Qual sua filosofia de cervejeiro caseiro?

Homebrew Talk - Beer, Wine, Mead, & Cider Brewing Discussion Forum

Help Support Homebrew Talk - Beer, Wine, Mead, & Cider Brewing Discussion Forum:

This site may earn a commission from merchant affiliate links, including eBay, Amazon, and others.

Ricardo1984

Active Member
Joined
May 13, 2021
Messages
36
Reaction score
19
Location
Santa Catarina
Olá pessoal,
sou novo no fórum e na produção de cerveja caseira. Mas, do pouco que acompanhei até agora, percebi diferentes tipos de produtores de cerveja caseira.

Não sei qual está certo ou errado, nem é o objetivo deste post levantar essa discussão. Mas gostaria de saber, caso queiram compartilhar, que tipo de produtor de cerveja caseira você é.

O que aprendi até agora é que o processo em si é simples (ingredientes, mosturação, fervura, fermentação, maturação, envase). O que me surpreendeu neste universo é que alguns cervejeiros são bem tecnificados (não sei se existe essa palavra). Estão os cervejeiros caseiros buscando copiar um processo industrial?

Outro perfil que tenho visto, é o de seguir as receitas e técnicas de forma literal, desconsiderando algumas vezes o processo.

E outras vezes tenho visto o perfil de produção de cerveja levando em conta o menor esforço para produção de uma cerveja com qualidade razoável. Confesso que esse último é o que eu estou buscando.

Gostaria de saber dos confrades qual sua filosofia cervejeira, e por que. Caso queiram compartilhar e não for um segredo industrial. =D
 
Bom dia Ricardo!!!
Bem... iniciei fazendo cerveja de forma bem artesanal (lavagem no caneco, bazooka, etc), mas já em grandes volumes... pois brassava em conjunto com um amigo (as cervejas não eram muito boas, e nos mantinhamos bem conservadores nas receitas).
Aos poucos, adquirimos uma panela elétrica, para facilitar o processo e permitir a realização de outras receitas, com novas rampas, processo de clarificação mais apurado, etc...
Hoje em dia fazemos de maneira individual, cada qual com sua receita, pois dispomos de meios de fermentar distintos.
Entretanto, voltando à filosofia, meu pensamento é de fazer minhas cerveja com a finalidade de não comprar cerveja comercial, quase uma troca, com o benefício de saber o que estou bebendo, mexendo em receitas, alterando diversos parâmetros, para melhorar e apurar aquelas que mais gostar... tenho feito lotes de 20 litros, para conseguir mais variedade....
Já meu amigo, preza pela quantidade, sempre faz 40 litros, e dependendo, se tiver disponível, ele até repassa $$$ aos amigos!!!
Enfim... a filosofia cervejeira é muito vasta, e certamente muito volátil... hoje se imagina um cenário que pode mudar ali adiante...
Abraços
 
Melhor cerveja possível com o mínimo esforço possível. Meu hobby não é simplesmente fazer cerveja e sim, testar a cada receita como manter ou melhorar a qualidade reduzindo tempo ou complexidade ou ambos. Claro que junto a isso, o hobby exige muito estudo para saber onde mexer. Comecei com tribloco, hoje uso biab. Depois que mudei para o biab, comecei com panela de 44 L para colocar 25 L no fermentador e hoje uso panela de 20 L para colocar os mesmos 25 L. Comecei usando 1 h de fervura,hoje uso no máximo 30 minutos. Comecei fermentando lager a 12 oC, hoje fermento a 16 oC. Comecei fazendo dry-hopping na secundária,hoje faço extrato alcoólico ou chá de lúpulo para adicionar só no envase e por aí vai...
 
Minha filosofia é manter o processo simples, mas respeitando algumas regras básicas para a fermentação ser saudável.

Uso 1 panela com fundo falso para mostura, 1 para água do sparge e 1 de fervura, com fogareiro a gás. Faço levas de 30 litros aproximadamente.

Não faço correção da água, nem de PH, nem de sais.

Aqueço a água até entre 70ºC e 72ºC e arrio o malte, mexo bem e a temperatura cai para entre 66ºC e 68ºC (uma ou outra temperatura de acordo com o que eu quero de resultado final).

Desligo o fogo, cubro a panela com um cobertor e deixo lá quieto por 90 minutos. Não faço teste de iodo, nem rampas de temperatura.

Recirculo com o canecão, só durante a subida da temperatura para a lavagem dos grãos, que faço a 78ºC. Não faço mash out.

Faço a lavagem bem devagar para extrair o máximo de açúcar.

Fervura por 60 minutos, não muito intensa para diminuir as perdas e a bagunça (geralmente a panela está no limite da capacidade).

Resfrio com chiller de imersão até uns 30 e poucos graus e o resto resfria já na geladeira.

Fermento em baldes ou bombonas de água só tampados, sem airlock.

Faço um pitch rate adequado, a grosso modo 1 g/l de levedura para Ales e 2 g/l de leveduras para Lagers, fermento hidratado, sem starter.

Controle estrito de temperatura de fermentação, deixo fermentando por no mínimo 2 semanas para Ales e 4 para Lagers, mais uma semana ou duas a 0 ºC para clarificação (não uso gelatina).

Minha eficiência fica na casa dos 75% e minhas cervejas já ganharam algumas competições da ACervA local. Estou muito satisfeito com os resultados e com o meu processo.
 
Boa.. Bem vindo!!

Discussao bem interessante essa e garanto que vai ter muitas razoes diferentes surgindo por aqui..

Particularmente, iniciei com a produçao de cerveja no inicio da pandemia ano passado, mais como uma brincadeira e curiosidade de explorar possibilidades e passar tempo na pandemia tambem.
A brincadeira evoluiu bastante, pois a partir do momento que voce começa a aprender, vem a vontade de ir melhorando cada vez mais os seus processos, seus equipamentos (na medida do possivel) e as experiencias.

Eu quero seguir fazendo algo caseiro e artesanal, mas sempre tentando tirar o melhor produto no final.. Nao acho que necessariamente com a ideia de gastar o menos possivel ou ter a melhor cerveja com um equipamento que faça tudo sozinho..
 
Blz pessoal,
Adentrei nesse mundo recentemente, só comprei o meu equipamento, depois de estudar e pesquisar muito (esse fórum ajudou demais) e definir oque eu queria ... que é trabalhar com Biab , em levas pequenas (20 litros), para poder tomar todos estilos que eu quiser experimentar e não pagar tão caro em cervejas "artesanais" que na verdade são industrializadas. Meu foco é tentar produzir com a mentalidade de ..."faça o simples, o mais perfeito que conseguir fazer"... mas concordo que para elevar o nível da cerveja feita em casa, isso só é possível com muito conhecimento, principalmente nessa área.
 
Belo tópico! Essa é pra mim, que sou cervejeiro caseiro e sou formado em filosofia.

Eu diria que:

a) eu busco extrair o máximo de qualidade a partir de uma quantidade/variedade mínima mas suficiente de ingredientes e equipamentos. Pra corrigir algo antes de ver o que posso acrescentar penso no que posso tirar. Chame-me minimalista;

b) eu tenho estilos e receitas como referência mas não como lei. Crio e aperfeiçoo minhas receitas eu mesmo. Sigo o meu nariz. Chame-me de independente;

c) eu gosto de fazer cerveja. Não quero um equipamento fazendo ela pra mim. Eu mesmo faço com equipamentos controlados sem automação. Chame-me de artesão;

d) eu gosto de cerveja com gosto de cerveja. Raramente uso adjuntos (nada contra quem usa). Chame-me de purista.


Portanto podemos dizer que a minha filosofia cervejeira é minimalista, independente, artesã e purista.
 
Eu comecei em 2016 em conjunto com meu Compadre. Eu havia tomado cerveja artesanal na casa de um colega que fazia, e Zero ressaca, sendo que com as ambev estava tendo ressacas mostro, esse foi meu gatilho, a ideia era fazer uma skol sem me dar ressaca, huahuahua, mal sabia eu.....
Dividimos um kit de 20 litros alumínio, 10 para cada. 2 panelas 1 com fundo falso. Aumentamos o kit com mais uma panela de 45 para fervura, final 30 litros...
Era pouco, chegamos a fazer 3 brassagem em um dia... kkkkkk
Fora que no inicio era fermentação sem controle, saiu muita cerveja boa assim, sem controle de temperatura. Nois dois tomamos gosto em fazer e tomar nossas brejas, sempre rola um intercambio. Mas montamos kits separados, de inox, eu faço hoje em dia 150 litros, com duas ou três fervuras diferentes e 5 fermentações diferentes, leveduras diferentes, vários testes em uma só brassagem. Varias cervejas, dura uns 2 meses.
E gosto de usar so ingredientes bons, as vezes testo outros, mas malte para mim é Castel Malte, lupulo tem que ser embalagem fechada de fabrica BARTH HAAS ou Yakima Chief, e levedura sempre é bom um start, verificar a vitalidade dela.
 
Ótimo tópico. Dá para conhecer e saber mais sobre o pessoal.
Eu iniciei com o objetivo de tomar uma cerveja de qualidade com um preço acessível. Isso em 2014, meu avô também fazia cerveja, mas fui influenciado por amigos que já faziam. Falavam que era barbada e tal, o que me despertou o interesse já que também gosto de cozinhar, achei parecido e até relativamente simples. Já há muito tempo não conseguia beber qualquer ceva industrial, as que me agradam são bem caras, quase todas importadas.
Não tenho um estilo específico, mas as minhas são bem alcoólicas, capricho no malte. Atualmente produzo 40 litros por brassagem, pretendo adquirir um equipamento automatizado para aumentar entre uns 75 a 100 litros. Mas não irei abandonar as panelas.
Uma vez por mês antes do covid reuníamos os cervejeiros aqui da região e cada um leva uma parte de sua produção, um engradado mais ou menos, as que não conseguíamos beber trocávamos para beber em casa. Levava um ou dois estilos e voltava com uns 8 diferentes era bem legal. Não esta descartado futuramente fazer para comercializar, mas por enquanto é para consumo próprio, se fosse para vender ficaria sem. O pessoal sempre pergunta se tenho cerveja, algumas até vendo. Claro que com a experiência vamos sempre aprimorando o processo, mas nada de muita paranoia. Por aqui já vi muitos cheios de termos técnicos, fórmulas, marabalistas cervejeiros ia beber o resultado final era um mijo com gosto de vinagre, inclusive de algumas cervejarias. Dai cheguei a conclusão que o simples e bem feito é sempre o melhor.
Boas brassagens à todos!
 
Comecei em 2020, por influencia da minha religião o Catolicismo, ficava lendo que os monges trapistas faziam as melhores cervejas do mundo e fica entusiasmado, queria fazer igual, me lembro a primeira vez que tomei a Quadrupel da Chimay, incrível. Comecei com BIAB 10l e hoje tenho uma Single Vessel de 65l, sou apaixonado por equipamentos, isso por influencia da área de tecnologia, se eu pudesse testava todas as panelas automatizadas e fermentadores diferenciados do mercado, mas a condição financeira impede kjkkk. Gosto muito da complexidade, aprender processos novos, algumas coisas mais "avançadas", hoje eu compenso tudo que não estudei de química, biologia na escola kkkk. Pretendo avançar nos conhecimentos e futuramente abrir uma cervejaria com cervejas "diferentes". Minha filosofia é entregar o melhor, dar não apenas uma cerveja mas sim uma experiencia para as pessoas, fico muito feliz com isso.
 
Last edited:
Tópico muito legal!
Eu comecei com influencia de um professor da primeira faculdade em 2017, aí tentei BIAB "sem" equipamentos, sendo o bag uma fronha de travesseiro e o fermentador um balde de mel com um furo para blow off, fervura foi de deixar o líquido pela metade e a fermentação debaixo da cama do meu quarto kkkk bom, eu comprei 5kg de maltes diversos pois não sabia montar a receita e 3 pacotes de lupulo pois não estudei NADA antes daquilo. Saiu uma quatrupel IPA hahahahaha. Foi bebido uma garrafa e o resto foi fora.
Depois disso, fui pro Youtube e realmente, seja gringo ou BR tem muita coisa, com isso comprei tudo para 10L de BIAB, melhorou bastante. Atualmente é carbonatação forçada e fundo falso, 30 litros e duas brassagens no mês, ocasionalmente vendo algumas garrafas que o pessoal pede e estou para começar Produção Cervejeira e um curso de Sommelier.
A filosofia deve ser na MINHA humilde opinião: se divirta, capriche, experimente, inove ou seja purista, estude bastante se for do seu agrado ou apenas faça o simples bem feito. Seja feliz fazendo sua cerveja.
 
Melhor cerveja possível com o mínimo esforço possível. Meu hobby não é simplesmente fazer cerveja e sim, testar a cada receita como manter ou melhorar a qualidade reduzindo tempo ou complexidade ou ambos. Claro que junto a isso, o hobby exige muito estudo para saber onde mexer. Comecei com tribloco, hoje uso biab. Depois que mudei para o biab, comecei com panela de 44 L para colocar 25 L no fermentador e hoje uso panela de 20 L para colocar os mesmos 25 L. Comecei usando 1 h de fervura,hoje uso no máximo 30 minutos. Comecei fermentando lager a 12 oC, hoje fermento a 16 oC. Comecei fazendo dry-hopping na secundária,hoje faço extrato alcoólico ou chá de lúpulo para adicionar só no envase e por aí vai...

Que legal NH3. Eu pensava que todo mundo ia no sentido contrário, de aumentar a complexidade. Eu estou aprendendo com BIAB, e bom saber que pessoas mais experientes estão usando esse método e fazendo boas cervejas. Obrigado pela resposta.
 
Minha filosofia é manter o processo simples, mas respeitando algumas regras básicas para a fermentação ser saudável.

Uso 1 panela com fundo falso para mostura, 1 para água do sparge e 1 de fervura, com fogareiro a gás. Faço levas de 30 litros aproximadamente.

Não faço correção da água, nem de PH, nem de sais.

Aqueço a água até entre 70ºC e 72ºC e arrio o malte, mexo bem e a temperatura cai para entre 66ºC e 68ºC (uma ou outra temperatura de acordo com o que eu quero de resultado final).

Desligo o fogo, cubro a panela com um cobertor e deixo lá quieto por 90 minutos. Não faço teste de iodo, nem rampas de temperatura.

Recirculo com o canecão, só durante a subida da temperatura para a lavagem dos grãos, que faço a 78ºC. Não faço mash out.

Faço a lavagem bem devagar para extrair o máximo de açúcar.

Fervura por 60 minutos, não muito intensa para diminuir as perdas e a bagunça (geralmente a panela está no limite da capacidade).

Resfrio com chiller de imersão até uns 30 e poucos graus e o resto resfria já na geladeira.

Fermento em baldes ou bombonas de água só tampados, sem airlock.

Faço um pitch rate adequado, a grosso modo 1 g/l de levedura para Ales e 2 g/l de leveduras para Lagers, fermento hidratado, sem starter.

Controle estrito de temperatura de fermentação, deixo fermentando por no mínimo 2 semanas para Ales e 4 para Lagers, mais uma semana ou duas a 0 ºC para clarificação (não uso gelatina).

Minha eficiência fica na casa dos 75% e minhas cervejas já ganharam algumas competições da ACervA local. Estou muito satisfeito com os resultados e com o meu processo.
Legal Antônio. Você desenvolveu uma sequência lógica para sua produção. Percebi que buscou simplificar e facilitar em alguns aspectos e deu atenção especial à fermentação. Meu objetivo é esse também, encontrar o meu ritmo e determinar as coisas mais importantes pra minha cerveja. Abraço.
 
Boa.. Bem vindo!!

Discussao bem interessante essa e garanto que vai ter muitas razoes diferentes surgindo por aqui..

Particularmente, iniciei com a produçao de cerveja no inicio da pandemia ano passado, mais como uma brincadeira e curiosidade de explorar possibilidades e passar tempo na pandemia tambem.
A brincadeira evoluiu bastante, pois a partir do momento que voce começa a aprender, vem a vontade de ir melhorando cada vez mais os seus processos, seus equipamentos (na medida do possivel) e as experiencias.

Eu quero seguir fazendo algo caseiro e artesanal, mas sempre tentando tirar o melhor produto no final.. Nao acho que necessariamente com a ideia de gastar o menos possivel ou ter a melhor cerveja com um equipamento que faça tudo sozinho..
Deve ser esse o motivo que às vezes parece que os cervejeiros são muito tecnificados. Devem somente estar mais aprofundados no conhecimento e foram explorar as técnicas. O legal desse universo é justamente a liberdade e aprender a cada brassagem. Eu tenho pensando assim pelo menos, vou apenas para a sétima brassagem. Mas quero reler esse tópico daqui um ano rs. Valeu
 
Belo tópico! Essa é pra mim, que sou cervejeiro caseiro e sou formado em filosofia.

Eu diria que:

a) eu busco extrair o máximo de qualidade a partir de uma quantidade/variedade mínima mas suficiente de ingredientes e equipamentos. Pra corrigir algo antes de ver o que posso acrescentar penso no que posso tirar. Chame-me minimalista;

b) eu tenho estilos e receitas como referência mas não como lei. Crio e aperfeiçoo minhas receitas eu mesmo. Sigo o meu nariz. Chame-me de independente;

c) eu gosto de fazer cerveja. Não quero um equipamento fazendo ela pra mim. Eu mesmo faço com equipamentos controlados sem automação. Chame-me de artesão;

d) eu gosto de cerveja com gosto de cerveja. Raramente uso adjuntos (nada contra quem usa). Chame-me de purista.


Portanto podemos dizer que a minha filosofia cervejeira é minimalista, independente, artesã e purista.
Boa Cassaro!!!
Vou prestar ainda mais atenção nos seus comentários no fórum. Parece q meu objetivo se assemelha com o que vc faz. Ficarei atento. Abraço.
 
Tópico muito legal!
Eu comecei com influencia de um professor da primeira faculdade em 2017, aí tentei BIAB "sem" equipamentos, sendo o bag uma fronha de travesseiro e o fermentador um balde de mel com um furo para blow off, fervura foi de deixar o líquido pela metade e a fermentação debaixo da cama do meu quarto kkkk bom, eu comprei 5kg de maltes diversos pois não sabia montar a receita e 3 pacotes de lupulo pois não estudei NADA antes daquilo. Saiu uma quatrupel IPA hahahahaha. Foi bebido uma garrafa e o resto foi fora.
Depois disso, fui pro Youtube e realmente, seja gringo ou BR tem muita coisa, com isso comprei tudo para 10L de BIAB, melhorou bastante. Atualmente é carbonatação forçada e fundo falso, 30 litros e duas brassagens no mês, ocasionalmente vendo algumas garrafas que o pessoal pede e estou para começar Produção Cervejeira e um curso de Sommelier.
A filosofia deve ser na MINHA humilde opinião: se divirta, capriche, experimente, inove ou seja purista, estude bastante se for do seu agrado ou apenas faça o simples bem feito. Seja feliz fazendo sua cerveja.
Eu ri muito da sua experiência. Bom, eu tentei fazer alguma coisa fermentável no passado com água com açúcar e fermento de pão para ver se dava certo e não saiu nada.. rs. Acho q entendi agora um pouco melhor sobre o que é "purista". Valeu.
 
Excelente tópico! Comecei em 2017, tribloco e produção de 25L, hj por força das circunstâncias, no biab de 10L. Esse fórum me ajudou e ajuda muito! Isso além do material vasto existente sobre o tema. Já foram várias brassagens e costumo aprecia-las como se fossem as últimas. Brinco com a minha esposa dizendo que se ela gostou, aproveite, pq não sai outra igual... Essa diversidade e infinidade de possibilidades desse universo cervejeiro é o que mais me atrai e me motiva pra tentar a próxima receita. A idéia é sempre tentar uma diferente, seja nos ingredientes ou no processo.
 
O Espacinho Gostoso eim!


Nossa filosofia é explorar o extenso e infinito universo de possibilidades que este Hobby proporciona.... e o dia que sermos uma cervejaria vamos sacudir o mundo!

Pois Jamais ficamos em padrões, desde nossa quinta brassagem das 120 já feitas produzimos nossos próprios sabores, fazemos nossos próprio Grist, Lúpulo Malte e Levedura são minuciosamente selecionados com a perspectiva de materializar algo que surge como um sonho, aceitamos que aqui trabalha o lado feminino da criação e lá no braço diante do fogareiro é o lado masculino....

Ouve um tempo que ao provar aquilo imaginado tínhamos que se não verificado era tido como um erro, e por muitas brassagens assim me considerei um ruim "Mestre".... no entanto a alquimia me ensinou que o imaginado e o realizado são partes, e ao se unirem criam algo inimaginado, algo que na realidade tínhamos apenas um vislumbre...assim passei a esquecer tudo e abro uma garrafa de cada brassagem as 9 da matina, abro a receita e vejo o que tem ali diante de mim....

Essa forma de fazer desprende vc dos padrões do BJCP e permite CRIAR! Pois aquilo tudo é só Norte.

Nossas premissas são:
a) não usar nenhum químico na cerveja (agora também viemos remoldando essa deixa, sais da água fizemos uns testes, vit. C e o peracético no envase tiveram que ser introduzidos ).

b)além de tudo e sobre toda e qualquer padronização, Queremos Surpreender aquele que prova nossas Cervejas, queremos proporcionar uma experiência surreal e sob tudo, Inédita!

PS: Deixo um exemplo que foi uma que chamamos de Maria Sabina, foram adicionados em uma Red Psylocibe cubensis nativos, logicamente em uma dosagem adequada à aqueles que não são deste mundo, o resultado foi que falta cogu, pois todos pedem a cerveja que arranca horas de gargalhadas.... além da química propriamente dita temos que fazer cerveja é um ritual! E resgatamos essa parcela perdida do oficio!

Há velho, sobre processos e equipamentos, nós vai com aquilo que o bolso permite, mas sempre trazendo da facu as aulas de contaminação cruzada, boas práticas de manipulação de alimentos, sem plástico com BPA mas dando preferência sempre pro inox, depois cobre e/ou latão (de novo o bolso).

E tipo.... esse mercúrio retrógado em não sei aonde tá um INFERNO só!
Essa semana de brassagem a receita de 90 litros virou 130 dado a quebra do hidrômetro e puta deslize nas quantidades de água... ainda assim jamais fervi um mosto durante 160 minutos! Isso mesmo PASMEM! 160 min. uhuahuaha, a receita de 130 teve que virar 90 se tornando uma HD. mas se me perguntar se to preocupado.... não tou a... a HD ja fizemos até mais pesada pois bateu apenas 1060 mas a outra com OG de 1036 JAMAIS que eu iria fazer uma OG tão baixa! Então to suave e pronto a experiência.... Fazer Cerveja deve ensinar vc a ver o copo sempre meio cheio, e nunca vazio como eu vinha fazendo ;) :D
 
Last edited:
Muito boa essa troca de experiências e ideais cervejeiros.

Eu sempre gostei da ideia do DIY, de praticamente qualquer coisa que dava na telha, antes de fazer cerveja já gostava de fazer alguns projetos nos finais de semana.
Esse gosto por DIY se aplica também na culinária, pois gosto de cozinhar também.
O que sempre me cativa é a ideia de entender e aprender o processo de algo novo, utilizar uma técnica diferente, experimentar uma receita nova na cozinha.
Quando comecei com a ideia de fazer cerveja em 2018, depois de um churrasco onde um amigo levou a cerveja que ele fazia, não tinha muita grana disponível, vida de estagiário era complicada, e chamei dois amigos que tinham interesse, mas sempre pulavam fora na hora que viam o investimento pra montar um sistema tri-bloco (que era o que nós conhecíamos à época).
Em 2019 eu descobri o BIAB, e decidi fazer sozinho mesmo, comprando tudo separado, montando meu equipamento com a filosofia da máxima economia e máxima praticidade. Exemplificando: comprei um refratômetro na china pelo preço de um densímetro aqui no BR, e também uso geladeira com controlador desde a primeira brassagem por falta de tempo pra controlar de outra maneira.
Fiz minhas levas de 20 litros por um ano, aprendendo o processo, inventando algumas receitas, e sempre aprendendo, seja no fórum ou com meus erros.
Quando completei um ano, logo no começo da pandemia, decidi dar o passo da carbonatação forçada, comprei meu cilindro de CO2 e montei meus agrokegs (era o que o dinheiro permitia).
Continuei minha vida cervejeira, agora muito mais prática sem lavar garrafa, engarrafar, fazer primming, etc...
Esse ano recebi um "investimento" de um tio, para comprar uma panela automatizada. Comprei uma Beermax 25, e com isso decidi complementar o investimento recebido, e para refinar meu equipamento ainda mais, montei meu kegerator com duas torneiras e comprei meus primeiros post mix.
Nas minhas últimas brassagens também iniciei a correção da água, que no meu planejamento é praticamente o último processo "novo" na minha escala de produção.

Resumindo: Sou entusiasta do ideal DIY, e fazer cerveja permite realizar isso de diversas maneiras, seja montando uma gambiarra como o agrokeg, seja montar um equipamento como fiz no início, quando comprei as peças separadas e montei a panela, o balde fermentador.
E o mais importante e satisfatório, que é fazer a própria cerveja, onde há uma infinidade de receitas, processos, ingredientes a estudar...
 
Cara! Que bola que você levantou aqui! Vou acompanhar esse tópico e quando estiver mais inspirado volto para escrever com mais detalhes, mas de supetão posso te dizer que a filosofia do caseiro é filosofia. Muitas vertentes. Tem muita gente extremamente técnica, os gambiarreiros, os alquimistas e os "just for fun". Eu tenho um pouco de todos mas no final, gosto simplesmente de ter uma cerveja que eu goste de tomar.

Independente de que rumo sigamos acho que o principal é fazer um produto que nos dê satisfação.
 
Que legal NH3. Eu pensava que todo mundo ia no sentido contrário, de aumentar a complexidade. Eu estou aprendendo com BIAB, e bom saber que pessoas mais experientes estão usando esse método e fazendo boas cervejas. Obrigado pela resposta.
Acho que muita gente relaciona aumento de complexidade com aumento de qualidade e por isso que muita gente acaba optando por complicar onde pode ser simples. Outra coisa que faz muita gente ser conservadora na hora de fazer cerveja é o medo de perder tempo e dinheiro com uma batelada ruim. Claro que ninguém quer isso, mas quem se arrisca sair do tradicional tem que ter em mente que uma hora ou outra, o resultado pode não agradar. Nessas horas, é importante ter um plano B para minimizar perdas. Num dos meus testes de fazer cerveja pelo método "high gravity", acabei queimando o mosto. Tentei consertar na fermentação, mas não deu certo. A solução para minimizar a perda foi destilar e transformar em whiskey. Não ficou um Johnnie Walker mas ficou melhor que um Natu Nobilis de boteco.
É importante entender que o processo de fazer cerveja envolve várias variáveis cuja importancia varia com a escala. Dito isso, não necessariamente um procedimento que pode ser importante numa batelada de 1000 L ou 10 000 L tem a mesma importância em uma batelada de 10 ou 20 L. Cito com exemplo a fervura, que serve para vários propósitos (isomerizar ácido-alfa, esterilizar o mosto, remover compostos de aroma indesejáveis, promover a coagulação de proteinas, ajustar o OG e por aí vai). Entendendo como ocorre cada processo separadamente é possível sair do senso comum da 1 h de fervura com 1000 W para cada 10 L e experimentar outras opções com menor (ou maior) tempo e potência sem comprometer parâmetros de qualidade tais como formação de espuma, coloração, facilidade de clarificação, amargor e aromas desejáveis e por aí vai.
 
Last edited:
Ótimo tópico! Vamos la...
Para começar eu gosto de beber. Então, ha cerca de 9 anos atrás comecei a experimentar cervejas importadas (Inglesas, Belgas, Alemãs, Tchecas...) e percebi que no Brasil estavamos muito carentes de estilos. Enfim, sempre me interessei, lia artigos, assistia vídeos e ano passado tomei a decisão de produzir.

Não iniciei no BIAB (como normalmente se inicia), e já fui para a single vessel "automatizada". Produzo 20 litros (pela limitação do postmix), mas a panela pode me entregar 30 litros. Enfim, eu gosto de poder resgatar estilos já esquecidos pela indústria. Estilos que, infelizmente, não seriam tão comerciais quanto as que a indústria nos oferece (bock, altbier, scottish export...) Então venho melhorando meu processo pensando nisso.

A idéia é para consumo próprio, com a familia e amigos, poder acompanhar a evolução da cerveja feita não tem preço. Um dia quero criar as receitas, mas sempre dentro dos estilos. SInceramente não me prendo muito a detalhes tão técnicos, pois (na minha opinião, claro) a gente fica muito critico a procura da perfeição e acaba perdendo o tesão de curtir uma cerveja feita por nós mesmos (o que é do cara***!). Me preocupo mesmo é com a limpeza e higienização de tudo, e sigo os processos como devem ser.
 
Este tópico está muito bom!
Bem, minha relação com a produção de cervejas se deu de uma maneira inusual para quase a totalidade dos membros aqui.
Sou religioso, então meu superior avisou que o mestre cervejeiro da casa iria ser transferido e que eu deveria assumir a produção
e o cuidado deste setor. Ora, nunca tinha feito cerveja, só havia auxiliado na moagem de uma brassagem que o antigo cervejeiro fez.
O que fazer? Me jogaram na água, e eu tinha que aprender a nadar... então aprendi, claro que com muito auxilio de outros.
E isto só faz um ano. Hoje posso dizer que a filosofia cervejeira que sigo é de querer melhorar sempre os processos de produção para
entregar um produto final de qualidade. Procuro seguir estritamente o que meu conselheiro de produção diz (acabei conseguindo um ótimo amigo
que foi dono de uma cervejaria em BH há alguns anos, aliás ótimo mestre cervejeiro, chegou a ganhar algumas medalhas no South Cup Beer).
Já assumi uma micro cervejaria montada de 100l por brassagem, semi automatizada, o que já deixou um desejo de produção semi-industrial.
A produção não é só para consumo próprio, mas principalmente para de alguma maneira ajudar nas despesas da casa, através de amigos.
 
Olá pessoal,
sou novo no fórum e na produção de cerveja caseira. Mas, do pouco que acompanhei até agora, percebi diferentes tipos de produtores de cerveja caseira.

Não sei qual está certo ou errado, nem é o objetivo deste post levantar essa discussão. Mas gostaria de saber, caso queiram compartilhar, que tipo de produtor de cerveja caseira você é.

O que aprendi até agora é que o processo em si é simples (ingredientes, mosturação, fervura, fermentação, maturação, envase). O que me surpreendeu neste universo é que alguns cervejeiros são bem tecnificados (não sei se existe essa palavra). Estão os cervejeiros caseiros buscando copiar um processo industrial?

Outro perfil que tenho visto, é o de seguir as receitas e técnicas de forma literal, desconsiderando algumas vezes o processo.

E outras vezes tenho visto o perfil de produção de cerveja levando em conta o menor esforço para produção de uma cerveja com qualidade razoável. Confesso que esse último é o que eu estou buscando.

Gostaria de saber dos confrades qual sua filosofia cervejeira, e por que. Caso queiram compartilhar e não for um segredo industrial. =D

Cara, pra mim é um tesão fazer breja....sempre tive como hobbies coisas que demandam de trabalho manual.....faço trabalhos em madeira(restauração), jardinagem, Glass Sign em vidro....etc....agora tô ensaiando pra fazer salame e hidromel..... mas foi na cerveja que me encontrei......adoro a historia, o processo...a técnica..a gambiara... a cultura, tudo.......sou cervejeiro da pandemia..comecei em 03/2020, já estou indo pra 60 brassagem..fechando segundo pacotinho de 1.000 tampinhas....

em 2014 fiz curso sommelier em Sp....ia toda santa quarta feira, moro a 110KM da Capital...só pra fazer curso...quase 1 ano....
aprendi demais.....problema foi isso..... fiquei engessado, esperando momento certo...equipamento certo... até que um brother em 11/2019 mandou vídeo que tava fazendo breja.... foi a sacudida que eu precisava.....comprei o primeiro kit panela que achei..usado mesmo.....só panelas e fermentadores..desde primeira NoChill..... nunca vendi uma garrafa sequer....bebo tudo..kkkkk agora com XP já estou com Single Elétrica....geladeira dedicada com controle temp....e semana que vem pegando meu kit carbonatação forçada.... enfim é um TESÃO !!!!!!!!!!!!!
 
Boa.. Bem vindo!!

Discussao bem interessante essa e garanto que vai ter muitas razoes diferentes surgindo por aqui..

Particularmente, iniciei com a produçao de cerveja no inicio da pandemia ano passado, mais como uma brincadeira e curiosidade de explorar possibilidades e passar tempo na pandemia tambem.
A brincadeira evoluiu bastante, pois a partir do momento que voce começa a aprender, vem a vontade de ir melhorando cada vez mais os seus processos, seus equipamentos (na medida do possivel) e as experiencias.

Eu quero seguir fazendo algo caseiro e artesanal, mas sempre tentando tirar o melhor produto no final.. Nao acho que necessariamente com a ideia de gastar o menos possivel ou ter a melhor cerveja com um equipamento que faça tudo sozinho..

Eu tb... cervejeiro da pandemia..kkkkkk
 
Cara! Que bola que você levantou aqui! Vou acompanhar esse tópico e quando estiver mais inspirado volto para escrever com mais detalhes, mas de supetão posso te dizer que a filosofia do caseiro é filosofia. Muitas vertentes. Tem muita gente extremamente técnica, os gambiarreiros, os alquimistas e os "just for fun". Eu tenho um pouco de todos mas no final, gosto simplesmente de ter uma cerveja que eu goste de tomar.

Independente de que rumo sigamos acho que o principal é fazer um produto que nos dê satisfação.

Eu me considero um resumo disso tudo.... adoro a parte química, a mistura de ingredientes, a parte "arte" em fazer breja... agora mesmo estou com uma American Wheat com manjericão no Cold....a parte técnica adoro, por um único e simples motivo... para vc saber burlar primeiro vc tem que saber fazer.......e me divirto demais....seja aqui nos fóruns, no videos..fazendo..planejando,, lavando garrafas (brincadeira...lavar garrafa ninguém merece.....) kkkkk, fora a sensão de dever cumprido depois do envase......e a satisfação e orgulho de destampar a SUA BREJA....cara felomenal!
 
Gostaria de saber dos confrades qual sua filosofia cervejeira, e por que. Caso queiram compartilhar e não for um segredo industrial. =D

Meu primeiro post, tomei coragem kkkk

Eu jogava muito videogame e era muito viciada e tinha um pc muito ruim, quando montei meu pc dos sonhos perdi o tesão em jogar e fiquei perdida sem ter o que fazer pra me divertir.

Sempre gostei muito de cerveja mas eu não sabia que dava pra fazer em casa. Quando comecei a fazer, foi pq eu vi que tinha um sabor diferente e eu queria provar (eu acho que só tinha experimentado cerveja artesanal duas vezes antes disso).

Hoje em dia minha filosofia é:
- Fazer as cervejas que eu gosto de tomar
- Economizar (cerveja caseira do dia-a-dia sai bem mais barato que comprar, e eu bebo muito)
- Aprender e melhorar a cada nova brassagem
- Experimentar estilos novos que minha situação financeira não permite comprar.

Meus equipamentos são bem básicos e honestamente, não pretendo fazer um upgrade tão cedo.
Tenho 1 chiller de imersão, uma panela de inox de 32L, um saco de voil, um caga fogo e um balde branco de 24L que nunca me decepcionaram.

Com um ano de brassagem, eu tinha feito umas 6 receitas e no dia que eu descobri que teria que lavar e sanitizar 30 garrafas eu surtei e comprei um postmix e um cilindro de co2 e aprendi carbonatação com muito custo kkk
Minha técnica é:
Sexta quando chego do trabalho passo a cerveja pro postmix depois do cold crash, coloco 2,5bar de pressão, gelatina e deixo por 24 horas (sem balançar o barril pra carbonatar). No sábado a noite já ta pronta pra tomar.
Para servir eu uso uma torneira picnic e uso 1bar (e mantenho essa pressão enquanto durar a cerveja)

Agora comprei 3 torneiras e vou montar um kegerator (novidades em breve)

A unica coisa que me deixa um pouco chateada com o hobbie é que até hoje não encontrei ninguém pra brassar comigo e beber mas de resto é só alegria.
 
Faço cerveja desde 2015 acho que você já fez mais cerveja que eu, olha que eu faço pelo menos 1 brassagem por mês 😂🍻

Cara, pra mim é um tesão fazer breja....sempre tive como hobbies coisas que demandam de trabalho manual.....faço trabalhos em madeira(restauração), jardinagem, Glass Sign em vidro....etc....agora tô ensaiando pra fazer salame e hidromel..... mas foi na cerveja que me encontrei......adoro a historia, o processo...a técnica..a gambiara... a cultura, tudo.......sou cervejeiro da pandemia..comecei em 03/2020, já estou indo pra 60 brassagem..fechando segundo pacotinho de 1.000 tampinhas....

em 2014 fiz curso sommelier em Sp....ia toda santa quarta feira, moro a 110KM da Capital...só pra fazer curso...quase 1 ano....
aprendi demais.....problema foi isso..... fiquei engessado, esperando momento certo...equipamento certo... até que um brother em 11/2019 mandou vídeo que tava fazendo breja.... foi a sacudida que eu precisava.....comprei o primeiro kit panela que achei..usado mesmo.....só panelas e fermentadores..desde primeira NoChill..... nunca vendi uma garrafa sequer....bebo tudo..kkkkk agora com XP já estou com Single Elétrica....geladeira dedicada com controle temp....e semana que vem pegando meu kit carbonatação forçada.... enfim é um TESÃO !!!!!!!!!!!!!
 
Olá pessoal,
sou novo no fórum e na produção de cerveja caseira. Mas, do pouco que acompanhei até agora, percebi diferentes tipos de produtores de cerveja caseira.

Não sei qual está certo ou errado, nem é o objetivo deste post levantar essa discussão. Mas gostaria de saber, caso queiram compartilhar, que tipo de produtor de cerveja caseira você é.

O que aprendi até agora é que o processo em si é simples (ingredientes, mosturação, fervura, fermentação, maturação, envase). O que me surpreendeu neste universo é que alguns cervejeiros são bem tecnificados (não sei se existe essa palavra). Estão os cervejeiros caseiros buscando copiar um processo industrial?

Outro perfil que tenho visto, é o de seguir as receitas e técnicas de forma literal, desconsiderando algumas vezes o processo.

E outras vezes tenho visto o perfil de produção de cerveja levando em conta o menor esforço para produção de uma cerveja com qualidade razoável. Confesso que esse último é o que eu estou buscando.

Gostaria de saber dos confrades qual sua filosofia cervejeira, e por que. Caso queiram compartilhar e não for um segredo industrial. =D


Eu fiz uma receita e deu certo, fui sempre com ela e de repente estava fazendo cervejas "tomáveis". Há dois anos iniciei e hoje posso dizer que minha IPA é bastante elogiada (até vendo!!) agora, há percalços, e não são poucos, os confrades e as comadres mais experientes sempre ajudam e o fórum é de grande valia para corrigir os erros ou aprender alguma técnica nova. Prost!!
 
Completando o que já escrevi nesse tópico sobre o fato de fazer cerveja para mim, ser mais que obter um resultado satisfatório, mas também, aprender, aprimorar e ter a oportunidade de corrigir meus próprios erros.
Recentemente fiz uma session IPA (4% ABV), receita só com grãos e lúpulo de 1a, mas resolvi testar uma kveik seca que ganhei e estava no freezer. Ah, nessa batelada também usei parcialmente a técnica high gravity, mas ao invés de diluir após a fermentação,dilui antes, com água filtrada em um filtro bacteriológico por onde eu tinha feito uma limpeza com cloro recentemente. Bom, diferentemente de outras vezes que usei outras cepas de kveik, e a fermentação começou após algumas horas,desta vez demorou 2 dias para começar aparecer sinal de fermentação. Não sei se foi problema no fermento ou de algum cloro residual no filtro mas a cerveja saiu com gosto e aroma de clorofenol terrível, depois de quase 2 semanas de fermentação (geralmente minhas fermentações com kveik levam no máximo, 5 dias). 20 L prontos para serem descartados... Mas aí pensei, vou tentar consertar isso transformando a cerveja num whisky ou numa cerveja de baixo teor alcoólico. Já fiz aproveitamento de cerveja ruim em whisky. Ficou Ok como whiskey, mas tenho usado principalmente para turbinar outras cervejas usando esse whiskey para extração em dry-hopping ou como meio de infusão para carvalho. Como ainda tenho do meu whiskey, e estou numas de minimizar o consumo alcoólico sem deixar de beber, optei pela segunda opção, cerveja de baixo teor alcoólico.
Dei uma leve tostada num pouco de malte pale ale, fiz uma infusão com esse malte a uns 75 oC, para extrair aroma e sabor maltado com mínima extração de açúcar e depois fervi por uns 15 min, adicionei mais um tanto de lúpulo, desliguei o fogo. Deixei na panela para esfriar até uns 80 oC quando coloquei esse líquido em garrafas de vidro e pus para resfriar na geladeira. No dia seguinte,iniciei o blend. 1/4 de cerveja ruim, 1/4 desse líquido maltado-lupulado e 1/2 de água filtrada ( sem resíduo de cloro), e dá-lhe carbonatação forçada. E não é que consegui salvar minha cerveja, pois ficou uma cerveja maltada, lupulada, e baixo teor alcoólico (~1%), agradável de tomar com frequência. Claro que tem gente vai achar tudo isso uma grande perda de tempo, pois esse conserto não transformou uma porcaria numa grande cerveja, apenas transformou uma porcaria numa cerveja que estou satisfeito em beber. Mas para mim, o grande prazer, foi conseguir arrumar algo que muitos consideram um caso perdido, e essa satisfação de experimentar e desbravar novos conhecimentos é uma das principais coisas que me motiva ser um cervejeiro amador.
 
Faço cerveja desde 2015 acho que você já fez mais cerveja que eu, olha que eu faço pelo menos 1 brassagem por mês 😂🍻

Negócio é viciante D+ Thiago!! Kkkkk sexta passada já fiz 45 L brett saison ( vai maturar 1 ano) hj, 32 litros dry Stout e já tá no gatilho pra quarta berliner weissen para um encontro de cervejeiros... Normalmente faço umas 6 brassagens mês, as vezes posto as peripécias no Instagram, segue lá @cerveja_overdrive ...cheers!!
 
Back
Top