Eu também tenho pesquisado alternativas de aumentar o volume da minha produção sem necessariamente ter que mudar as panelas. Atualmente tenho um caldeirão no. 28 e um no. 30 para fazer levas de 10 litros e gostaria de, eventualmente, fazer levas de 20 litros, para uma festa ou confraternização com os amigos...
As duas opções mais comuns seriam:
1- ferver em duas panelas como você sugeriu (daí tanto faz levar para um mesmo fermentador ou manter dividido em dois);
2- ou ferver o mosto "mais concentrado" em uma mesma panela e depois acrescentar água (previamente fervida e resfriada) para atingir a OG e/ou o volume desejado... O Beersmtih ajuda a calcular isso, pois vai ter que ajustar as quantidades de lúpulo e malte... nesse tópico aqui você encontra mais informações sobre essa opção...
http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=409730
eu confesso que ainda não testei nenhum dos dois, mas ajudei um amigo que faz levas duplas em duas brassagens em sequência e, sinceramente, acho que dá um trabalho muito grande e, por ser muito cansativo, aumenta-se o risco de "acidentes" que possam prejudicar a cerveja, sobretudo na segunda leva.
sobre a opção 1 o que vejo de vantagem é que os cálculos (IBU e maltes) não precisam ser tão diferentes de uma receita simples, pois a brassagem ocorrerá de forma única e apenas a fervura será feita como se fossem duas levas diferentes. Podendo, inclusive, destinar o volume de cada uma das panelas à um fermentador diferente, testar o efeito de lupulagens diferentes ou de fermentos diferentes em uma mesma cerveja. Ou seja, pode ser um método interessante para testes... A desvantagem desse método, para mim, é que deve se ter muita atenção na hora de "separar" os volumes que vão para cada panela de fervura, de modo a garantir que as duas tenham a mesma OG pré-fervura... Ou seja, tem que brassar, recircular, lavar o mosto e depois juntar tudo, homogeneizar, para depois dividir de novo... O que aumenta a chance de erro.
na opção 2, por sua vez, a vantagem é que todos os processos (brassagem, lavagem, fervura) são feitos como se fosse uma única leva, porém mais densa (com OG mais alta), para poder ser diluída depois. Não é possível fazer lupulagens diferentes, mas também é possível dividir o volume final em 2 fermentadores para testar a ação de fermentos diferentes na cerveja. Acho que esse método, em geral, é mais fácil, pois requer apenas um ajuste dos cálculos (que o software até ajuda, mas só experimentando mesmo para chegar ao ajuste fino) e uma etapa anterior (ou paralela) de fervura da água que será utilizada para completar o volume final... A desvantagem, portanto, seria justamente a dificuldade em se apurar esse ajuste da diluição, de modo que ao final seja possível obter a OG e os IBUs estimados...
eu pretendo fazer uma leva de teste em breve... vou iniciar pela opção 2... pretendo levar 18 litros para fervura, terminar com uns 15/16 litros que serão divididos em dois fermentadores... e depois vou completar com água para obter mais ou menos 18/20 litros de cerveja.
mas certamente irei levar em consideração a opção 1 também... principalmente para testar o efeito de lúpulos diferentes em uma mesma cerveja.
enfim, acho que o barato de fazer cerveja é experimentar essas possibilidades (e ao final beber os testes!!! rsrs)... seja qual for o método que você escolher, poste seus resultados aqui depois! Assim ajudamos a manter a troca de experiências do fórum!
abs.