Movimentação do Mosto logo após adição da levedura - Isso pode estragar o processo?

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Dec 10, 2018
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São Paulo
Pessoal,

Este é meu primeiro post aqui no fórum, então já aproveito para agradecer a todos pelo grande volume de informações úteis à iniciantes como eu.

Depois de muito ler e aprender sobre todo o processo, vou dar início ao meu primeio processo de brassagem esse final de semana.

Como uma das lições mais importantes que aprendi (a primeira sem dúvida é a neura com sanitização) é que temos que manter uma organização muito pensada para o processo, me surgiu uma dúvida que entendo possa ser relevante.

Eu pretendo realizar o processo até a adição da levedura em meu apartamento, mto em função da disposição do local (que eu já estou mais acostumado), mas principalmente em função do fogão. Como no apartamento eu não possuo uma geladeira dedicada, pensei em levar o balde fermentador para um outro local em que tenho acesso a essa geladeira dedicda.

As minhas dúvidas são as seguintes:

- Tem problema movimentar o balde fermentador em uma viagem de carro (que deve durar no máx 15 min) após a adição da levedura?

- Eu pretendo iniciar o processo de fermentação à uma temperatura ambiente, o que poderia ser feito no meu apartamento. Vale apena levá-lo somente após o processo de fermentação inicial ou levá-lo nesse segundo momento poderia trazer maiores problemas ao processo?

Muito obrigado desde já pela ajuda!
 
Pessoal,

Este é meu primeiro post aqui no fórum, então já aproveito para agradecer a todos pelo grande volume de informações úteis à iniciantes como eu.

Depois de muito ler e aprender sobre todo o processo, vou dar início ao meu primeio processo de brassagem esse final de semana.

Como uma das lições mais importantes que aprendi (a primeira sem dúvida é a neura com sanitização) é que temos que manter uma organização muito pensada para o processo, me surgiu uma dúvida que entendo possa ser relevante.

Eu pretendo realizar o processo até a adição da levedura em meu apartamento, mto em função da disposição do local (que eu já estou mais acostumado), mas principalmente em função do fogão. Como no apartamento eu não possuo uma geladeira dedicada, pensei em levar o balde fermentador para um outro local em que tenho acesso a essa geladeira dedicda.

As minhas dúvidas são as seguintes:

- Tem problema movimentar o balde fermentador em uma viagem de carro (que deve durar no máx 15 min) após a adição da levedura?

- Eu pretendo iniciar o processo de fermentação à uma temperatura ambiente, o que poderia ser feito no meu apartamento. Vale apena levá-lo somente após o processo de fermentação inicial ou levá-lo nesse segundo momento poderia trazer maiores problemas ao processo?

Muito obrigado desde já pela ajuda!

Oi Renan!

Não há problema algum em fazer o transporte dele depois de adicionar o fermento. Cuide pra não vazar mosto, use aquelas bombonas que vedam bem, com anilha de vedação.

Infelizmente o mesmo não pode ser dito de fermentar em temperatura ambiente, pode não ser ideal pra sua cerveja. Procure controlar a fermentação assim que possível no seu processo, pra qualidade da cerveja ficar legal.

Dos dois casos é preferível transportar antes da fermentação do que depois.

Abraço
 
Pessoal,
"Eu pretendo realizar o processo até a adição da levedura em meu apartamento, mto em função da disposição do local (que eu já estou mais acostumado), mas principalmente em função do fogão. Como no apartamento eu não possuo uma geladeira dedicada, pensei em levar o balde fermentador para um outro local em que tenho acesso a essa geladeira dedicda."

Renan, a sua geladeira vai ter controlador de temperatura? Imaginando que sim, uma boa opção é deixar para inocular o fermento depois que colocar a bombona na geladeira, os 15 min de transporte não serão críticos. Digo isso porque nem sempre resfriamos até a temperatura ideal de inoculação, as vezes abaixar a temperatura pra ideal fica a cargo da geladeira. Então, na minha opinião, o ideal seria você transportar o mosto, colocar na geladeira, esperar atingir a temperatura ideal e aí sim inocular o fermento.
 
Muito obrigado Tiago e cerveja73, já deu para ter uma idéia boa do que vou fazer!

Acho que vou acabar adotando a sugestão de inocular assim que chegar no local em que está a geladeira, assim não corro o risco de efeitos não desejados depois da adição do fermento.

Em relação à fermentação em temperatura ambiente, acredito que a temperatura normal do local girará em torno de 20ºC. Vocês acham muito alto ou na verdade o risco é pela oscilação e falta de controle da temperatura? Depois de 7 dias pensei em colocá-lo na geladeira em temperatura próxima aos 5º-7ºC.

Obrigado pela ajuda!
 
Falaram quase tudo. As pessoas as vezes complicam algo que não é assim tão complicado. A levedura não assim tão delicada quanto alguns pensam.

Mas pensando na tua logística, trasporte primeiro, depois inocule a levedura (se for possível). A viagem ainda vai ajudar a dar uma oxigenada no mosto.

quanto a começar sem controle e depois controlar a temperatura, vai depender o tempo entre estar sem e começar a controlar. O período mais crítico é entre 5h da inoculação e as 24h iniciais. Neste período vai ocorrer a multiplicação das leveduras (o que ainda pode ser um pouco quente o que vai agilizar o processo), mas logo após começa a fermentação em si, e neste momento inicial as leveduras estão extremamente ativas. Se a temperatura estiver alta, a fermentação vai ser uma "loucura".
 
inocular assim que chegar no local em que está a geladeira

Sugestão:
Verifique a temperatura neste momento, veja se não está muito alta.
Dependendo vale a pena colocar na geladeira, esperar um pouco e só daí inocular.

Um pouco alta não é problema.... mas estamos no verão... sol, calor.... dá uma conferida na temperatura antes de inocular.
 
Pessoal, bom dia!

Ontem foi o dia da brassagem e deu quase tudo errado.

Já estava anoitecendo e a luz acabou. Tive que fazer uma boa parte do processo na lanterna, na loucura de tentar enchergar algo.

Sem energia eu não consegui resfriar o mosto de forma rápida, então decidi levá-lo para o local onde estava a geladeira (que tinha luz) e deixei resfriando a noite toda ali e adicionei a levedura depois de umas 9h.

Vocês acham que vou ter problemas sérios na fermentação?
 
Pessoal, bom dia!

Ontem foi o dia da brassagem e deu quase tudo errado.

Já estava anoitecendo e a luz acabou. Tive que fazer uma boa parte do processo na lanterna, na loucura de tentar enchergar algo.

Sem energia eu não consegui resfriar o mosto de forma rápida, então decidi levá-lo para o local onde estava a geladeira (que tinha luz) e deixei resfriando a noite toda ali e adicionei a levedura depois de umas 9h.

Vocês acham que vou ter problemas sérios na fermentação?

de fermentação, não.

de resultado, dificilmente.

de repetibilidade (quase fique boa), com toda a certeza.
 
Obrigado pelos inputs!

Vou testar a geladeira e tentar controlar a temperatura desde o início para evitar problemas!

Melhor fazer isso, mesmo que a temperatura ambiente esteja em 20ºC, o processo de fermentação é exotérmico, vai aumentar muito essa temperatura lá dentro, não é legal. E não controle a temperatura pelo ambiente dentro da geladeira, caso não tenha poço termométrico no balde de fermentação, cole o sensor do termômetro na parede do balde e isole por fora com um pedaço de isopor.
 
Melhor fazer isso, mesmo que a temperatura ambiente esteja em 20ºC, o processo de fermentação é exotérmico, vai aumentar muito essa temperatura lá dentro, não é legal. E não controle a temperatura pelo ambiente dentro da geladeira, caso não tenha poço termométrico no balde de fermentação, cole o sensor do termômetro na parede do balde e isole por fora com um pedaço de isopor.
Preciso aprimorar isso... Não vou abrir, mas pensando nesse ponto que você falou (fermentação é exotérmica), provavelmente a temperatura lá dentro está superior ao que eu gostaria
 
Preciso aprimorar isso... Não vou abrir, mas pensando nesse ponto que você falou (fermentação é exotérmica), provavelmente a temperatura lá dentro está superior ao que eu gostaria
O que eu faço pra ter a temperatura mais bem aferida já que não tenho poço e colocar um bom pedaço de algodão encima da sonda e cobrir de silvertape. Assim a temperatura da sonda vai ser quase 100% da parede do fermentador sem interferência da temperatura do ambiente. Tenho outro termetro solto na geladeira medindo o ambiente e sempre tem uma diferença de 3 o 4 graus!
Cheers
 
Voltando no tópico para relatar o resultado do processo, para que possa servir de ajuda para os Iniciantes...

A movimentação do mosto, bem como todas as falhas incorridas no processo, não impactaram na cerveja. Contudo, a falta de controle de temperatura (como já previsto pelos colegas) sim!

Coloquei o mosto com a levedura para fermentar sem o controle de temperatura e o resultado foi catastrófico: acredito que o mosto tenha ficado em temperatura de 25ºC por pouqíssimo tempo, e nem sei se a levedura chegou a algum momento reagir a essa temperatura (pois adicionei no dia seguinte, pela manhã, após o o mosto ter ficado na geladeira ligada a noite toda).

Depois de duas semanas fiz o priming e o envase, e ai começaram os problemas: depois de 4 dias envasadas e em temperatura ambiente, algumas garrafas começaram a explodir (literalmente). Abri algumas para experimentar e estavam com MUITO gás.

Pelo que li, isso é reflexo de um processo de fermentação inacabado ou excesso de priming (o que acho não ter sido o caso). Como ainda havia muito a fermentar, e considerando o fato de que a temperatura ideal tenha sido atingida apenas após o envase da cerveja, acredito que tenha ocorrido uma liberação massiva de CO2 que acabou se incorporando à cerveja.

Resultado: o gosto da cerveja ficou bem razoável (gosto do lupulo muito presente), mas muito difícil de ser consumida em função do excesso de CO2.

Fim de semana instalei um controlador de temperatura (MT512) e já mandei bala em outra brassagem. Comento aqui depois o resultado para salientar a diferença desse controle ao longo do processo
 
...
Resultado: o gosto da cerveja ficou bem razoável (gosto do lupulo muito presente), mas muito difícil de ser consumida em função do excesso de CO2.
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Se você ainda tiver alguma cerveja envasada super carbonatada pode simplesmente abrir a garrafa para deixar o co2 escapar e fechar novamente, ja aconteceu algo similar comigo cheguei a abrir e fechar as garrafas 3x outra coisa que fiz foi trocar de garrafa para deixar o trub na primeira garrafa ficou cristalina a cerveja, claro que ai tem o risco de oxidar.
 
Voltando no tópico para relatar o resultado do processo, para que possa servir de ajuda para os Iniciantes...

A movimentação do mosto, bem como todas as falhas incorridas no processo, não impactaram na cerveja. Contudo, a falta de controle de temperatura (como já previsto pelos colegas) sim!

Coloquei o mosto com a levedura para fermentar sem o controle de temperatura e o resultado foi catastrófico: acredito que o mosto tenha ficado em temperatura de 25ºC por pouqíssimo tempo, e nem sei se a levedura chegou a algum momento reagir a essa temperatura (pois adicionei no dia seguinte, pela manhã, após o o mosto ter ficado na geladeira ligada a noite toda).

Depois de duas semanas fiz o priming e o envase, e ai começaram os problemas: depois de 4 dias envasadas e em temperatura ambiente, algumas garrafas começaram a explodir (literalmente). Abri algumas para experimentar e estavam com MUITO gás.

Pelo que li, isso é reflexo de um processo de fermentação inacabado ou excesso de priming (o que acho não ter sido o caso). Como ainda havia muito a fermentar, e considerando o fato de que a temperatura ideal tenha sido atingida apenas após o envase da cerveja, acredito que tenha ocorrido uma liberação massiva de CO2 que acabou se incorporando à cerveja.

Resultado: o gosto da cerveja ficou bem razoável (gosto do lupulo muito presente), mas muito difícil de ser consumida em função do excesso de CO2.

Fim de semana instalei um controlador de temperatura (MT512) e já mandei bala em outra brassagem. Comento aqui depois o resultado para salientar a diferença desse controle ao longo do processo

Bem o problema deve ter sido mesmo fermentação incompleta, mas não tem relação com a temperatura descontrolada (não diretamente).

figo pois fiz para o final de ano uma Kölsch as pressas, fermentando fora da geladeira por conta de ter a geladeira ocupada. Usei US-05, deixei o balde na cozinha, com uma semana muito quente. O resultado, surpreendentemente, foi muito bom. É claro que para dar conta da situação de fermentar a temperatura ambiente (do verão gaúcho), fiz um belo starter e inoculei uma boa quantidade de levedura para a fermentação. No final, sem muitos esteres, pouco álcool superior (credito a dor de cabeça leve mais pela quantidade ingerida do que pela qualidade do álcool).
 
Coloquei o mosto com a levedura para fermentar sem o controle de temperatura e o resultado foi catastrófico: acredito que o mosto tenha ficado em temperatura de 25ºC por pouqíssimo tempo, e nem sei se a levedura chegou a algum momento reagir a essa temperatura (pois adicionei no dia seguinte, pela manhã, após o o mosto ter ficado na geladeira ligada a noite toda).

Depois de duas semanas fiz o priming e o envase, e ai começaram os problemas: depois de 4 dias envasadas e em temperatura ambiente, algumas garrafas começaram a explodir (literalmente). Abri algumas para experimentar e estavam com MUITO gás.

Provavelmente a falta do controlador de temperatura tenha feito o mosto ficar muito frio dentro da geladeira, abaixo da temperatura ideal das leveduras. Com temperaturas muito baixas, as leveduras ficam bem lentas, praticamente inativas. Por isso depois de duas semanas vc ainda devia ter muito açúcar dentro do mosto que junto com o que vc adicionou acabou transformando as garrafas em bombas. Dentro das garrafas as leveduras ficaram numa temperatura ambiente boa, acordaram e encontraram o ambiente lotado de açúcar, aí a produção de CO2 foi mesmo lá no alto.
 
Olha, se ficou duas semanas fermentando e terminou a fermentação (chegou a medir?) o problema provavelmente foi o primimg.
 
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