Libertem os Tiois!

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Johnnyzinho

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São Paulo - Brasil
Galera, um dos assuntos mais em alta hoje em dia quando falamos de cervejas lupuladas são os tais dos tiois. Até algum tempo atrás a discussão do assunto aqui no Brasil, se dava todo no campo teórico, mas atualmente alguns cervejeiros caseiros já estão tendo acesso a leveduras como a Cosmic Punch, e enzimas como a Rapidase Revelation.

Pensando nisso, decidi criar este tópico para discutirmos o assunto de maneira geral, desde técnicas, tipos de lúpulos e cepas, enzimas..

Estou desenhando uma receita na qual protendo explorar bem os tiois, assim que ela estiver pronta, irei postá-la aqui neste tópico e após a produção comentarei minhas impressões.
 
Galera, como comentei, desenhei a receita da próxima NEIPA.

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Comentários

Parâmetros:
A ideia é ter uma FG bem alta para trazer sensação de preenchimento;
Amargor baixo, mas presente;
Cor alaranjada.

Grist:
Optei pelo Pale Ale pois o sabor e cor me agradam mais que o pilsen, alem disso ele deixa um residual maior que contribui com a sensação na boca;
Nesta receita estou usando malte de aveia, a ideia é minimizar os efeitos oxidativos do manganês, presente em grande quantidade nos flocos de aveia. Mesmo assim, ainda há uma quantidade considerável de flocos de aveia, o resultado de sensação na boca da aveia maltada não é igual, então tentei buscar um equilíbrio.

Lúpulos:
Cascade é um lúpulo com bastante precursores de tiol, porem boa parte deles está ligada a glutationa, esta é uma ligação mais complexa que tiol ligados cisteína e, em função disso, a ação da beta-liase não consegue quebrar essa ligação e disponibilizar o tiol como composto aromático. Por isso, a adição deste lúpulo será no mash hopping, para que durante o mash as ligações de tiol + glutationa sejam transformadas em tiol + cisteína, permitindo que posteriormente esse composto seja biotransformado pelo beta-liase e o tiol finalmente seja liberto.
No caso dos lúpulos de fim de fervura, essa era uma combinação que eu já pretendia testar faz um certo tempo e como eu já havia comprado, optei por utilizá-los mesmo. Esse combinação não foi propriamente pensada em tiol, então talvez (provavelmente) haja uma combinação mais eficaz nessa aspecto, porem aparentemente ambos vão bem também quando o assunto é tiol. O Nelson tem uma boa quantidade de tiois já livres inclusive, enquanto o Galaxy, seguindo uma documentação da própria LNF, tem até mais tiol (não sei dizer em qual forma) que o Mandarina Bavária, por exemplo. A adição deste lúpulos estão sendo planejadas para Whirpool e DH, para o dry-hopping, metade será adicionada na fase high Krasen da levedura, buscando a hidrólise de glicosídios e volatilização dos compostos ENO (está é a mesma ideia para a adição de Whirpool) e a outra metade após completa ou quase completa atenuação.

Levedura:
Para minha felicidade extrema, recentemente tive acesso a Cosmic Punch. Para quem não conhece, ela é basicamente uma London III geneticamente modificada (GMO) para super-expressar beta-liase. Ou seja, talvez seja oq tem de melhor em termos de levedura quando o assunto é tiol.
Galera, já adiantando, por hora eu não consigo arrumar slant dessa levedura, acabei de organizar uma coletiva de enzima para tiol que deu um trabalhão!

Sais/enzimas:
A correção de água eu usei a automática do brewfather, pretendo dar uma conferida com calma posteriormente;
Usarei ácido ascórbico tanto para neutralizar o cloro no mash, quanto como anti-oxidante na maturação, junto com metabissulfito de sódio;
Utilizarei o Aromazyme da Lallemand, ele será adicionado junto ao DH Highkrausen, para realizar a biotransformação através da beta-glucosidase. Para quem não conhece, ele atuará quebrando a ligação entre geraniol + molécula de açúcar, essa ligação mantem o geraniol inodóro e com a quebra dessa ligação, disponibilizamos o geraniol como composto aromático. Em função de sua etapa de adição ainda espero conseguir o efeito da hidrolise de glicosídeos, transformando o geraniol em citronelol, buscando a sinergia LGC.
Utilizarei também a enzima Lafazym Thiols (desconfio que o Jamal utilizou essa mesma enzima na sua cerveja Tiol IPA, produzida junto com a Prussia Bier), a ideia inicial é adicioná-la durante a maturação, porem pretendo testá-la no DH Highkrausen. Essa enzima irá auxiliar a Cosmic na liberação do tiois.



Inicialmente essa é a receita (deve mudar até o dia da brassagem rs) com a brassagem planejada para o dia 27-08, assim que tiver atulizações, posto aqui no tópico.

Fiquem a vontade para comentar e principalmente, para dar dicas!
 
Com base nos relatos recentes...
Os principais derivados são os lúpulos que contenham:

" 4MMP – Boxtree, ribes, and blackcurrants.
3MH – Grapefruit and gooseberry.
3MHA – Passion fruit and guava. 3MHA is converted from 3MH during fermentation with the right yeast strain that has been tested to produce β-lyase during fermentation. "

No dat sheet da própria Omega cita:

"Calypso, Cascade, Mittelfrüh e Saaz ." para mash hop.

"Pesquisa de Roland et al. 2017 mostrou que esses lúpulos são carregados com compostos precursores de tiol. Outros lúpulos também têm altos níveis de precursores (ou seja, Apollo, Eureka, Hallertau Hallertauer, Nugget e Hallertau Perle)."

Além disso há uma apresentação da brewersassociation.org detalhando os "Polyfunctional thiols" citando diversos lúpulos, cada um com um potencial diferente e muitos até sobrepostos:
Citra, Mosaic, Cascade, Simcoe, Sorachi Ace, Herkules, Tradition, Perle, Saaz, Tomahawk/Nelson Sauvin, Amarillo, H. Blanc.

A mesma apresentação recomenda que além de lúpulos ricos em precursores (Cascade) e rico em tióis livres (Sabro), além de usar Citra e Mosaic. kkkkkkkkkk
Ou seja, a mesma publicação recomenda usar entre 4 e 6 variedades de lúpulos. Muita coisa.

Depois desse boom de informação eu fico com minhas preferências e vou fazer tentando dar sustentação para os precursores e deixar tióis livres...

mash hop com Cascade, Centennial e Columbus
Boil a 60 minutos com Sabro
Wirpool com Herkules, Nelson S. e H. Blanc
1° DH Nelson S. Mosaic, Citra
2° DH Nelson S. Mosaic, Citra

Acaba que só testando mesmo. Acho que essa troca de ideias é mais pra dar ideia do que está sendo usado por aí.

Eu...primeiramente espero fazer usando só a levedura. Depois um teste com a levedura + Enzimas.
 
Com base nos relatos recentes...
Os principais derivados são os lúpulos que contenham:

" 4MMP – Boxtree, ribes, and blackcurrants.
3MH – Grapefruit and gooseberry.
3MHA – Passion fruit and guava. 3MHA is converted from 3MH during fermentation with the right yeast strain that has been tested to produce β-lyase during fermentation. "

No dat sheet da própria Omega cita:

"Calypso, Cascade, Mittelfrüh e Saaz ." para mash hop.

"Pesquisa de Roland et al. 2017 mostrou que esses lúpulos são carregados com compostos precursores de tiol. Outros lúpulos também têm altos níveis de precursores (ou seja, Apollo, Eureka, Hallertau Hallertauer, Nugget e Hallertau Perle)."

Além disso há uma apresentação da brewersassociation.org detalhando os "Polyfunctional thiols" citando diversos lúpulos, cada um com um potencial diferente e muitos até sobrepostos:
Citra, Mosaic, Cascade, Simcoe, Sorachi Ace, Herkules, Tradition, Perle, Saaz, Tomahawk/Nelson Sauvin, Amarillo, H. Blanc.

A mesma apresentação recomenda que além de lúpulos ricos em precursores (Cascade) e rico em tióis livres (Sabro), além de usar Citra e Mosaic. kkkkkkkkkk
Ou seja, a mesma publicação recomenda usar entre 4 e 6 variedades de lúpulos. Muita coisa.

Depois desse boom de informação eu fico com minhas preferências e vou fazer tentando dar sustentação para os precursores e deixar tióis livres...

mash hop com Cascade, Centennial e Columbus
Boil a 60 minutos com Sabro
Wirpool com Herkules, Nelson S. e H. Blanc
1° DH Nelson S. Mosaic, Citra
2° DH Nelson S. Mosaic, Citra

Acaba que só testando mesmo. Acho que essa troca de ideias é mais pra dar ideia do que está sendo usado por aí.

Eu...primeiramente espero fazer usando só a levedura. Depois um teste com a levedura + Enzimas.
Para mash hopping, minha ideia é dar preferencia para lúpulos com baixo AA e altos índices de precursores. Neste cenário, por hora estou descartando Columbos e Centenial que acabam gerando muito amargor nessa etapa, atrapalhando adições de whirpool hopping. O lúpulos que tem me gerado maior empolgação para essa etapa são: Cascade e Saaz.

Estou ansioso para testar também alguns outros lúpulos, em outras etapas, como Sabro, H. Blanc, Mandarina B. e Talus.

Como você falou, hoje estamos vivendo um boom gigante de informação, e boa parte dos estudos publicados ainda não estão maduros o suficiente para cravarmos quais o melhores lúpulos para mash hopping, por exemplo. A própria Omega diz isso na fonte das informações que postou acima.
Porem, nesse primeiro momento, esse estudos estão servindo para guiar meus testes iniciais. Agora com a enzimas e leveduras mais "potentes" que me permitem explorar mais intensamente o universo dos tiois, pretende testar alguns blends. Seu blend é de fato bem interessante!

Sobre utilizar somente a levedura e depois levedura + enzima, sua ideia é determinar o ganho especifico de cada um?
 
Para mash hopping, minha ideia é dar preferencia para lúpulos com baixo AA e altos índices de precursores. Neste cenário, por hora estou descartando Columbos e Centenial que acabam gerando muito amargor nessa etapa, atrapalhando adições de whirpool hopping. O lúpulos que tem me gerado maior empolgação para essa etapa são: Cascade e Saaz.

Estou ansioso para testar também alguns outros lúpulos, em outras etapas, como Sabro, H. Blanc, Mandarina B. e Talus.

Como você falou, hoje estamos vivendo um boom gigante de informação, e boa parte dos estudos publicados ainda não estão maduros o suficiente para cravarmos quais o melhores lúpulos para mash hopping, por exemplo. A própria Omega diz isso na fonte das informações que postou acima.
Porem, nesse primeiro momento, esse estudos estão servindo para guiar meus testes iniciais. Agora com a enzimas e leveduras mais "potentes" que me permitem explorar mais intensamente o universo dos tiois, pretende testar alguns blends. Seu blend é de fato bem interessante!

Sobre utilizar somente a levedura e depois levedura + enzima, sua ideia é determinar o ganho especifico de cada um?
Sobre o columbus e o centennial tenho segurança pra falar que em mash hopping eles não dão amargor prejudicial. Já venho há dois anos fazendo mash hopping como os "antigos" faziam em quase todas minhas cervejas que são lupuladas ou naqueles estilos que ganham com biotransformação...
Contribuem demais tanto com o sabor como o aroma. Mas como disse...isso vai de teste e percepção de cada cervejeiro e das receitas.

Respondendo sua pergunta...Sim exatamente. Saber em que ponto a enzima amplifica ou não os resultados.
Como a levedura é modificada geneticamente para isso creio que vale o teste....se não for trabalhoso pra você acho que valeria a ideia dividindo o lote em dois fermentadores...


Sucesso aí na cerveja e nos testes. Sigo acompanhando.
 
Sobre o columbus e o centennial tenho segurança pra falar que em mash hopping eles não dão amargor prejudicial. Já venho há dois anos fazendo mash hopping como os "antigos" faziam em quase todas minhas cervejas que são lupuladas ou naqueles estilos que ganham com biotransformação...
Contribuem demais tanto com o sabor como o aroma. Mas como disse...isso vai de teste e percepção de cada cervejeiro e das receitas.
Interessante o seu relato. De fato, não acredito em um "amargor prejudicial", neste primeiros testes estou considerando outros lúpulos somente pelo potencial de amargor. Na mesma receita acima, com a mesma quantidade de lúpulo trocando somente Cascade por Columbus, o amargor já salta de 35 para 44 IBU. Isto obviamente não é um problema, porem como estou mirando algo entre 25 à 35 IBUs em minhas NEIPAs, acabaria tendo de assumir um amargor maior ou diminuir as adições de Whirpool.
Mas sem dúvidas são lúpulos excelentes e devem contribuir demais com os seus resultados. Columbus é um lúpulo que uso muito inclusive!

Aproveitando, qual o IBU dessa receita que postou? E qual a ideia do Sabro à 60'?

Respondendo sua pergunta...Sim exatamente. Saber em que ponto a enzima amplifica ou não os resultados.
Como a levedura é modificada geneticamente para isso creio que vale o teste....se não for trabalhoso pra você acho que valeria a ideia dividindo o lote em dois fermentadores...


Sucesso aí na cerveja e nos testes. Sigo acompanhando.

Concordo!
Idealmente, eu gostaria de dividir o mesmo mosto em 4 e aplicar o mesmo DH.
1° cenário - Levedura não GMO;
2° cenário - Levedura não GMO + enzima;
3° cenário - Cosmic Punch;
4° cenário - Cosmic Punch + enzima;

Porem, como meu setup é pequeno, este teste acaba ficando um pouco mais chato de fazer. Nesse primeiro momento, vou testar com a Cosmic + enzima, minha ansiedade para explorar o máximo lúpulo não ira permitir que eu faça esses testes rsrs. Mas pretendo posteriormente produzir um lote sem a enzima como teste.

Obrigado! Agradeço a contribuição com o tópico.
 
Interessante o seu relato. De fato, não acredito em um "amargor prejudicial", neste primeiros testes estou considerando outros lúpulos somente pelo potencial de amargor. Na mesma receita acima, com a mesma quantidade de lúpulo trocando somente Cascade por Columbus, o amargor já salta de 35 para 44 IBU. Isto obviamente não é um problema, porem como estou mirando algo entre 25 à 35 IBUs em minhas NEIPAs, acabaria tendo de assumir um amargor maior ou diminuir as adições de Whirpool.
Mas sem dúvidas são lúpulos excelentes e devem contribuir demais com os seus resultados. Columbus é um lúpulo que uso muito inclusive!

Aproveitando, qual o IBU dessa receita que postou? E qual a ideia do Sabro à 60'?
Estimado em 31 Ibus. São 5,2 gramas por L até o whirpool e ainda teriam as adições do DH.
A ideia do sabro é trazer uma sustentação tropical no sabor mas ao mesmo tempo contribuir com os Tiois livres.
Estou analisando se não seria bom inclusive adicionar tanto o Herkules como o H. Blanc em um primeiro DH durante o período da Biotransformação.
Nesse caso ficaria então Nelson , mosaic e Citra somente no último DH.
Mas são divagações....kkkkkk
Seu blend tendo Galaxy e Nelson está mais que "Hypado". Vai dar um ótimo resultado com certeza.
 
@Johnnyzinho desculpa a pergunto idiota, mas você utiliza fermentador cônico? Eu vi que você botou duas etapas de DH, uma com 3 dias e outra por 7 dias. Pergunto isso, pois eu utilizo bombonas como fermentador, aí sempre que é feito um DH ele acabo ficando na cerveja até o final de Cold.
 
Estimado em 31 Ibus. São 5,2 gramas por L até o whirpool e ainda teriam as adições do DH.
A ideia do sabro é trazer uma sustentação tropical no sabor mas ao mesmo tempo contribuir com os Tiois livres.
Estou analisando se não seria bom inclusive adicionar tanto o Herkules como o H. Blanc em um primeiro DH durante o período da Biotransformação.
Nesse caso ficaria então Nelson , mosaic e Citra somente no último DH.
Mas são divagações....kkkkkk
Seu blend tendo Galaxy e Nelson está mais que "Hypado". Vai dar um ótimo resultado com certeza.
Desses 5,2gr/l, quantos são no Mash hopping?

Sobre o Sabro, quando diz 60' seria inicio ou fim de fervura? Só pra confirmar rsrs
 
@Johnnyzinho desculpa a pergunto idiota, mas você utiliza fermentador cônico? Eu vi que você botou duas etapas de DH, uma com 3 dias e outra por 7 dias. Pergunto isso, pois eu utilizo bombonas como fermentador, aí sempre que é feito um DH ele acabo ficando na cerveja até o final de Cold.
Pergunta nada idiota, eu uso bombona também.

Na prática o primeiro DH deve ser realizado no segundo dia e o segundo DH no sexto dia.
O tempo da cerveja em contato com a matéria vegetal do lúpulo por um período prolongado de fato pode ser um problema, principalmente em NEIPAs.

Como alternativa, reduzi drasticamente o tempo de cold, para uns 2 dias. Neste cenário, a primeira adição de DH fica em contato com a cerveja por uns 6 dias mais ou menos.

Nas ultimas levas inclusive, tenho feito semicrash, que seria um "cold" a 13°C. Minha ideia com isso é reduzir também a probabilidade de sucção de O2 para dentro da bombona com a quebra da temperatura.
 
Pergunta nada idiota, eu uso bombona também.

Na prática o primeiro DH deve ser realizado no segundo dia e o segundo DH no sexto dia.
O tempo da cerveja em contato com a matéria vegetal do lúpulo por um período prolongado de fato pode ser um problema, principalmente em NEIPAs.

Como alternativa, reduzi drasticamente o tempo de cold, para uns 2 dias. Neste cenário, a primeira adição de DH fica em contato com a cerveja por uns 6 dias mais ou menos.

Nas ultimas levas inclusive, tenho feito semicrash, que seria um "cold" a 13°C. Minha ideia com isso é reduzir também a probabilidade de sucção de O2 para dentro da bombona com a quebra da temperatura.
Como pretende reduzir o efeito da oxidação fermentando com a bombona ?
 
Dando uma lida no blog do Scott Janish, encontrei um gráfico interessante que quero compartilhar com tópico:

WhatsApp Image 2022-08-23 at 16.33.02.jpeg


Lembrando que o 3MH é somente um dos vários tipos de tiois do lúpulo e que na forma apresentada no gráfico, ele está ligado a Cisteína e Glutationa, ou seja, alguma técnicas devem ser aplicadas para liberação deste tiol como um composto aromático.
 
Pergunta nada idiota, eu uso bombona também.

Na prática o primeiro DH deve ser realizado no segundo dia e o segundo DH no sexto dia.
O tempo da cerveja em contato com a matéria vegetal do lúpulo por um período prolongado de fato pode ser um problema, principalmente em NEIPAs.

Como alternativa, reduzi drasticamente o tempo de cold, para uns 2 dias. Neste cenário, a primeira adição de DH fica em contato com a cerveja por uns 6 dias mais ou menos.

Nas ultimas levas inclusive, tenho feito semicrash, que seria um "cold" a 13°C. Minha ideia com isso é reduzir também a probabilidade de sucção de O2 para dentro da bombona com a quebra da temperatura.
Muito obrigado pela resposta, interessante a sua técnica de não fazer cold prolongado e não baixar tanto a temperatura para evitar a entrada de tanto O2 no fermentador.
Lembro de ter lido, em algum lugar, um teste de armazenamento do co2 expelido na fermentação para ser utilizado no momento do cold, evitando assim e entrado de oxigênio, tenho a impressão que era no Brulosophy mas não consegui encontrar.
 
Dia da brassagem - 27/08/2022

Bom, sexta-feira foi dia de tirar a receita do papel.

WhatsApp Image 2022-08-29 at 11.19.28.jpeg


Algumas pequenas alterações foram realizadas:
1. Uma pequena alteração no grist, tirei 500gr da carga total do malte de aveia e adicionei a mesma quantidade nos flocos. A ideia do malte era minimizar os efeitos oxidativos do manganês, porem eu não gostei muito do resultado.
2. Com mesmo objetivo da primeira alteração, acabei mudando um pouco a correção da água, nesta mostura trabalhei com uma relação sulfato/cloreto de 1:3.
3. Acabei optando por realizar uma parada proteica na temperatura de 52°, sei que isso aumentará a clarificação e prejudicará ainda mais - alem da alta carga de aveia - a espuma, porem, li alguns relatos que apontam que a quebra da ligação de tiol + glutationa, em uma ligação mais simples de tiol + cisteína, ocorre em maior numero durante a parada proteica. Mas com o intuito de não clarificar demais a cerveja e nem realizar a quebra dos beta-glucanos da aveia, arriei somente metade do malte base na parada, os restantes dos fermentáveis entraram somente na temperatura de mash, 72°C.
4. Acabei tendo um pequeno relapso de sovinice durante hopstand e deixei de adionar 25gr de Nelson Sauvin e substituí por 15gr de Columbus. Obviamente isso aumentou o IBU planejado, que saiu de 35 para 38.
5. Não usei Whirfloc, sei que não é isso que vai clarificar a cerveja no copo, mas como minha ultima NEIPA não ficou tão Hazy quanto eu gostaria, acabei não usando.


Adicionei a aguá na panela, configurei a receita e iniciei o aquecimento para a primeira etapa da mostura e enquanto rolava o aquecimento, fiz a correção dos saís e adicionei o acido ascórbico.
Chegando na primeira rampa nos 52°C, entrei com 3kg de Pale Ale + 50gr de Cascade por 10'

WhatsApp Image 2022-08-29 at 11.19.30.jpeg


Passado esse período subi para a temperatura de 72°C - é a primeira vez que faço a mostura nessa temperatura, mas estava bem focado em aumentar a sensação na boca desta NEIPA - e adicionei o restante dos fermentáveis.

WhatsApp Image 2022-08-29 at 11.19.27.jpeg


Após 90 foi hora de ir para o mashout e depois fervura, onde não houve adição de lúpulos. Lupulagem além do mash hopping foi somente no Whirpool, 100gr de Nelson + 50gr de Galaxy + 15gr de Columbus por 15' à 85°C.

Mosto resfriado com o chiller de imersão até 28°C, o restante ficou na responsabilidade do frigobar.
Enquanto o mosto resfriava na bombona dentro do frigobar, rolava o starter da Cosmic Punch. Inóculo foi realizado no dia seguinte à 18°C, após 13hrs, junto com uma boa aeração com nebulizador.

Agora é com a Cosmic!

Nos vemos em breve para o primeiro DH.

Detalhe: Acabei tendo uma eficiência bem abaixo do planejado, com isso, a OG projetada de 1074 foi na verdade 1068. Isso, junto ao aumento do IBU, está me preocupando um pouco, mas vamos ver como fica.
 
Last edited:
Muito bom. Com seu nível de detalhamento vai conseguir fazer os ajustes, se houver necessidade!
Parabéns!
 
DH high krausen - 29/08/2022

Brassagem realizada na sexta à noite, inóculo no sábado ao meio dia e 50 horas depois foi noite de dry hopping, este durante a fermentação ativa.

Antes de entrar com o primeiro DH, retirei uma amostra para medição da densidade. A ideia era realizar a adição quando atenuação estivesse em 60%, estava na casa dos 50, mas como eu não estaria em casa no outro dia, preferi já realizar a adição nesta densidade (ainda não tenho opinião sobre qual a “melhor” densidade para essa adição).

A ideia do DH nesta etapa, além da adição do lúpulo em sí, é possibilitar a biotransformação dos compostos oxigenados e dos tíois. Para isso, além dos 125gr de Nelson Sauvin e da própria Cosmic Punch, foram adicionadas as enzimas Aromazyme e Lafazym Thiols. A Lafazym Thiols até poderia ser adicionada depois do DH, é desta forma que indica o fabricante inclusive, mas dentro da proposta que tenho para esta receita, o Aromazyme precisaria entrar já na fermentação (posso detalhar o pq se houver dúvida, mas acho que isso já é consensual), então já aproveitei para fazer a adição das duas enzimas.

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Sensorial da amostra de medição da densidade

Uma coisa que eu odeio é comentar sobre o sensorial de uma cerveja antes dela estar devidamente servida copo, o motivo é simples: odeio me frustrar! rsrsrs

Foram incontáveis as vezes em cervejas lupuladas, que eu avaliei a amostra durante ou logo após a fermentação (mas ainda no fermentador) e ela estava maravilhosa, com uma intensidade absurda de aroma, mas quando finalmente a cerveja estava no copo aquela potência toda diminuía consideravelmente.

Mas como objetivo do tópico é documentar todas (quase todas) etapas do processo, irei trazer minhas percepções:

Com a densidade medida, coloquei a amostra em um copo para verificar sabor e aroma.

Foi a minha primeira vez usando a Cosmic Punch, tinha uma certa expectativa de ter características aromáticas presentes oriundas dos tiois do Cascade e do próprio malte, que poderiam ter sido liberados durante a fermentação em função da sua capacidade de super expressar beta-liase. Porém, estou mantendo os pés no chão com o uso destes insumos, a expectativa existia, mas nada de muito intenso.

Para minha surpresa: O Aroma estava fantástico!

Foi simplesmente a maior potência aromática que já senti em uma cerveja na vida. O mais surpreendente era que ali ainda não havia nem 1gr de DH. Dei a mesma amostra para minha esposa experimentar (ela é minha cobaia aqui) e nas palavras dela "Nossa, está parecendo que estou cheirando um suco natural feito agora ou a própria fruta", o estilo também é chamado de Juicy IPA, né? rsrs

Devido as várias outras experiências frustrantes que tive, imagino que a potência aromática possivelmente não será aquela no copo, mas infelizmente é impossível não se empolgar.

Em breve posto atualizações sobre o ultimo DH.
 
DH FG (segundo) - 01/09/2022

No dia anterior realizei a medição da densidade, a FG planejada na receita era 1025 e a medição naquele momento apontava uma densidade de 1026, já não aparentava haver atividade de fermentação. Aguardei mais um dia para uma nova medição e a densidade seguiu estável, hora de entrar com o segundo DH.

WhatsApp Image 2022-09-05 at 09.09.47.jpeg


Mais 100gr de lúpulo, 50gr de Nelson + 50gr de Galaxy.

Setei a temperatura que estava em 21° para 12°C e fechei a torneira do blowoff. A ideia era realizar um semi-crash até o sábado, quando faria o envase.

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Sensorial da amostra de medição da densidade

Novamente, fiz uma avaliação da amostra da densidade, dessa fez já com a primeira adição de DH. Não percebi nenhum ganho e minha esposa, teve inclusive a percepção que o aroma estava até menos explosivo.

Seria essa a indicão dos testes da Omega se constatando? rsrsrs

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Segundo os testes da Omega - e há outros estudos que corroboram com isso - adições de Whirpool e DH diminuem os níveis finais de tiol na cerveja final, possivelmente pela matéria vegetal do lúpulo, por isso vocês devem estar vendo a utilização de Cryo Hops em cerveja com foco em Tiol (teste que pretendo realizar na minha próxima brassagem). Se a percepção da minha esposa estiver correta de que a cerveja estava menos aromática, possivelmente pode ser em função deste efeito. Eu particularmente, como até já comentei aqui neste tópico, acredito que o aroma da cerveja não é só tiol (essa é uma constatação obvia, eu sei), então tendo achar que minha esposa estava em um dia de olfato ruim. De qualquer forma, este também é um teste que pretendo fazer, produzir uma IPA de sem DH com foco em Tiol.
 
Envase - 03/09/2022

No sábado foi dia de envase a NEIPA, caminhando para os finalmentes dessa produção.

Todo o cuidado é pouco nessa hora, então adotei minha melhores práticas para esta etapa.

Uma dica que gostaria de compartilhar com o tópico é sobre a purga do barril, imagino que muito conheçam a técnica, mas pode acabar sendo algo útil para alguém.

Um estudo diz que para o método comummente usado para purgar postmix (encher de Co2 e purgar pela válvula de alivio), só atingiríamos níveis aceitáveis de extração o2, repetindo esse processo 15 vezes em uma pressão de 2bar, algo bem diferentes das 3 ou no máximo 5 purgas em 1 ou 1.5bar que costumamos fazer.
Para resolver isso, adotei um método já tem um tempo: encher totalmente o postmix com sanitizando eliminando assim totalmente a head space (sem de o2 ou Co2) e depois extrair totalmente o líquido com Co2, como se estivéssemos extraindo cerveja.

WhatsApp Image 2022-09-05 at 10.01.49.jpeg


Após a purga, entrei com o antioxidante nos barris em contrapressão (o correto era entrar logo após o segundo DH, porém eu sempre esqueço dessa etapa) e iniciei a transferência em circuito fechado.

Transferência finalizada, hora de mandar o barril para o Kegerator para inciar a carbonatação. Aqui em faço Burst Carbonation, rápido e sem sofrência.

Agora é aguardar a ultima etapa e no feriado, dia 07-09-2022, finalmente provar a cerva mais complexa (pelo menos em processos e insumos) que já fiz.
 
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Sensorial da amostra de medição da densidade

Novamente, fiz uma avaliação da amostra da densidade, dessa fez já com a primeira adição de DH. Não percebi nenhum ganho e minha esposa, teve inclusive a percepção que o aroma estava até menos explosivo.

Seria essa a indicão dos testes da Omega se constatando? rsrsrs

View attachment 128752

Segundo os testes da Omega - e há outros estudos que corroboram com isso - adições de Whirpool e DH diminuem os níveis finais de tiol na cerveja final, possivelmente pela matéria vegetal do lúpulo, por isso vocês devem estar vendo a utilização de Cryo Hops em cerveja com foco em Tiol (teste que pretendo realizar na minha próxima brassagem). Se a percepção da minha esposa estiver correta de que a cerveja estava menos aromática, possivelmente pode ser em função deste efeito. Eu particularmente, como até já comentei aqui neste tópico, acredito que o aroma da cerveja não é só tiol (essa é uma constatação obvia, eu sei), então tendo achar que minha esposa estava em um dia de olfato ruim. De qualquer forma, este também é um teste que pretendo fazer, produzir uma IPA de sem DH com foco em Tiol.



Li algo no site de Scott Janish sobre os possíveis impactos negativos do dry hopping nas cervejas que visam tióis. Além da absorção de tióis por brácteas e bractéolas, os tióis somem por ligação com oxigênio e metais, e também podem ficar apagados pela explosão de outros aromas vindos do lúpulo. Isso faz muito sentido para mim, já que parece ser natural que um caminhão de moléculas aromáticas mascarem a presença de um pouco de tiol, por mais que eles tenham limiar de percepção baixo. É como mascarar peido com Bom Ar: você sente que o danado tá ali, mas não sofre tanto porque um aroma mais forte cobre ele.

Estou planejando uma neipa com mash hopping e enzima Lafazym thiols, e decidi reduzir o dry hopping a uma adição de 4,5 g/L na fermentação ativa (50 g nelson e 50 g centennial), e uma adição tardia de 5,5 g/L de cryo hops e lupomax (50 g citra, 50 g idaho e 25 g loral), pra ver no que dá. Queria ter coragem para testar não fazer dry hopping nesse caso, mas não consigo.

Pra evitar o roubo de tióis no whirlpool, estou pensando em fazer um mostinho para "mash hopping" separadamente, mantendo ele a 45°C, e depois acrescentar esse mostinho coado no fermentador junto com o mosto principal, ou ainda no segundo dry hopping que vai ter menos material vegetal. Acham essa parte desnecessária e fariam tudo junto normalmente?


Depois compartilhe o resultado da cerveja.
 
Li algo no site de Scott Janish sobre os possíveis impactos negativos do dry hopping nas cervejas que visam tióis. Além da absorção de tióis por brácteas e bractéolas, os tióis somem por ligação com oxigênio e metais, e também podem ficar apagados pela explosão de outros aromas vindos do lúpulo. Isso faz muito sentido para mim, já que parece ser natural que um caminhão de moléculas aromáticas mascarem a presença de um pouco de tiol, por mais que eles tenham limiar de percepção baixo. É como mascarar peido com Bom Ar: você sente que o danado tá ali, mas não sofre tanto porque um aroma mais forte cobre ele.
Vi esse texto do Scott também, o BrewingScience também tem um artigo nesse sentido.

Penso da seguinte forma: Se o objetivo for destacar somente os tiois, talvez seja interessante não realizar DH ou se realizar, usar Cryo, por exemplo. Se neste cenário for possível ter um bom aroma, seria um resultado bem interessante, principalmente para o bolso pois reduziria bem a quantidade de lúpulo.

O objetivo da minha cerva é punch e complexidade de aroma e sabor, e com este objetivo, acho que WH e DH acabam sendo fundamenteis, por mais que isso diminua os níveis finais de tiois e pela presença de outros compostos, acabe diminuindo a percepção.

Estou planejando uma neipa com mash hopping e enzima Lafazym thiols, e decidi reduzir o dry hopping a uma adição de 4,5 g/L na fermentação ativa (50 g nelson e 50 g centennial), e uma adição tardia de 5,5 g/L de cryo hops e lupomax (50 g citra, 50 g idaho e 25 g loral), pra ver no que dá. Queria ter coragem para testar não fazer dry hopping nesse caso, mas não consigo.

Muito legal, nesse sentido que você comentou, brassarei uma Session IPA. Vamos compartilhando as percepções.
Era pra eu ter brassado ontem, mas o brewshop que eu compro me deu o bolo.
Pra evitar o roubo de tióis no whirlpool, estou pensando em fazer um mostinho para "mash hopping" separadamente, mantendo ele a 45°C, e depois acrescentar esse mostinho coado no fermentador junto com o mosto principal, ou ainda no segundo dry hopping que vai ter menos material vegetal. Acham essa parte desnecessária e fariam tudo junto normalmente?

Cara, não me parece que resultará em muita diferença, mas pode ser um teste interessante. Acho válido. Importante avaliar o momento de adição da enzima neste cenário.
 
Enfim, no copo!

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Vamos para a avaliação desse suco cósmico:

Aparência:
- Na cor para mim a cor está perfeita, eu particularmente gosto de NEIPAS um pouco mais alaranjada.
- A turbidez não está do meu agrado, queria a cerva mais Hazy. É a segunda NEIPA que faço e que fica meio "clarificada", pensei em um possível impacto da parada proteica que realizei em função do mash hopping, mas não acredito que seja isso. Penso que talvez o fato de usar nesse postmix um extrator flutuante esteja resultando em uma Hazy IPA não tão hazy.
- A espuma tem excelente formação, bolhas pequenas e branca. A retenção não é das melhores, objetivo complicado de se atingir usando dosagens tão elevadas de aveia. Pelo menos o colar da espuma persiste até o final, gerando até uma discreta renda belga no copo.

Aroma:
- A porrada é grande! Sem dúvida a cerveja mais que já produzi e uma das mais aromáticas que já tomei na vida, penso em outras duas IPAs, ambas que tive o privilégio de tomar extremamente no brewpub da Goose Island que teriam essa mesma potencia aromática.
- Confesso que o aroma é até complexo demais para que eu, sommelier de garagem, consiga descrever com precisão. A pegada é bem tropical, trazendo em camadas aromas frutados e cítrica. Bem puxado para frutas amarelas.
- A intensidade é incrível realmente, porem a saturação vem rápido. Pouco tempo após começar a desgustar a intensidade do aroma diminui bastante. Ela não está sumindo da cerva, mas oq some é minha capacidade de percebe-lo.

Sabor:
- A cerva esá bem saborosa, pegada frutada com um leve dank. Na minha opnião, poderia ter mais sabor, a carga de lúpulo no Whirpool Hopping que eu diminui em função do Mash Hopping, fez falta. Na próxima eu irei aumentar umas 50gr nesta etapa, terei que assumir um amargor mais alto, ou talvez, diminuir a temperatura do WH.
- Não consigo perceber características maltadas, inclusive, quando uso 100% Pale da Castle, ele trás uma pegadinha bem discreta, eu gosto, me parece equilibrar melhor a cerveja.
- Apesar de ter um IBU um pouco acima do rotineiro em NEIPAs aqui em casa, a percepção de amargor está igual, provavelmente pela FG mais alta.

Sensação na boca:
-Bem superior a da minha ultima NEIPA, a diferença entre malte e flocos de aveia é muito grande e eu, fico com os flocos. Essa cerva está mais densa, mais juicy.. na próxima irei usar 100% aveia em flocos, acredito que a sensação de preenchimento ainda possa ser maior.
-Carbonatação ta no padrão de uma Ale convencional, talvez uma carbonatação mais baixa fosse mais interessante para o estilo, pretendo testar.

Impressão geral:
Excelente cerva, uma da melhores Hazy IPA que já tomei. Como sempre, há pontos para melhorar e irei trabalhar neles para a próxima receita.
O destaque está na complexidade e intensidade do aroma (era meu principal objetivo), realmente, as técnicas e insumos fizeram a diferença.

Obrigado Tiois!
 
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