Primeiras impressões de uma brassagem

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Tuta

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Oct 20, 2014
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Bom dia, galera!

Realizei a minha primeira brasagem na última terça-feira e gostaria de compartilhar com vocês o passo-a-passo de todo o processo, a fim que deem seus pitacos, dicas e conselhos!

Talvez (e ficaria muito contente se isso acontecesse) esse “log” possa ajudar alguém que irá brassar sua primeira breja (assim como eu), visto que alguns incidentes ocorreram durante o processo e poderão ser antecipados por outros. Acredito que compartilhar experiência seja a forma mais simples e eficaz de desenvolver melhor as técnicas e evoluir cada vez mais na arte de fazer cerveja!

Essas sãos as minhas primeiras impressões!

- Iniciei o processo com o aquecimento de 15,5L de água até 68-69º. Enquanto isso, comecei a moer os grãos (erro). Minha receita previa 5,5kg de grãos e demorei aproximadamente 1h30 para moê-los por inteiro.
A verdade é que não sabia se estava boa ou não a moagem. Ficava naquela “ta bom-ta ruim” e não tinha confiança se aquilo era o ideal. Acho que o melhor a se fazer é moer com antecedência e, de preferência, revezando com alguém.
Obs: Depois de algum tempo, os rolos começaravam a ficar “entupidos” e o malte esfarelava. Então, para consertar, a cada três voltas na manivela, voltava uma para aliviar.
DICA: JAMAIS REALIZE TODO O PROCESSO SOZINHO. NO MÍNIMO, TENHA ALGUEM PARA LHE AJUDAR COM PEQUENAS COISAS (MAS QUE VÃO FAZER A DIFERENÇA) E MOA OS GRÃOS COM ANTECEDÊNCIA

- Com os grãos moídos iniciei a brasagem. Adicionei-os na água à 68 graus. Misturei devagar para de atingir uma temperatura homogênea, o que demorou para acontecer. Fiquei um bom tempo tentando atingir a temperatura correta e nada (erro). Ou era muito ou pouco. Em cada cm de panela a medição era diferente. Entao, utilizando bom senso, desliguei o fogo e esperei 5 mim com a panela fechada. Voltei e misturei novamente os grãos. Consegui uma temp homegênea. Acendi o fogo um pouco e fiz o mesmo processo. 10 mim depois atingi a temp ideal e deixei as enzimas trabalharem por 1h20. Começei a fever a água para lavagem a 76 graus (17,5 Litros).
DICA: NÃO SE DESESPERE. SE ALGO DER ERRADO (E VAI DAR) TENHA CALMA E PACIÊNCIA. TODOS OS PROBLEMAS QUE TIVE FORAM RESOLVIDOS COM BOM SENSO. COMO DIRIA O GUENTHER, “TENTAR RESOLVER UM PROBLEMA QUE VOCÊ AINDA NÃO TEM CAPACIDADE DE AVALIAR DIREITO PODE FAZER COM QUE A SUA TENTATIVA DE CORREÇÃO CAUSE UM PROBLEMA QUE NÃO EXISTIA ANTES".

- Terminada esta fase e realizado o mash-out (descansou por 10 mim), comecei a filtragem. Filtrei por 20 minutos. A cerveja realmente clarifica muito.

- Finalizada a filtragem, passei para a lavagem. Drenei o mosto para o balde até ficar a um dedo grain bad e fui pegar a panela de fervura com a água (erro grosseiro: esqueci de fechar a torneira e todo mosto foi drenado para o balde. Quando voltei, não havia mais mosto na panela de brassagem)
Para solucionar fechei a torneira e dreinei agua da panela de lavagem até atingir um dedo dos grãos, o que funcionou muito bem e comecei a lavagem. Utilizei um sistema de 3 níveis (agua -> grãos -> balde). As torneiras ficavam na mesma vazão e eu ia “chuveirando” a água da lavagem na cama de grãos. (para não formar caminhos preferenciais, fiquei movimentando a mangueira dentro da panela. Queimei minha mão umas 5 vezes até descobrir uma técnica fodástica. Minha “colher cervejeira” tinha uma parte escavada onde a mangueira se encaixada direitinho. Encaixei uma na outra e a água começou a escorrer perfeitamente, como um chuveiro).

OBS: Levei 24,7Litros para a fervura, quando o previsto era 25. Achei muito bom.

- Levei para o fogo e o hot-break demorou a aparecer. Começei a me preocupar, mas depois de alguns minutos a espuma começou a se formar. Retirei o que pude e adicionei o lúpulo, dando inicio à fervura. Minutos depois de adicionado, o lúpulo subiu para o topo da panela se agregando ao hot-break que ia se formando (muito pouco). Achei estranho, mas resolvi deixar como estava. Segui desta forma até o final da fervura.
Faltando 15 mim para o fim, imergi o chiller de cobre (limpo e sanitizado) e, ao final da fervura, comecei o resfriamento.

- Demorei 40 mim para chegar a 27 graus e a temperatura não abaixava mais. Problema: a temp da água estava um pouco elevada, pois o dia foi de muito calor.
Para solucionar (e não querendo que resfriasse à temp ambiente), inoculei o fermento (s-04) àquela temperatura e levei o balde direto para geladeira, até atingir 18º. Demorou 3 horas para isso acontecer
Antes disso, porém, fiz o whirlpool na panela, que se mostrou terrivelmente desastroso. Na boa? Foi horrível. Não consegui. Levei MUITO trub pro balde fermentador. Isso é ruim, mas infelizmente foi o que ocorreu. O trub decantou e não ficou no cone central, como devia.
DICA: APRENDA A FAZER O WHIRLPOOL DIREITO (VALE PRA MIM).

OBS: A OG medida foi 1064 (primeiro mosto que retirei pós fervura) sendo que na receita estava previsto 1059. Analisando todo o processo e fazendo gambiarra no BS, descobri que minha eficiência foi maior do que esperado. Setei a eficiência para a receita em 65% (acreditando não extrair muito na primeira brasagem), mas quando coloquei em 70%, BINGO!, a OG bateu com a medida.

OBS: adicionei pouco menos de 1L de água (já fervida e resfriada) no fermentador para atingir a marca de 20L.

OBS: Inoculei dois saches de fermento S-04, somando em torno de 1,15g/L de mosto.

------

Já estou entrando na primeira semana de fermentação. O airlock continua ativo, porém, em menor escala. No nício, o cheiro era adistringente, mas com o tempo foi melhorando bastante e agora está frutado e muito interessante. Não sei se isso é bom, mas que é agradavél, isso é.

Estou controlando a temperatura dentro de uma caixa de isopor que eu mesmo construí (son of a fermentation chiller). Está indo legal, e consigo manter bem a temp. Começei com 18º durante 4 dias e subi para 19-20 graus nesses outros três.

Vamos ver como fica o resultado final!

Aproveito o ensejo para perguntar a vocês: Vou ter que perder 0,5Litros para fazer as mediçoes a fim de detectar o final da fermentação?? E qando chegar ao fim, posso simplesmente deixar como está para maturar? a temperatura de maturaçao teria que ser uns 10 abaixo da fementação, não é??

Desculpem pelo post gigante. Mas só de escrever isso para vcs já me deixa contente e me lembra no que errei e para não errar novamente!

Saúde! :tank:
 

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Muito bom cara, é isso aí! Esses pequenos erros não vão trazer grandes problemas, você verá que eles podem ser suprimidos se carregar uma boa fermentação/maturação. Além disto, a cada brassagem melhoramos nosso processo.

Sobre fermentação/maturação: http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=403851

Quanto aos mL´s perdidos pra medir a densidade, eu costumo retirá-los para fazer experimentos: fermentar e em diferentes temperaturas, colocar algum aditivo, contaminar... e por aí vai. Bom para identificar off-flavors e os efeitos das temperaturas.

Abraço e boa sorte!

Gabriel
 
Muito bom cara, é isso aí! Esses pequenos erros não vão trazer grandes problemas, você verá que eles podem ser suprimidos se carregar uma boa fermentação/maturação. Além disto, a cada brassagem melhoramos nosso processo.

Sobre fermentação/maturação: http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=403851

Quanto aos mL´s perdidos pra medir a densidade, eu costumo retirá-los para fazer experimentos: fermentar e em diferentes temperaturas, colocar algum aditivo, contaminar... e por aí vai. Bom para identificar off-flavors e os efeitos das temperaturas.

Abraço e boa sorte!

Gabriel

Muito interessante esse seu pensamento, caro Gabriel. Vou aproveitar a cerveja utilizada na mediçao para testes! Vlw a dica, brother.

Li o tópico e aprendi um pouco mais sobre o processo. Ainda tenho algumas coisas encucadas, mas acredito que precise terminar essa leva (e experimentá-la) para entender direito todo o processo.

Sobre o trub que deixei levar ao fermentador, acha que tem alguma coisa que possa amenizar agora? Pensei em após fazer a fermentação secundária maturar em outro balde..o que acha?
 
O que tu pode fazer pra não "perder" esses 500 ml:
Arranje 2 garrafas de agua mineral com gás
Sanitize o densímetro e o tubinho do densimetro
Sanitize uma das garrafas (inclusive tampa)
Sanitize a torneira do fermentador
prepare inversão do açúcar para 250 ml
Retire um pouquinho da cerveja e descarte (so pra tirar o sanitizante)
Sirva 260 ml no tubinho do densimetro, sanitize sua mão e chacoalhe bem, pra tirar o co2
Escorra o sanitizante da garrafa
Depois da medição de densidade, engarrafe a cerveja c/ açúcar invertido e esprema a garrafa até o líquido chgar perto do topo.
Feche a garrafa e coloque em local escuro para fermentar.

A cerveja talvez não fiqu tão boa quanto o resto do lote, mas ao menos não vai fora!
 
Muito interessante esse seu pensamento, caro Gabriel. Vou aproveitar a cerveja utilizada na mediçao para testes! Vlw a dica, brother.

Li o tópico e aprendi um pouco mais sobre o processo. Ainda tenho algumas coisas encucadas, mas acredito que precise terminar essa leva (e experimentá-la) para entender direito todo o processo.

Sobre o trub que deixei levar ao fermentador, acha que tem alguma coisa que possa amenizar agora? Pensei em após fazer a fermentação secundária maturar em outro balde..o que acha?

Quanto ao trub, já li gente dizendo que não tem problema, outros que sim, inclusive há um post recente aqui sobre isso onde o Tiago fala de um amargor desagradável que o lúpulo pode passar.

http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=404731

Em um dry hopping que fiz jogando direto no fermentador, sem hop bag, senti esse amargor depois de 5 dias, então resolvi fazer a trasfega, e após a cerveja estar maturada não havia mais esse amargor.

Se você tem muito cuidado com a trasfega em termos de oxidação e sanitização, optaria por fazer trasfega após a fermentação. Abaixa a temperatura pra próximo de 0° por no mínimo 24h e transfere.

Espero ter ajudado.

Gabriel.
 
Quanto ao trub, já li gente dizendo que não tem problema, outros que sim, inclusive há um post recente aqui sobre isso onde o Tiago fala de um amargor desagradável que o lúpulo pode passar.

http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=404731

Em um dry hopping que fiz jogando direto no fermentador, sem hop bag, senti esse amargor depois de 5 dias, então resolvi fazer a trasfega, e após a cerveja estar maturada não havia mais esse amargor.

Se você tem muito cuidado com a trasfega em termos de oxidação e sanitização, optaria por fazer trasfega após a fermentação. Abaixa a temperatura pra próximo de 0° por no mínimo 24h e transfere.

Espero ter ajudado.

Gabriel.

Existe alguma confusão com o termo trub, uns usam ele pra se referir à tudo que se forma na panela, cold break e resto de lúpulo, outros apenas pra resto de lúpulo.

Então se alguem disser que não tem problema em levar cold break(proteína) pro fermentador, é algo aceitavel, discutivel talvez, mas normal. Já levar resto de lúpulo fervido para o fermentador realmente não é uma prática muito legal, porque é matéria vegetal, contem taninos de vários tipos (os polifenóis) e essa matéria vegetal pode conferir um amargor um pouco áspero, dependendo do caso. Isso não quer dizer que estrague a leva. Ja tive experiências fazendo isso com resultados neutros e com resultados ruins.

O mesmo princípio é válido pro dry-hopping (só que um pouco menos porque ele não teve sua estrutura vegetal mais destruída pela fervura), por isso que não se deve deixar ele por muitos dias (tipo mais de 10). Mas menos do que 7 dias, se notar problema com dry-hopping, não tem a ver com esse tipo de situação...

Abraço
 
O que tu pode fazer pra não "perder" esses 500 ml:
Arranje 2 garrafas de agua mineral com gás
Sanitize o densímetro e o tubinho do densimetro
Sanitize uma das garrafas (inclusive tampa)
Sanitize a torneira do fermentador
prepare inversão do açúcar para 250 ml
Retire um pouquinho da cerveja e descarte (so pra tirar o sanitizante)
Sirva 260 ml no tubinho do densimetro, sanitize sua mão e chacoalhe bem, pra tirar o co2
Escorra o sanitizante da garrafa
Depois da medição de densidade, engarrafe a cerveja c/ açúcar invertido e esprema a garrafa até o líquido chgar perto do topo.
Feche a garrafa e coloque em local escuro para fermentar.

A cerveja talvez não fiqu tão boa quanto o resto do lote, mas ao menos não vai fora!

Eu já fiz mais ou menos isso pra "experimentar" uma cerveja antes de ficar pronta, sabe como é a ansiedade!

Acontece que se não terminou de fermentar a pressão na garrafa pode ficar bem alta até mesmo sem priming, então cuidado com o risco de explodir!

No meu caso usei um manômetro e em 24h já estava em 3 bar, aí joguei pra geladeira... Mas recomendo muito cuidado!!

Abraço!
 
Eu já fiz mais ou menos isso pra "experimentar" uma cerveja antes de ficar pronta, sabe como é a ansiedade!

Acontece que se não terminou de fermentar a pressão na garrafa pode ficar bem alta até mesmo sem priming, então cuidado com o risco de explodir!

No meu caso usei um manômetro e em 24h já estava em 3 bar, aí joguei pra geladeira... Mas recomendo muito cuidado!!

Abraço!

Claro, há este risco. Por isso, indicado esperar o airlock parar ou quase parar a atividade. Estamos partindo do principio que a cerveja retirada vai ser a da amostra do densímetro, e acho que ninguém que ame sua cerveja vai tirar 250ml antes de achar que parou de atenuar... Hehehe... Não vejo isso nem como querer beber antes, só não jogar fora essa cerveja. Em prova e contraprova, vai 500 ml.
Por isso, recomendo usar uma garrafa de 500 ml de agua com gás para engarrafar 250 ml. E por isso, amassar bem ela (mais espaço para expansão). Por isso, sempre usar plástico... Sem contar que no segundo dia já tira a contraprova, e se ainda esta atenuando, cuidado com a engarrafada ontem!!!
 
Claro, há este risco. Por isso, indicado esperar o airlock parar ou quase parar a atividade. Estamos partindo do principio que a cerveja retirada vai ser a da amostra do densímetro, e acho que ninguém que ame sua cerveja vai tirar 250ml antes de achar que parou de atenuar... Hehehe... Não vejo isso nem como querer beber antes, só não jogar fora essa cerveja. Em prova e contraprova, vai 500 ml.
Por isso, recomendo usar uma garrafa de 500 ml de agua com gás para engarrafar 250 ml. E por isso, amassar bem ela (mais espaço para expansão). Por isso, sempre usar plástico... Sem contar que no segundo dia já tira a contraprova, e se ainda esta atenuando, cuidado com a engarrafada ontem!!!

Eu já fiz mais ou menos isso pra "experimentar" uma cerveja antes de ficar pronta, sabe como é a ansiedade!

Acontece que se não terminou de fermentar a pressão na garrafa pode ficar bem alta até mesmo sem priming, então cuidado com o risco de explodir!

No meu caso usei um manômetro e em 24h já estava em 3 bar, aí joguei pra geladeira... Mas recomendo muito cuidado!!

Abraço!

O que tu pode fazer pra não "perder" esses 500 ml:
Arranje 2 garrafas de agua mineral com gás
Sanitize o densímetro e o tubinho do densimetro
Sanitize uma das garrafas (inclusive tampa)
Sanitize a torneira do fermentador
prepare inversão do açúcar para 250 ml
Retire um pouquinho da cerveja e descarte (so pra tirar o sanitizante)
Sirva 260 ml no tubinho do densimetro, sanitize sua mão e chacoalhe bem, pra tirar o co2
Escorra o sanitizante da garrafa
Depois da medição de densidade, engarrafe a cerveja c/ açúcar invertido e esprema a garrafa até o líquido chgar perto do topo.
Feche a garrafa e coloque em local escuro para fermentar.

A cerveja talvez não fiqu tão boa quanto o resto do lote, mas ao menos não vai fora!


Muito interessante esses procedementos. Nunca tinha ouvido falar deles.

Mas optei por utilizar esse resudial para testes. A prova foi retirada ontem (FG de 1.015 - previsão de 1.016). Já degustei e notei alguns off-flavors. Não sei bem identificá-los, mas degusto cervejas de todas as escolas a muitos anos e sei bem o que deve (ou não) conter em uma boa cerveja.

Nenhum desses sabores foi predominante, entao acredito que uma boa fermentação segundaria e maturação possam ser suficientes. O importante é que a leva nao foi contaminada.

O que vou fazer eh deixar a contraprova contaminar e a prova vou colocar em baixas temperaturas para entender melhor a clarificação e o que posso usar nessa leva (já q eh uma prévia do que será ao final).

No mais, agradeço a todos pela ajuda!

Sobre o resto do procedimento de brassagem, acham que poderia melhorar em algum ponto?
 
Existe alguma confusão com o termo trub, uns usam ele pra se referir à tudo que se forma na panela, cold break e resto de lúpulo, outros apenas pra resto de lúpulo.

Então se alguem disser que não tem problema em levar cold break(proteína) pro fermentador, é algo aceitavel, discutivel talvez, mas normal. Já levar resto de lúpulo fervido para o fermentador realmente não é uma prática muito legal, porque é matéria vegetal, contem taninos de vários tipos (os polifenóis) e essa matéria vegetal pode conferir um amargor um pouco áspero, dependendo do caso. Isso não quer dizer que estrague a leva. Ja tive experiências fazendo isso com resultados neutros e com resultados ruins.

O mesmo princípio é válido pro dry-hopping (só que um pouco menos porque ele não teve sua estrutura vegetal mais destruída pela fervura), por isso que não se deve deixar ele por muitos dias (tipo mais de 10). Mas menos do que 7 dias, se notar problema com dry-hopping, não tem a ver com esse tipo de situação...

Abraço

É isso que ocorre, Tiago. Levei mta proteina e lupulo para a fermentação. Estou pensando seriamente em fazer a trasfega para fermentação secundária/maturação, mesmo que perca alguns litros para tanto. Já experimentei a prova (que tirei na medição da FG) e identifiquei alguns off-flavors que nao quero que se acentuem durante estes processos. Acho o mais prudente a ser feito, concorda?
 
É isso que ocorre, Tiago. Levei mta proteina e lupulo para a fermentação. Estou pensando seriamente em fazer a trasfega para fermentação secundária/maturação, mesmo que perca alguns litros para tanto. Já experimentei a prova (que tirei na medição da FG) e identifiquei alguns off-flavors que nao quero que se acentuem durante estes processos. Acho o mais prudente a ser feito, concorda?

Identificar off-flavors é ótimo para assimilar a algum erro na brassagem/fermentação e então corrigir. Mas sua cerveja está verde e muitos destes off-flavors atenuam bastante com uma boa maturação.

Abraço.
 
É isso que ocorre, Tiago. Levei mta proteina e lupulo para a fermentação. Estou pensando seriamente em fazer a trasfega para fermentação secundária/maturação, mesmo que perca alguns litros para tanto. Já experimentei a prova (que tirei na medição da FG) e identifiquei alguns off-flavors que nao quero que se acentuem durante estes processos. Acho o mais prudente a ser feito, concorda?

Não tenho certeza, nunca procedi dessa forma. Existem riscos de oxidação na transferência, assim como de sabores da cerveja ficar em cima do lúpulo, eu não sei qual delas se acentuaria mais no produto final, tenho tendencia a acreditar que seria a oxidação pela transferência, mas é palpite.

De qualquer forma, nenhum dos dois irá arruinar sua cerveja, não consideraria isso como um problema sério, só uma questão a ser modificada futuramente.

Abraço
 
Eu não mudaria nada desta vez, vai até o final avalia ela desta forma e corrige em uma próxima.

Se tu transfegar, além de ela já ter ficado em contato com os restos do lúpulo ainda vai acrescentar a isto um pouco de oxidação, no final tu terá off flavors e não saberá atribuir se foram devido a oxidação ou ao trub no fermentador.

Lembro que esta é apenas a minha opinião e que sou iniciante (5 brassagens)

Mas seja qual for a tua escolha, pode ficar tranquilo, provavelmente a cerveja ficará boa e somente tu perceberá algum offlavor ;)
 
É isso que ocorre, Tiago. Levei mta proteina e lupulo para a fermentação. Estou pensando seriamente em fazer a trasfega para fermentação secundária/maturação, mesmo que perca alguns litros para tanto. Já experimentei a prova (que tirei na medição da FG) e identifiquei alguns off-flavors que nao quero que se acentuem durante estes processos. Acho o mais prudente a ser feito, concorda?
Cara, sinceramente... não vais ter muita vantagem em trasfegar. Proteína, a bem dizer não vai te causar off-flavors, e excesso de trub no máximo vai te causar um amargor mais acentuado, mas nada que vá arruinar a cerveja.

Abraço,
 
Não tenho certeza, nunca procedi dessa forma. Existem riscos de oxidação na transferência, assim como de sabores da cerveja ficar em cima do lúpulo, eu não sei qual delas se acentuaria mais no produto final, tenho tendencia a acreditar que seria a oxidação pela transferência, mas é palpite.

De qualquer forma, nenhum dos dois irá arruinar sua cerveja, não consideraria isso como um problema sério, só uma questão a ser modificada futuramente.

Abraço

Eu não mudaria nada desta vez, vai até o final avalia ela desta forma e corrige em uma próxima.

Se tu transfegar, além de ela já ter ficado em contato com os restos do lúpulo ainda vai acrescentar a isto um pouco de oxidação, no final tu terá off flavors e não saberá atribuir se foram devido a oxidação ou ao trub no fermentador.

Lembro que esta é apenas a minha opinião e que sou iniciante (5 brassagens)

Mas seja qual for a tua escolha, pode ficar tranquilo, provavelmente a cerveja ficará boa e somente tu perceberá algum offlavor ;)

Cara, sinceramente... não vais ter muita vantagem em trasfegar. Proteína, a bem dizer não vai te causar off-flavors, e excesso de trub no máximo vai te causar um amargor mais acentuado, mas nada que vá arruinar a cerveja.

Abraço,

Identificar off-flavors é ótimo para assimilar a algum erro na brassagem/fermentação e então corrigir. Mas sua cerveja está verde e muitos destes off-flavors atenuam bastante com uma boa maturação.

Abraço.


Vou proceder desta forma, então. "Deixar o pau comer"..hehehe
Obrigado pela ajuda de vcs!

Fiquei mto contente pq a medição da FG ficou muito próxima do esperado. O sabor melhorou um pouco na segunda prova. Já iniciei a fermentação secundária deixando a temperatura elevar naturalmente (infelizmente, não tenho outra forma de fazê-lo). Vou deixar por 4 dias e depois inicio a maturação na geladeira!

Vou postando os resultados!

Abs galerê.
 
Galera, seguinte. Me veio uma dúvida e gostaria de compartilhar com vocês.

Fermentei minha cerveja a uma temperatura média de 18-19º por 8 dias. Fiz o teste da FG nos útimos dois dias e vi que tinha parado de atenuar. Passei para a fermentação secundária, deixando a temperatura subir naturalmente até aproximadamente 25º. Deixei 4 dias nesse processo.

Agora, levei para geladeira para maturar por mais 10 dias (e depois mais 10 na garrafa). Contudo, estou achando que estou mais clarificando que maturando. A temperatura está na faixa de 8-10º, o que, provavelmente, inativou o fermento.

O que vocês acham que devia fazer? Aumentar o período da fermentação secundária a temperaturas maiores ou simplesmente deixar como está? Estou fazendo o processo correto?
 
Bom dia, Galera.

Continuando o post, quero deixar aqui os resultados da minha primeira brassagem.

Como disse anteriormente, o controle de temperatura durante a fermentação foi feita no melhor estilo "isopor-pet congelada". Funcionou legal até. O problema é que variação é relativamente grande visto que não tenho tempo para ficar vigiando. Masssssss, como diria o velho deitado chinês, "quem não tem cão, caça com gato"!

Provérbios à parte, vamos ao que interessa.

FERMENTAÇÃO/MATURAÇÃO: Resumindo o processo, a cerveja ficou 7 dias fermentando e mais 3 dias de secundária. 10 dias maturando a temperaturas baixas, algo em torno de 3 graus.

ENVASE: O envase ocorreu tranquilo. Consegui extrair 17 litros do fermentador (pouco, eu acho) e utilizei 6 g/l para o primming. Coloquei o açúcar invertido em outro balde e trasfeguei a cerveja (tomando cuidado para não oxigenar). O problema que tive foi com o head space nas garrafas. Deixei demais. Algo a se observar futuramente.

DEGUSTAÇÃO: 10 dias após o envase, tive o prazer :)rockin:) de degustá-la. Seguem minhas impressões:

Nesse dia abri duas garrafas. A primeira, logo que retirei a tampinha, apresentou um aroma extremamente característico de levedura. Era idêntico do cheiro da lama no fermentador. Quando coloquei no copo, a carbonatação se mostrou equivalente à programada (média). A cor ficou exatamente como gostaria e acredito que totalmente dentro do estilo (ESB). A degustação, em contrapartida, não foi lá esse oásis todo. O corpo era praticamente inexiste. Classificaria a cerveja como "aquosa". Dois off-flavors predominavam: sabor metálico e de fermento. Essa predominância fez com que o amargor e o aroma tornasse a cerveja pouco consumível. Um leve desespero me bateu no peito!

Mas, como sou atleticano e ACREDITO, abri a segunda garrafa com fé de que os deuses da cerveja preparariam algo melhor para mim. E a reza deu certo. O aroma não era mais de fermento (na verdade não havia muito aroma) e o sabor não estava tão ruim. Corpo e carbonatação permaneceram iguais à primeira. Quando bebi, senti um pouco do amargor do lúpulo se misturando novamente com o sabor metálico. Levemente ácida. O álcool era perceptível (pelos cálculos ficou em 6,4%) e se equilibrava estranhamente com o amargor. Baixa/média drinkability.

No final das contas, confesso que fiquei extremamente feliz com o resultado. Não esperava fazer uma "fuller's" de prima (obviamente), apenas queria algo "bebível", o que realmente ocorreu.

Bebi mais 3 garrafas ontem (com 14 dias de carbonatação) e os sabores parecem estar arredondando mais. Contudo, o sabor metálico continua. Algo a se observar com o tempo.

Algumas observações que gostaria de compartilhar com vocês, e quero que deem seus pitacos! Até porque é assim que vou melhorar!

Em relação ao corpo da cerveja, acho que meu problema foi na brassagem. Bitolei com temperatura de 65 e assim o fiz. Na próxima, vou iniciar a mosturação a uma temperatura um pouco maior e deixar caindo naturalmente. Tenho feito mosturações de 1:30h.

Acerca do sabor metálico: Prevejo que todas as garrafas terão. Meu maior medo é a oxidação e sua piora com o tempo. Uma das explicações que (na minha ínfima experiencia) acho plausível foi que o whirlpool tenha aerado a cerveja durante o resfriamento. Sinceramente, não sei se isso pode dar esse resultado todo tendo em vista que para a inoculação é recomendado a aeração do mosto. Estou dizendo isso pq li, em algum lugar (acredito até que um post do Guenther) de que não se deve aerar em momento algum (a não ser para a inoculação). Acho que ocorreu neste momento (durante a mosturação/lavagem) porque o sabor estava presente desde a primeira coleta do mosto (para OG). Acredito também que a água continha muitos metais (usei água mineral de galão) ou até mesmo algo que a panela de alumínio tenha soltado (em razão de ter utilizado pela primeira vez). O que acham?

Sobre o sabor de fermento, percebo que está atenuando com o tempo. Tendo a acreditar que a primeira garrafa que continha sabor e aroma absurdo de fermento tenha contaminado. Das 5 que tomei, somente essa apresentava essa característica como sobressalente. Talvez a quantidade de fermento que inoculei (1,2g/l) ou o stress da levedura durante a fermentação tenham ocasionado isso.

Bom galera, é mais ou menos isso. Desculpem pelo tamanho do post, mas quero que tudo seja minuciosamente explicado para que eu possa evoluir com a ajuda de vocês!

Por fim, gostaria de agradecê-los, desde já, pelo auxílio (não só a mim) prestado. É impressionante como a comunidade cervejeira é unida, humilde, altruísta e disposta a ajudar! TODOS com quem tive contato estão aptos (e até gostam) de ajudar quem está começando ou tem dúvidas. Isso é extremamente gratificante!

Grande abraço a todos!
 

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Outra característica da cerveja é que ela estranhamente não se afeta pelas leis da gravidade! =D

Desculpe a foto "torta". Esse meu win8 não quer saber de inverter foto alguma!
 
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