Cerveja muito adocicada

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vtr

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Nov 22, 2013
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Olá.

Eu tentei fazer uma tripel com uma OG de 1080.
A recita era de 22 litros. Utilizei somente 1 pacote De S33 da fermentis, fazendo a hidratação antes de inocular.
Porém mesmo depois de 4 semanas a FG não chegou no esperado que seria algo entorno de 1006, ficou em1018.

Para uma próxima leva o que sugerem que eu faça? Ponha 2 pacotes de fermento? Fazer um starter?
 
Ah e mais uma pergunta que esqueci de fazer seis por isso que minha cerveja ficou muito adocicada?
Para os meus cálculos deveria ficar em torno de 27IBUs levando em conta a quantidade de lúpulo colocada.
 
ok. mas quanto de malte especial você utilizou? qual a temperatura de mosturação? "muito doce" é um parâmetro BEM RELATIVO.

detalhando a receita (ingredientes usados) e processos (principalmente as temperaturas de mosturação/fermentação) vai ser mais fácil dar opinião.

abs
 
Uma tripel precisa de bastante açúcar para ficar seca. Qual foi a sua receita?
 
Bom, primeiro de tudo, de forma geral, e sem entrar em cálculos mais complexos, nunca use menos que 1g de fermento para cervejas com OG alta.

Outra coisa, é EXTREMAMENTE difícil que uma cerveja de 1080 chegue a 1006. Se chegar em 1012, já está excelente.

Cervejas fortes precisam que tudo tenha sido feito exatamente do jeito certo para atenuarem bem, se não, é clássico... FG alta.. e aí pode se preparar para muitos meses de maturação para que ela fique bebível.

Abraço,
 
Bom, primeiro de tudo, de forma geral, e sem entrar em cálculos mais complexos, nunca use menos que 1g de fermento para cervejas com OG alta.

Outra coisa, é EXTREMAMENTE difícil que uma cerveja de 1080 chegue a 1006. Se chegar em 1012, já está excelente.

Cervejas fortes precisam que tudo tenha sido feito exatamente do jeito certo para atenuarem bem, se não, é clássico... FG alta.. e aí pode se preparar para muitos meses de maturação para que ela fique bebível.

Abraço,

Ou eu sou muito sortudo ou estou tratando bem meus fermentos aqui. Estou com uma Tripel no final do cold crash agora. OG de 1077 e FG de 1005. Pretendia chegar em 1008 mas atenuou mais do que esperava. Usei o WLP500 e achei que dificilmente chegaria até nos 1008 pelos relatos que li sobre ele mas deu certo e não demorou. Foram somente 7 dias para chegar nessa atenuação. Usei 20% de açúcar no total do extrato. O que fiz foi adicionar o açúcar somente no terceiro dia de fermentação intensa para tentar não cansar o fermento. Não sei se foi isso que ajudou. Estou usando sempre starters de 1,2 a 1,5 litros. Essa levedura estava até na data de vencimento. De resto um perfil de malte bem simples com una 3% somente de malte especial para dar um pouco de complexidade. Engarrafei uma amostra e bebi ontem. Ficou deliciosa.

Quanto ao IBU pode ficar entre 30 e 40 tranquilamente. Entre os estilos belgas, somente Tripel e Saison tem perfis de amargor perceptível. A do vtr (autor do post) pode ter ficado doce porque não atenuou bem e deixou muito açucar residual. Lembrem que IBU não é um cálculo absoluto. A percepção do amargor depende de outros fatores, como açúcar residual e uso de maltes torrados por exemplo. Acho que até o teor alcólico pode dar maior impressão de doçura já que álcool superior pode ter sabor adocicado.

https://www.facebook.com/photo.php?...14492865.39880.355228807846929&type=1&theater
 
Segundo o BJCP, o tripel tem densidade inicial entre 1,075 e 1,085 e FG entre 1,010 e 1,016 e IBUs de entre 25 e 38. Portanto, VTR, pela OG que vc teve, exatamente no meio do estilo, era para buscar uma FG de 1,013. Se tivesse colocado mais fermento, como o Guenther falou, talvez teria alcançado isto. Porém, de fato usou poucos lúpulos; algo como 32 ou 33 seria melhor. Mas, de fato, fico curioso em saber quais e quantos lúpulos especiais que usou, principalmente os de tipo cristal/cara. A lupulagem e/ou um uso exagerado de maltes especiais explicaria um sabor muito doce até melhor que a sua FG, que não é tão ruim considerando a montanha que estes poucos fermentos escalaram.
 
Ou eu sou muito sortudo ou estou tratando bem meus fermentos aqui. Estou com uma Tripel no final do cold crash agora. OG de 1077 e FG de 1005. Pretendia chegar em 1008 mas atenuou mais do que esperava. Usei o WLP500 e achei que dificilmente chegaria até nos 1008 pelos relatos que li sobre ele mas deu certo e não demorou. Foram somente 7 dias para chegar nessa atenuação. Usei 20% de açúcar no total do extrato. O que fiz foi adicionar o açúcar somente no terceiro dia de fermentação intensa para tentar não cansar o fermento. Não sei se foi isso que ajudou. Estou usando sempre starters de 1,2 a 1,5 litros. Essa levedura estava até na data de vencimento. De resto um perfil de malte bem simples com una 3% somente de malte especial para dar um pouco de complexidade. Engarrafei uma amostra e bebi ontem. Ficou deliciosa.

Quanto ao IBU pode ficar entre 30 e 40 tranquilamente. Entre os estilos belgas, somente Tripel e Saison tem perfis de amargor perceptível. A do vtr (autor do post) pode ter ficado doce porque não atenuou bem e deixou muito açucar residual. Lembrem que IBU não é um cálculo absoluto. A percepção do amargor depende de outros fatores, como açúcar residual e uso de maltes torrados por exemplo. Acho que até o teor alcólico pode dar maior impressão de doçura já que álcool superior pode ter sabor adocicado.

https://www.facebook.com/photo.php?...14492865.39880.355228807846929&type=1&theater
Qual o teu procedimento ao medir a FG com densímetro?
 
Pessoal segue minha receita:

5kg Pilsen
0.3kg Vienna
0.15kg Caramunich I
0.1kg Carapils

1 kg de açucar, adicionado 3 dias após inicio da fermentação


Lupulos
15g Nugget 60min
25g Tettnager 20min
5g Saaz 10min

Mash:
65° 80 minutos
76° 10 minutos


Fermentação:

No começo da minha fermentação tive um problema com meu controlador de temperatura, e mantive nos primeiros 5 dias fermentando em torno de 24º.
Apos isso mantive entre 16°e 18° até completar 4 semanas.



Guenther,
Vc diz 1g de fermento por litro?
 
Qual o teu procedimento ao medir a FG com densímetro?

Fico acompanhando com o refratômetro e fazendo os cálculos de compensação até achar que está estacionando ou chegando perto da FG desejada. Aí colho um volume suficiente e uso o densímetro. Faço a medição da temperatura também para compensar se necessário. Geralmente colho já perto de 20 graus mas se precisar faço a conversão. Quando vem muitas partículas sólidas na amostra eu espero decantar um pouco para medir de novo mas não notei grandes diferenças antes e depois de decantar. Já ouvi falar de ter o cuidado de remover a carbonatação residual da amostra mas quanto a isso eu nunca tomei nenhum cuidado especial.

Estou conseguindo secar bem as cervejas. O WLP 500 foi a primeira vez que usei mas o WLP 565 (Saison I) eu estou secando até 1002 (com OG de 1060 em média). Tenho usado Yeast Nutrient da White Labs em minha levas. Não sei se isso está ajudando tb.
 
Fico acompanhando com o refratômetro e fazendo os cálculos de compensação até achar que está estacionando ou chegando perto da FG desejada. Aí colho um volume suficiente e uso o densímetro. Faço a medição da temperatura também para compensar se necessário. Geralmente colho já perto de 20 graus mas se precisar faço a conversão. Quando vem muitas partículas sólidas na amostra eu espero decantar um pouco para medir de novo mas não notei grandes diferenças antes e depois de decantar. Já ouvi falar de ter o cuidado de remover a carbonatação residual da amostra mas quanto a isso eu nunca tomei nenhum cuidado especial.

Estou conseguindo secar bem as cervejas. O WLP 500 foi a primeira vez que usei mas o WLP 565 (Saison I) eu estou secando até 1002 (com OG de 1060 em média). Tenho usado Yeast Nutrient da White Labs em minha levas. Não sei se isso está ajudando tb.
É justamente sobre a carbonatação residual que eu ia falar.

Eu também não me preocupava, até que um dia depois de ler sobre isso, resolvi medir direto do fermentador, e depois pegar o mesmo mosto, e ficar jogando de um copo pro outro para eliminar o excesso de CO²..... e bingo.. houve uma diferença.

O que eu faço hoje, além de agitar, e deixar ele lá durante 1 hora mais ou menos, e aí sim eu anoto. Normalmente, se comparar a medida logo em seguida, e depois de agitar/esperar, chegou a dar 4 pontos de diferença.

Abraço,
 
Mas Guenter, se tirar o gás carbônico na teoria vai diminuir mais ainda a FG não?
 
Mas Guenter, se tirar o gás carbônico na teoria vai diminuir mais ainda a FG não?
É que na real, pode acontecer duas coisas..... uma é as bolhas aderirem ao densímetro, e fazerem ele boiar mais alto do que deveria, mostrando uma leitura mais alta que a realidade (nunca vi acontecer).

A outra coisa que pode acontecer (e isso eu já vi) é ficarem saindo bolhas do fundo constantemente, e aí ele fica mais fundo do que deveria, pois com as bolhas soltas no líquido (ou seja, CO² gasoso, ocupando bastante espaço), o líquido fica menos denso (tanto que o CO² fica sendo expulso para fora do líquido), e nesse caso, o densímetro afunda mais do que a realidade.

Citando alguns exemplos curiosos...

Em situações de alto impacto na água, como por exemplo em saltos ornamentais, eles ficam soltando um monte de bolhas no lugar onde o cara vai cair para deixar a água mais "mole".

Outra curiosidade: uma das teorias dos naufrágios do Triângulo das Bermudas era porque haviam fontes de gases naquela região do mar, e isso fazia os navios afundarem ao natural pois como a densidade da água ficava menor com as bolhas, os navios não conseguiriam boiar.

Abraço,
 

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