Bom, pelos relatos, em alguma coisa houve erro. Se alguma garrafa explodiu, pode ter sido por ela ter estado fragilizada e não suportou a pressão (ainda mais armazenando em temperaturas altas). Se diversas explodiram, já consideraria atenuação incompleta ou errar a mão no açúcar, unido com garrafas mais frágeis e distribuição heterogênea do açúcar ou priming. Talvez, como já disse antes, até contaminação.
O correto seria usar o manômetro, de preferência em 2 garrafas de cada lote, com uma homogenização correta da solução de priming, que deve ser bem calculada (calculadora para isto:
https://www.brewersfriend.com/beer-priming-calculator/), considerando o CO2 já dissolvido na cerveja pós-fermentação e maturação e bem dosada. Eu não uso manômetro, infelizmente meu dinheiro é muito curto, e, exatamente por isto, redobro os cuidados ao realizar a refermentação na garrafa, inclusive mantendo na mesma temperatura de fermentação para diferir o mínimo possível do estado de trabalho original.
Para fazer, eu trasfego pela torneira do balde, através de uma mangueira, até outro balde (que uso somente para envase, onde instalei uma torneira de vazão mais controlada e com engate direto para o filler), onde a solução de priming já está no fundo. Deste modo, toda a cerveja se mistura com com a solução, sem agregar grande influência por oxidação (o ideal seria preencher tudo com CO2 e transferir por pressão, mas isto é custoso) e, óbvio, tudo muito bem sanitizado, inclusive fervo a a solução que uso para a refermentação, assim garantindo que não terá contaminação vinda dela (quem usa açúcar direto ou apenas dilui em água fria deveria mudar isto, considero muito arriscado, ainda mais se usar aquele açúcar que tu pega do pote de adoçar o café). Neste novo balde posso homogeneizar com a pá e envasar. A cada 3 ou 4 litros que diminui da marcação do balde homogenizo novamente, com suavidade e sem fazer bolhas.
É o método que considero mais seguro, não confio em usar açúcares em forma de cristal e não fervidos, nem em inserir garrafa por garrafa. É difícil contaminar cerveja pronta, mas, ainda que for acontecer, é mais provável que seja num açúcar não esterilizado que por um balde devidamente sanitizado e uma exposição ao ar curtíssima. Também é mais provável super-carbonatar garrafas inserindo pequenas doses em cada uma, que ao misturar em todo o conteúdo de uma vez.
Acredito que a maior fonte disto venha do famoso empirismo de "6g/l". De fato, isto fornece carbonatação satisfatória par diversos estilos, mas, provável que para outros seja de menos e alguns demais. Óbvio que esta quantidade dificilmente irá explodir uma garrafa, mas o erro na hora de medir volumes sim. É mais provável que se coloque 6g/l considerando-se a litragem inicial do mosto, sem contar o que se perde no fundo do fermentador e isto, aliado aos demais itens que já citei, é perigoso.
O melhor, diria eu, seria economizar e investir em carbonatação forçada e envazar em barris. Aos poucos estou fazendo uma poupança para isto. Espero ter ajudado.