Refratômetro - Mosto lupulado altera OG?

Homebrew Talk - Beer, Wine, Mead, & Cider Brewing Discussion Forum

Help Support Homebrew Talk - Beer, Wine, Mead, & Cider Brewing Discussion Forum:

This site may earn a commission from merchant affiliate links, including eBay, Amazon, and others.

tomazela

Well-Known Member
Joined
Jan 12, 2016
Messages
1,696
Reaction score
471
Pessoal,

Tenho tido muita dificuldade para usar o refratômetro, com leituras muito imprecisas.

Já regulei ele com água destilada até.

As OGs lidas a partir dele sempre dão acima do valor medido com o meu densímetro.

Vocês saberiam me dizer se o lúpulo altera a refração da luz a ponto de gerar leituras imprecisas?

Obs.: eu coleto o mosto usando o próprio espeto do termômetro afasto o refratometro do calor e pingo uma ou duas gotas. Espero um minuto para resfriar a gota.

Quando eu faço starters e meço, o resultado fica próximo do esperado, usando a relação de g/L de DME.

Eu dei uma pesquisada na net e achei essa opinião: " Boa noite pessoal. Utilizo refratometro fazem 2 anos. O meu é um ATC e deveria fazer correção automática de temperatura. Pela experiência e opinião de outros usuários, a correção automática da leitura dos refratometros não funcionam muito bem. Procurem fazer as leituras na casa dos 20 graus. Outro ponto que dificulta a leitura no refratometro são partículas no mosto (lúpulo, fermento em suspençao ou pequenas partículas de malte). Quando o mosto está muito sujo, retiro um pouco de mosto e coloco em um copo. Aguardo alguns instantes para decantar as partículas e então pingo uma gota do mosto no refratometro e assim consigo fazer uma leitura perfeita. Lembro que para leituras após o início da fermentaçao, devido a presença de alço no mosto, devemos utilizar alguma calculadora para fazer a correção da leitura."

Como vocês costumam medir?

Que boas práticas são recomendadas para utilizá-lo?
 
As partículas de lúpulo em suspensão não deveriam influenciar na medição pois o que está sendo medido são açúcares dissolvidos.

Mas um mosto muito turvo faz a linha azul ficar mais borrada, dificultando um pouco a medição.

O problema dos refratômetros é que eles não foram feitos para o mosto cervejeiro. Eles medem o índice de refração pra água doce. Por isso que calculadoras tipo Brewer's Friend recomendam que você encontre o "fator de correção" para o seu aparelho. Esse fator você calcula com base em uma série de medições lado a lado com um densímetro, de preferência com mostos bem distintos (diferente composição de maltes e diferentes gravidades).

Mesmo com esse número calculado ainda é possível que haja alguma variação, dependendo do seu modelo.

E ainda tem o problema quando há álcool na solução (o cálculo fica diferente).

É um assunto controverso e existe muito cervejeiro experiente que não recomenda sua utilização. Apesar de ser prático, é bem provável que suas medições não estejam corretas.

Dito tudo isso, se você usa e está feliz com o resultando, não há razão pra abandonar. Eu particularmente prefiro o densímetro e me viro muito bem com o mini (60-80 ml de mosto é suficiente pras medições).
 
Acho difícil garantir que 1 gota de mosto no leitor do refratômetro está a 20,0C, o volume é tão pequeno que ele chega à temperatura ambiente no instante em que toca o leitor.

As amostras que você compara são obtidas da mesma forma? Antigamente eu costumava tirar o mosto da superfície para o refratômetro, e do registro para o densímetro, e dava diferença.

Outra coisa que eu fazia era retirar uma amostra do mosto pré-fervura da superfície sem mexer antes. Como o açúcar estava todo no fundo a leitura sempre dava abaixo do esperado.

Atualmente as minhas medidas de OG e FG são sempre consistentes com as do densímetro (+- 0.001 de diferença). Quando o mosto não está a 20,0C eu corrijo a temperatura do densímetro, e não do refratômetro.

Durante a fermentação eu também uso refratômetro, tiro uma amostra do fermentador e pingo uma gota no leitor o mais rápido possível pra evitar que o álcool evapore, e anoto a primeira leitura. Com o tempo a marca vai descendo, não sei porquê, mas acho que é a influência do álcool.

Mas eu também não cheguei a uma conclusão definitiva sobre as leituras do refratômetro. Já percebi que ao deixar o mosto antes de fermentar decantando por uns 30min a leitura do refratômetro aumenta às vezes (pode ser influência da temperatura). Já durante a fermentação acontece o contrário, a leitura cai, mas eu sempre achei que isso era influência do álcool evaporando. Vou continuar fazendo anotações e considerar a possibilidade do ATC não funcionar corretamente pra ver se descubro mais alguma coisa.
 
Pessoal,

Tenho tido muita dificuldade para usar o refratômetro, com leituras muito imprecisas.

Já regulei ele com água destilada até.

As OGs lidas a partir dele sempre dão acima do valor medido com o meu densímetro.

Vocês saberiam me dizer se o lúpulo altera a refração da luz a ponto de gerar leituras imprecisas?

Obs.: eu coleto o mosto usando o próprio espeto do termômetro afasto o refratometro do calor e pingo uma ou duas gotas. Espero um minuto para resfriar a gota.

Quando eu faço starters e meço, o resultado fica próximo do esperado, usando a relação de g/L de DME.

Eu dei uma pesquisada na net e achei essa opinião: " Boa noite pessoal. Utilizo refratometro fazem 2 anos. O meu é um ATC e deveria fazer correção automática de temperatura. Pela experiência e opinião de outros usuários, a correção automática da leitura dos refratometros não funcionam muito bem. Procurem fazer as leituras na casa dos 20 graus. Outro ponto que dificulta a leitura no refratometro são partículas no mosto (lúpulo, fermento em suspençao ou pequenas partículas de malte). Quando o mosto está muito sujo, retiro um pouco de mosto e coloco em um copo. Aguardo alguns instantes para decantar as partículas e então pingo uma gota do mosto no refratometro e assim consigo fazer uma leitura perfeita. Lembro que para leituras após o início da fermentaçao, devido a presença de alço no mosto, devemos utilizar alguma calculadora para fazer a correção da leitura."

Como vocês costumam medir?

Que boas práticas são recomendadas para utilizá-lo?
É preciso lembrar que os refratômetros que usamos são os mais simples e baratos que existem. É como comprar um microscópio de R$ 300,00 no Mercado Livre, mas existem microscópios com as mesmas especificações por R$ 12.000,00.... só melhorando a qualidade das coisas. Refratômetro, pHmetro, medidor de O2, etc etc etc, é tudo assim.

Então, para os nossos refratômetros, pingar um mosto fervendo, olhar a medição, esperar uns 10/20 minutos e olhar novamente, vai dar diferença? Vai. Muita? Não... uns 2 ou 3 pontos no máximo.

Medir com o mosto totalmente límpido, e com alguma sujeira de lúpulo ou fermento, fará diferença que se considere? Na minha opinião, não.

Agora, claro, se pingar uma gota de um "barro" de lúpulo ou fermento, óbvio que vai fazer.

Quer um jeito fácil de entender isso? Extremamente simples.... é só fazer dois experimentos:

- Na mesma leva, meça a OG com densímetro ou refratômetro de um mosto bem límpido, e depois meio sujo........... e faça o mosto ao envasar a cerveja... meça da cerveja limpida, e depois no finalzinho do fermentador, peque um pouco mais sujo.

Não me preocupo excessivamente com nenhum dos casos.... Minha opinião pessoal depois de, sei lá, por volta de 230 brassagens, no caso da OG se ficar em 1051 ou 1054.... que diferença vai fazer pra minha cerveja? Praticamente nada.

No caso da FG.... 8 em cada dez levas eu nem meço... já que meu objetivo principal é avaliar como ficou o corpo final, e isso é influenciado por outras coisas, proteínas, maltes, etc.... então eu faço uma análise só por paladar pois isso me força a treinar e avaliar o que realmente interessa, que é como a cerveja ficou realmente, se atingi meu objetivo de sensação na boca, ou não. Se fiz uma cerveja, não medi a FG, provei, e vi que ela não ficou com o corpo que eu queria... saber a FG não vai me ajudar em nada..... eu vou aumentar a temperatura de mosturação ou mudar os maltes da mesma maneira, sabendo ou não a FG. Agora, claro..................... isso funciona pra mim pq eu nem me lembro a última vez que tive algum problema de fermentação, algo inesperado, etc. As coisas ocorrem sempre tão iguais em certos aspectos produtivos pra mim que eu só me atenho ao que realmente preciso.

Abraço,
 
Lembrando que caso você não tenha essa certeza do Guenther e principalmente se vai engarrafar a cerveja e passar pros amigos, é muito importante saber se tua FG de fato atingiu um valor final (fazendo medições consecutivas e não percebendo variação).

Isso evita que uma garrafa exploda na cara da pessoa que você gosta.

Eu sou metódico e gosto de ter um registro completo das minhas brassagens. Praticamente não repito receitas e sempre modifico algo (processo ou ingrediente). Devido a isso considero as medições de densidade bastante importantes, e é por isso que uso densímetro.
 
É preciso lembrar que os refratômetros que usamos são os mais simples e baratos que existem. É como comprar um microscópio de R$ 300,00 no Mercado Livre, mas existem microscópios com as mesmas especificações por R$ 12.000,00.... só melhorando a qualidade das coisas. Refratômetro, pHmetro, medidor de O2, etc etc etc, é tudo assim.

Então, para os nossos refratômetros, pingar um mosto fervendo, olhar a medição, esperar uns 10/20 minutos e olhar novamente, vai dar diferença? Vai. Muita? Não... uns 2 ou 3 pontos no máximo.

Medir com o mosto totalmente límpido, e com alguma sujeira de lúpulo ou fermento, fará diferença que se considere? Na minha opinião, não.

Agora, claro, se pingar uma gota de um "barro" de lúpulo ou fermento, óbvio que vai fazer.

Quer um jeito fácil de entender isso? Extremamente simples.... é só fazer dois experimentos:

- Na mesma leva, meça a OG com densímetro ou refratômetro de um mosto bem límpido, e depois meio sujo........... e faça o mosto ao envasar a cerveja... meça da cerveja limpida, e depois no finalzinho do fermentador, peque um pouco mais sujo.

Não me preocupo excessivamente com nenhum dos casos.... Minha opinião pessoal depois de, sei lá, por volta de 230 brassagens, no caso da OG se ficar em 1051 ou 1054.... que diferença vai fazer pra minha cerveja? Praticamente nada.

No caso da FG.... 8 em cada dez levas eu nem meço... já que meu objetivo principal é avaliar como ficou o corpo final, e isso é influenciado por outras coisas, proteínas, maltes, etc.... então eu faço uma análise só por paladar pois isso me força a treinar e avaliar o que realmente interessa, que é como a cerveja ficou realmente, se atingi meu objetivo de sensação na boca, ou não. Se fiz uma cerveja, não medi a FG, provei, e vi que ela não ficou com o corpo que eu queria... saber a FG não vai me ajudar em nada..... eu vou aumentar a temperatura de mosturação ou mudar os maltes da mesma maneira, sabendo ou não a FG. Agora, claro..................... isso funciona pra mim pq eu nem me lembro a última vez que tive algum problema de fermentação, algo inesperado, etc. As coisas ocorrem sempre tão iguais em certos aspectos produtivos pra mim que eu só me atenho ao que realmente preciso.

Abraço,

Não concordo muito com desencanar de OG e FG, pois sem esses parâmetros fica difícil estimar se o processo está redondo, se o rendimento está ok e etc. No seu caso funciona, pois você tem muita segurança nos processos.
Como o @matozo falou acima, determinar a FG é importante para evitar alguns riscos com priming.
Na verdade não só isso. É possível que alguma contaminação na cerveja, seja por leveduras selvagens, bactérias ou qualquer outro microorganismo altere a FG.
Para um cervejeiro não tão experiente, é bem complicado não medir esses dados

Com relação ao corpo, concordo. Não se mede corpo por FG. Ok uma FG mais alta, teoricamente trará mais corpo, mas a sensação na boca depende muito dos parâmetros que você mencionou, como proteínas e etc.

O f$#@ do meu refratometro é que ele já deu medidas beeem acima do densímetro e agora perdi confiança...Preciso ajustar a forma como meço para ter resultados mais próximos do que espero...
 
Não concordo muito com desencanar de OG e FG, pois sem esses parâmetros fica difícil estimar se o processo está redondo, se o rendimento está ok e etc. No seu caso funciona, pois você tem muita segurança nos processos.
Como o @matozo falou acima, determinar a FG é importante para evitar alguns riscos com priming.
Na verdade não só isso. É possível que alguma contaminação na cerveja, seja por leveduras selvagens, bactérias ou qualquer outro microorganismo altere a FG.
Para um cervejeiro não tão experiente, é bem complicado não medir esses dados

Com relação ao corpo, concordo. Não se mede corpo por FG. Ok uma FG mais alta, teoricamente trará mais corpo, mas a sensação na boca depende muito dos parâmetros que você mencionou, como proteínas e etc.

O f$#@ do meu refratometro é que ele já deu medidas beeem acima do densímetro e agora perdi confiança...Preciso ajustar a forma como meço para ter resultados mais próximos do que espero...
Vejam pessoal, interpretem a coisa.... eu relatei como faço, não recomendei.

- Eu faço semanas de fermentação secundária, ou seja, independente da FG que alcançou, é definitiva, logo... não preciso me preocupar.
- Eu não faço priming, só embarrilo, mas mesmo que fosse fazer, como disse acima, pelo fato de fazer semanas de fermentação secundária, não há como a FG variar.
- Eu sempre provo a cerveja ao embarrilar, se estiver contaminada, eu vou notar.

Ou seja, pra mim, Guenther, hoje, saber a FG praticamente não serve pra nada.... é curiosidade, por isso que EU, Guenther, não meço.... mas tenho motivos justificados pra isso.
 
Acho que o ponto chave do seu problema é simples, mas quase ninguém se atenta.

Quando você pinga algumas gotas do mosto no refratômetro e deixa ele com a tampa aberta pra esfriar, uma quantidade de água da amostra evapora. Imagine um pentelhésimo de água evaporando de uma gota, essa amostra vai estar mais concentrada de açúcar do que o mosto que você coletou.
Esses refratômetros são ATC por natureza.. então as gotas que você pinga, logo equilibram a temperatura com o prisma do refratômetro. Não precisa esperar muito esfriar. Mas se mesmo assim quiser esperar, deixe esfriar com a tampa já abaixada.

Eu gosto muito do refratômetro (na verdade nunca nem tive densímetro), mas tem que ter muito cuidado com o uso dele...

Refaça os testes e depois poste aqui...
 
Acho que o ponto chave do seu problema é simples, mas quase ninguém se atenta.

Quando você pinga algumas gotas do mosto no refratômetro e deixa ele com a tampa aberta pra esfriar, uma quantidade de água da amostra evapora. Imagine um pentelhésimo de água evaporando de uma gota, essa amostra vai estar mais concentrada de açúcar do que o mosto que você coletou.
Esses refratômetros são ATC por natureza.. então as gotas que você pinga, logo equilibram a temperatura com o prisma do refratômetro. Não precisa esperar muito esfriar. Mas se mesmo assim quiser esperar, deixe esfriar com a tampa já abaixada.

Eu gosto muito do refratômetro (na verdade nunca nem tive densímetro), mas tem que ter muito cuidado com o uso dele...

Refaça os testes e depois poste aqui...

Eu pingo e já fecho a tampinha...
Porém mesmo que deixasse aberta, acredito que a taxa de evaporação é mínima...
 
Mínima nada! O líquido quente e espalhado pelo prisma tem uma superfície de contato muito grande. Pode fazer o teste com água e açúcar quente.. pingue e deixe aberto 5min e faça a leitura, depois refaça fechando a tampinha na mesma hora..

Mas já q vc falou q fecha logo, não sei o q pode ser.
 
Back
Top