(informação) KALYCLEAM seria tóxico sem enxágue?

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Faustus Fonseca

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Bom dia pessoal, segue uma mensagem que chegou pra mim num grupo de whatsaap. Alguém sabealgo sobre isso?

"Bom dia, gente. Sou aluna dá Faculdade de Farmácia na UFF e recentemente venho pesquisando sobre o sanitizante largamente comercializado para produção de cervejas. O Kalycleam vem sendo vendido como Iodophor, no entanto sua em composição descrita no rótulo não cita em nenhum momento a palavra "iodo", mas sim um princípio ativo chamado Nonilfenol Etoxilado. Esta substância é um poderoso detergente usado em indústrias de tintas e vernizes, tecidos e couros, petroleo etc. Além disso é considerado xenobiotico e potente poluente. Pesquisei que na Europa esta substância é proibida e nos EUA sua comercialização é controlada. Infelizmente me deparei com pessoas que estão vendendo este Kalycleam com a explicação de que este seria um composto a base de Iodo ( o que até então não foi provado). Ainda estou pesquisando para obter mais informações, mas de qualquer forma quero deixar aqui vocês conscientes dá utilização deste produto, visto que o enxague após o uso não é realizado, e que este composto não possui volatilidade conhecida. Obrigada!"
 
Bom dia pessoal, segue uma mensagem que chegou pra mim num grupo de whatsaap. Alguém sabealgo sobre isso?

"Bom dia, gente. Sou aluna dá Faculdade de Farmácia na UFF e recentemente venho pesquisando sobre o sanitizante largamente comercializado para produção de cervejas. O Kalycleam vem sendo vendido como Iodophor, no entanto sua em composição descrita no rótulo não cita em nenhum momento a palavra "iodo", mas sim um princípio ativo chamado Nonilfenol Etoxilado. Esta substância é um poderoso detergente usado em indústrias de tintas e vernizes, tecidos e couros, petroleo etc. Além disso é considerado xenobiotico e potente poluente. Pesquisei que na Europa esta substância é proibida e nos EUA sua comercialização é controlada. Infelizmente me deparei com pessoas que estão vendendo este Kalycleam com a explicação de que este seria um composto a base de Iodo ( o que até então não foi provado). Ainda estou pesquisando para obter mais informações, mas de qualquer forma quero deixar aqui vocês conscientes dá utilização deste produto, visto que o enxague após o uso não é realizado, e que este composto não possui volatilidade conhecida. Obrigada!"

Bom, vamos lá...

Kalyclean é uma marca...precisa ver de qual modelo se trata...

Dê uma pesquisada por Kalyclean nesse link: http://www.qualityclean.com.br/busca

Vai encontrar N modelos.

O Iodo é esse: KALYCLEAN S 390

Obviamente se existir um Kalyclean Soda cáustica, com certeza será tóxico....
 
Bom, vamos lá...

Kalyclean é uma marca...precisa ver de qual modelo se trata...

Dê uma pesquisada por Kalyclean nesse link: http://www.qualityclean.com.br/busca

Vai encontrar N modelos.

O Iodo é esse: KALYCLEAN S 390

Obviamente se existir um Kalyclean Soda cáustica, com certeza será tóxico....

Não vejo IODO na composição, e bate certinho com o que a menina disse no texto do whatsaap.
 

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Última resposta no grupo:

"Meu nome é André Rios, sou engenheiro químico, trabalho há*23 anos com higienização em indústria alimentícia e trabalho na Kalykim faz 5 anos.

Sobre o Kalyclean S 390, informo que ele é um limpador que utiliza iodo na sua formulação. Por legislação, o princípio ativo do produto deve ser declarado na rotulagem, os demais componentes podem ser listados por função, por isso o iodo não é mencionado no rótulo. Quanto ao uso do nonilfenol etoxilado como tensoativo na formulação, gostaria de esclarecer que a nossa legislação não proíbe seu uso na formulação de detergentes, limpadores multiuso, desengraxantes, lava roupas e sanitizantes. Sua restrição de uso em outros países deve-se ao fato de não ser proveniente de fonte renovável. A FISPQ do Kalyclean S 390 descreve todos os componentes que oferecem algum risco no manuseio e nela consta a presença do iodo. O produto pode ser usado em instalação de produção de cerveja, mas como todo saneante deve ser enxaguado posteriormente, segundo a SVS/MS 326/97."
 
Última resposta no grupo:

"Meu nome é André Rios, sou engenheiro químico, trabalho há*23 anos com higienização em indústria alimentícia e trabalho na Kalykim faz 5 anos.

Sobre o Kalyclean S 390, informo que ele é um limpador que utiliza iodo na sua formulação. Por legislação, o princípio ativo do produto deve ser declarado na rotulagem, os demais componentes podem ser listados por função, por isso o iodo não é mencionado no rótulo. Quanto ao uso do nonilfenol etoxilado como tensoativo na formulação, gostaria de esclarecer que a nossa legislação não proíbe seu uso na formulação de detergentes, limpadores multiuso, desengraxantes, lava roupas e sanitizantes. Sua restrição de uso em outros países deve-se ao fato de não ser proveniente de fonte renovável. A FISPQ do Kalyclean S 390 descreve todos os componentes que oferecem algum risco no manuseio e nela consta a presença do iodo. O produto pode ser usado em instalação de produção de cerveja, mas como todo saneante deve ser enxaguado posteriormente, segundo a SVS/MS 326/97."
Aí é que tá o problema, estão dizendo que tem que enxaguar depois então não dá pra usar pra sanitizar as garrafas como se faz com o iodophor deixando apenas escorrer.
Pior é que tenho 1 litro desse negócio que comprei na WE, danou-se!
 
Putz, eu uso direto esse sanitizante. Na verdade sanitizo tudo com ele, sem enxaguar


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Todo mundo usa sem enxágue. Eu também. Mas no rótulo já estava escrito pra enxaguar né? Enfim... pra mim não faz sentido enxaguar...

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Todo mundo usa sem enxágue. Eu também. Mas no rótulo já estava escrito pra enxaguar né? Enfim... pra mim não faz sentido enxaguar...

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Poisé, qual seria o sentido de sanitizar, e enxaguar com "agua potável"!

PORÉM MINHA DÚVIDA É: Posso utilizar o BIOFOR da CHEMITEC??? Pois na composição dele consta CONCENTRADO DE IODOPHOR --- 11,25g.
 

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Poisé, qual seria o sentido de sanitizar, e enxaguar com "agua potável"!

PORÉM MINHA DÚVIDA É: Posso utilizar o BIOFOR da CHEMITEC??? Pois na composição dele consta CONCENTRADO DE IODOPHOR --- 11,25g.

Então. Vou usar meu Kalyclena até o fim. depois vou passar pro Biofor mesmo. Até que me provem o contrário o Biofor é tranquilo de usar na proporção indicada. Lembrando que eu não sou químico. To dizendo por chute mesmo.
 
PORÉM MINHA DÚVIDA É: Posso utilizar o BIOFOR da CHEMITEC??? Pois na composição dele consta CONCENTRADO DE IODOPHOR --- 11,25g.

Sim, pode usar o Biofor.
Mas para cálculos da mistura do sanitizante vc deve observar que logo abaixo da fórmula diz:

*Contém 2,25% de iodo livre

Esse é o valor que realmente importa.

Para o uso sem enxágue, a concentração recomendada de iodo é de 12,5ppm (ou entre 12,5 e 25ppm) e o tempo mínimo de contato é de apenas 1 minuto.
Eu costumo usar 4ml de Biofor em 5L de água, o que dá 18ppm.
Prefiro fazer um pouco mais do que 12,5ppm pois imagino que o Biofor sofra alguma depreciação com o passar do tempo, e também, depois que vc prepara a solução o iodo começa a volatilizar.
Segue o link para vc fazer o cálculo:
http://cervejarte.org/blog/2009/07/20/sanitizando-com-iodofor-ou-acido-peracetico/
 
Pessoal, na industria cervejeira se utiliza ácido peracético que não necessita enxague. Porq não utilizar? Iodo pode deixar sabor na cerveja, deixei de usar a muitos anos. desde então utilizo o sanitizante PAC-200, um granulado que misturado com água vira ácido peracético. na proporção recomendada na embalagem é completamente seguro e manuseável com mãos sem frescuras.
 
Pessoal, na industria cervejeira se utiliza ácido peracético que não necessita enxague. Porq não utilizar? Iodo pode deixar sabor na cerveja, deixei de usar a muitos anos. desde então utilizo o sanitizante PAC-200, um granulado que misturado com água vira ácido peracético. na proporção recomendada na embalagem é completamente seguro e manuseável com mãos sem frescuras.

O iodo é pela praticidade.

O peracético precisa de 10 minutos de contato mínimo, já o iodo, 1 minutinho ou menos já tá sanitizado. Eu uso os 2, imersão peracético e borrifador iodo.

Borrifador com peracético não faz muito sentido pra mim...
 
O iodo é pela praticidade.

O peracético precisa de 10 minutos de contato mínimo, já o iodo, 1 minutinho ou menos já tá sanitizado. Eu uso os 2, imersão peracético e borrifador iodo.

Borrifador com peracético não faz muito sentido pra mim...

[ame]https://www.youtube.com/watch?v=qOvM2e0sQhQ[/ame]
 
O iodo é pela praticidade.

O peracético precisa de 10 minutos de contato mínimo, já o iodo, 1 minutinho ou menos já tá sanitizado. Eu uso os 2, imersão peracético e borrifador iodo.

Borrifador com peracético não faz muito sentido pra mim...

Sim, mas o Iodo leva no minimo 30min pra evaporar e não deixar gosto.
 
Sim, mas o Iodo leva no minimo 30min pra evaporar e não deixar gosto.

Não vejo a necessidade de esperar 30 minutos para que o iodo sublime, se a solução estiver na concentração de até 25 ppm (acho alto 25, e também para evitar off flavor medicinal uso 12,5) correta basta deixar escorrer e usar na hora. Nesta concentração se deixar escorrer não terá gosto e odor de iodo.

Acredito que quanto mais tempo se deixa o equipamento sanitizado exposto ao ao ar livre maior a chance de contaminação.
 
Pessoal, na industria cervejeira se utiliza ácido peracético que não necessita enxague. Porq não utilizar? Iodo pode deixar sabor na cerveja, deixei de usar a muitos anos. desde então utilizo o sanitizante PAC-200, um granulado que misturado com água vira ácido peracético. na proporção recomendada na embalagem é completamente seguro e manuseável com mãos sem frescuras.

Uso BIOFOR e nunca tive off flavor. Evapora tranquilamente tanto que quando deixo um frasco com ele diluído, no outro dia já não tem cor nem cheiro.
 
Vi essa história se propagar rapidamente por vários meios. É preocupante.

A informação inicial faz parecer um mito porque questiona a presença do iodo no produto, que é óbvia até demais, só pegar iodofor e sentir o cheiro e cor do iodo.

Mas é inquestionável tambem a presença do nonilfenol, que sempre me passou despercebido, crio que pra muitos também. Pesquisa rápida mostra que é realmente ruim pra saúde.
https://en.wikipedia.org/wiki/Nonylphenol
 
Pessoal, na industria cervejeira se utiliza ácido peracético que não necessita enxague. Porq não utilizar? Iodo pode deixar sabor na cerveja, deixei de usar a muitos anos. desde então utilizo o sanitizante PAC-200, um granulado que misturado com água vira ácido peracético. na proporção recomendada na embalagem é completamente seguro e manuseável com mãos sem frescuras.

Sanitizante a base de iodo não deixa sabor na cerveja. Isso é um mito que achei que nem fosse mais propagado nos dias de hoje.

O peracético pode ser muito perigoso, principalmente se for formato líquido concentrado, pra diluição. Solta vapores, irrita nariz, olhos, queima a pele.
 
Regularmente essa polêmica volta a ocupar os fóruns de cerveja. Então vamos analisar uma aplicação do iodo como sanitizante antes de condenar seu uso na cerveja.

Acredito que todos já tenham tomado leite de vaca, principalmente na infância. Bom, o iodo é utilizado como sanitizante de úberes antes da ordenha e é usado para sanitizar os canais e reservatórios de ordenhadeiras. Algumas coisas são enxaguadas (como os úberes, por utilizarem uma solução mais concentrada), mas não tudo. Aliás, é comum que a água que os animais consomem seja tratada com iodo também, para não acumular microrganismos que podem ser nocivos (isso em baixas concentrações, é claro).

Eu nunca senti sabor de iodo em leite. Se senti, deve ter sido desde criança, o que acabou naturalizando o sabor pra mim. Em cerveja, consequentemente, nunca senti nada disso. Já vi gente falando que a cerveja tinha cheiro ou sabor de iodo, mas me pareceu desconhecimento de causa, já que pra mim aqueles sabores estranhos eram lúpulos velhos combinados com contaminações durante a fermentação (sabores medicinais).

Nunca usei o Kalyclean e nunca senti a necessidade, já que vivo em uma região em que a pecuária é muito forte e o acesso ao iodofor é muito fácil. A meu ver, quanto menos substâncias suspeitas a solução tiver, melhor. O iodo que costumo comprar contém apenas glicerina (além do iodo), que dá à solução uma aderência melhor à superfície e otimiza o contato. Sem contar que a glicerina é segura em termos alimentícios.

Resumindo, o negócio é ler os rótulos do que se compra e pesquisar sobre as substância que compõem o produto. Se tiver algo suspeito, melhor trocar de produto. Costumo usar ácido peracético como alternativa, só para não selecionar microrganismos resistentes, sem contar que os trocadores de calor de placas tem peças internas de cobre e oxidam rapidamente com o peracético, motivo pelo qual só uso iodo neles.
 
Na verdade o problema nem é o iodo, acho que ele, como sanitizante, está ok, mas a discussão é em relação à presença do Nonifenol e seu perigo à saúde.


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Nunca usei o Kalyclean e nunca senti a necessidade, já que vivo em uma região em que a pecuária é muito forte e o acesso ao iodofor é muito fácil. A meu ver, quanto menos substâncias suspeitas a solução tiver, melhor. O iodo que costumo comprar contém apenas glicerina (além do iodo), que dá à solução uma aderência melhor à superfície e otimiza o contato.


Qual iodofor tu utiliza? Biofor?



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O que estiver disponível quando eu for comprar, seja Biofor, Iodigen ou qualquer outro iodofor comercial.

Dei uma procurada nas fichas técnicas do Biofor chemitec e iodigen, nenhum deles indica o surfactante usado...

Como já foi dito aqui, pra coisa funcionar o iodo precisa de um surfactante. O complexo iodo-surfactante é chamado de iodofor.

No caso da Kalykim, o produto é especificado, é o nonilfenol. Porém nessas outras marcas ele não é especificado. Apenas contem a concentração do "iodofor" e o restante dos ingredientes. Isso não indica que eles não contenham o nonilfenol.

Conhece alguma marca que especifica o uso a povidona (PVP) no lugar do nonilfenol?
 
Acabei de enviar um e-mail para a Kalykim pedindo esclarecimentos. Assim que retornarem transcrevo aqui para todos. Vou entrar em contato com os outros fabricantes também.
 
Eu sempre usei o S390, porem nunca confiei nessa questao de não enxaguar, ou seja sempre enxáguo, e NUNCA perdi nenhuma leva por contaminação.

Faço cerveja desde de 2009.... ja fiz mais de 100 levas... e nunca perdi cerveja...
 
Segue resposta do Eng. Químico da Kalykim:

"Sobre o Kalyclean S 390, informamos que ele é um limpador que utiliza iodo na sua formulação. Por legislação, o princípio ativo do produto deve ser declarado na rotulagem, os demais componentes podem ser listados por função, por isso o iodo não é mencionado no rótulo.
A FISPQ (ver anexo) do Kalyclean S 390 descreve todos os componentes que oferecem algum risco no manuseio e nela consta a presença do iodo. O produto pode ser usado em instalação de produção de cerveja, mas como todo saneante deve ser enxaguado posteriormente.
Na instrução de uso do produto sempre foi recomendado o enxágue com água potável, pois a ANVISA assim determina (Ver abaixo).

PORTARIA DA ANVISA
(DETERGENTES E DESINFETANTES)
“Os resíduos destes agentes que permaneçam em superfície suscetível de entrar em contato com alimento devem ser eliminados mediante uma lavagem cuidadosa com água potável antes que volte a ser utilizada para a manipulação de alimentos”.

Deve ser entendido, que a questão central deste problema, não é o produto em si e sim o procedimento adotado, visto que a própria ANVISA determina o enxágue posterior, após a utilização do Kalyclean S 390 ou qualquer outro detergente/desinfetante utilizado em superfícies que entram em contato com alimento. (Outro produto que contenha iodo na formulação, não ficará isento da recomendação da ANVISA, de enxágue posterior)

O que aconteceu foi que, no intuito de facilitar e agilizar o processo, muitos cervejeiros caseiros passaram a utilizar uma concentração bem baixa do produto, diminuindo a concentração de uso indicada de 0,4 a 1%, para apenas 0,083%, com a intenção de eliminar a necessidade de enxágue, somado a isto, diminuíram também o tempo de contato recomendado, de no mínimo 10 minutos, para 1 minuto. Mas isso nunca foi uma informação oficial.

Quanto ao uso do nonilfenol etoxilado como tensoativo na formulação, gostaria de esclarecer que a nossa legislação não proíbe seu uso na formulação de detergentes, limpadores multiuso, desengraxantes, lava roupas e sanitizantes. Sua restrição de uso em outros países deve-se ao fato de não ser proveniente de fonte renovável.
Um produto ser ou não liberado para venda ou ter restrição de venda em determinado país não significa que o mesmo aplica-se na legislação Brasileira. Existem sanitizantes vendidos nos EUA que no Brasil tem a venda proibida para este fim pois a ANVISA não reconhece o princípio ativo como sanitizante."
 
Dei uma procurada nas fichas técnicas do Biofor chemitec e iodigen, nenhum deles indica o surfactante usado...

Como já foi dito aqui, pra coisa funcionar o iodo precisa de um surfactante. O complexo iodo-surfactante é chamado de iodofor.

No caso da Kalykim, o produto é especificado, é o nonilfenol. Porém nessas outras marcas ele não é especificado. Apenas contem a concentração do "iodofor" e o restante dos ingredientes. Isso não indica que eles não contenham o nonilfenol.

Conhece alguma marca que especifica o uso a povidona (PVP) no lugar do nonilfenol?

@Tiago, este post era o que eu me lembrava: https://orkut.google.com/c32506-ta23b578faeaeb16.html

Depois disso (2010), nunca mais conferi o surfactante usado, mas acho que o produto que eu descrevo no post era o Biocid.
 
Fui questionar a we, que foi onde comprei, porém a resposta foi a mesma:

"Olá Guilherme!
Recentemente houve uma grande quantidade de questionamentos a respeito do S 390 na internet. Neste post do homebrewtalk: http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=410145 foi discutido algumas coisas a respeito do que se comenta na internet. Aonde a resposta do fabricante eu copio abaixo. Se tiver qualquer dúvida adicional, estou a disposição!
Segue resposta do Eng. Químico da Kalykim:
"Sobre o Kalyclean S 390, informamos que ele é um limpador que utiliza iodo na sua formulação. Por legislação, o princípio ativo do produto deve ser declarado na rotulagem, os demais componentes podem ser listados por função, por isso o iodo não é mencionado no rótulo. A FISPQ (ver anexo) do Kalyclean S 390 descreve todos os componentes que oferecem algum risco no manuseio e nela consta a presença do iodo. O produto pode ser usado em instalação de produção de cerveja, mas como todo saneante deve ser enxaguado posteriormente. Na instrução de uso do produto sempre foi recomendado o enxágue com água potável, pois a ANVISA assim determina (Ver abaixo).
PORTARIA DA ANVISA
(DETERGENTES E DESINFETANTES)
“Os resíduos destes agentes que permaneçam em superfície suscetível de entrar em contato com alimento devem ser eliminados mediante uma lavagem cuidadosa com água potável antes que volte a ser utilizada para a manipulação de alimentos”.
Deve ser entendido, que a questão central deste problema, não é o produto em si e sim o procedimento adotado, visto que a própria ANVISA determina o enxágue posterior, após a utilização do Kalyclean S 390 ou qualquer outro detergente/desinfetante utilizado em superfícies que entram em contato com alimento. (Outro produto que contenha iodo na formulação, não ficará isento da recomendação da ANVISA, de enxágue posterior)
O que aconteceu foi que, no intuito de facilitar e agilizar o processo, muitos cervejeiros caseiros passaram a utilizar uma concentração bem baixa do produto, diminuindo a concentração de uso indicada de 0,4 a 1%, para apenas 0,083%, com a intenção de eliminar a necessidade de enxágue, somado a isto, diminuíram também o tempo de contato recomendado, de no mínimo 10 minutos, para 1 minuto. Mas isso nunca foi uma informação oficial.
Quanto ao uso do nonilfenol etoxilado como tensoativo na formulação, gostaria de esclarecer que a nossa legislação não proíbe seu uso na formulação de detergentes, limpadores multiuso, desengraxantes, lava roupas e sanitizantes. Sua restrição de uso em outros países deve-se ao fato de não ser proveniente de fonte renovável. Um produto ser ou não liberado para venda ou ter restrição de venda em determinado país não significa que o mesmo aplica-se na legislação Brasileira. Existem sanitizantes vendidos nos EUA que no Brasil tem a venda proibida para este fim pois a ANVISA não reconhece o princípio ativo como sanitizante."

Espero ter esclarecido sua dúvida. Se sente-se receoso do uso do produto como os caseiros tem utilizado, faça o enxágue com água potável depois da aplicação, conforme consta no rótulo do produto."




De tudo isso concluo que o método aplicado costumeiramente por cervejeiros, e inclusive recomendado aqui no fórum - de ignorar o enxague posterior com água - não vale para esse produto devido à presença do nonilfenol etoxilado que parece ser altamente tóxico (e sua restrição de uso não é somente ao fato de não ser proveniente de fonte renovável).



Nome Químico Nonil Fenol Etoxilado 9,5EO
N° CAS 9016-45-9 (genérico)
Natureza química: Poliéteres alquil-fenol-glicólicos

Toxicidade aguda Oral, Categoria 4. H302
Toxicidade aguda, Pele, Categoria 5. H313.
Corrosão/irritação à pele, Categoria 2. H315.
Lesões oculares graves/irritação ocular, Categoria 2A. H319.
Toxicidade à reprodução, Categoria 2, H361.
Toxicidade para órgãos-alvo específicos - exposição repetida, Categoria 2 (sistema cardiovascular), H373.
Perigoso ao ambiente aquático, agudo, Categoria 1, H400.
Perigoso ao ambiente

Fonte: http://www.macler.com.br/produto/nonil-fenol-95-eo/

Human health hazards[edit]
Alkylphenols like nonylphenol and bisphenol A have estrogenic effects in the body. They are known as xenoestrogens.[23] Estrogenic substances and other endocrine disruptors are compounds that have hormone-like effects in both wildlife and humans. Xenoestrogens usually function by binding to estrogen receptors and acting competitively against natural estrogens. Nonylphenol has been shown to mimic the natural hormone 17β-estradiol, and it competes with the endogeous hormone for binding with the estrogen receptors ERα and ERβ.[2] Nonylphenol was discovered to have hormone-like effects by accident because it contaminated other experiments in laboratories that were studying natural estrogens that were using polystyrene tubes.[8]

Effects in pregnant women[edit]
Subcutaneous injections of nonylphenol in late pregnancy causes the expression of certain placental and uterine proteins, namely CaBP-9k, which suggest it can be transferred through the placenta to the fetus. It has also been shown to have a higher potency on the first trimester placenta than the endogenous estrogen 17β-estradiol. In addition, early prenatal exposure to low doses of nonylphenol cause an increase in apoptosis, cell death, in placental cells. These “low doses” ranged from 10−13-10−9 M, which is lower than what is generally found in the environment.[24]

Nonylphenol has also been shown to affect cytokine signaling molecule secretions in the human placenta. In vitro cell cultures of human placenta during the first trimester were treated with nonylphenol, which increased the secretion of cytokines including IFN-γ, IL-4, and IL-10 and reduced the secretion of TNA-α. This unbalanced cytokine profile at this part of pregnancy has been documented to result in implantation failure, pregnancy loss, and other complications[24]

Effects on metabolism[edit]
Nonylphenol has been shown to act as an obesity enhancing chemical or obesogen, though it has paradoxically been shown to have anti-obesity properties.[25] Growing embryos and newborns are particularly vulnerable when exposed to nonylphenol because low-doses can disrupt sensitive processes that occur during these important developmental periods.[26] Prenatal and perinatal exposure to nonylphenol has been linked with developmental abnormalities in adipose tissue and therefore in metabolic hormone synthesis and release (Merrill 2011). Specifically, by acting as an estrogen mimic, nonylphenol has generally been shown to interfere with hypothalamic appetite control.[25] The hypothalamus responds to the hormone leptin, which signals the feeling of fullness after eating, and nonylphenol has been shown to both increase and decrease eating behavior by interfering with leptin signaling in the midbrain.[25] Nonylphenol has been shown mimic the action of leptin on neuropeptide Y and anorectic POMC neurons, which has an anti-obesity effect by decreasing eating behavior. This was seen when estrogen or estrogen mimics were injected into the ventromedial hypothalamus.[27] On the other hand, nonylphenol has been shown to increase food intake and have obesity enhancing properties by lowering the expression of these anorexigenic neurons in the brain.[28] Additionally, nonylphenol affects the expression of ghrelin: an enzyme produced by the stomach that stimulates appetite.[29] Ghrelin expression is positively regulated by estrogen signaling in the stomach, and it is also important in guiding the differentiation of stem cells into adipocytes (fat cells). Thus, acting as an estrogen mimic, prenatal and perinatal exposure to nonylphenol has been shown to increase appetite and encourage the body to store fat later in life.[30] Finally, long-term exposure to nonylphenol has been shown to affect insulin signaling in the liver of adult male rats.[31]

Cancer[edit]
Nonylphenol exposure has also been associated with breast cancer.[2] It has been shown to promote the proliferation of breast cancer cells, due to its agonistic activity on ERα (estrogen receptor α) in estrogen-dependent and estrogen-independent breast cancer cells. Some argue that nonylphenol's suggested estrogenic effect coupled with its widespread human exposure could potentially influence hormone-dependent breast cancer disease.[32]

Human exposure and breakdown[edit]
Exposure[edit]
Diet seems the most significant source of exposure of nonylphenol to humans. For example, food samples were found with concentrations ranging from 0.1 to 19.4 µg/kg in a diet survey in Germany and a daily intake for an adult were calculated to be 7.5 µg/day.[33] Another study calculated a daily intake for the more exposed group of infants in the range of 0.23-0.65 µg/ kg bodyweight/ day.[34] In Taiwan, nonylphenol concentrations in food ranged from 5.8 to 235.8 µg/kg. Seafood in particular was found to have a high concentration of nonylphenol.[35]

One study conducted in Italian women showed that nonylphenol was one of the highest contaminants at a concentration of 32 ng/mL in breast milk when compared to other alkyl phenols, such as octylphenol, nonylphenol monoethoxylate, and two octylphenol ethoxylates. The study also found a positive correlation between fish consumption and the concentration of nonylphenol in breast milk.[35] This is a large problem because breast milk is the main source of nourishment for newborns, who are in early stages of development where hormones are very influential. Elevated levels of endocrine disruptors in breast milk have been associated with negative effects on neurological development, growth, and memory function.

Drinking water does not represent a significant source of exposure in comparison to other sources such as food packing materials, cleaning products, and various skin care products. Concentrations of nonylphenol in treated drinking water varied from 85 ng/L in Spain to 15 ng/L in Germany.[2]

Microgram amounts of nonylphenol have also been found in the saliva of patients with dental sealants.[32]

Breakdown[edit]
When humans orally ingest nonylphenol, it is rapidly absorbed in the gastrointestinal tract. The metabolic pathways involved in its degradation are thought to involve glucuronide and sulphate conjugation, and the metabolites are then concentrated in fat. There is inconsistent data on bioaccumulation in humans, but nonylphenol has been shown to bioaccumulate in water-dwelling animals and birds. Nonylphenol is excreted in feces and in urine.[3]

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Nonylphenol
 
E quanto ao Biofor, será que também contém nonilfenol?
Alguém conseguiu uma resposta da Chemitec?
 
O Iodigen também não especifica.


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Pessoal, em contato via telefone com a Chemitec, fabricante do Biofor, o setor técnico me informou o surfactante utilizado por eles como sendo o Eter Nonifenilico de polietilenoglicol.
Pesquisando por cima, é este parece ser o responsável pela toxicidade do Nonilfenol etoxilado:

http://gardenquimica.com.br/fispq/NONIL-FENOL.pdf
 
Pessoal, em contato via telefone com a Chemitec, fabricante do Biofor, o setor técnico me informou o surfactante utilizado por eles como sendo o Eter Nonifenilico de polietilenoglicol.
Pesquisando por cima, é este parece ser o responsável pela toxicidade do Nonilfenol etoxilado:

http://gardenquimica.com.br/fispq/NONIL-FENOL.pdf
Significa que Kalykim e Biofor têm o mesmo problema então.
 
Significa que Kalykim e Biofor têm o mesmo problema então.

Exato.

Estive pesquisando o B-T-F Iodophor Sanitizer, que é usado pelos homebrewers americanos como sanitizante sem enxague, e percebi que ele é livre dessas substâncias.

A meu ver estamos copiando métodos deles porém usando o produto errado. :(
 
Mas vocês leram a ficha toda? Lá nas informações toxicológicas tá claro que é "reduzida toxicidade se ingerido" e "são improváveis lesões pela ingestão acidental de pequenas quantidades do produto". Além de ele estar diluído no kalyclean s390, a gente ainda dilui esse em água. A quantidade de nolifenol ingerida é bem reduzida.

Lembrando que estamos falando de uma FISPQ do produto puro... tem que ver qual o volume dele no kalyclean e no biofor antes de dizer que não é seguro usar.

Pra quem quiser ler está no item 11 da ficha, paginas 8 e 9.


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Pessoal, iodo, em concentração alta, faz mal pra saúde. Em baixa, é até necessário.

Nitratos e Nitritos, muito achados em salames, coppas, etc, em concentração alta, fazem mal à saúde. Em baixa, não. Aipo por exemplo, ao natural, tem muito mais nitrato que alguns embutidos.

Resumindo, a ideia de "se tem algo tóxico, é tóxico", é muito simplista, precisamos olhar os níveis.

Como já disseram acima, se lerem o FISPQ, item 11, diz baixa toxidade se ingerido em baixa quantidade, etc, etc etc, assim como em outros documentos que li reporta toxidade com animais com mais de 1000 ppm de concentração.

Em resumo, pessoal, só é necessário que alguém passe algumas horas pesquisando até achar a quantidade mínima recomendada do produto, e comparar com o S390 pra termos uma conclusão.

Agora, sobre esse alarde todo que está sendo feito, sendo que o texto inicial lá atrás não cita quantidades mínimas...... isso é exatamente o mesmo que eu dizer que "PESSOAL, CHUMBO, IODO E CIANETO É TOXICO, PAREM DE USAR TUDO QUE TEM CHUMBO, IODO E CIANETO"..... e aí todo mundo teria que parar de manipular várias tintas *chumbo), comer peixe (iodo) e sal (iodo por lei, por questão de saúde), e parar de comer castanha de caju, batata, cereja, tomate, maça, mandioca, etc.

Quem puder fazer isso, vamos aos cálculos.... estou muito sem tempo agora por ter voltado a trabalhar na TI, e estar abrindo uma Brewshop.... chego em casa meia-noite e acordo às 6hs da manhã.. :)

Abraço,
 
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