O
morcego da espécie
Frutyrrhinus noturnus é um voraz devorador de frutas, adaptando-se facilmente a qualquer clima. É encontrado em todo o Continente Americano, desde o Sul do Brasil até o Centro-Oeste dos Estados Unidos. De hábitos noturnos, passa os dias dormindo e ao anoitecer sai para se alimentar.
Era considerado uma iguaria por tribos indígenas da América Central e de parte da Amazônia, por apresentar um sabor marcante, resultado de sua alimentação. Chegou a ser ameaçado de extinção, atualmente são consumidos em rituais sagrados pela tribo Nkeuleô, como especiaria que acrescenta sabor à "cerveja" de raízes (uma espécie de aipim) que fazem uma vez por ano, em celebração ao dia da Lua.
Na década de 1920, o pesquisador canadense Timothy Waldrow, que esteve em contato com a tribo Nkeuleô, no Panamá, experimentou a bebida e levou consigo alguns exemplares do
morcego em seu retorno a Quebéc, no ano de 1928.
Em 1999, Albert, o neto mais novo de Timothy, encontrou no porão da casa do avô a receita de uma cerveja que tinha
morcego como um de seus ingredientes, juntamente com anotações e alguns pertences de seu avô. Ele guardou a receita até o início deste ano, quando então resolveu mostrá-la a um cervejeiro local, que popularizou o uso da especiaria.
Devido a alimentação rica em vitamina C e D, o
Frutyrrhinus noturnus começou a ser indicado no campo da hematologia. Após testes realizados na Transilvania University of Brasov, na Romênia, concluiu-se que suas propriedades ajudam no tratamento da anemia, leucemia e doenças hereditárias no sangue.