Cervejeiros artesanais criam vaquinha para comprar Anheuser-Busch InBev por US$213 bi

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Scarabrew

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Depois da décima cervejaria artesanal dos EUA adquirida pelo grupo, os cervejeiros artesanais criaram uma vaquinha para comprar a Anheuser-Busch InBev e assim "tomar de volta" as cervejarias artesanais com o mote "Lets Take Craft Back".

https://www.takecraftback.com/

Até agora cerca de 2,9 milhões de dólares já foram arrecadados (que serão devolvidos caso - com certeza - o valor de 213 bi não seja atingido).

[ame]https://www.youtube.com/watch?v=S-a69ey71vo[/ame]

Temos visto algo bem parecido por aqui, com a Ambev e Heineken adquirindo microcervejarias para manter o marketshare, e muita gente achando que nada mudou.
 
hehehehe

é engraçado e gera um buzz, mas acho que é mimimi demais nisto.

As grandes compram as micro não por marketshare, mas por portfólio. Este mercado é quase insignificante em números, mas traz algum perstígio (vide o comercial da AmBev se declarando a cervejaria mais premiada no mundial da cerveja).

De outro lado é o sonho de qualquer cervejeiro capitalista receber uma bolada por sua criação e ainda ficar no comando.

Para mim craft beer/ artesanal é a feita em casa, pois já diz o nome, é artesanato, manufatura. Se tem processo industrial e escala, para mim já é outra coisa.
 
É claro que a ideia é fazer barulho mesmo, mas parece que a intenção do pessoal de lá é que pelo menos as marcas artesanais compradas pelas grandes passem a ter alguma identificação de que pertencem às grandes e não são mais Craft.

Sei lá, continuo achando que o grande foco é marketshare. Nesta reportagem, por exemplo, uma analista de mercado fala sobre a Heineken:
"O foco da Heineken no Brasil é o valor, e não o volume, e o crescente foco premium de sua oferta está se mostrando bem sucedido até agora."
E fala de outros dados interessantes também sobre a expansão das microcervejarias e do incômodo das grandes com isso.

Apesar de eu não ter o paladar mais apurado fico com a impressão de que a Eisenbahn (principalmente a Pilsen) mudou gradativamente nos últimos anos, coincidindo com a incorporação pela Brasil Kirin.
 
hehehehe

é engraçado e gera um buzz, mas acho que é mimimi demais nisto.

As grandes compram as micro não por marketshare, mas por portfólio. Este mercado é quase insignificante em números, mas traz algum perstígio (vide o comercial da AmBev se declarando a cervejaria mais premiada no mundial da cerveja).

De outro lado é o sonho de qualquer cervejeiro capitalista receber uma bolada por sua criação e ainda ficar no comando.

Para mim craft beer/ artesanal é a feita em casa, pois já diz o nome, é artesanato, manufatura. Se tem processo industrial e escala, para mim já é outra coisa.

Com certeza!

Cerveja artesanal é a que a gente faz em casa. As que são vendidas no mercado são, na melhor das hipóteses, de micro cervejarias. É que como, no Brasil, as grandes cervejarias só produzem american standard lager (que chamam de pilsen) qualquer coisa que se produza diferente disso, o povo tende a chamar de artesanal, mas não é!
 
É claro que a ideia é fazer barulho mesmo, mas parece que a intenção do pessoal de lá é que pelo menos as marcas artesanais compradas pelas grandes passem a ter alguma identificação de que pertencem às grandes e não são mais Craft.

Sei lá, continuo achando que o grande foco é marketshare. Nesta reportagem, por exemplo, uma analista de mercado fala sobre a Heineken:
"O foco da Heineken no Brasil é o valor, e não o volume, e o crescente foco premium de sua oferta está se mostrando bem sucedido até agora."
E fala de outros dados interessantes também sobre a expansão das microcervejarias e do incômodo das grandes com isso.

Apesar de eu não ter o paladar mais apurado fico com a impressão de que a Eisenbahn (principalmente a Pilsen) mudou gradativamente nos últimos anos, coincidindo com a incorporação pela Brasil Kirin.

O que a Heineken chama de premium é o standard de boas lager.

Cervejarias como a Einsbahn, Colorado, Walls, acabam tendo que adaptar suas receitas para: - agradar mais pessoas; - se encaixar em novos processos e padrões produtivos (uma coisa é produzir poucos milhares de litros, outra é produzir em escala nacional - matéria prima, logistica, etc).
 
Uma coisa é certa o dinheiro das minhas compras mensais de cervejas especiais agora vão para outro dono.

É insignificante sim mas a hora é essa mesmo tá mais fácil criar uma marca colocar no mercado tacar marketing em cima engolir as pequenas e continuar dono do mercado gastando menos, se essa turma não tivesse potencial.

O bom que está acontecendo hj vai passar muita gente vai vender equipamento muita coisa vai acontecer gente quebrar e etc nada anormal, mas o mercado de cervejas especiais veio pra ficar e a artesanal nem se fala no Brasil 1% do mercado é das especiais nos eua 70% e as grandes de lá tomaram um susto aqui estão prevenindo ;)


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hehehehe

é engraçado e gera um buzz, mas acho que é mimimi demais nisto.

As grandes compram as micro não por marketshare, mas por portfólio. Este mercado é quase insignificante em números, mas traz algum perstígio (vide o comercial da AmBev se declarando a cervejaria mais premiada no mundial da cerveja).

De outro lado é o sonho de qualquer cervejeiro capitalista receber uma bolada por sua criação e ainda ficar no comando.

Para mim craft beer/ artesanal é a feita em casa, pois já diz o nome, é artesanato, manufatura. Se tem processo industrial e escala, para mim já é outra coisa.

Insignificante aqui no Brasil. Nos EUA 2016 fechou com o mercado de craftbeer em 12% do volume e 24% do faturamento. E só não foi mais justamente por causa de algumas aquisições feitas no mesmo ano.

Não acho que o reinado das grandes vá "cair" um dia, mas que a tendência é perder bastante espaço se não fizerem nada, isso é.
 
Na minha humilde opinião, acho que essas aquisições são muito mais pra frear o avanço das cervejas especiais do que para acabar com o mesmo. Se compram uma cervejaria, outra surge, isso é fato, pois a questão da produção de cervejas especiais, diferente das grandes industrias, não está associado apenas a geração de dinheiro, mas também com a questão da satisfação pessoal do produtor em ofertar a sua cerveja ao público. Portanto, a não ser que esse caminho (o cara q começa com panela, cresce e segue pra montar uma micro cervejaria) e essa cultura (a questão da satisfação pessoal do produtor) mudem, não há como acabar com o mercado de cervejas especiais.
 
Insignificante aqui no Brasil. Nos EUA 2016 fechou com o mercado de craftbeer em 12% do volume e 24% do faturamento. E só não foi mais justamente por causa de algumas aquisições feitas no mesmo ano.

Não acho que o reinado das grandes vá "cair" um dia, mas que a tendência é perder bastante espaço se não fizerem nada, isso é.

Só lembrando que para ser considerada Craft brewery tem que produzir 6 milhões de barris ano (cada barril são 117 l) e ser independente.

Samuel Adams, Founder, dogfish Head e outras tantas são consideradas Crafts, mas não dá para dizer que são pequenas.

Aquisições são parte do negócio, é criação de portfólio e de uma carta de produtos mais abrangente.
 
Na minha humilde opinião, acho que essas aquisições são muito mais pra frear o avanço das cervejas especiais do que para acabar com o mesmo. Se compram uma cervejaria, outra surge, isso é fato, pois a questão da produção de cervejas especiais, diferente das grandes industrias, não está associado apenas a geração de dinheiro, mas também com a questão da satisfação pessoal do produtor em ofertar a sua cerveja ao público. Portanto, a não ser que esse caminho (o cara q começa com panela, cresce e segue pra montar uma micro cervejaria) e essa cultura (a questão da satisfação pessoal do produtor) mudem, não há como acabar com o mercado de cervejas especiais.

Não são para frear o avanço, são para ganhar dinheiro com o avanço. É para ter produtos com alto valor agregado em um mercado de nicho.
 
Não são para frear o avanço, são para ganhar dinheiro com o avanço. É para ter produtos com alto valor agregado em um mercado de nicho.

Perfeitamente. Só que quando uma microcervejaria é adquirida por uma grande cervejaria, ela deixa de ser micro, portanto, deixa de ser "craft", mesmo assim, continua no mesmo segmento de mercado. Enfim... é o Capitalismo.
 
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