Trasfega para fermentação secundária?! Sim ou não?

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O que eu recomendo, baseado em tudo que já estudei e que testei na prática é:

- Colocar pra fermentar;
- Terminada a fermentação primária, fazer a fermentação secundária (sem trocar de fermentador);
- Baixar a temperatura de tudo para clarificação (sem trocar de fermentação) por alguns dias (eu deixo no mínimo 1 semana, assim vai menos fermento para o barril ou garrafa);
- Envasar.

No caso de engarrafar com priming...

- Preparar o priming e colocar num outro balde limpo e sanitizado
- Transferir a cerveja cuidadosamente do fermentador original para o balde de envase, assim não há que se preocupar com a borra depois, e a própria transferência já mistura perfeitamente o priming com a cerveja de forma totalmente homogênea.
- Feito isso, é só engarrafar.

Abraço!
 
O que eu recomendo, baseado em tudo que já estudei e que testei na prática é:

- Colocar pra fermentar;
- Terminada a fermentação primária, fazer a fermentação secundária (sem trocar de fermentador);
- Baixar a temperatura de tudo para clarificação (sem trocar de fermentação) por alguns dias (eu deixo no mínimo 1 semana, assim vai menos fermento para o barril ou garrafa);
- Envasar.

No caso de engarrafar com priming...

- Preparar o priming e colocar num outro balde limpo e sanitizado
- Transferir a cerveja cuidadosamente do fermentador original para o balde de envase, assim não há que se preocupar com a borra depois, e a própria transferência já mistura perfeitamente o priming com a cerveja de forma totalmente homogênea.
- Feito isso, é só engarrafar.

Abraço!

Há perigo de, se vier lama junto na trasfega, a cerveja supercarbonatar?
 
Guenther,

Neste caso do processo sem trasfega, o "fazer" a fermentação sencudária envolve alguma ação, alterar temperatura ou qualquer coisa?

Abs
 
Caro Guenther, eu sempre fico e dúvida quanto a chamada fermentação secundária, por exemplo.
Faço a fermentação (ale) lá pelos 18 graus e depois dou uma subida para o diacetil, e completo ela por volta de 9 ou 10 dias. Dai o pessoal fala em maturação, qual seja, baixando a temperatura para 5 ou 1 grau (dependendo do estilo) e ai fica por 15 dias ou mais...para depois fazer o priming e engarrafar e ficar de 7 a 15 dias.... Pergunto....Esse período da maturação é a chamada 2.a fermentação???

Gde Abço.
 
Pessoal,

O que acontece é que, depois que o fermento consome todos os açúcares, ele começa a consumir também alguns dos subprodutos que ele mesmo gerou lá no início (diacetil, acetaldeído, etc).

Isso vai acontecer de qualquer maneira, mantendo ou não a temperatura de fermentação, mas é preciso dar um tempo pra que isso ocorra (geralmente, no mínimo 3 dias).

Acontece que se aumentarmos a temperatura (vide livro Yeast, até 25 ºC), nós estamos estimulando com que essa "fermentação secundária" ocorra melhor, e mais rápido).

Ou seja, esse aumento "pro diacetil", "descanso de diacetil", etc, isso é tudo fermentação secundária.

E pra lembrar novamente, não precisa trasfegar de fermentador pra fazer isso (só em cervejarias com fermentadores gigantescos e cônicos).

Abraço,
 
O que eu recomendo, baseado em tudo que já estudei e que testei na prática é:

- Colocar pra fermentar;
- Terminada a fermentação primária, fazer a fermentação secundária (sem trocar de fermentador);
- Baixar a temperatura de tudo para clarificação (sem trocar de fermentação) por alguns dias (eu deixo no mínimo 1 semana, assim vai menos fermento para o barril ou garrafa);
- Envasar.

No caso de engarrafar com priming...

- Preparar o priming e colocar num outro balde limpo e sanitizado
- Transferir a cerveja cuidadosamente do fermentador original para o balde de envase, assim não há que se preocupar com a borra depois, e a própria transferência já mistura perfeitamente o priming com a cerveja de forma totalmente homogênea.
- Feito isso, é só engarrafar.

Abraço!

Fiz recentemente uma IPA que no final de sua fermentação, iniciei a maturação com dryhop.

Passados 15 dias fiz o priming e engarrafei.

Passados mais 15 dias, as garrafas estavam sem nenhum gas. Observando o fundo das garrafas notei que nao havia fermento depositado. Entao (desanimado) abri todas garrafas, voltei para o balde, re-adicionei fermento e engarrafei. 10 dias depois estavam carbonatadas.

Enfim, depois dessa introdução toda, questiono a necessidade de adicionar fermento junto ao priming para engarrafar cervejas maturadas por mais tempo. Ou a maturação na garrafa não tem o mesmo efeito? sempre acreditei que sim.
 
Pessoal,

O que acontece é que, depois que o fermento consome todos os açúcares, ele começa a consumir também alguns dos subprodutos que ele mesmo gerou lá no início (diacetil, acetaldeído, etc).

Isso vai acontecer de qualquer maneira, mantendo ou não a temperatura de fermentação, mas é preciso dar um tempo pra que isso ocorra (geralmente, no mínimo 3 dias).

Acontece que se aumentarmos a temperatura (vide livro Yeast, até 25 ºC), nós estamos estimulando com que essa "fermentação secundária" ocorra melhor, e mais rápido).

Ou seja, esse aumento "pro diacetil", "descanso de diacetil", etc, isso é tudo fermentação secundária.

E pra lembrar novamente, não precisa trasfegar de fermentador pra fazer isso (só em cervejarias com fermentadores gigantescos e cônicos).

Abraço,


Guenther, graças a suas dicas vou optar por NÃO TROCAR de balde fermentador para maturar.

Finalizada a fermentação de 10 dias a 18 graus, aumento no 11º dia para 22 graus e deixo até o 14º dia nos mesmos 22 graus para melhorar essa fermentação secundária. Aí no 15º dia baixo direto pra 2 graus? que ai poderia pra maturar por mais 16 dias?
 
Guenther, graças a suas dicas vou optar por NÃO TROCAR de balde fermentador para maturar.

Finalizada a fermentação de 10 dias a 18 graus, aumento no 11º dia para 22 graus e deixo até o 14º dia nos mesmos 22 graus para melhorar essa fermentação secundária. Aí no 15º dia baixo direto pra 2 graus? que ai poderia pra maturar por mais 16 dias?
Ao terminar de fermentar (e entenda-se como "terminar de fermentar" o fato de parar de atenuar, ou seja, quando todos os açúcares fermentáveis foram consumidos e consequentemente a densidade para de baixar), pode-se então começar a elevar a temperatura até os 25 ºC para a fermentação secundária. Isso acelera bastante o processo.

Quando eu não tinha como aquecer o fermentador, eu deixava na temperatura máxima de fermentação no mínimo 1 semana, ou seja, se eu conseguisse fermentar no máximo a 18, deixava assim por no MÍNIMO mais 1 semana, mas em muitos casos, muitas semanas, pra só depois baixar a temperatura a fim de clarificar e então envasar.

Hoje, como eu consigo aumentar a temperatura com precisão, isso me permite encurtar esse tempo. Então o que eu faço é ir aumentando 1 grau por dia, até chegar nos 24, 25. Quando chego nessas temperaturas, já transcorrem 3 ou 4 dias, ou seja, nem preciso deixar mais tempo aos 25 (caso eu não tenha sentido excesso de diacetil ou acetaldeído na cerveja).

Feito isso, pode-se tranquilamente fazer um "cold-crash", ou seja, baixar a temperatura de tudo ao mínimo praticável (que não tenha chance de congelar). Quando sei que não vou usar meu "freezer de fermentação" para outra cerveja em seguida, faço isso nele mesmo, e então como a 0 grau. Quanto mais gelado, mais rápido clarifica a cerveja. Quando já vou ter que fermentar outra logo em seguida, levo o fermentador pra minha câmara fria, sendo que ela se mantem entre 3 e 6 graus, o que também clarifica bem.

Agora vem a grande pergunta... onde todos normalmente querem uma resposta "matemática": quantos DIAS deixar "maturando" antes de envasar? Ou envasar assim que clarificar e então quantos DIAS deixar "maturando" antes de começar a tomar?

Não há problema em dizer "deixe pelo menos X dias fazendo isso", ou aquilo, mas é preciso entender que fermentação e maturação são processos biológicos e químicos também, então eles dependem de VÁRIOS fatores. Ou seja, quando alguém diz X dias pra alguma coisa, isso quer dizer que, levando em conta a maioria das fermentações e maturações, aqueles X dias são suficientes para que a cerveja termine uma determinada etapa ou então que ela "amadureça" a ponto de ficar legal para beber. Mas, lembrando sempre, nada disso é uma regra, por ESSE motivo que eu sempre tento ensinar que o cervejeiro deve ESQUECER a quantidade de dias, e usar de técnicas (quando possível, caso da fermentação) para detectar o fim de uma etapa, ou então, usar de sua própria percepção e experiência para detectar o fim de outras etapas (maturação mínima antes de beber).

Então vamos lá...

Fermentação Primária - quanto tempo? - Fermentação é barbada, pois podemos utilizar técnicas pra isso. Basta acompanhar o air-lock, medir a densidade, e então quando a mesma parar de baixar, ponto, podemos entender que a fermentação acabou (claro que existem exceções onde ocorre baixa atenuação por falta de fermento, oxigenação, etc).

Fermentação Secundária - quanto tempo? - Aqui o cervejeiro deve começar a treinar seu lado artesão da coisa, ou seja, estimular sua própria análise sensorial. Por quê? Porque a fermentação secundária serve para que o fermento REABSORVA alguns dos subprodutos indesejáveis que ele mesmo gerou durante a fermentação, como diacetil e acetaldeído. Então, quando acaba a fermentação secundária? Acaba quando a gente pega uma amostra da cerveja e não sente mais esses off-flavors. "Tá Guenther, mas por favor, me dá um número X de dias, pois ainda não consigo sentir/perceber esses off-flavors". Assumindo uma temperatura de fermentação secundária por volta dos 16 graus para lagers, e pelo menos uns 22 graus para ales, pela minha experiência uns 3 dias (recomendados em várias literaturas) são realmente suficientes. Como a temperatura atua diretamente na velocidade de tudo que o fermento faz, esse período pode ser maior caso essas temperaturas sejam inferiores. NO ENTANTO, esses 3 dias são NORMALMENTE suficientes quando a fermentação ocorreu bem, saudável, toda bonitinha, com controle de temperatura, quantidade de fermento suficiente, etc. Se houve muita variação de temperatura, falta de fermento, ou seja, estresse de fermentação, a quantidade de subprodutos gerados pode ser DEZENAS de vezes maior, e consequentemente isso pode demandar uma fermentação secundária bem mais longa (a exemplo de cervejas high gravity, onde o fermento sempre sofre).

Clarificação - quanto tempo? - Primeiro é preciso entender que, assim que a cerveja parou de fermentar, o processo de clarificação, ou seja, decantação de resíduos, células, proteínas, etc, é constante. Isso vai acontecer pra sempre (assim como a maturação, cuja explicação vem depois). O que fazemos nada mais é do que um ESTÍMULO para que essa decantação ocorra mais rápido, baixando a temperatura do líquido. É interessante fazer isso antes de envasar pois dessa forma levamos muito menos células e resíduos para as garrafas e barris, fazendo com que, com o tempo, muito menos borra seja gerada no fundo. Quanto tempo? Pela minha experiência, no mínimo uma semana. Novamente, eu, Guenther, sempre tendo a fazer as coisas com MUITA calma, e tendo a estender todos os processos que podem beneficiar a minha cerveja se demorarem mais, então, como disse, eu deixo no mínimo uma semana, mas muitas vezes já embarrilei somente depois de meses com a cerveja clarificando/maturando dentro do fermentador. Se fosse engarrafar num caso desses, provavelmente teria que adicionar mais fermento. Ah, e não esperem que a cerveja fique cristalina ainda no fermentador/maturador, isso é só pra tirar o excesso. A cerveja só vai ficar cristal mesmo depois que estiver sob a pressão do CO² depois engarrafar/embarrilar, isso sim, acelera muito a decantação dos resíduos.

Maturação - quanto tempo? - Bom, notaram que eu falei "cerveja clarificando/MATURANDO dentro do fermentador"? Pois é, e é isso mesmo. Maturação, ou seja, "amadurecimento" da cerveja, é um processo interminável. No momento que ela parou de fermentar, já está maturando, amadurecendo, e depois... envelhecendo (o que pode ser ÓTIMO). A fermentação seria o nascimento dela. Mas então, quanto tempo maturar? Depende. O que normalmente queremos com a maturação é fazer com que a cerveja perca o gosto de aroma VERDE (como uma fruta ainda verde), e fique com o gosto e aroma bons para beber, e novamente, isso depende COMPLETAMENTE de como a cerveja foi fermentada, do tipo de cerveja, e por aí vai. Cervejas fermentadas corretamente ficam melhores logo depois de 2 semanas do que cervejas mal fermentadas mesmo maturando há meses, então, novamente, não há como dizer X dias exatos de maturação. Pode acontecer de alguém ter feito uma receita e em 1 mês ela estava ótima, e então eu fazer a mesma receita e ela ficar ruim mesmo depois de meses. Resumindo, o cervejeiro TEM QUE aprender e se forçar a provar e analisar sua cerveja pra DETECTAR por si mesmo se ela já está boa pra beber, ou não. Por vezes, e com a experiência que vamos adquirindo, conseguimos detectar que "bom, essa cerveja já esta muito boa pra beber, mas pra ela adquirir aquele gosto de frutas escuras e uma certa oxidação benéfica, ainda vai demorar X tempo", e por aí vai.

E aí entra uma coisa muito legal, e que todo o cervejeiro também deve aprender com o tempo, que é MANIPULAR a maturação conforme os objetivos para aquela cerveja.

Exemplos de coisas que devemos analisar ao tomar decisão de como maturar a cerveja:

Oxidação: ocorre muitas vezes com o decorrer do tempo porque sempre pode sobrar um pouco de oxigênio dentro do barril ou garrafa, mas a oxidação normalmente é RUIM para cervejas fracas (álcool) e leves (corpo), mas muitas vezes pode ser BOA em cervejas fortes, maltadas. Os efeitos de oxidação são tremendamente diminuídos com o frio, então, dependendo da cervejas que fizermos, podemos propositalmente deixá-la maturando a frio, ou muitas vezes, a quente, caso muito frequente de Imperial Stouts.

Aroma/Frescor: muitas cervejas acabam sendo muito melhores de beber quando novas pelo seu frescor, ou aromas de lúpulo. Nesses casos, é muito recomendável o cervejeiro caprichar MUITO na fermentação de forma que não precisa maturar por muito tempo a cerveja e que, assim que os aromas ruins sumirem, que já se possa bebê-la, ou seja, nesse caso, é legal fazer um cold-crash assim que fermentação secundária tiver terminado e mantê-las bem geladas. "Ah, mas aí as Weiss perdem sua turbidez". É por isso que balançamos a garrafa delas.

Açúcares residuais/cervejas high gravity: em cervejas muito fortes, muitas vezes acaba ficando um DOCE residual muito grande pelo excesso de açúcares não fermentáveis. Nesse caso, deixar a cerveja maturando a quente pode ser muito benéfico, pois mesmo que eu nunca tenha visto algum artigo ou texto provando que o fermento trabalhe ao longo do tempo consumindo esses açúcares, na prática, eu e muitos cervejeiros já vimos esse DOCE diminuir muito ao longo do tempo de uma maturação a quente, e que nesse caso, podemos chamar de Envelhecimento, ou Aging (ou seja, um processo além da maturação), pois como a cerveja não está gelada, o fermento está "acordado", e consequentemente envelhecendo. É como comparar uma carne que você deixa dentro, ou fora da geladeira. Já ouviram falar, ou viram pra vender, as carnes "maturadas"? A carnes maturadas, ao contrário da maioria (que logo em seguida é congelada), é mantida por vários dias numa temperatura fria, mas não congelante, fazendo com que algumas enzimas NATURAIS sejam liberadas pela carne e amoleçam as fibras naturalmente. No caso da cerveja, mantendo ela sempre gelada, abaixo da temperatura de atividade do fermento, ele pouco vai fazer ao longo do tempo... vai ficar ali, hibernando, até morrer, se morrer. Se mantivermos a cerveja numa temperatura mais alta, na faixa em que ele está "acordado", é de se esperar que ele faça alguma coisa ao longo do tempo, nem que seja a canibalização (autólise), que também pode ocorrer em temperaturas muito altas ou com fermento pouco saudável. Novamente, pode até ter algum artigo/material sobre isso, mas eu nunca li se realmente ele processa mais açúcares ao longo do tempo. NA PRÁTICA, novamente, a percepção é que sim pois o doce residual diminui muito.

Lagers: lagers também são sabidamente beneficiadas por uma longa maturação a frio. A própria origem alemã da palavra Lager quer dizer "armazenar", ou em alguns textos que já li, "armazenar a frio".

"Mas quanto tempo devo maturar, PORR3$@#$@$?"

O tempo necessário para que a sua cerveja fique boa para VOCÊ E PARA O OBJETIVO destinado. Se for servir num churrasquinho para um monte de amigos, muitas vezes com 1 semana já tá bom... pois a galera vai curtir um monte. A mesma cerveja, para ter chance num Concurso, pode necessitar de meses maturando. Assim como, além do objetivo, depende do gosto do cervejeiro. Já provei cervejas que achei excelentes com pouca maturação, mas o dono dela ainda achava que deveria maturar mais.

É isso que eu aprendi até hoje, mas não que seja a verdade absoluta.

(não vou revisar o texto, ou seja, desculpem os erros de digitação)

Abração,
 
Po Guenther tu ja pensou em fazer um livro? Teremos um Jamil Zanasheff brazuca!

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Agora sim Guenther....obrigado pela elucidação da dúvida que eu tinha.....gosto muito das stouts, e da porter...que você cita que talvez deva descansar "a quente"...meu problema aqui em Ribeirão Preto...é que quente é quase a ante-sala do inferno..rs rs.rs. abraços.
 
Já estou seguindo a dica do Guenther nessa minha leva que ta no fermentador. Já ta há 12 dias no fermentador a 21°C.
 
Valeu pela dicas!
Como você faz para aquecer o fermentador ? Usa alguma estufa (quarto, sala, etc) com controle de aquecimento no ambiente ?
um abraço
Gilberto
 
Sei que e chover no molhado, massssssssssss qualquer post do Guenther faço poucas coisas: Selecionar, Copiar, Colar, Imprimir, Agradecer! Sensacional a resposta, hj e sempre! Vlw mestre!
 
Valeu pela dicas!
Como você faz para aquecer o fermentador ? Usa alguma estufa (quarto, sala, etc) com controle de aquecimento no ambiente ?
um abraço
Gilberto
O controlador que eu uso tem 2 saídas, e tu podes usar uma pra aquecer, e a outra pra resfriar. Na de aquecimento eu uso uma lampada que fica dentro da geladeira, lá embaixo, escondida, e no resfriamento ele liga a geladeira.

A lampada é extremamente eficiente pra gerar calor, muito mais que luz, então ela aquece suavemente o ambiente.

Abraço!
 
Sei que e chover no molhado, massssssssssss qualquer post do Guenther faço poucas coisas: Selecionar, Copiar, Colar, Imprimir, Agradecer! Sensacional a resposta, hj e sempre! Vlw mestre!
Pô, que isso. Não precisa agradecer, é um prazer.

Eu sempre aprendo um monte quando tenho que responder algo mais extenso, justamente porque isso me faz pensar, rever os conceitos, e estudar.. justamente pra poder responder.

E no mais, eu só sigo um lema que se não me engano o Jamil Zainasheff disse uma vez: "If you know something about brewing, you share it". :)

Abraço!
 
Pô, que isso. Não precisa agradecer, é um prazer.

Eu sempre aprendo um monte quando tenho que responder algo mais extenso, justamente porque isso me faz pensar, rever os conceitos, e estudar.. justamente pra poder responder.

E no mais, eu só sigo um lema que se não me engano o Jamil Zainasheff disse uma vez: "If you know something about brewing, you share it". :)

Abraço!

Vlw, demais, vou ate tatuar a frase "If you know something about brewing, you share it" hehe Mt bom!

Fugindo um pouco do topico: findada a maturação de uma ale, digamos a uns 2º, após o envase, a que temperatura deixo na garrafas pra carbonatar? Mantenho os 2º da maturaçao ou outra temperatura é recomendada?
 
Vlw, demais, vou ate tatuar a frase "If you know something about brewing, you share it" hehe Mt bom!

Fugindo um pouco do topico: findada a maturação de uma ale, digamos a uns 2º, após o envase, a que temperatura deixo na garrafas pra carbonatar? Mantenho os 2º da maturaçao ou outra temperatura é recomendada?
Pra cerveja carbonatar, o fermento precisa comer o açúcar que está dentro da garrafa. Para ele fazer isso, precisa estar acordado, e para isso, ele precisa estar numa temperatura pelo menos parecida com a de fermentação.

Abraço,
 
Deixa na temp. De fermentação

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A duvida que eu tenho é a seguinte, ela carbonatando em temperatura ambiente teria algum problema com off flavor? digo isso porque, enquanto estou carbonatando uma leva, já estou com outra no fermentador, ai fico sem espaço no minha câmara fria... grande abraço e bom domingo a todos
 
Cara nao vejo problemas. O unico perigo eh fermentar descontroladamente e as garrafas explodirem. Mas claro nao pode deixar um mes em temp ambiente pq ai degrada a birra....

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Cara nao vejo problemas. O unico perigo eh fermentar descontroladamente e as garrafas explodirem. Mas claro nao pode deixar um mes em temp ambiente pq ai degrada a birra....

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Não tem problema em ser a temperatura ambiente desde que não sejam temperaturas muito altas, como acima de 30 graus. Aí seria interessante procurar um lugar da casa mais fresco.

Sobre as garrafas explodirem, isso só acontece se tu errar no cálculo do açúcar.

Abraço,
 
Como o Guenther disse, realmente não tem receita de bolo para as etapas de fermentação. Vou dar meu exemplo aqui. Estou com uma Tripel fermentando com o WLP 500 (18 graus por 5 dias e só aumentei para 19 e 20 no sexto e sétimo dia - termostato colado na parede lateral do balde com uma lâmina de isopor isolando). Vi muita gente dizendo que tinha problemas de atenuação com ele e demorava para chegar na FG desejada, precisando até adicionar um outro fermento mais atenuativo para não ficar com uma Tripel doce (chegar pelo menos até 1.008 como objetivo final). No meu caso fiz uma receita com OG de 1.077, sendo 83% de pilsen, 1,5% de Munich, 0,3% de Caraaroma e 15,2% de açúcar cristal, este responsável por 1.019 da densidade original). A minha FG desejada era de 1.007 até 1.010 no máximo se tivesse problemas de atenuação. Para facilitar chegar nessa FG eu pensei em adicionar o açúcar somente depois do segundo dia de fermentação ativa. Um mosto com OG de 1.058 (que foi o caso) seria menos estressante para o fermento. Adicionando o açúcar durante a fermentação ativa e vigorosa facilitaria secar a cerveja. Pois secou mesmo! No sexto dia de fermentação o air lock ainda tinha muita atividade. Provando a cerveja ela já parecia bem seca na boca. Media a densidade com o refratômetro e achava estranho pois indicava que já estava com 1.004 ou 1.005 (com a devida correção). Achei estranho fermentar com tanto vigor ainda mesmo com a cerveja já bem seca. Achei que a correção da medida estava errada. Medi com o densímetro e corrigindo a temperatura deu exatamente 1.005. Mais seca do que eu queria. Como o Guenther disse, seria bom deixar uns dias em temperatura levemente mais alta para a fermentação secundária mas seu eu deixasse a cerveja ficaria mais seca do que desejado para o estilo e muito alcoólica, prejudicando o equilíbrio. No sétimo dia (ontem) baixei a temperatura para 10 graus para pelo menos diminuir a atividade e estabilizar a FG. Não estou sentindo nenhum off flavour. Na realidade a cerveja parece deliciosa. Uma bela Tripel. Minha dúvida é se deixo nos 10 graus para uma fermentação secundária mais lenta (se é que vou ter algum benefício com isso) ou se já faço o cold crash e adianto essa leva.

Engraçado que estou tendo atenuações muito boas com minhas cervejas. O WLP 565 (Belgian Saison I) que tenho usado chega fácil em 1010 um uma semana (OG de 1060) e em 1002 com menos de duas semanas. Uma vez ele baixou de 1060 para 1010 em 4 dias (20 graus). Essa é uma Saison que está no balde agora com brett (vou deixar 5 a 6 meses). Queria ter adicionado o brett com 1020 mas secou rápido demais. Acho que estou tratando bem meus fermentos. O que faço são starter de 1 a 1,5 litros para levas de 22 litros. As leveduras não necessariamente são novas. Essas duas estão no final do prazo do fabricante. Aero o mosto com bomba de aquário por uns 10/15 minutos. Uso o Yeast Nutrient da White Labs. Não sei se é isso que está ajudando tanto assim.
 
Guenther,

Desculpa voltar neste tópico depois de tanto tempo, mas você deixa a fermentação e maturação na mesma temperatura?
Hoje meu gargalo é a fermentar em uma temperatura e depois maturar em outra.

Obrigado
Fabio



Não tem necessidade. Já fiz inúmeras cervejas que ficaram 3 meses no mesmo fermentador, com todo o fermento, sem baixar a temperatura... e ficaram ótimas.

Inclusive eu tenho uma Barleywine que está há 10 meses no mesmo fermentador, em temperatura ambiente. Semana passada eu me "lembrei" dessa cerveja que estava lá esquecida.... e está sensacional. Vou ver se embarrilo essa semana.

Abraço!

Guenther
 
Guenther,

Desculpa voltar neste tópico depois de tanto tempo, mas você deixa a fermentação e maturação na mesma temperatura?
Hoje meu gargalo é a fermentar em uma temperatura e depois maturar em outra.

Obrigado
Fabio
Não é bem assim. Como eu disse antes, existem várias técnicas.

No GERAL, eu fermento numa determinada temperatura, depois aumento um pouco para fermentação secundária, depois baixo a temperatura para clarificação por pelo menos 1 semana, e então procedo com envase. Depois disso, eu estoco as cervejas normalmente a frio.

Abraço,
 
Olá a todos,

Sou iniciante, apenas duas brassagens. Esse post foi muito elucidador. No entanto fiquei na dúvida, posso fazer uma lager e não realizar a trasfega para maturação?! Sim ou não? Vai dar problema se não realizar a trasfega?

Elber
 
Olá a todos,

Sou iniciante, apenas duas brassagens. Esse post foi muito elucidador. No entanto fiquei na dúvida, posso fazer uma lager e não realizar a trasfega para maturação?! Sim ou não? Vai dar problema se não realizar a trasfega?

Elber

Pode! Não vai dar problema nenhum... Embora seja mais fácil e eficiente vc envasar a cerveja primeiro e proceder com o lagering depois.
 
Valeu Thiago,

Então você acha que logo depois do descanço de diacetil, que ainda não sei a que temperatura se realiza numa larger, eu engarrafo e maturo na garrafa, é isso?
 
Valeu Thiago,

Então você acha que logo depois do descanço de diacetil, que ainda não sei a que temperatura se realiza numa larger, eu engarrafo e maturo na garrafa, é isso?

Pode ser feito assim... ou vc pode passar por uma etapa de clarificação antes de engarrafar também pra levar menos levedura pra garrafa, ou ainda vc pode fazer o lagering (maturação a frio) no próprio fermentador. Ja fiz isso deixando a cerveja por mais de 2 meses e não tive problemas.
 
Valeu Thiago,

Então você acha que logo depois do descanço de diacetil, que ainda não sei a que temperatura se realiza numa larger, eu engarrafo e maturo na garrafa, é isso?

Se você não estiver com pressa, melhor deixar a cerveja curtir uma maturação a frio após o descanso do diacetil, pois assim você aproveita para deixar decantar mais levedura fora da garrafa.

Após a maturação, aí sim engarrafar e deixar o priming fazer a sua mágica! :)


Leo
 
Valeu Thiago,

Então você acha que logo depois do descanço de diacetil, que ainda não sei a que temperatura se realiza numa larger, eu engarrafo e maturo na garrafa, é isso?


Elber:
Entre 14 e 16 graus pode fazer descanso de diacetil.

Abraço
 
Olha, nao precisa. Entretanto, se desejar uma cerveja impecavelmente cristalina, faça a transferencia depois do descanço do diacetil, assim que for iniciar o laggering.
 
Olha, nao precisa. Entretanto, se desejar uma cerveja impecavelmente cristalina, faça a transferencia depois do descanço do diacetil, assim que for iniciar o laggering.

Cara, eu não concordo com isso... que lógica que tem vc transferir a cerveja com o propósito de clarificar? O fermento que está em suspensão está em suspensão, ele vai ir junto pro outro recipiente junto com a trasfega. O slurry que está acomodado no fundo do fermentador, se não for perturbado ficará lá e não vai causar nenhuma turbidez no resto do líquido.

O slurry não possui nenhuma "força de repulsão" que impediria mais fermento de decantar, ou qualquer coisa assim. Então proceder com a transferência de uma lager para um recipiente de lagering só vai contribuir com a oxidação dessa cerveja.

Se deseja uma cerveja cristalina em menos tempo, use gelatina. Porém, lagering não é exatamente só clarificação, eles tem resultados um pouco diferentes...

Abraço
 
Cara, eu não concordo com isso... que lógica que tem vc transferir a cerveja com o propósito de clarificar? O fermento que está em suspensão está em suspensão, ele vai ir junto pro outro recipiente junto com a trasfega. O slurry que está acomodado no fundo do fermentador, se não for perturbado ficará lá e não vai causar nenhuma turbidez no resto do líquido.

O slurry não possui nenhuma "força de repulsão" que impediria mais fermento de decantar, ou qualquer coisa assim. Então proceder com a transferência de uma lager para um recipiente de lagering só vai contribuir com a oxidação dessa cerveja.

Se deseja uma cerveja cristalina em menos tempo, use gelatina. Porém, lagering não é exatamente só clarificação, eles tem resultados um pouco diferentes...

Abraço

Tiago, na verdade esse conceito de trasfegar para um secundário vem do processo industrial. A trasfega de um fermentador para um maturador é um processo bem comum na indústria, chamado FerMAT (fermentation, maturation), apesar de que o processo mais utilizado hoje em dia, em função de custos, é o UniTank (um fermentador que age como maturador). O fermat é ótimo para serialização de processos, enquanto o unitank é de mais baixo custo para implantação.

Fazendo uma leitura do slurry, de baixo pra cima, temos:
- um pouco de trub
- células velhas
- células boas para se coletar
- células novas

As células novas, que decantam por último, não tem uma boa floculação. Ou seja, elas não aglutinam muito bem. Isso faz com que o topo de um slurry não seja compactado como o fundo. É praticamente uma nuvem de células. Dependendo do formato do fermentador, com o movimento do líquido durante um envase de um fermentador, ocorre um arraste de alguma coisa destas células novas para o barril/garrafa.

Além disso, dependendo do formato do fermentador, alguma porção do slurry costuma se prender às paredes do mesmo. Em um envase, o movimento do líquido novamente causa um arraste de levedura. Por isso se trasfega para um secundário, com o objetivo homogeneizar a clarificação.

Independentemente de trasfegar ou não, a cerveja que se encontra mais no topo do fermentador já está clarificada. A trasfega para um secundário apenas beneficia o cervejeiro em conseguir coletar um volume maior de cerveja no final em função de deixar mais fermento decantar por mais tempo. A desvantagem é que dá mais trabalho.

Em resumo, é um detalhe de processo, que pode ou não ser benéfico à cerveja dependendo da levedura utilizada e do formato do fermentador. Mas, em última instância, depende dos objetivos do cervejeiro, o que ele quer para a cerveja.


Espero ter ajudado.
 
Tiago, na verdade esse conceito de trasfegar para um secundário vem do processo industrial. A trasfega de um fermentador para um maturador é um processo bem comum na indústria, chamado FerMAT (fermentation, maturation), apesar de que o processo mais utilizado hoje em dia, em função de custos, é o UniTank (um fermentador que age como maturador). O fermat é ótimo para serialização de processos, enquanto o unitank é de mais baixo custo para implantação.

Fazendo uma leitura do slurry, de baixo pra cima, temos:
- um pouco de trub
- células velhas
- células boas para se coletar
- células novas

As células novas, que decantam por último, não tem uma boa floculação. Ou seja, elas não aglutinam muito bem. Isso faz com que o topo de um slurry não seja compactado como o fundo. É praticamente uma nuvem de células. Dependendo do formato do fermentador, com o movimento do líquido durante um envase de um fermentador, ocorre um arraste de alguma coisa destas células novas para o barril/garrafa.

Além disso, dependendo do formato do fermentador, alguma porção do slurry costuma se prender às paredes do mesmo. Em um envase, o movimento do líquido novamente causa um arraste de levedura. Por isso se trasfega para um secundário, com o objetivo homogeneizar a clarificação.

Independentemente de trasfegar ou não, a cerveja que se encontra mais no topo do fermentador já está clarificada. A trasfega para um secundário apenas beneficia o cervejeiro em conseguir coletar um volume maior de cerveja no final em função de deixar mais fermento decantar por mais tempo. A desvantagem é que dá mais trabalho.

Em resumo, é um detalhe de processo, que pode ou não ser benéfico à cerveja dependendo da levedura utilizada e do formato do fermentador. Mas, em última instância, depende dos objetivos do cervejeiro, o que ele quer para a cerveja.


Espero ter ajudado.

Boa explicação Sewald,

Por curiosidade, os sistemas FerMat seriam fermentador cônico + bright tank e os UniTank só fermentador cônico ou não necessariamente?

No universo caseiro eu sempre acreditei em manter a cerveja no mesmo fermentador, devido a isso não ser fator limitante na produção, como é na cervejaria. Além disso sempre se tem o risco do contato com o oxigênio, ainda mais pros que fazem transferências via sifão.

Uma prática de laggering ou maturação a frio que eu acho muito conveniente pra quem tem keggerator razoavelmente grande é mandar a cerveja pro barril e colocar no keggerator, assim não fica ocupando a geladeira de fermentação, seja com fermentador primario ou secundário... só tem que ter força de vontade pra não acabar com o barril antes. :D

Abraço
 
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