Problemas com Estouro de Garrafas

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MarcosRibeiro

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Oct 28, 2017
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Boa tarde pessoal!

Faço cerveja ja tem algum tempo, e na maioria das vezes deixo elas em um local separado em casa logo após fazer o envaze, com isso, não costumo mexer muito com elas de um lado para o outro, só mesmo quando vou pegar algumas para colocar pra gelar rsrsrs.
Nuca tive problemas com estouro de garrafas, porém, no aniversario de um amigo, ele me pediu pra poder levar algumas pra gente poder degustar, ele mora em outra cidade e com isso, tive de levar as brejas até a cidade dele. O problema é que no dia posterior que eu fiz isso, algumas garrafas começaram a estourar, e outras já vi que quando eu abri, estavam bem carbonatadas, apesar de que em casa, eu não ter tido problema semelhante.
Minha duvida é então a seguinte... Tendo em vista eu ter feito o transporte delas por uma distancia até considerável, corre o risco de com o chacoalhar da viagem, elas terem gerado cada vez mais pressão e com isso o estouro?
Depois deste dia, por medo comecei a diminuir na quantidade de açúcar no primming, pensando que eu poderia ou ter errado a mão quando fui fazer a refermentação destas garrafas.
Até o momento não encontrei nenhuma literatura cervejeira que falasse algo referente ao aumento da pressão com a agitação do liquido devido ao transporte.

Ficou um pouco extenso o relato mas ta valendo kkkkk
 
Cara,
com certeza não é o transporte. Costumo levar de 4 a 6 dúzias de garrafas para as férias de verão em uma viagem de 5h, sendo que os últimos 30 min são em estradas de chão esburacadas. Nunca explodiram.

Pode ser uma fermentação incompleta, contaminação, garrafa com defeito. São inúmeras variáveis.
 
Opa, boa tarde,

Parceiro, o transporte pode ter sido só a gota d´água, a pontinha do icerberg do problema, hehe. Mas não a causa raiz.

Muito provavelmente: Você não terminou a fermentação completamente no fermentador (só acaba quando a densidade fica estável por alguns dias, desculpe falar o óbvio se já conhece). E com isso, somado ao priming, você teve esse excesso de pressão.

Outra causa possível, é você não ter calculado do CO2 residual da sua cerveja. E fez o priming sem levar isso em conta. Quanto mais baixa a temperatura de fermentação, mais CO2 residual, e consequentemente menos açúcar precisará colocar no priming.

Abraço
 
Concordo com os amigos acima,

Existem várias causas que favorecem o pocar das garrafas, como já falado: Garrafas com trincos minúsculos, fermentação que não atenuou tudo que tinha (incompleta) e foi colocada cedo demais para clarificar, contaminação bacteriana ou por leveduras selvagens (causa bastante comum em casos desses, já tive), etc.

Se vc faz primming com 5 ~ 6g/L e suas garrafas estão pocando é sinal de que existe algum(s) do(s) problema(s) acima. E outro fator que deve ser levado muito em conta é o que o amigo @peretti2004 disse acima sobre o CO2 residual da breja em relação a sua temperatura de fermentação/maturação, faz muita diferença na qualidade final da carbonatação da breja e seu estilo, e também pode contribuir para pocar algumas garrafas problemáticas...

Estou tendo esse mesmo probmea atualmente, acredito ser por contaminação nas garrafas (eram garrafas usadas que ficaram sujas e cheias de crostas por bastante tempo), uma explodiu a noite, na garagem, a mulher quase infartou...
 
Galera,

Tinha pensado mesmo que poderia ser algo relacionado com a fermentação incompleta ou algum tipo de contaminação de minhas garrafas, porque também uso algumas que são reaproveitadas, tanto me preocupei, que mudei quase que geral, minha forma de medição da FG em relação ao tempo, e quanto a sanitização das garrafas.
Até então, não tinha conhecimento deste CO2 residual conforme vocês citaram, há algum material de conhecimento de vocês que indicam que eu possa dar uma estudada?
 
Opa, vamos lá. Antes de calcular a quantidade de açúcar para o priming, você deve calcular o volume de CO2 saturado de sua cerveja. Eu sigo essa tabela que aprendi num curso com a Fernanda Fregonesi do Yeast Facts (muito bom):
Temperatura de fermentação - Volume de CO2 saturado:
  • 4 - 1,5
  • 8 - 1,3
  • 10 - 1,2
  • 12 - 1,1
  • 14 - 1,05
  • 16 - 0,99
  • 18 - 0,93
  • 20 - 0,88
  • 22 - 0,93
Então se quero fazer uma Lager, que por estilo vai ter um volume de CO2 entre 2,2 e 2,7. E a minha temperatura máxima de fermentação (no descanso diacetil, por exemplo), foi de 14 graus. Significa que já tenho saturado 1,05. Mesmo se eu maturei a mais frio, tenho que levar em conta a temperatura mais alta da fermentação (no vídeo que cito abaixo, o Jamal fala que essa conta não é perfeita e dá dicas)

Logo, se eu quero 2,5 por exemplo, tirando 1,05 (referente a 14 graus) me sobra 1,45. E vou dividir por 0,286 se usar Sacarose ou 0,2727 se usar Glucose/Dextrose. Pois possuem potenciais fermentativos diferentes.
Usando sacarose, isso me daria 5 gramas por litro.

Outra fonte bem legal (e que explica muito melhor do que eu), é o canal do Jamal no Youtube, veja o vídeo dele sobre Priming:

Abs
André
 
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Boa tarde pessoal!

Faço cerveja ja tem algum tempo, e na maioria das vezes deixo elas em um local separado em casa logo após fazer o envaze, com isso, não costumo mexer muito com elas de um lado para o outro, só mesmo quando vou pegar algumas para colocar pra gelar rsrsrs.
Nuca tive problemas com estouro de garrafas, porém, no aniversario de um amigo, ele me pediu pra poder levar algumas pra gente poder degustar, ele mora em outra cidade e com isso, tive de levar as brejas até a cidade dele. O problema é que no dia posterior que eu fiz isso, algumas garrafas começaram a estourar, e outras já vi que quando eu abri, estavam bem carbonatadas, apesar de que em casa, eu não ter tido problema semelhante.
Minha duvida é então a seguinte... Tendo em vista eu ter feito o transporte delas por uma distancia até considerável, corre o risco de com o chacoalhar da viagem, elas terem gerado cada vez mais pressão e com isso o estouro?
Depois deste dia, por medo comecei a diminuir na quantidade de açúcar no primming, pensando que eu poderia ou ter errado a mão quando fui fazer a refermentação destas garrafas.
Até o momento não encontrei nenhuma literatura cervejeira que falasse algo referente ao aumento da pressão com a agitação do liquido devido ao transporte.

Ficou um pouco extenso o relato mas ta valendo kkkkk
Olá! Qua vc esta usando de acuaçú por litro?
 
Olá. Todas as garrafas que uso são reutilizadas. Sempre alguma estoura por leva, mesmo não havendo problemas de supracarbonatação. Média de 1 por cinquenta garrafas, mas depois de duas semanas à temperatura ambiente não ocorrem mais estouros. Tenho utilizado esse período como uma espécie de quarentena das garrafas. Acho que esse é o caso das trincas que a gente não consegue observar.
 
Certamente são garrafas trincadas. As minhas que estouram são durante o transporte ou por aumento de temperatura brusco (estouram no armário da cozinha).
 
Uma coisa problemática na minha opinião é a utilização de garrafas muito sujas, com sujeira encrustada internamente firmemente aderidas ao vidro... Tem umas que até com detergente e escova não saem fácil... Considero isso um fator crítico pra nós caseiros, que muitas vezes só temos essa opção... Contaminação através das garrafas (sujidade microscópica pós lavagem) é mais comum do que parece. Fora o lance dos trincos não visíveis a olho nu....

Peguei uma leva de garrafas de 500ml aqui num boteco, coisa feia mesmo. Arrisquei. tentei lavar da melhor forma que tinha disponível, sanitizei certinho... Engarrafei 8L de uma imperial stout que estava mimando a 60 dias... Uma explodiu e derrubou mais umas 10 no chão... Foi tenso. Acredito em contaminação.
 
Sempre lavo minhas garrafas com água quente (fervente) e detergente. Ajuda em muito quando tem alguma encrustação (normalmente pego algumas garrafas de um amigo que tem um restaurante e vende cerveja com uma garrafa com flip-top e estas 50% vem com ovos de mosca grudado na garrafa). A água quente ajuda em muito.

Normalmente uso as mesmas garrafas que já engarrafei antes. Eu sempre lavo as garrafas logo após bebe-las, quando é bem fácil limpar.

Na última vez que fui lavar, ao colocar a água quente em uma garrafa de 600ml da BadenBaden, ela estourou no fundo, em um corte reto. devia ter algum defeito que fez com que não suportasse a temperatura. Todas as demais se comportaram bem.

Então, acredito que um pouco do problema somos nós que erramos a mão na carbonatação e outro tanto são das próprias garrafas que possuem lá seus defeito.
 
Olá. Todas as garrafas que uso são reutilizadas. Sempre alguma estoura por leva, mesmo não havendo problemas de supracarbonatação. Média de 1 por cinquenta garrafas, mas depois de duas semanas à temperatura ambiente não ocorrem mais estouros. Tenho utilizado esse período como uma espécie de quarentena das garrafas. Acho que esse é o caso das trincas que a gente não consegue observar.
Pois é.... eu inspeciono garrafa por garrafa sempre após fazer a lavagem delas e antes de sanitizar, mas como eu disse, o problema se deu só nas que eu transportei, nunca tive problemas de estouros nas que eu deixo no estoque paradas.
 
Sempre lavo minhas garrafas com água quente (fervente) e detergente. Ajuda em muito quando tem alguma encrustação (normalmente pego algumas garrafas de um amigo que tem um restaurante e vende cerveja com uma garrafa com flip-top e estas 50% vem com ovos de mosca grudado na garrafa). A água quente ajuda em muito.

Normalmente uso as mesmas garrafas que já engarrafei antes. Eu sempre lavo as garrafas logo após bebe-las, quando é bem fácil limpar.

Na última vez que fui lavar, ao colocar a água quente em uma garrafa de 600ml da BadenBaden, ela estourou no fundo, em um corte reto. devia ter algum defeito que fez com que não suportasse a temperatura. Todas as demais se comportaram bem.

Então, acredito que um pouco do problema somos nós que erramos a mão na carbonatação e outro tanto são das próprias garrafas que possuem lá seus defeito.
Também uso um procedimento semelhante quando vou lavar as garrafas, só que eu uso água em temperatura ambiente, deixo elas cheias com detergente uns 2 dias. Normalmente aquelas "crostas" que ficam agarradas principalmente no fundo saem quase que 100%, porém, como a galera já comentou, isso é a olho nu, não dá pra ter 100% de certeza. Más acho que isso meio que é um dos charmes do artesão.
 
Opa, vamos lá. Antes de calcular a quantidade de açúcar para o priming, você deve calcular o volume de CO2 saturado de sua cerveja. Eu sigo essa tabela que aprendi num curso com a Fernanda Fregonesi do Yeast Facts (muito bom):
Temperatura de fermentação - Volume de CO2 saturado:
  • 4 - 1,5
  • 8 - 1,3
  • 10 - 1,2
  • 12 - 1,1
  • 14 - 1,05
  • 16 - 0,99
  • 18 - 0,93
  • 20 - 0,88
  • 22 - 0,93
Então se quero fazer uma Lager, que por estilo vai ter um volume de CO2 entre 2,2 e 2,7. E a minha temperatura máxima de fermentação (no descanso diacetil, por exemplo), foi de 14 graus. Significa que já tenho saturado 1,05. Mesmo se eu maturei a mais frio, tenho que levar em conta a temperatura mais alta da fermentação (no vídeo que cito abaixo, o Jamal fala que essa conta não é perfeita e dá dicas)

Logo, se eu quero 2,5 por exemplo, tirando 1,05 (referente a 14 graus) me sobra 1,45. E vou dividir por 0,286 se usar Sacarose ou 0,2727 se usar Glucose/Dextrose. Pois possuem potenciais fermentativos diferentes.
Usando sacarose, isso me daria 5 gramas por litro.

Outra fonte bem legal (e que explica muito melhor do que eu), é o canal do Jamal no Youtube, veja o vídeo dele sobre Priming:

Abs
André

Show! Vou dar mais uma estudada a respeito, obrigado pela dica.
 
Sempre lavo minhas garrafas com água quente (fervente) e detergente. Ajuda em muito quando tem alguma encrustação (normalmente pego algumas garrafas de um amigo que tem um restaurante e vende cerveja com uma garrafa com flip-top e estas 50% vem com ovos de mosca grudado na garrafa). A água quente ajuda em muito.

Normalmente uso as mesmas garrafas que já engarrafei antes. Eu sempre lavo as garrafas logo após bebe-las, quando é bem fácil limpar.

Na última vez que fui lavar, ao colocar a água quente em uma garrafa de 600ml da BadenBaden, ela estourou no fundo, em um corte reto. devia ter algum defeito que fez com que não suportasse a temperatura. Todas as demais se comportaram bem.

Então, acredito que um pouco do problema somos nós que erramos a mão na carbonatação e outro tanto são das próprias garrafas que possuem lá seus defeito.


Quando tem alguma encrustação, deixo as garrafas de molho em uma mistura de cloro, água e detergente. Geralmente essas encrustações ficam no fundo da garrafa. Uns 50ml dessa solução em cada garrafa, por uns 2 dias, facilita muito na hora de escovar.
 
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