrar 7% em relação à 2018, tudo isso graças aos caseiros e à Heineken, que jogará junto conosco a partir de 2021, quando encerra -se um contrato herdado que beneficia um distribuidor e atrapalha a expansão da cervejaria no Brasil.
Devido a esse mais que claro movimento anti Inbev que há essa condução preconceituosa contra os caseiros, artesanais e pequenas indústrias cervejeiras: eles, que têm os poderes nas mãos, fazem de tudo para manter o mercado sempre manipulado.

luclavilo,

Discordo completamente.

Nós, caseiros, somos insignificantes perante o mercado cervejeiro! Não somos nada, nem estatística.

O dito mercado "artesanal", formado pelas milhares de microcervejarias, não me falhe a memória, no Brasil não corresponde nem a 5% do mercado - acho que é em torno de 3%.

O caso da Heineken sim, eles vieram fortes e tanto é que hoje você encontra Heineken em qualquer boteco e de dezenas de pessoas que conheço que até outro dia odiavam a cerveja, agora só falam nela e em puro malte.

A questão é que temos uma legislação antiga voltada a um formato de mercado e produção, e hoje vivemos uma nova realidade muito recente, trazida pela cultura das cervejas artesanais, logo, a legislação não corresponde a atualidade.

E a mais triste realidade, sinto em dizer, é que quem faz uma forte pressão para a reserva de mercado é justamente as ditas "cervejarias artesanais".

Eles sim, apropriaram-se comercialmente do termo "artesanal" para agregar valor aos seus produtos, mas são verdadeiros processos industriais. Tanto é que - e nisso concordo com a legislação - é proíbido utilizar os termos "produto artesanal" ou "cerveja artesanal" em qualquer rótulo, justamente por não ser um artesanal. Tudo jogada de marketing pelo mercado dito... "artesanal".

Outro fator a considerar é em relação ao inox.

Não há exigência nenhuma do MAPA de ser tinas ou fermentadores de inox.

O inox é o mais indicado por sua facilidade de limpeza - sanitização - mas nada impede o uso do alumínio ou o "plástico" de teor alimentício - amplamente utilizado na indústria, inclusive de cerveja "artesanal"... como barril de cervejas caríssimas!

A questão do inox, assim como o "artesanal", é comercial do ponto de vista "visual", de moda, de marketing. É como utilizar uma peça de roupa de grife famosa, é como andar num carro importado, é como se fazer uma IPA seja obrigado usar Mosaic.

Ou seja, todos tem a mesma finalidade, levam ao mesmo fim, entregam um produto com a mesma qualidade, mas devido a modismos a "impressão" que pode passar vai influenciar na venda do produto.

Por fim, parte da perda do mercado da Ambev deve-se a maior exigência dos consumidores que estão aderindo as puro malte - daí a mudança de alguns rótulos e a já velha compra de cervejarias artesanais, como ocorreu com a Colorado, Baden Baden (ambas Ambev) e Eisenbahn (Schincariol > Brasil Kirin > Heineken).
 
Cara, falou tudo, principalmente nessa parte... dá nojo escutar o "Brassagem Forte", aquele Quitó dizendo que branquinho que faz batelada de 20l e vende por fora uns 5l estraga o mercado, como se não pagar imposto fosse compensar toda a escala de uma produção, e como se meia duzia de paneleiro vendendo 10 litros por mes cada fosse impactar em qualquer coisa.

luclavilo,

E a mais triste realidade, sinto em dizer, é que quem faz uma forte pressão para a reserva de mercado é justamente as ditas "cervejarias artesanais".
 
luclavilo,

Discordo completamente.

Nós, caseiros, somos insignificantes perante o mercado cervejeiro! Não somos nada, nem estatística.

O dito mercado "artesanal", formado pelas milhares de microcervejarias, não me falhe a memória, no Brasil não corresponde nem a 5% do mercado - acho que é em torno de 3%.

O caso da Heineken sim, eles vieram fortes e tanto é que hoje você encontra Heineken em qualquer boteco e de dezenas de pessoas que conheço que até outro dia odiavam a cerveja, agora só falam nela e em puro malte.

A questão é que temos uma legislação antiga voltada a um formato de mercado e produção, e hoje vivemos uma nova realidade muito recente, trazida pela cultura das cervejas artesanais, logo, a legislação não corresponde a atualidade.

E a mais triste realidade, sinto em dizer, é que quem faz uma forte pressão para a reserva de mercado é justamente as ditas "cervejarias artesanais".

Eles sim, apropriaram-se comercialmente do termo "artesanal" para agregar valor aos seus produtos, mas são verdadeiros processos industriais. Tanto é que - e nisso concordo com a legislação - é proíbido utilizar os termos "produto artesanal" ou "cerveja artesanal" em qualquer rótulo, justamente por não ser um artesanal. Tudo jogada de marketing pelo mercado dito... "artesanal".

Outro fator a considerar é em relação ao inox.

Não há exigência nenhuma do MAPA de ser tinas ou fermentadores de inox.

O inox é o mais indicado por sua facilidade de limpeza - sanitização - mas nada impede o uso do alumínio ou o "plástico" de teor alimentício - amplamente utilizado na indústria, inclusive de cerveja "artesanal"... como barril de cervejas caríssimas!

A questão do inox, assim como o "artesanal", é comercial do ponto de vista "visual", de moda, de marketing. É como utilizar uma peça de roupa de grife famosa, é como andar num carro importado, é como se fazer uma IPA seja obrigado usar Mosaic.

Ou seja, todos tem a mesma finalidade, levam ao mesmo fim, entregam um produto com a mesma qualidade, mas devido a modismos a "impressão" que pode passar vai influenciar na venda do produto.

Por fim, parte da perda do mercado da Ambev deve-se a maior exigência dos consumidores que estão aderindo as puro malte - daí a mudança de alguns rótulos e a já velha compra de cervejarias artesanais, como ocorreu com a Colorado, Baden Baden (ambas Ambev) e Eisenbahn (Schincariol > Brasil Kirin > Heineken).
É por aí!

Estive recentemente falando com professores do curso de empreendedorismo do IFPR e eles disseram que produtor realmente artesanal nem é contabilizado pelo sebrae, quem dirá pelo MAPA.Dizem ainda que quem for vender 500l mês nem deve se preocupar com nada disso. Mas com a ressalva de que existe uma diferença fundamental entre informal e ilegal.

Nada te impede de produzir cerveja artesanalmente e vender para vizinhos e amigos desde que você esteja formalizado. A distribuição em larga escala é ilegal sem o MAPA, venda em pontos comerciais de distribuição é ilegal sem o MAPA, etc. Agora, vender para o seu vizinho sem o MAPA é mais um problema informal do que ilegal.

Existem pesquisas que dizem que as micro e nano cervejarias chegam ao máximo de 0,15% do mercado brasileiro (matéria) e que para regularizar como micro deve ter produção superior a 200 mil litros mês. Ou seja, como verdadeiros artesanais somos insignificantes para o grande mercado e passa a ser uma escolha ser informal nesse caso.

Não estou dizendo que quem investe em uma cervejaria com MAPA está errado, muito pelo contrário. Se você produz um abreja que todos gostam, tem um custo legal e você acredita na ideia, contrate uma cervejaria cigana com MAPA para produzir a sua receita e vá para cima do mercado! Agora, para vender seus 50l para vizinhos e amigos e "aliviar" seu custo para beber melhor e mais barato, manda bala!

Abraços e boas brejas.
 
Vender 20 ou 200 litros de cerveja mal paga o custo da produção.
Se você colocar tudo isto na ponta do lápis, vai perceber que não é possível viver dessa forma.

"Ah, mas pagando o custo da produção está bom!"

Bom, eu prefiro beber a cerveja.

É obvio, essa é a minha opinião, sei que muitos aqui podem ter começado assim, e estar até vendendo em uma escala industrial hoje, mas para entrar em um mercado gigantesco, cheio de grandes rótulos, com um preço de venda apelativo, é necessário fazer um grande investimento e ter um produto muito, mas muito diferenciado, e que caia no gosto das pessoas.
Partindo dessa lógica, não há como fugir do MAPA, Vigilância Sanitária, e quaisquer outras burocracias.

Ah, os impostos. Eles sempre existiram, e sempre irão existir. Esse é o menor dos problemas.

Grandes industrias podem até sonegar(diga-se, não pagar), mas muitas delas conseguem abater parte dos impostos com créditos, amortizando o imposto final devido. Está é uma pratica que muitas vezes o micro e pequeno empresário não tem noção ao abrir um negócio, e está fadado ao fracasso com a quantidade de tributos e outras obrigações.

O principal problema, é que o mercado brasileiro de cervejas especiais ainda é minusculo. Parte da população (posso dizer 90%), não quer pagar mais que R$ 10,00 reais em uma latinha de 350 ml de cerveja. Essa lógica impacta na venda do produto, e consequentemente na produção da mesma. É a lei da oferta e da demanda.

A regra é simples, se ninguém compra, o produtor não vende, e por consequência, o produto sai do mercado.

Mesmo vendendo para amigos, vizinhos, familiares, o trabalho que temos para produzir é muito grande, e na minha opinião, não vale a pena.
 
Eu também acho que a conta de vender não fecha, várias vezes já me pediram para que eu vendesse, eu prefiro beber. Mas se tem gente que acha que vale a pena, vai em frente, até mesmo porque na minha conta o maior custo é a mao-de-obra.
 
Complementando....

Para mim o maior custo é o tempo, tendo em vista que realizo minhas brassagens no litoral e moro na capital. Faço isso praticamente toda semana, seja uma leva experimental de 20l ou de receitas já ajustadas para consumo de 50 a 100l. Mesmo se eu vendesse toda a produção não teria como viver disso! Mas sempre que faço 50l ou mais, tiro uma ou duas caixas (15 ou 30l) para engarrafar e vender aos amigos e colegas. O valor depende do estilo (leia-se quanto eu gastei para fazer) mas em média paga o insumo. Não tenho o custo da garrafa pois eduquei esse pessoal a enxaguar e fechar a garrafa depois de beber e eu pego ela "limpa" de volta na próxima venda.

Bem, para mim funciona, e isso não aumenta de forma significativa nem o meu trabalho, nem o tempo de pratica desse hobby maravilhoso!
 
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