Ah cara, entendi....
Tá, primeiro de tudo........ ESQUECE completamente essa "pressão de entrada" que tu falas.... que na verdade seria a pressão interna do cilindro..... essa marcação NÃO é precisa em relação à quantidade de CO² que tem dentro do cilindro. Ocorre que o CO² sob pressão fica líquido, e uma parte dele evapora até atingir uma pressão X...... como 1000, por exemplo. Aí, digamos que você usa bastante CO² numa tarde... seja carbonatando ou servindo um barril. O CO² que você está usando é o CO² do cilindro já em estado gasoso, e a medida que você vai utilizando, a pressão de dentro do cilindro baixa, e com isso mais CO² começa a se transformar de líquido pra gás......... como se fosse um líquido gaseificado perdendo carbonatação.
A questão é que essa evaporação não é instantânea..... então, digamos que você usou um monte de CO², e a pressão interna do cilindro caiu (pq você usou grande parte daquele CO² já evaporado)....... então... vai demorar um bom tempo até que o CO² líquido vá evaporando até chegar naquela "pressão X" que tava antes.... pois a partir dessa pressão, o CO² não consegue mais evaporar.
Ou seja...... se o cilindro de CO² estiver cheio, ou com 1/3...... se deixar ele quieto, vai ficar na mesma pressão, que é a pressão limite de evaporação/transformação do CO² líquido em gasoso.
Aquele manômetro basicamente sempre vai marcar alta pressão, e então quando o cilindro estiver PRESTES A ACABAR.... (pois não há mais CO² líquido pra evaporar), aí sim ele começa a baixar.
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Sobre o gosto "oxidado" que tu falou, cara, isso pode ser por N motivos....... menos por causa do CO² do cilindro. Te digo tranquilamente que podes esquecer essa possibilidade, até porque oxigênio sob-pressão tem um comportamento totalmente diferente de CO². Uma FORTÍSSIMA tendência de oxidação em barril é não purgar cuidadosamente o oxigênio do barril antes de transferir a cerveja pra dentro dele. Pra ti teres uma ideia. eu purgo até o interior do sifão antes de fechar o barril.
Sobre o teste da bexiga........ hehehehe.... cara.. que teste foi esse? Se tu encher uma bexiga com AR.... ela não já não sai voando... então qual foi o parâmetro pra fazer esse teste? E quando tu diz que não pareceu ser mais denso...... bom, isso é impossível... até porque mesmo que fosse ar, o balão iria cair do mesmo jeito. Se tu esperavas que o balão caísse no chão como uma pedra.... não vai acontecer.
Por fim, vou repetir algo que eu citei naquele meu post fixo da área de iniciantes ("Se você e iniciante, leia isso..."): NUNCA tente resolver um problema que você não tem CERTEZA que é, de fato, um problema. E eu acho que esse post aqui com tudo que tu relataste é um exemplo clássico disso....
Na verdade, por tudo que eu vi, nada que tu estás usando tem problema....... absolutamente nenhum defeito com nenhum dispositivo teu..... só tem falta de experiência e conhecimento, coisas que a gente adquire com o tempo..... exemplo clássico disso é tu levar em conta a pressão de entrada do barril.
Exemplo, essa frase: "Carbonatei uma leva em dois postmixs e enchi as garrafas por contrapressão. A pressão de entrada caiu um pouco e a carbonatação ficou perfeita.
Na leva seguinte, repeti o procedimento mas notei que a pressão de entrada aumentou e foi para 1000 lbf/pol2."
Primeiro.... tu falaste que carbonatou uma leva....... mas não citou a pressão ESTABILIZADA do barril (que é o que realmente interessa), e depois disse que carbonatou outra...... e que ficou ruim.... e novamente não citou a pressão estabilizada."
Bom... nesse caso tu não estás cuidando justamente o que define 99% da carbonatação da cerveja em um barril.
Quando tu vê as pessoas falando que "fiz primming na garrafa e a pressão chegou a 2,5kg e parou". Bom, aquela é a pressão estabilizada da garrafa!
Pra quem embarrila, tem que saber a pressão estabilizada do barril. Pressão do cilindro.... ESQUECE.... como eu disse antes, aquela pressão só começa a baixar quando a carga de CO² está prestes a terminar pela falta de CO² líquido dentro pra evaporar e subir a pressão novamente.
Abraço,