Mosturação na mesma panela do fundo falso

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o ph da água é 5,8. A água a 80 graus na panela de água, lava a uns 76-77. Ela esfria um pouco no sparge. Eu tb pensei nisso. A não ser que a casca de arroz seja mais sensível à temperatura, mas na cevada sempre faço assim e não tive problemas com taninos.

O gosto ruim era mesmo um gosto de palha.
 
Existe alguma forma de fazer um Herms ou rims com 2 kegs de 50 litros?? E no final renderia mais ou menos quanto de cerveja? Estava querendo algo próximo de 40 litros. Sei que cervejas de maior densidade resultariam em menos volume.
 
Li o post inicial mas fiquei com algumas dúvidas ainda. Já fiz uma brassagem numa panela com fundo falso e fogão utilizando uma daquelas bombinhas de máquina de lavar roupa e foi um inferno. Primeiro que essa bomba não é adequada pra produção alimentícia; logo que liga ela junta um monte de partículas do malte na tubulação e em pouco tempo a bomba fica lenta até travar. Mas o principal foi que a temperatura do mosto que sai de baixo da panela sobe muito rápido, chega ao ponto de o fundo da panela chegar a 70º e a parte de cima ainda continuar em 50º.

No meu caso será que tenho de abaixar ainda mais o fogo? Isso não deixaria o processo lento demais? Existe alguma bomba alimentícia de baixo custo que dê conta dos resíduos sólidos (já imagino que não :p)?
 
Li o post inicial mas fiquei com algumas dúvidas ainda. Já fiz uma brassagem numa panela com fundo falso e fogão utilizando uma daquelas bombinhas de máquina de lavar roupa e foi um inferno. Primeiro que essa bomba não é adequada pra produção alimentícia; logo que liga ela junta um monte de partículas do malte na tubulação e em pouco tempo a bomba fica lenta até travar. Mas o principal foi que a temperatura do mosto que sai de baixo da panela sobe muito rápido, chega ao ponto de o fundo da panela chegar a 70º e a parte de cima ainda continuar em 50º.

No meu caso será que tenho de abaixar ainda mais o fogo? Isso não deixaria o processo lento demais? Existe alguma bomba alimentícia de baixo custo que dê conta dos resíduos sólidos (já imagino que não :p)?

Renan... o importante é que a temperatura do líquido que está saindo da bomba nao passe de sua meta... como ela circula o tempo todo, mantendo esse controle na saída da bomba voce vai bem... ou seja... manterá o fundo da panela mais próximo do alvo, mesmo que o restante nao esteja tanto...
 
Li o post inicial mas fiquei com algumas dúvidas ainda. Já fiz uma brassagem numa panela com fundo falso e fogão utilizando uma daquelas bombinhas de máquina de lavar roupa e foi um inferno. Primeiro que essa bomba não é adequada pra produção alimentícia; logo que liga ela junta um monte de partículas do malte na tubulação e em pouco tempo a bomba fica lenta até travar. Mas o principal foi que a temperatura do mosto que sai de baixo da panela sobe muito rápido, chega ao ponto de o fundo da panela chegar a 70º e a parte de cima ainda continuar em 50º.

No meu caso será que tenho de abaixar ainda mais o fogo? Isso não deixaria o processo lento demais? Existe alguma bomba alimentícia de baixo custo que dê conta dos resíduos sólidos (já imagino que não :p)?

Mesmo quando vc usar uma bomba decente, a vazão não pode ser muito grande, senão haverá compactação da cama de grãos, o que pode causar entupimento.

Um ponto é que vc deve ter usado muito calor mesmo, talvez tenha que ir mais devagar, pra que de tempo da temperatura homogeneizar.

Bomba mais barata e alimenticia, somente aquelas pequenas da china, porém elas não vão lidar com partículas. Uma coisa que vc pode fazer é recircular manualmente com uma jarra, até que a cama de grãos se assente e parem de vir partículas. Se a moagem está legal, não deve demandar muito esforço pra isso. Após vc pode plugar a bomba e seguir com a recirculação.

Abraço
 
Valeu pelas dicas, na próxima brassagem vou tentar por uma chapa de ferro debaixo da panela, minha mãe faz isso quando precisa abaixar o fogo do arroz :D
 
Não, peraí.... o que eu disse foi "NÃO TOCAR NOS GRÃOS NUNCA MAIS DEPOIS DE MISTURAR O MALTE NA ÁGUA", ou seja...... faz a infusão inicial, mistura bem, e depois, não precisa mais mexer.

Desculpe reviver o tópico, sou aprendiz ainda.. mas uma dúvida: Esta infusão inicial seria jogar os maltes na agua com a temperatura inicial de mosturação e misturar bem? Por quanto tempo? só o suficiente para homogenizar o mosto?
Outro ponto: O fato de se misturar bem, não vai entupir o fundo falso?

Abçs gente!
 
Desculpe reviver o tópico, sou aprendiz ainda.. mas uma dúvida: Esta infusão inicial seria jogar os maltes na agua com a temperatura inicial de mosturação e misturar bem? Por quanto tempo? só o suficiente para homogenizar o mosto?
Outro ponto: O fato de se misturar bem, não vai entupir o fundo falso?

Abçs gente!

Quando você coloca os maltes na água, a temperatura da mistura vai cair, pois os maltes estarão muito mais frios que a água, já que estarão em temperatura ambiente.

Com o tempo, você vai descobrir como o seu equipamento se comporta e qual temperatura a água deve estar quando arriar os maltes.

Por exemplo, no meu equipamento (que também é de fundo falso), sei que se eu quiser mosturar a 68ºC, tenho que arriar 6,5Kg de malte na água a 73ºC, porque depois que misturo bem, a temperatura estabiliza em 68ºC.

Aí é só tampar a panela e esperar 90 minutos.

Nas primeiras brassagens é normal ter que corrigir a temperatura após arriar o malte, mas depois você conhece melhor o comportamento de equipamento e passa a acertar a temperatura.

Para homogenizar, é só misturar um pouco com a pá os maltes, para misturar tudo e para a água quente "penetrar" bem nos grãos moídos. Em menos de um minuto você faz isso, e essa mexida não entope o fundo falso.
 
Usando essa técnica de mosturar na mesma panela do fundo falso, se eu fizer uma decocção não vou acabar bagunçando muito a cama de grãos? Ou não tem problema?
 
Desculpe reviver o tópico, sou aprendiz ainda.. mas uma dúvida: Esta infusão inicial seria jogar os maltes na agua com a temperatura inicial de mosturação e misturar bem? Por quanto tempo? só o suficiente para homogenizar o mosto?
Outro ponto: O fato de se misturar bem, não vai entupir o fundo falso?

Abçs gente!
Não, a não ser que tenha moído como uma farinha completa, ou que o fundo falso seja mal construído (furos muito abaixo ou acima de 2,3mm).
 
Bom dia Guenther e demais mestres cervejeiros.

Apesar de ser minha primeira postagem eu já li esse fórum praticamente todo. Minha dúvida é a seguinte, até hoje eu só fiz cerveja utilizando extrato pronto, ou seja, do jeito mais amador possível, já partia para fervura sem controle de praticamente nada. Queria dar um passo pra frente e estou dando um upgrade no equipamento, estou comprando as resistências, fundo falso para a panela e uma bomba para circulação contínua, comprei um termostato também mas comi mosca e ele não vai aguenta a amperagem da resistência, vou ter que usar a dica do Guenther e colocar um relé no meio do caminho.

Minhas dúvidas são as seguintes:

NÃO TOCAR NOS GRÃOS NUNCA MAIS DEPOIS DE MISTURAR O MALTE NA ÁGUA.

Esse misturar o malte na água seria até a agua incorporar em todo o malte? coisa de 5...10 minutos mexendo e depois é só deixar a bomba fazer o trabalho dela?

Vou posicionar o retorno da bomba acomodando a mangueira no nível do mosto, qual é o melhor lugar para colocar o sensor do termostato?


Obrigado e abraços!
 
Obrigado Guenther por todos outros esclarecimentos.


Com relação a usar uma malha de aço bem fina junto com o fundo falso..Isso é benéfico ou poderá prejudicar o fluxo da água?
 
Eu emendo a pergunta anterior com outra: Na ultima leva eu usei panela elétrica com fundo falso e uma Bag de voil com os grãos. As vezes tive que levantar a Bag porque entupia e a panela interna enchia. Achei que a cerveja ficou muito bem filtrada.
Levantando a Bag posso ter prejudicado o processo de alguma forma além de ter que ficar de olho o tempo todo?
 
Bom dia Guenther e demais mestres cervejeiros.

Apesar de ser minha primeira postagem eu já li esse fórum praticamente todo. Minha dúvida é a seguinte, até hoje eu só fiz cerveja utilizando extrato pronto, ou seja, do jeito mais amador possível, já partia para fervura sem controle de praticamente nada. Queria dar um passo pra frente e estou dando um upgrade no equipamento, estou comprando as resistências, fundo falso para a panela e uma bomba para circulação contínua, comprei um termostato também mas comi mosca e ele não vai aguenta a amperagem da resistência, vou ter que usar a dica do Guenther e colocar um relé no meio do caminho.

Minhas dúvidas são as seguintes:



Esse misturar o malte na água seria até a agua incorporar em todo o malte? coisa de 5...10 minutos mexendo e depois é só deixar a bomba fazer o trabalho dela?

Vou posicionar o retorno da bomba acomodando a mangueira no nível do mosto, qual é o melhor lugar para colocar o sensor do termostato?


Obrigado e abraços!
5 a 10 minutos mexendo?

Nada disso.... terminou de misturar todo o malte na água, mexa mais uns 30 segundos só pra se certificar que não há grumos grandes, e pronto.

Abraço,
 
Eu emendo a pergunta anterior com outra: Na ultima leva eu usei panela elétrica com fundo falso e uma Bag de voil com os grãos. As vezes tive que levantar a Bag porque entupia e a panela interna enchia. Achei que a cerveja ficou muito bem filtrada.
Levantando a Bag posso ter prejudicado o processo de alguma forma além de ter que ficar de olho o tempo todo?
Danny, usar uma Bag e um fundo faso não tem qualquer sentido.

Fazer isso, é o mesmo que eu passar café com um filtro de papel, e embaixo dele, colocar um coador mais grosso.

Ou você usa fundo-falso sozinho, ou você usa bag.

Fundo falso permite grande recirculação, pois os buracos são grandes e permitem isso.

BAG é como um filtro de papel....... BAG só deve ser usado pra mosturar, e tirar o malte fora.... não pra ficar recirculando, pois BAG de voil normalmente é fina o bastante pra não precisar disso.

Abraço,
 
Danny, usar uma Bag e um fundo faso não tem qualquer sentido.

Fazer isso, é o mesmo que eu passar café com um filtro de papel, e embaixo dele, colocar um coador mais grosso.

Ou você usa fundo-falso sozinho, ou você usa bag.

Fundo falso permite grande recirculação, pois os buracos são grandes e permitem isso.

BAG é como um filtro de papel....... BAG só deve ser usado pra mosturar, e tirar o malte fora.... não pra ficar recirculando, pois BAG de voil normalmente é fina o bastante pra não precisar disso.

Abraço,

Ele citou ter usado uma panela eletrica... assim como a minha, imagino que ele use o fundo falso com o objetivo de não deixar o saco de voil tocar na resistencia e não para filtragem de fato.
 
Ele citou ter usado uma panela eletrica... assim como a minha, imagino que ele use o fundo falso com o objetivo de não deixar o saco de voil tocar na resistencia e não para filtragem de fato.
Moutinho, veja o que foi escrito: "As vezes tive que levantar a Bag porque entupia e a panela interna enchia.".

Ou seja, se ele falou que "às vezes tinha que levantar", é sinal que ele estava fazendo recirculação, ou drenagem com válvula, ou algo do tipo...... e isso não deve ser feito com grainbag. Ou seja, ele está usando uma panela dentro da outra.... e pela frase, eu apostaria que está recirculando, e com a bag dentro da panela interna........ não tem como funcionar direito de forma regular.... pois a teoria está errada.

Se fosse uma panela de dentro com um fundo falso nela, aí sim, pois a filtragem seria menos restritiva.

Abraço,
 
Olá, pessoal, beleza?

@Guenther, parabéns pelo tópico, muito show!
Uma dúvida: quando vc fala em fazer a mostura usando panela com fundo falso e recirculando quando houver a necessidade de acender o fogo, significa que depois do mash-out vc já parte para a drenagem do mosto para a panela de fervura, já que a recirculação foi paralelizada com a mostura, ou ainda tem a necessidade de recircular depois do mash-out?

Abraço!
 
Olá, pessoal, beleza?

@Guenther, parabéns pelo tópico, muito show!
Uma dúvida: quando vc fala em fazer a mostura usando panela com fundo falso e recirculando quando houver a necessidade de acender o fogo, significa que depois do mash-out vc já parte para a drenagem do mosto para a panela de fervura, já que a recirculação foi paralelizada com a mostura, ou ainda tem a necessidade de recircular depois do mash-out?

Abraço!

A recirculação antes de retirar o mosto é justamente pra clarificar, como você já foi recirculando durante o processo e não mexeu na cama de grãos ela já vai estar clara, então não precisa.

Agora, as enzimas não desativam imediatamente, então se você tem esse objetivo com o mashout, espera uns 15min nessa temperatura para que isso ocorra. Caso esteja fazendo somente pra diminuir o viscosidade do mosto pode mandar bala e começar a extração do mosto e a lavagem.
 
Olá, pessoal, beleza?

@Guenther, parabéns pelo tópico, muito show!
Uma dúvida: quando vc fala em fazer a mostura usando panela com fundo falso e recirculando quando houver a necessidade de acender o fogo, significa que depois do mash-out vc já parte para a drenagem do mosto para a panela de fervura, já que a recirculação foi paralelizada com a mostura, ou ainda tem a necessidade de recircular depois do mash-out?

Abraço!
Perfeito, é isso mesmo.

Ou seja, em qualquer outro sistema, se você quer fazer Mash-out, ele "custa" tempo e esforço adicional, pois primeiro você faz o mash-out, e só depois vai recircular.

Nesta maneira que descrevo, você recircula e aquece ao mesmo tempo, ou seja, na real o mash-out sai de graça, pois você precisaria recircular de qualquer maneira, não é?

Abraço,
 
A recirculação antes de retirar o mosto é justamente pra clarificar, como você já foi recirculando durante o processo e não mexeu na cama de grãos ela já vai estar clara, então não precisa.

Agora, as enzimas não desativam imediatamente, então se você tem esse objetivo com o mashout, espera uns 15min nessa temperatura para que isso ocorra. Caso esteja fazendo somente pra diminuir o viscosidade do mosto pode mandar bala e começar a extração do mosto e a lavagem.
Inativar enzimas não tem praticamente serventia nenhuma, afinal, você vai inativá-las para que elas parem de converter.... o que? Todo o amido foi convertido. Isso só realmente faz diferença milhonésima em cervejarias de grandessíssimo porte, e tem a ver mais com outras enzimas.

Alfa Amilase só é desnaturada a partir de 80 graus, por exemplo.

Abraço,
 
Perfeito, é isso mesmo.

Ou seja, em qualquer outro sistema, se você quer fazer Mash-out, ele "custa" tempo e esforço adicional, pois primeiro você faz o mash-out, e só depois vai recircular.

Nesta maneira que descrevo, você recircula e aquece ao mesmo tempo, ou seja, na real o mash-out sai de graça, pois você precisaria recircular de qualquer maneira, não é?

Abraço,
Me corrija se eu estiver errado.
Então utilizando esse processo pode-se fazer a filtragem (recircular o mosto até a quantidade de resíduo diminuir ao máximo) durante o mash-out?
Ou seja, "unindo" as duas etapas em uma, economizando tempo e esforço?
 
Me corrija se eu estiver errado.
Então utilizando esse processo pode-se fazer a filtragem (recircular o mosto até a quantidade de resíduo diminuir ao máximo) durante o mash-out?
Ou seja, "unindo" as duas etapas em uma, economizando tempo e esforço?

@PedroBrew
Pelo que entendi, a recirculação não seria durante o mash-out, mas durante a mostura em sim. A recirculação aconteceria somente quando o fogo estivesse aceso. Durante o mash-out, o mosto ficaria parado, e após o mash-out, poderia ir direto pra lavagem, pq a recirculação já havia sido feito durante a mostura.
Mas sim, ocorreria toda economia de tempo e esforço da recirculação, pois ela seria feita durante a mostura.
 
@PedroBrew
Pelo que entendi, a recirculação não seria durante o mash-out, mas durante a mostura em sim. A recirculação aconteceria somente quando o fogo estivesse aceso. Durante o mash-out, o mosto ficaria parado, e após o mash-out, poderia ir direto pra lavagem, pq a recirculação já havia sido feito durante a mostura.
Mas sim, ocorreria toda economia de tempo e esforço da recirculação, pois ela seria feita durante a mostura.
Isso. Não me expressei muito bem. Mas teoricamente recircularia mais durante o mash out, já que o fogo fica ligado por mais tempo para atingir a temperatura. E deve-se sempre fazer a recirculação quando o fogo estiver ligado, correto?
 
Isso. Não me expressei muito bem. Mas teoricamente recircularia mais durante o mash out, já que o fogo fica ligado por mais tempo para atingir a temperatura. E deve-se sempre fazer a recirculação quando o fogo estiver ligado, correto?

Pelo que entendi, é isso mesmo!
Há quem diga que recircular constantemente faz aumentar a eficiência, mas a dica do @Guenther é recircular somente com fogo aceso, uma vez que a recirculação tende a fazer o mosto esfriar, o que necessitaria de mais correções de temperatura.
 
@Guenther
Utilizando todo esse processo: fundo falso; recirculação com fogo ligado; sem mexer a panela; tampa fechada com fogo apagado para manter a temperatura; mash out...
Qual seria o ideal ou a forma que você mais utiliza para fazer o sparge?
E qual a proporção de água?
Pergunto isso pois em um tópico sobre o método de no-sparge vi muitos comentários sobre fazer a lavagem com menor quantidade de água que usam por aí. Por exemplo: 4,5L/kg na mostura e 1,5L/kg na lavagem.
 
Inativar enzimas não tem praticamente serventia nenhuma, afinal, você vai inativá-las para que elas parem de converter.... o que? Todo o amido foi convertido. Isso só realmente faz diferença milhonésima em cervejarias de grandessíssimo porte, e tem a ver mais com outras enzimas.

Alfa Amilase só é desnaturada a partir de 80 graus, por exemplo.

Abraço,

Você tem alguma fonte pra me passar sobre isso? Não é a primeira vez que te vejo falando desse assunto, sei que é um cara que saca bastante e já aprendi muito contigo, mas minha impressão dada as coisas que já li sobre o assunto é outra.

Exemplo:

Time_series_data.gif

Fonte: http://braukaiser.com/wiki/index.ph...nd_efficiency_in_single_infusion_mashing#Time

Como pode ver, nesse experimento a diferença de atenuação entre 60min e 90min é de 84.07% para 87.71%. Parece pouco, mas colocando em termos práticos, uma cerveja de 1.050 alcançaria as seguintes gravidades finais:

60min: 1.007965~1.008
90min: 1.006145~1.006

Pra mim pelo menos 0.002 pontos de gravidade é sim significativo.

Tem também o seguinte tópico fixo no homebrewtalk.com que diversas pessoas relatam que maior tempo de mostura aumenta a atenuação, e recomendam a "técnica" para alcançar mostos mais atenuantes:

http://www.homebrewtalk.com/showthread.php?t=60576

E aí, pensando em quem faz um fly sparge longo por exemplo, com mais de 30min, pode-se dizer que dá sim diferença no produto final se o mashout não desativar as enzimas(ou pelo menos maior parte delas, levando em consideração o que você falou dos 80C). E afeta a repetibilidade se não for feito o mashout e por algum motivo a lavagem for mais demorada.

No meu entender mesmo com todo o amido convertido, as enzimas continuam quebrando os açúcares longos em açúcares fermentáveis, não é assim?
 
Me corrija se eu estiver errado.
Então utilizando esse processo pode-se fazer a filtragem (recircular o mosto até a quantidade de resíduo diminuir ao máximo) durante o mash-out?
Ou seja, "unindo" as duas etapas em uma, economizando tempo e esforço?
Sim.

Novamente, recircular antes da filtragem é preciso sempre que se usa um filtro normal (seja fundo-falso, bazooka, etc).

A questão é que com outros filtros, é preciso ficar mexendo durante a rampa de temperatura. Com fundo falso, com o fogo ligado, é preciso recircular.

Ou seja, imagine que você terminou a mosturação, e agora vai recircular pra poder filtrar..... acender ou não o fogo durante a recirculação é algo que basta fazer, não custa nada.

Resumindo, fazer mash-out neste método é algo que sai de graça... não se gasta esforço nem tempo adicional.

Ficou claro?

Abraço,
 
@PedroBrew
Pelo que entendi, a recirculação não seria durante o mash-out, mas durante a mostura em sim. A recirculação aconteceria somente quando o fogo estivesse aceso. Durante o mash-out, o mosto ficaria parado, e após o mash-out, poderia ir direto pra lavagem, pq a recirculação já havia sido feito durante a mostura.
Mas sim, ocorreria toda economia de tempo e esforço da recirculação, pois ela seria feita durante a mostura.
Na verdade não.

Durante a mosturação, para um equipamento manual, sem bomba nem nada, o mosto fica completamente parado durante a mosturação.

Então chega o momento que você precisa recircular antes de começar a filtragem (mesma coisa que faria se estivesse usando bazooka).

Nesse momento, no caso do fundo falso, a vantagem é que você pode acender o fogo... ou seja, está fazendo rampa de mash-out junto.

Abraço,
 
@Guenther
Utilizando todo esse processo: fundo falso; recirculação com fogo ligado; sem mexer a panela; tampa fechada com fogo apagado para manter a temperatura; mash out...
Qual seria o ideal ou a forma que você mais utiliza para fazer o sparge?
E qual a proporção de água?
Pergunto isso pois em um tópico sobre o método de no-sparge vi muitos comentários sobre fazer a lavagem com menor quantidade de água que usam por aí. Por exemplo: 4,5L/kg na mostura e 1,5L/kg na lavagem.
Melhor técnica de sparge que existe é Fly/Continuous Sparge (lavagem contínua).

Fundo Falso = perfeito pra fazer isso.

Proporção de água? Tanto faz.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Proporção de água durante a mosturação é uma decisão totalmente do cervejeiro. Quantidade de água para usar na lavagem é algo que não se precisa calcular precisamente... basta ir lavando até alcançar o volume que se quer pré-fervura.
 
Você tem alguma fonte pra me passar sobre isso? Não é a primeira vez que te vejo falando desse assunto, sei que é um cara que saca bastante e já aprendi muito contigo, mas minha impressão dada as coisas que já li sobre o assunto é outra.

Exemplo:

Time_series_data.gif

Fonte: http://braukaiser.com/wiki/index.ph...nd_efficiency_in_single_infusion_mashing#Time

Como pode ver, nesse experimento a diferença de atenuação entre 60min e 90min é de 84.07% para 87.71%. Parece pouco, mas colocando em termos práticos, uma cerveja de 1.050 alcançaria as seguintes gravidades finais:

60min: 1.007965~1.008
90min: 1.006145~1.006

Pra mim pelo menos 0.002 pontos de gravidade é sim significativo.

Tem também o seguinte tópico fixo no homebrewtalk.com que diversas pessoas relatam que maior tempo de mostura aumenta a atenuação, e recomendam a "técnica" para alcançar mostos mais atenuantes:

http://www.homebrewtalk.com/showthread.php?t=60576

E aí, pensando em quem faz um fly sparge longo por exemplo, com mais de 30min, pode-se dizer que dá sim diferença no produto final se o mashout não desativar as enzimas(ou pelo menos maior parte delas, levando em consideração o que você falou dos 80C). E afeta a repetibilidade se não for feito o mashout e por algum motivo a lavagem for mais demorada.

No meu entender mesmo com todo o amido convertido, as enzimas continuam quebrando os açúcares longos em açúcares fermentáveis, não é assim?
@Raisoshi.... fizeste confusão com o que eu falei. Perdão por ter escrito de forma resumida.

O que você disse: "as enzimas não desativam imediatamente, então se você tem esse objetivo com o mashout..".

Resumindo, você falou que mash-out é essencialmente para inativar enzimas, como se inativar enzimas fosse alguma vantagem significativa... e em volumes pequenos (quando digo pequenos, volumes que não sejam algo como AMBEV), inativar enzimas praticamente não serve pra nada.......... o que NÃO quer dizer.... que mash-out não sirva. :

Esclarecendo outros pontos...

Eu falei que mosturar durante mais ou menos tempo não influencia na eficiência da mosturação? Não falei isso.

Eu falei que mash-out não serve pra nada? Não, também não falei isso.

Mosturações longas seguramente aumentam a conversão até um certo limite, e aliás, sempre recomendei isso, especialmente para infusões simples com queda de temperatura, e minha principal fonte há anos atrás foi justamente o artigo do Kaiser. Esse é o motivo pelo qual eu sempre recomendei e continuo recomendando, mesmo em cursos, mosturações de 90 minutos.

Após a mosturação, aí sim, pra ter uma eficiência melhor ainda, é vantagem fazer mash-out... mas o principal fator de fazer mash-out pra melhorar eficiência é porque isso diminui a viscosidade do mosto, aumenta a solubilidade, e melhora a filtragem. Fora isso, alguns micro-amidos difíceis de serem quebrados acabam sendo "explodidos" acima dos 75 graus (temperatura exata varia segundo a literatura) graus, quando Alfa Amilase AINDA ESTÁ ATIVA, e então ela consegue converter esses caras rapidamente (isso é ensinado no curso de mestre-cervejeiro VLB/Berlim).

Finalizando sobre mash-out não fazer muita diferença na questão de inativar enzimas, Alfa Amilase (que converte mais coisas que Beta) só se desnatura rapidamente aos 80 graus. Como tu citaste o BrauKaiser como fonte... segue um link justamente do site dele onde isso está escrito (fora vários livros): http://braukaiser.com/wiki/index.php?title=The_Theory_of_Mashing

Fora isso, o próprio Kaiser já fez experimentos mosturando com temperatura INICIAL de 78 graus, e teve conversão completa justamente por causa disso.

Resumindo, o que eu falei não teve nada a ver com tempo de mosturação, o que eu quis dizer é que muita gente continua falando "tem que fazer mash-out pra inativar enzimas", quando na verdade, o motivo principal do mash-out não é inativar enzimas, pois isso praticamente não tem serventia... mas sim conseguir as outras vantagens da alta temperatura e ter, no fim, uma filtragem mais eficiente, e uma extração mais eficaz.

Abração,
 
@Guenther

Acho que agora entendi. Então o mashout na verdade não tem esse efeito todo nas enzimas que achei que tinha certo? O mosto continua se tornando mais atenuativo mesmo assim. Talvez menos porque as Betas começam a ser desativadas acima de 70C como diz o link que você postou.

Bom, já corta mais 15min do brew day, talvez pra esse objetivo seja legal já aumentar a temperatura do mosto a medida que se extrai ele com a lavagem, devagar suficiente pra chegar perto da fervura ao final da mesma ou pelo menos rapidamente acima de 80.

Acho que não tinha lido esse artigo, vou ver mais a fundo.


Obrigado! :)
 
Boa tarde a todos.

Montei minha panela de mostura com furo na parte superior da panela para retorno do mosto (recirculação).

Como usarei bomba de recirculação, continuo em dúvida com relação a posição da termorresistência. Já vi que muitos relataram que o ideal é no retorno do mosto, porém, se a bomba não ficará ligada em todo momento, a termorresistência não terá contato com o líquido da mostura, mas sim, com o líquido que fica na mangueira/conexões, utilizados no retorno do mosto p panela.

Isso não gera uma medida de temperatura equivocada?
 
Boa tarde a todos.

Montei minha panela de mostura com furo na parte superior da panela para retorno do mosto (recirculação).

Como usarei bomba de recirculação, continuo em dúvida com relação a posição da termorresistência. Já vi que muitos relataram que o ideal é no retorno do mosto, porém, se a bomba não ficará ligada em todo momento, a termorresistência não terá contato com o líquido da mostura, mas sim, com o líquido que fica na mangueira/conexões, utilizados no retorno do mosto p panela.

Isso não gera uma medida de temperatura equivocada?

Boa tarde Felipe, estou montando um sistema parecido com o seu. Eu vou posicionar o sensor quase na flor do mosto juntamente com o retorno, assim que a temperatura ali em cima sair da margem o termostato ativa tanto a resistência quanto a bomba.
 
Boa tarde Felipe, estou montando um sistema parecido com o seu. Eu vou posicionar o sensor quase na flor do mosto juntamente com o retorno, assim que a temperatura ali em cima sair da margem o termostato ativa tanto a resistência quanto a bomba.


Valeu pelo retorno.

Pensei em fazer o mesmo. Você vai furar a panela para posicionar?
 
Tópico encerrado porque, por mais que eu peça, a galera continua fazendo perguntas aqui e não em tópicos novos.
 
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