Fermentação na garrafa

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caeliojunior

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Aug 11, 2017
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Bom dia, galera!

Gostaria de pedir um auxilio sobre refermentação em garrafas.
Não há um consenso em numero de dias para que a cerveja fique nas garrafas em temperatura ambiente. Sei que muda com o estilo e aquela coisa toda...
A pergunta direta: quando se usa manometro e ele aferiu 2,5 BAR, independente dos dias que a cerveja ficou, devo colocar na geladeira?

Ou para quem não usa manometro, com quantos dias, em media, a cerveja deve refermentar em temperatura ambiente?

Obs. Levando-se em conta que se trata de uma APA.

Obrigado, pessoal! :rockin:
 
Caso o manômetro indique a pressão esperada, pode colocar na geladeira. O ideal seria ter mais de uma garrafa com manômetro para o controle e uma certeza maior.
Já a questão de dias, normalmente, varia conforme diversos fatores. Caso sua maturação tenha mais de 2 semanas a frio ou tenha usado gelatina, por exemplo, as leveduras tendem a estar dormentes, escassas em suspensão ou com uma dificuldade um pouco maior em fermentar a solução de priming, contudo, é comum que por volta do 5o dia a cerca de 20oC a carbonatação já esteja ocorrendo bem. Com 10 a 12 dias, para um APA, já se pode considerar carbonatada.
Particularmente gosto de deixar 15 dias na garrafa para estilos "mais corriqueiros", para arredondar os produtos da refermentação (por mais que pequenos) e permitir uma boa dissolução do gás no líquido. Claro, diversos fatores influem, como, por exemplo, aromas que espero, necessidade de consumo breve do estilo, etc.. Para o começo, leve em conta 10 a 12 dias para a maioria dos estilos (entre 16 e 24oC) e terá sucesso. Com o tempo você vai refinando isto, conforme certas características, aliado ao uso do manômetro.
 
Obrigado, Eric!

Obrigado pelas dicas, Eric! Mais uma! rs
Sobre o risco de explosão, tem a ver com o tempo em que a cerveja fica em temperatura ambiente?

Ou, se o mosto foi atenuado de forma adequada, não existe grande concentração de leveduras nas garrafas e acabou o açúcar, consequentemente acabou a refermentação e não ha mais riscos, é isso?

Obrigado!
 
Eae!

O manometro é uma ferramenta, e devemos utiliza-lo corretamente. Inclusive há um tópico fixo que trata este tema: http://www.homebrewtalk.com.br/showthread.php?t=404529

Mesmo assim, segue o trecho importante neste caso:

- Uso do Manômetro durante a Refermentação na garrafa (primming)

Uma técnica que é ensinada por aí, e que eu discordo, é a seguinte.

"Faça o primming, coloque o manômetro numa garrafa, e quando chegar em X pressão (2,5 kg/bar por exemplo) mova todas para a geladeira!".

Aí eu pergunto.... e se você colocou açúcar a mais? Notou que fazendo isso você acabou de mascarar um problema e perdeu a oportunidade de averiguar se está fazendo tudo certo?

O manômetro da garrafa deve ser usado como um AJUDANTE nesse processo, e não como um guarda de trânsito que vai dizer quando você deve parar.

A maior vantagem do manômetro, na minha opinião, é mostrar quando a pressão para de subir, e aí sim você pode decidir se vai colocar as garrafas na geladeira.

"Mas Guenther, a pressão não para de subir, já está em 3kg, e acho que fiz algo errado e as garrafas vão explodir, e vou perder a leva!" - Ok, então coloque as garrafas na geladeira para interromper o processo, mas DEIXA A GARRAFA DO MANÔMETRO FORA para ver até que pressão vai, e ter noção do quanto você errou.

Imagine a seguinte situação... você colocou as garrafas pra refermentar, elas chegaram a 2,5 kg de pressão, e você colocou imediatamente tudo na geladeira (incluindo a garrafa do manômetro). Digamos que você tenha colocado bem mais açúcar do que deveria. Aí um amigo seu vai na sua casa, e você dá uma garrafa de presente para ele levar pra casa. O seu amigo chega em casa, deixa a garrafa em cima de uma mesa, e a dita cuja volta a refermentar os açúcares restantes. O que acontece? Ela pode explodir, e ferir alguém SERIAMENTE.

Ou seja, use o manômetro com sabedoria, como um ajudante no seu aprendizado.

Espero ter ajudado.

Guilherme
 
Obrigado, Eric!

Obrigado pelas dicas, Eric! Mais uma! rs
Sobre o risco de explosão, tem a ver com o tempo em que a cerveja fica em temperatura ambiente?

Ou, se o mosto foi atenuado de forma adequada, não existe grande concentração de leveduras nas garrafas e acabou o açúcar, consequentemente acabou a refermentação e não ha mais riscos, é isso?

Obrigado!

Particularmente nunca ouvi falar de garrafas explodirem, apesar de muitos boatos circularem pela internet. O que já vi acontecer, tanto comigo, quanto com amigos, foi o soltar da tampinha (mas isto pode ter sido mais falta de aperto que supercarbonatação). Mas, ainda assim, o seguro morreu de velho.
A temperatura da cerveja é difícil de causar explosão, precisaria ser uma temperatura muito alta para elevar a pressão a tanto, ou ter uma variação brusca de temperatura que a garrafa quebrasse por choque térmico.
Com relação à atenuação, está correto. Caso tenha atenuado completamente e os subprodutos também consumidos de forma satisfatória, não haverá geração de CO2 para causar risco de explosão.
Os principais fatores que podem levar a isto são:

1 - atenuação incompleta do mosto;
2 - errar a mão na carbonatação (por isto é interessante usar calculadora que verifique a temperatura da cerveja para influenciar no cálculo);
3 - Contaminação, pois, por mais que nossas cepas mais comuns não consigam consumir açúcares de cadeias maiores, leveduras selvagens e bactérias conseguem e, além de perder para a contaminação, pode gerar supercarbonatação na garrafa;
4 - garrafas com trincas ou fragilizadas;

Só certificar ter atenuado, não errar a mão, usar garrafas boas e sanitizar tudo muito bem que não tem erro!
 
Bom dia, galera!

Gostaria de pedir um auxilio sobre refermentação em garrafas.
Não há um consenso em numero de dias para que a cerveja fique nas garrafas em temperatura ambiente. Sei que muda com o estilo e aquela coisa toda...
A pergunta direta: quando se usa manometro e ele aferiu 2,5 BAR, independente dos dias que a cerveja ficou, devo colocar na geladeira?

Ou para quem não usa manometro, com quantos dias, em media, a cerveja deve refermentar em temperatura ambiente?

Obs. Levando-se em conta que se trata de uma APA.

Obrigado, pessoal! :rockin:
Na verdade eu entendo que deva-se manter a temperatura de fermentação utilizada, e não a temperatura ambiente. Imagina, fermentei a 23C e moro no Mato Grosso onde faz 40C, daí coloco-as em temperatura ambiente... Acho que não vai dar certo.
 
Particularmente nunca ouvi falar de garrafas explodirem, apesar de muitos boatos circularem pela internet. O que já vi acontecer, tanto comigo, quanto com amigos, foi o soltar da tampinha (mas isto pode ter sido mais falta de aperto que supercarbonatação). Mas, ainda assim, o seguro morreu de velho.
A temperatura da cerveja é difícil de causar explosão, precisaria ser uma temperatura muito alta para elevar a pressão a tanto, ou ter uma variação brusca de temperatura que a garrafa quebrasse por choque térmico.
Com relação à atenuação, está correto. Caso tenha atenuado completamente e os subprodutos também consumidos de forma satisfatória, não haverá geração de CO2 para causar risco de explosão.
Os principais fatores que podem levar a isto são:

1 - atenuação incompleta do mosto;
2 - errar a mão na carbonatação (por isto é interessante usar calculadora que verifique a temperatura da cerveja para influenciar no cálculo);
3 - Contaminação, pois, por mais que nossas cepas mais comuns não consigam consumir açúcares de cadeias maiores, leveduras selvagens e bactérias conseguem e, além de perder para a contaminação, pode gerar supercarbonatação na garrafa;
4 - garrafas com trincas ou fragilizadas;

Só certificar ter atenuado, não errar a mão, usar garrafas boas e sanitizar tudo muito bem que não tem erro!
Já tive problemas com explosão de garrafas. E ainda bem que estava em um armário e não tive maiores prejuízos.

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Já tive problemas com explosão de garrafas e não tive maiores prejuízos causados pela explosão.

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Já tive problemas com explosão de garrafas. E ainda bem que estava em um armário e não tive maiores prejuízos.

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Bom, então este é o primeiro relato em primeira mão que tenho. E, cara, fico muito feliz que não tenha te dado nenhum problema maior! Espero que nunca volte a acontecer.
 
As pessoas q conheco q tiveram garrafas explosivas estavam usando long neck reaproveitada...

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Particularmente nunca ouvi falar de garrafas explodirem, apesar de muitos boatos circularem pela internet. O que já vi acontecer, tanto comigo, quanto com amigos, foi o soltar da tampinha (mas isto pode ter sido mais falta de aperto que supercarbonatação). Mas, ainda assim, o seguro morreu de velho.
A temperatura da cerveja é difícil de causar explosão, precisaria ser uma temperatura muito alta para elevar a pressão a tanto, ou ter uma variação brusca de temperatura que a garrafa quebrasse por choque térmico.
Com relação à atenuação, está correto. Caso tenha atenuado completamente e os subprodutos também consumidos de forma satisfatória, não haverá geração de CO2 para causar risco de explosão.
Os principais fatores que podem levar a isto são:

1 - atenuação incompleta do mosto;
2 - errar a mão na carbonatação (por isto é interessante usar calculadora que verifique a temperatura da cerveja para influenciar no cálculo);
3 - Contaminação, pois, por mais que nossas cepas mais comuns não consigam consumir açúcares de cadeias maiores, leveduras selvagens e bactérias conseguem e, além de perder para a contaminação, pode gerar supercarbonatação na garrafa;
4 - garrafas com trincas ou fragilizadas;

Só certificar ter atenuado, não errar a mão, usar garrafas boas e sanitizar tudo muito bem que não tem erro!
Comigo já explodiu. Carbinatei um Brown Ale e depois de muitos meses na garrafa a uma temperatura ambiente de 30° uma delas explodiu na garagem de casa. Com isso aprendi que cervejas escuras se usa menos açúcar para refermentar. Todas as outras com se abria a garrafa virava um chafariz

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Particularmente nunca ouvi falar de garrafas explodirem, apesar de muitos boatos circularem pela internet. O que já vi acontecer, tanto comigo, quanto com amigos, foi o soltar da tampinha (mas isto pode ter sido mais falta de aperto que supercarbonatação). Mas, ainda assim, o seguro morreu de velho.
A temperatura da cerveja é difícil de causar explosão, precisaria ser uma temperatura muito alta para elevar a pressão a tanto, ou ter uma variação brusca de temperatura que a garrafa quebrasse por choque térmico.
Com relação à atenuação, está correto. Caso tenha atenuado completamente e os subprodutos também consumidos de forma satisfatória, não haverá geração de CO2 para causar risco de explosão.
Os principais fatores que podem levar a isto são:

1 - atenuação incompleta do mosto;
2 - errar a mão na carbonatação (por isto é interessante usar calculadora que verifique a temperatura da cerveja para influenciar no cálculo);
3 - Contaminação, pois, por mais que nossas cepas mais comuns não consigam consumir açúcares de cadeias maiores, leveduras selvagens e bactérias conseguem e, além de perder para a contaminação, pode gerar supercarbonatação na garrafa;
4 - garrafas com trincas ou fragilizadas;

Só certificar ter atenuado, não errar a mão, usar garrafas boas e sanitizar tudo muito bem que não tem erro!
Comigo já explodiu. Carbinatei um Brown Ale e depois de muitos meses na garrafa a uma temperatura ambiente de 30° uma delas explodiu na garagem de casa. Com isso aprendi que cervejas escuras se usa menos açúcar para refermentar. Todas as outras com se abria a garrafa virava um chafariz

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Bom, então este é o primeiro relato em primeira mão que tenho. E, cara, fico muito feliz que não tenha te dado nenhum problema maior! Espero que nunca volte a acontecer.
Comigo já explodiu. Carbinatei um Brown Ale e depois de muitos meses na garrafa a uma temperatura ambiente de 30° uma delas explodiu na garagem de casa. Com isso aprendi que cervejas escuras se usa menos açúcar para refermentar. Todas as outras com se abria a garrafa virava um chafariz

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Bom, pelos relatos, em alguma coisa houve erro. Se alguma garrafa explodiu, pode ter sido por ela ter estado fragilizada e não suportou a pressão (ainda mais armazenando em temperaturas altas). Se diversas explodiram, já consideraria atenuação incompleta ou errar a mão no açúcar, unido com garrafas mais frágeis e distribuição heterogênea do açúcar ou priming. Talvez, como já disse antes, até contaminação.
O correto seria usar o manômetro, de preferência em 2 garrafas de cada lote, com uma homogenização correta da solução de priming, que deve ser bem calculada (calculadora para isto: https://www.brewersfriend.com/beer-priming-calculator/), considerando o CO2 já dissolvido na cerveja pós-fermentação e maturação e bem dosada. Eu não uso manômetro, infelizmente meu dinheiro é muito curto, e, exatamente por isto, redobro os cuidados ao realizar a refermentação na garrafa, inclusive mantendo na mesma temperatura de fermentação para diferir o mínimo possível do estado de trabalho original.
Para fazer, eu trasfego pela torneira do balde, através de uma mangueira, até outro balde (que uso somente para envase, onde instalei uma torneira de vazão mais controlada e com engate direto para o filler), onde a solução de priming já está no fundo. Deste modo, toda a cerveja se mistura com com a solução, sem agregar grande influência por oxidação (o ideal seria preencher tudo com CO2 e transferir por pressão, mas isto é custoso) e, óbvio, tudo muito bem sanitizado, inclusive fervo a a solução que uso para a refermentação, assim garantindo que não terá contaminação vinda dela (quem usa açúcar direto ou apenas dilui em água fria deveria mudar isto, considero muito arriscado, ainda mais se usar aquele açúcar que tu pega do pote de adoçar o café). Neste novo balde posso homogeneizar com a pá e envasar. A cada 3 ou 4 litros que diminui da marcação do balde homogenizo novamente, com suavidade e sem fazer bolhas.
É o método que considero mais seguro, não confio em usar açúcares em forma de cristal e não fervidos, nem em inserir garrafa por garrafa. É difícil contaminar cerveja pronta, mas, ainda que for acontecer, é mais provável que seja num açúcar não esterilizado que por um balde devidamente sanitizado e uma exposição ao ar curtíssima. Também é mais provável super-carbonatar garrafas inserindo pequenas doses em cada uma, que ao misturar em todo o conteúdo de uma vez.
Acredito que a maior fonte disto venha do famoso empirismo de "6g/l". De fato, isto fornece carbonatação satisfatória par diversos estilos, mas, provável que para outros seja de menos e alguns demais. Óbvio que esta quantidade dificilmente irá explodir uma garrafa, mas o erro na hora de medir volumes sim. É mais provável que se coloque 6g/l considerando-se a litragem inicial do mosto, sem contar o que se perde no fundo do fermentador e isto, aliado aos demais itens que já citei, é perigoso.
O melhor, diria eu, seria economizar e investir em carbonatação forçada e envazar em barris. Aos poucos estou fazendo uma poupança para isto. Espero ter ajudado.
 
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