Minha Primeira Brassagem - American IPA 45L

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Hopulado

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Jan 17, 2019
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Piracicaba
Olá Pessoal... depois de mais de 4 anos sonhando com minha primeira cerveja e juntando muito conhecimento teórico, ontem pude realizar o tão esperado feito. Com a ajuda de um amigo que já tem experiência e outro que é iniciante como eu, fizemos nossa primeira cerveja!!!

O estilo escolhido foi a que mais gostamos de beber, as IPAS. Não ficamos presos a um estilo específico de IPA, no caso do BeerSmith a escolhida foi a American IPA para montar a receita.

Como foi a minha primeira brassagem não tenho muita referência sobre o sucesso ou não dessa que foi a primeira de muitas. O que posso afirmar é que o sabor do mosto antes de ir pra fermentação estava maravilhoso...hehehehe.

Foi para o fermentador e vai ficar em 20º até estabilizar a FG, depois o dry hopping com 250g de Mosaic e 7 dias maturando abaixando a temperatura gradulamente até 5º

Peço a todos que tenham experiência, críticas e sugestões sobre a minha primeira brassagem!!

Enfim, segue abaixo a receita quer fizemos ontem e ao longo do tempo vou atulizando aqui os resultados:

Sem título.png


Primeira American IPA
American IPA (21 A)


Type: 100% Grão
Batch Size: 45.00 L
Boil Size: 54.29 L
Boil Time: 70 min
End of Boil Vol: 52.08 L
Final Bottling Vol: 40.00 L
Fermentation: Ale, Single Stage
Date: 20 Jan 2019
Brewer: Daniel
Efficiency: 74.00 %
Est Mash Efficiency: 82.2 %
Taste Rating: 30.0

Ingredientes
Qtd Nome Tipo # %/IBU Volume
7.00 kg Pale Malt (2 Row) UK (3.0 SRM) Grão 1 58.3 % 4.56 L
5.00 kg Pilsner (2 Row) Ger (2.0 SRM) Grão 2 41.7 % 3.26 L
50.00 g Summit [16.00 %] - Fervura 55.0 min Lúpulo 3 38.0 IBUs -
50.00 g Citra [12.00 %] - Fervura 15.0 min Lúpulo 4 15.4 IBUs -
30.00 g Summit [16.00 %] - Fervura 15.0 min Lúpulo 5 12.4 IBUs -
50.00 g Citra [12.00 %] - Aroma 0.0 min, 90.2 C Lúpulo 6 0.0 IBUs -
20.00 g Summit [16.00 %] - Aroma 0.0 min, 90.2 C Lúpulo 7 0.0 IBUs -
2.0 pkg Safale American (DCL/Fermentis #US-05) [50.28 ml] Levedura 8 - -
250.00 g Mosaic (HBC 369) [12.25 %] - Dry Hop 7.0 Dias Lúpulo 9 0.0 IBUs -

Gravity, Alcohol Content and Color

Est Original Gravity: 1.060 SG
Est Final Gravity: 1.010 SG
Estimated Alcohol by Vol: 6.6 %
Bitterness: 65.8 IBUs
Est Color: 4.6 SRM
Measured Original Gravity: 1.060 SG
Measured Final Gravity: 1.010 SG
Actual Alcohol by Vol: 6.6 %
Calories: 558.0 kcal/l
 
Um cuidado importante é no amargor alvo da cerveja.

Tens que levar em conta toda esta carga de lúpulo que vai ficar um bom tempo acima de 80.C após a fervura gerando amargor, bem acima digo que o BS sugere.

Além disto tem todo o amargor (real ou psicológico) que o DH ainda vai trazer.
 
Fala Jean... o alvo era mesmo ficar entre 60 e 70 IBU, o BS esta está estimando em 65.8 de IBU. O que foi muito bom é que o resfriamento foi bem rápido, colocamos um chiller com muito gelo e sal em um balde e a temperatura caiu bem rápido depois do whirlpool, por isso acho que não ficou muito tempo acima de 80º além dos 55 minutos de fervura. Provei o mosto antes de inoculuar o fermento e achei fantástico e não muito amargo, mas não sei o quanto de amargor e sabor vão mudar/atenuar depois da fermentação e maturação. Enfim.... muito animado e ansioso para experimentar, o duro agora é esperar...hahahaha. Agradeço pelo comentário Jean!!
 
Fala Jean... o alvo era mesmo ficar entre 60 e 70 IBU, o BS esta está estimando em 65.8 de IBU. O que foi muito bom é que o resfriamento foi bem rápido, colocamos um chiller com muito gelo e sal em um balde e a temperatura caiu bem rápido depois do whirlpool, por isso acho que não ficou muito tempo acima de 80º além dos 55 minutos de fervura. Provei o mosto antes de inoculuar o fermento e achei fantástico e não muito amargo, mas não sei o quanto de amargor e sabor vão mudar/atenuar depois da fermentação e maturação. Enfim.... muito animado e ansioso para experimentar, o duro agora é esperar...hahahaha. Agradeço pelo comentário Jean!!

Infelizmente a prova do mosto antes da fermentação não dá praticamente nenhum norte de como ficará o resultado final. Ele está recheado de açucares que você colheu na brassagem e que serão comidos por nossas sapecas leveduras durante a fermentação. Portanto o dulçor se esvai significantemente e outras características são geradas / evidenciadas.

De qualquer maneira, analisando sua receita, acredito que não terá problemas de amargor excessivo. Talvez fique um pouco desbalanceada, mas tem que ter coragem e ir testando mesmo!

Agora, segura essa sua ansiedade aí, paciência e persistência que leva a fazer cervejas excelentes ao invés de somente boas. Parabéns pelo início e nos mantenha atualizados quanto aos resultados!

Boa sorte!
 
Infelizmente a prova do mosto antes da fermentação não dá praticamente nenhum norte de como ficará o resultado final. Ele está recheado de açucares que você colheu na brassagem e que serão comidos por nossas sapecas leveduras durante a fermentação. Portanto o dulçor se esvai significantemente e outras características são geradas / evidenciadas.

De qualquer maneira, analisando sua receita, acredito que não terá problemas de amargor excessivo. Talvez fique um pouco desbalanceada, mas tem que ter coragem e ir testando mesmo!

Agora, segura essa sua ansiedade aí, paciência e persistência que leva a fazer cervejas excelentes ao invés de somente boas. Parabéns pelo início e nos mantenha atualizados quanto aos resultados!

Boa sorte!

Agradeço pelas palavras @Lperes27 .... porque você acha que talvez fique desbalanceada? muito lúpulo e pouco malte? e o que você acha que poderia ser feito para deixar ela mais balanceada?
 
Opa, blz? Vou te dar algumas sugestões.

1 - Você não precisa de 7 dias de DH, na verdade a extração de óleos essenciais é quase completa nas primeiras 24h ( Wolfe 2012)
2 - Você terá um ganho maior fazendo esse DH em temperaturas mais altas, como 23/25ºC - você não terá extração alguma de Off-flavor (P.H Wolfe 2013)
3 - US-05 trabalha numa boa faixa de temperatura, então é saudável aumentar a temperatura no final da fermentação/começo do descanso do diacetil, justamente para consumir o diacetil mais rápido e evitar que ela hiberne, o que pode causar lentidão no final da fermentação.
4 - Fazendo o que eu disse você encurta o tempo de 7 dias para 3 e terá o mesmo resultado.
5 - Você calculou esse DH? Eu fiz as contas aqui jogando para 1mg/100G de óleos totais, que é o mínimo que o Mosaic costuma ter, e a quantidade máxima para DH que cheguei é de 159g para os 45L, no caso usar mais que isso simplesmente não fará diferença, será desperdício de lúpulo, pois está acima do limite de saturação do olfato. (Guadagni et-al, W. M., & S. C.)

Att.
 
Opa, blz? Vou te dar algumas sugestões.

1 - Você não precisa de 7 dias de DH, na verdade a extração de óleos essenciais é quase completa nas primeiras 24h ( Wolfe 2012)
2 - Você terá um ganho maior fazendo esse DH em temperaturas mais altas, como 23/25ºC - você não terá extração alguma de Off-flavor (P.H Wolfe 2013)
3 - US-05 trabalha numa boa faixa de temperatura, então é saudável aumentar a temperatura no final da fermentação/começo do descanso do diacetil, justamente para consumir o diacetil mais rápido e evitar que ela hiberne, o que pode causar lentidão no final da fermentação.
4 - Fazendo o que eu disse você encurta o tempo de 7 dias para 3 e terá o mesmo resultado.
5 - Você calculou esse DH? Eu fiz as contas aqui jogando para 1mg/100G de óleos totais, que é o mínimo que o Mosaic costuma ter, e a quantidade máxima para DH que cheguei é de 159g para os 45L, no caso usar mais que isso simplesmente não fará diferença, será desperdício de lúpulo, pois está acima do limite de saturação do olfato. (Guadagni et-al, W. M., & S. C.)

Att.

Opa @Inglorious Brewers ... muito obrigado pelas dicas e sugestões. Não cheguei a calcular o DH, vou repensar mesmo essa quantidade e poder guardar 90g Mosaic para outra leva. Ainda estou repensando se faço uma parte do DH durante a fermentação ou só na maturação mesmo, acha que dá muita diferença essa tal de Bio-transformação?

Só para completar algumas informações que faltaram na descriçao da receita:

Mostura com 3 rampas:

52º C por 10 min
65º C por 40 min
72º C por 20 min
78º C por 3 min Mash Out
 
Opa @Inglorious Brewers ... muito obrigado pelas dicas e sugestões. Não cheguei a calcular o DH, vou repensar mesmo essa quantidade e poder guardar 90g Mosaic para outra leva. Ainda estou repensando se faço uma parte do DH durante a fermentação ou só na maturação mesmo, acha que dá muita diferença essa tal de Bio-transformação?

Só para completar algumas informações que faltaram na descriçao da receita:

Mostura com 3 rampas:

52º C por 10 min
65º C por 40 min
72º C por 20 min
78º C por 3 min Mash Out

Como é sua primeira brassagem eu diria pra você se focar em aprender o básico de DH, então deixa para tentar entender e utilizar a biotransformação depois que você dominar legal o método tradicional. No caso, como ficaram suas adições tardias de lúpulo?
 
Opa @Inglorious Brewers ... muito obrigado pelas dicas e sugestões. Não cheguei a calcular o DH, vou repensar mesmo essa quantidade e poder guardar 90g Mosaic para outra leva. Ainda estou repensando se faço uma parte do DH durante a fermentação ou só na maturação mesmo, acha que dá muita diferença essa tal de Bio-transformação?

Só para completar algumas informações que faltaram na descriçao da receita:

Mostura com 3 rampas:

52º C por 10 min
65º C por 40 min
72º C por 20 min
78º C por 3 min Mash Out

Quais os motivos destas rampas todas ?

Estas usando só maltes, não sei se precisa de tanto trabalho assim.
 
Como é sua primeira brassagem eu diria pra você se focar em aprender o básico de DH, então deixa para tentar entender e utilizar a biotransformação depois que você dominar legal o método tradicional. No caso, como ficaram suas adições tardias de lúpulo?

A adição de Lúpulo no total ficou:

50.00 g Summit [16.00 %] - Fervura 55.0 min Lúpulo 3 38.0 IBUs

50.00 g Citra [12.00 %] - Fervura 15.0 min Lúpulo 4 15.4 IBUs
30.00 g Summit [16.00 %] - Fervura 15.0 min Lúpulo 5 12.4 IBUs
50.00 g Citra [12.00 %] - Aroma 0.0 min, 90.2 C Lúpulo 6 0.0 IBUs
20.00 g Summit [16.00 %] - Aroma 0.0 min, 90.2 C Lúpulo 7 0.0 IBUs

250.00 g Mosaic (HBC 369) [12.25 %] - Dry Hop 7.0 Dias Lúpulo 9 0.0 IBUs
 
Quais os motivos destas rampas todas ?

Estas usando só maltes, não sei se precisa de tanto trabalho assim.

Como fiz essa primeira leva com a presença de um amigo que cervejeiro de uma cervejaria, resolvi fazer essas rampas que ele indicou. Conversando sobre isso ele me disse que gosta de fazer dessa forma para conseguir o máximo de eficiência no processo e conseguir alguns melhoras que ainda não tenho conhecimento em entender muito bem e nem explicar a você....hehehehe. Mas já estou conversando com ele para entender melhor o porque ele faz assim e repasso aqui.
 
Como fiz essa primeira leva com a presença de um amigo que cervejeiro de uma cervejaria, resolvi fazer essas rampas que ele indicou. Conversando sobre isso ele me disse que gosta de fazer dessa forma para conseguir o máximo de eficiência no processo e conseguir alguns melhoras que ainda não tenho conhecimento em entender muito bem e nem explicar a você....hehehehe. Mas já estou conversando com ele para entender melhor o porque ele faz assim e repasso aqui.

Cuidado nesta neura de repetir processos industriais em escala de homebrewing. Normalmente só trazem problemas e complicações a algo que deveria ser simples e prazeroso.

Qual o motivo de ter a máxima eficiência em um lote de 45l ? economizar 500g de malte?

Dê uma olhada nas faixas de trabalho das enzimas e o que elas fazem, além do tempo que elas levam para agir.

Meu mantra aqui é "simples, rápido e limpo".
 
Com certeza Jean.... com o passar das novas levas vou pegando confiança e fazendo sozinho ao meu jeito, simples e seguro.
 
Quais os motivos destas rampas todas ?

Estas usando só maltes, não sei se precisa de tanto trabalho assim.

Você tem razão Jean, a rampa de 52ºC por exemplo nem é recomendada, ela era antigamente quando a gente não tinha maltes tão modificados quanto hoje em dia, você não possui proteínas com grande peso molecular, então essa rampa é desnecessária e pode até zoar sua espuma a depender do tempo que deixar nela. Se eu estou fazendo cerveja em casa com biab eu uso uma rampa só, de 66ºC, se estou fazendo com panelas automatizamos, aí faço rampas de beta e alfa bem definidas. Mashout eu sempre faço por costume.
 
A adição de Lúpulo no total ficou:

50.00 g Summit [16.00 %] - Fervura 55.0 min Lúpulo 3 38.0 IBUs

50.00 g Citra [12.00 %] - Fervura 15.0 min Lúpulo 4 15.4 IBUs
30.00 g Summit [16.00 %] - Fervura 15.0 min Lúpulo 5 12.4 IBUs
50.00 g Citra [12.00 %] - Aroma 0.0 min, 90.2 C Lúpulo 6 0.0 IBUs
20.00 g Summit [16.00 %] - Aroma 0.0 min, 90.2 C Lúpulo 7 0.0 IBUs

250.00 g Mosaic (HBC 369) [12.25 %] - Dry Hop 7.0 Dias Lúpulo 9 0.0 IBUs


O Beersmith novo calcula taxa de utilização do lúpulo? É que se ele não calcular, a estimativa de IBU vai estar um tanto diferente dessa daí... mas na verdade você nem precisa esquentar muito com isso... IBU é no máximo um norte para se seguir.
 
Você tem razão Jean, a rampa de 52ºC por exemplo nem é recomendada, ela era antigamente quando a gente não tinha maltes tão modificados quanto hoje em dia, você não possui proteínas com grande peso molecular, então essa rampa é desnecessária e pode até zoar sua espuma a depender do tempo que deixar nela. Se eu estou fazendo cerveja em casa com biab eu uso uma rampa só, de 66ºC, se estou fazendo com panelas automatizamos, aí faço rampas de beta e alfa bem definidas. Mashout eu sempre faço por costume.
Até porque quando fizer os 40min a 65ºC, vai ter alfa e beta trabalhando e consumindo quase todo o amido existente. A rampa posterior de 72ºC vai ter pouca coisa para trabalhar.
 
Valeu Amigos!! vou continuar nos estudos e aos poucos colocando em prática... vou reportando os resultados aqui dessa receita.

O Beersmith novo calcula taxa de utilização do lúpulo? É que se ele não calcular, a estimativa de IBU vai estar um tanto diferente dessa daí
não sei te informar...
 
Você tem razão Jean, a rampa de 52ºC por exemplo nem é recomendada, ela era antigamente quando a gente não tinha maltes tão modificados quanto hoje em dia, você não possui proteínas com grande peso molecular, então essa rampa é desnecessária e pode até zoar sua espuma a depender do tempo que deixar nela. Se eu estou fazendo cerveja em casa com biab eu uso uma rampa só, de 66ºC, se estou fazendo com panelas automatizamos, aí faço rampas de beta e alfa bem definidas. Mashout eu sempre faço por costume.
Quando voce faz rampa pra beta e alfa você considera que temperaturas?
 
Até porque quando fizer os 40min a 65ºC, vai ter alfa e beta trabalhando e consumindo quase todo o amido existente. A rampa posterior de 72ºC vai ter pouca coisa para trabalhar.
Se eu fizer uma brassagem somente com malte pilsen, é suficiente 40 minutos a 65ºC? Ou preciso fazer 60 minutos?
E o mash out a 72ºC, por quanto tempo?
 
Se eu fizer uma brassagem somente com malte pilsen, é suficiente 40 minutos a 65ºC? Ou preciso fazer 60 minutos?
E o mash out a 72ºC, por quanto tempo?

Não vou responder sua pergunta com um "sim", embora possa ser essa a resposta é melhor a gente discutir sobre esse assunto.

Você deve notar que a temperatura e o tempo da mostura são os principais responsáveis pela fermentabilidade do mosto, a qual está diretamente ligada a razão entre açúcares/proteínas fermentáveis e não fermentáveis advindas da degradação do amido, é justamente o controle de intensidade da β-amilase e a dextrinase que vai regular se você terá mais açúcares fermentáveis ou não. Ou seja, é sua β-amilase que vai regular uma maior atenuação. Quanto mais tempo você deixar a β-amilase e a dextrinase trabalhar, mais fermentável será o mosto. A β-amilase é bastante sensível a temperatura, portanto quanto maior a temperatura, mais rapidamente ela vai ser desnaturada, com isso você produzirá mais açúcares que são quase ou nada fermentáveis pela s. Cerevisiae/Pastorianus. Assim o primeiro passo para responder sua pergunta é se atentar que em temperaturas mais baixas, a β-amilase pode trabalhar por mais tempo e produzir mais açúcares fermentáveis, porém, entretanto, todavia, você acabará por ter uma conversão mais lenta, o que demandará mais tempo de mash. O que esse blablabla todo quer dizer é o seguinte: Você pode muito bem fazer um mash isotermal (rampa única) em 65ºC, aí você vai lá coloca o seu malte e percebe que em 15/20 min. você atingiu a OG pretendida, mas atingir a OG não significa açúcares fermentáveis, você precisa deixar deixar bem mais tempo as enzimas trabalhando para converter esses açúcares em açúcares fermentáveis.

Então, usando só Pilsen, que é no geral um malte com poder diastático legal (mas varia bastante de marca para marca), você terá um mosto razoavelmente fermentável em 45 min a 65ºC. Quão fermentável eu não sei, talvez 50/60%, mas isso precisa ser medido por você quando você testar. Eu aconselharia você a fazer esse teste caso queira produzir cervejas cuja gravidade final é mais alta, assim você conhecerá melhor seu malte. Na minha experiência, eu raramente consigo bater acima de 65% de fermentabilidade com 45 min. em 65ºC, mas é patente a diferença de uma marca de malte para a outra, pois isso também está associado às técnicas de malteação.

Em resumo: só tentando para ter certeza.

Att.
 
Last edited:
Completando a resposta do @Inglorious Brewers

veja aqui o gráfico:
https://www.homebrewtalk.com.br/threads/duvida-atenuação.410203/#post-5146443

Acima de 70ºC a beta é praticamente desnaturada, assim como abaixo de 62ºC a alfa não trabalha.

Cara, esse gráfico matou a pau, complementa bem aquele gráfico clássico das zonas... realmente, analisando por ele é besteira fazer rampa (só faltava a curva das proteases), a não ser que você tenha um controle muito bom para por exemplo, deixar a 62 até conseguir tanto de açúcar fermentável, pra depois subir a 72 e conseguir as dextrinas para dar corpo.
E não adianta, se quiser fazer cerveja tem que ler o livro do Palmer mesmo, se não a gente bate cabeça com negócio muito básico, tô perdendo tempo não lendo.
 
Não vou responder sua pergunta com um "sim", embora possa ser essa a resposta, é melhor a gente discutir sobre esse assunto.

Você deve notar que a temperatura e o tempo da mostura são os principais responsáveis pela fermentabilidade do mosto, qual está diretamente ligada a razão entre açúcares/proteínas fermentáveis e não fermentáveis advindo da degradação do amido, é justamente o controle de intensidade da β-amilase e a dextrinase que vai regular se você terá mais açúcares fermentáveis ou não. Ou seja, é sua β-amilase que vai regular uma maior atenuação. Quanto mais tempo você deixar a β-amilase e a dextrinase trabalhar, mais fermentável será o mosto. A β-amilase é bastante sensível a temperatura, portanto quanto maior a temperatura, mais rapidamente ela vai ser desnaturada, com isso você produzirá mais açúcares que são quase ou nada fermentáveis pela s. Cerevisiae/Pastorianus. Assim o primeiro passo para responder sua pergunta é se atentar que em temperaturas mais baixas, β-amilase pode trabalhar por mais tempo e produzir mais açúcares fermentáveis, porém, entretanto, todavia, você acabará por ter uma conversão mais lenta, o que demandará mais tempo de mash. O que esse blablabla todo quer dizer é o seguinte: Você pode muito bem fazer um msh isotermal (rampa única) em 65ºC, aí você vai lá coloca o seu malte e percebe e que em 15/20 min. você atingiu a OG pretendida, mas atingir a OG não significa açúcares fermentáveis, você precisa deixar deixar bem mais tempo as enzimas trabalhando para converter esses açúcares em açúcares fermentáveis.

Então, usando só Pilsen, que é no geral um malte com poder diastático legal (mas varia bastante de marca para marca), você terá um mosto razoavelmente fermentável em 45 min a 65ºC. Quão fermentável eu não sei, talvez 50/60%, mas isso precisa ser medido por você quando você testar. Eu aconselharia você a fazer esse teste caso queira produzir cervejas cuja gravidade final é mais alta, assim você conhecerá melhor seu malte. Na minha experiência, eu raramente consigo bater acima de 65% de fermentabilidade com 45 min. em 65ºC, mas é patente a diferença de uma marca de malte para a outra, pois isso também está associado às técnicas de malteação.

Em resumo: só tentando para ter certeza.

Att.

Obrigado pelo esclarecimento. Mesmo que atingir a OG na faixa dos 40 minutos, vou tentar levar até perto dos 60 por garantia. Quanto a marca do malte, vou de Weyermann.
 
Fico feliz que logo no meu primeiro Post aqui no Forúm tenha gerado uma discussão tão enriquecedora, com certeza quero me aprofundar muito em todas essas questões nas próximas levas.

Hoje fiz a primeira medida da densidade desde o início da fermentação (domingo), passados 2 dias a densidade está em 1033, sendo que a OG ficou em 1060. Pelo jeito as leveduras estão trabalhando bem, creio e espero eu....

Ela está fermentando entre 20º e 22ºC... em mais uns dois dias pretendo subir para 25ºC para o descanso do diacetil, uma dúvida: qual a porcentagem ideal de atenuação para fazer esse descanso?

A cor está ficando como desejado, ainda um pouco turva mas creio que vá clarear um pouco depois da maturação:

WhatsApp Image 2019-01-22 at 18.24.07.jpeg


É isso amigos... ao longo dos dias vou reportando a evolução dessa minha primeira cerveja.
 
Fico feliz que logo no meu primeiro Post aqui no Forúm tenha gerado uma discussão tão enriquecedora, com certeza quero me aprofundar muito em todas essas questões nas próximas levas.

Hoje fiz a primeira medida da densidade desde o início da fermentação (domingo), passados 2 dias a densidade está em 1033, sendo que a OG ficou em 1060. Pelo jeito as leveduras estão trabalhando bem, creio e espero eu....

Ela está fermentando entre 20º e 22ºC... em mais uns dois dias pretendo subir para 25ºC para o descanso do diacetil, uma dúvida: qual a porcentagem ideal de atenuação para fazer esse descanso?

A cor está ficando como desejado, ainda um pouco turva mas creio que vá clarear um pouco depois da maturação:

View attachment 121538

É isso amigos... ao longo dos dias vou reportando a evolução dessa minha primeira cerveja.

primeiro parabéns pela cerveja que está ficando bonita.

As suas leveduras parecem estar trabalhando bem, essa rápida atenuação é por causa do crescimento exponencial da levedura agora vai começar a ficar mais lento.

No caso do descanso do diacetil, você pode começar ele quando a atenuação estiver próxima de parar, tipo por volta de 1°P para acabar. Mas no seu caso que está começando é bom você compreender etapa por etapa e não tentar ganhar tempo, então faça o descanso quando a FG estabilizar, ou seja a fermentação acabar.

Quanto a ela estar turva é muito normal, você tem muita levedura em suspensão, quando vc resfriar vai decantar boa parte. Você deve ter notado que boa parte dos aromas e do sabor de lúpulo já deram uma amenizada.

Att.
 
Last edited:
Cara, esse gráfico matou a pau, complementa bem aquele gráfico clássico das zonas... realmente, analisando por ele é besteira fazer rampa (só faltava a curva das proteases), a não ser que você tenha um controle muito bom para por exemplo, deixar a 62 até conseguir tanto de açúcar fermentável, pra depois subir a 72 e conseguir as dextrinas para dar corpo.
E não adianta, se quiser fazer cerveja tem que ler o livro do Palmer mesmo, se não a gente bate cabeça com negócio muito básico, tô perdendo tempo não lendo.

Na teoria é bem isto, mas na prática não é tão simples na escala de homebrewing, pois não é simples de se aferir isto.

Eu faço normalmente 3 rampas/faixas nas minhas mosturas:
- 62ºC para a minha saison (fica bem seca);
- 67ºC para APA/Souts/Gerais
-70ºC para as mais encorpadas

Eventualmente usei uma rampa a 72ºC para uma ultra-session NEIPA (OG 1.028 - FG 1.012).

Já fiz duas levas com mosturas de 30min onde perdi 5% de eficiência geral (não sei como relação aos fermentáveis) mas as brejas ficaram muito boas. Como estava neste teste fazendo duas mosturas simultâneas o tempo de 30 min ajudou a reduzir o tempo total de processo. Ah, também experimentei uma fervura de somente 30min. Na cerveja com 50/50 de pilsen e malte de trigo, ficou ok, mas na com 90% de pilsen, surgiu um DMS (esperado) bem leve.
 
Não vou responder sua pergunta com um "sim", embora possa ser essa a resposta é melhor a gente discutir sobre esse assunto.

Você deve notar que a temperatura e o tempo da mostura são os principais responsáveis pela fermentabilidade do mosto, a qual está diretamente ligada a razão entre açúcares/proteínas fermentáveis e não fermentáveis advindas da degradação do amido, é justamente o controle de intensidade da β-amilase e a dextrinase que vai regular se você terá mais açúcares fermentáveis ou não. Ou seja, é sua β-amilase que vai regular uma maior atenuação. Quanto mais tempo você deixar a β-amilase e a dextrinase trabalhar, mais fermentável será o mosto. A β-amilase é bastante sensível a temperatura, portanto quanto maior a temperatura, mais rapidamente ela vai ser desnaturada, com isso você produzirá mais açúcares que são quase ou nada fermentáveis pela s. Cerevisiae/Pastorianus. Assim o primeiro passo para responder sua pergunta é se atentar que em temperaturas mais baixas, a β-amilase pode trabalhar por mais tempo e produzir mais açúcares fermentáveis, porém, entretanto, todavia, você acabará por ter uma conversão mais lenta, o que demandará mais tempo de mash. O que esse blablabla todo quer dizer é o seguinte: Você pode muito bem fazer um mash isotermal (rampa única) em 65ºC, aí você vai lá coloca o seu malte e percebe que em 15/20 min. você atingiu a OG pretendida, mas atingir a OG não significa açúcares fermentáveis, você precisa deixar deixar bem mais tempo as enzimas trabalhando para converter esses açúcares em açúcares fermentáveis.

Então, usando só Pilsen, que é no geral um malte com poder diastático legal (mas varia bastante de marca para marca), você terá um mosto razoavelmente fermentável em 45 min a 65ºC. Quão fermentável eu não sei, talvez 50/60%, mas isso precisa ser medido por você quando você testar. Eu aconselharia você a fazer esse teste caso queira produzir cervejas cuja gravidade final é mais alta, assim você conhecerá melhor seu malte. Na minha experiência, eu raramente consigo bater acima de 65% de fermentabilidade com 45 min. em 65ºC, mas é patente a diferença de uma marca de malte para a outra, pois isso também está associado às técnicas de malteação.

Em resumo: só tentando para ter certeza.

Att.
Inglorious,

Poderíamos dizer que um mash à 66° por 75 min seria um padrão para alcançar / garantir uma boa fermentabilidade ?

Muito enriquecedor os seus posts, parabéns o obrigado!

Abraços,

Rafael
 
Inglorious,

Poderíamos dizer que um mash à 66° por 75 min seria um padrão para alcançar / garantir uma boa fermentabilidade ?

Muito enriquecedor os seus posts, parabéns o obrigado!

Abraços,

Rafael

Boa fermentabilidade é relativo, para a maior parte dos maltes que eu costumo usar, 60 min. me dá em torno de 72 a 80%, para mim isso é bom. No caso, fermentabilidade é algo muito difícil de estimar porque existem muitos fatores envolvidos, que vão desde o plantio, a malteação e até o armazenamento do malte. Se você fizer uma rampa de 66ºC por 75 min, num caso geral você conseguirá sim uma boa fermentação, o que você precisa ver é se vale a pena em relação a 60 min., pois 15 min. a mais de fervura para ganhar muito pouco em fermentabilidade não vale a pena. Na verdade é interessante que você saiba quando precisará de mais fermentabilidade e quando não precisará, que é o caso que o @jeanpaullopes falou acima. Então você pode pensar o seguinte: Atualmente minha atenuação está dentro do que eu quero? Se está continue com o tempo que está fazendo. Se sua atenuação está maior do que você gostaria, diminuia o tempo da rampa e/ou suba um pouco a temperatura. Caso sua FG esteja muito alta, então aumente o tempo da rampa e/ou baixe um pouco a temperatura se for o caso de rampas entre 67/70ºC. Se você estiver com uma cerveja com uma OG muito alta e você precisar de uma boa atenuação, também é interessante uma beta mais longa.


Att.
 
Boa fermentabilidade é relativo, para a maior parte dos maltes que eu costumo usar, 60 min. me dá em torno de 72 a 80%, para mim isso é bom. No caso, fermentabilidade é algo muito difícil de estimar porque existem muitos fatores envolvidos, que vão desde o plantio, a malteação e até o armazenamento do malte. Se você fizer uma rampa de 66ºC por 75 min, num caso geral você conseguirá sim uma boa fermentação, o que você precisa ver é se vale a pena em relação a 60 min., pois 15 min. a mais de fervura para ganhar muito pouco em fermentabilidade não vale a pena. Na verdade é interessante que você saiba quando precisará de mais fermentabilidade e quando não precisará, que é o caso que o @jeanpaullopes falou acima. Então você pode pensar o seguinte: Atualmente minha atenuação está dentro do que eu quero? Se está continue com o tempo que está fazendo. Se sua atenuação está maior do que você gostaria, diminuia o tempo da rampa e/ou suba um pouco a temperatura. Caso sua FG esteja muito alta, então aumente o tempo da rampa e/ou baixe um pouco a temperatura se for o caso de rampas entre 67/70ºC. Se você estiver com uma cerveja com uma OG muito alta e você precisar de uma boa atenuação, também é interessante uma beta mais longa.


Att.
Perfeito!

Minhas últimas brassagens estavam ficando com a FG sempre alta APA 1020, etc... (notei que a temperatura de mosturação estava elevada, acima de 67º.)


Daí já na última aumentei 15 min e controlei melhor a temperatura a 66º , e bingo. FG bateu certinho.

Obrigado pelas dicas.

Rafael
 
Fala Pessoal...

Fiz o priming há 6 dias atrás, mas como a ansiedade de um marinheiro de primeira viajem é tão grande acabei abrindo duas garrafas no terceiro dia após o priming. Para minha grata surpresa a cerveja já estava com bastante gás e sabor e aroma fantásticos. Ela ficou bem leve, muito aromática e saborosa. Puxado pro maracujá e abacaxi, amargor relativamente forte mas não agressivo
20190210_201005.jpg


Claro que tende a melhorar ainda mais com o passar dos dias, mas já estou muito realizado e orgulhoso com o resultado. Seguem algumas fotos dela:

Em breve vou contar um pouco dos imprevistos e erros que aconteceram e que atrapalharam um pouco a chegar nos parametros planejados.
IMG-20190211-WA0022.jpg
 

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Bom... vamos falar da parte ruim ou o que pode ter dado errado. Como disse essa foi a primeira brassagem minha, e foi em conjunto com mais dois amigos. Estávamos com alguns instrumentos emprestados como o refratômetro, e bem no meio da fermentação precisamos devolver para o dono e não conseguimos medir a FG... foi foda.

Outra coisa foi que a torneira do fermentador está muito baixa, então passou muito lúpulo pro tonel de priming. E a tordeira do tonel de priming também está baixa.... resultado foi que foi muito sedimento pras garrafas. Uma coisa curiosa é que durante a carbonatação esse sedimento colou no fundo da garrafa e a cerveja ficou bem limpa, mas ao tomar ela fica bem melhor, pelo menos para o meu paladar, quando misturo esse sedimento a cerveja. Talvez sou mais viciado em lúpulo do que em álcool....hehehehehe.

Bom... ficaram muitas dúvidas e muito aprendizado nessa primeira de muitas brassagens. Posso medir a FG agora com a cerveja pronta na garrafa?

Hoje fazem 7 dias do priming, devo guardar a cerveja na geladeira ou melhor deixar a temperatura ambiente?

Alguém também gosta de misturar o sedimento do fundo da garrafa antes de servir?
 
Bom... vamos falar da parte ruim ou o que pode ter dado errado. Como disse essa foi a primeira brassagem minha, e foi em conjunto com mais dois amigos. Estávamos com alguns instrumentos emprestados como o refratômetro, e bem no meio da fermentação precisamos devolver para o dono e não conseguimos medir a FG... foi foda.

Outra coisa foi que a torneira do fermentador está muito baixa, então passou muito lúpulo pro tonel de priming. E a tordeira do tonel de priming também está baixa.... resultado foi que foi muito sedimento pras garrafas. Uma coisa curiosa é que durante a carbonatação esse sedimento colou no fundo da garrafa e a cerveja ficou bem limpa, mas ao tomar ela fica bem melhor, pelo menos para o meu paladar, quando misturo esse sedimento a cerveja. Talvez sou mais viciado em lúpulo do que em álcool....hehehehehe.

Bom... ficaram muitas dúvidas e muito aprendizado nessa primeira de muitas brassagens. Posso medir a FG agora com a cerveja pronta na garrafa?

Hoje fazem 7 dias do priming, devo guardar a cerveja na geladeira ou melhor deixar a temperatura ambiente?

Alguém também gosta de misturar o sedimento do fundo da garrafa antes de servir?

Sobre o sedimento, você tem sorte de gostar! kkkkkkkk serio, ainda mais em ipa.
Se você tiver espaço na gela guarda nela sim pois "envelhece menos", mas deixar fora não a estraga, porém como você disse que foi muito lupulopra garrafa, melhor deixar na geladeira mesmo para evitar extracao de mais óleos, e consequentemente o famoso gosto gramíneo
 
Bom... vamos falar da parte ruim ou o que pode ter dado errado. Como disse essa foi a primeira brassagem minha, e foi em conjunto com mais dois amigos. Estávamos com alguns instrumentos emprestados como o refratômetro, e bem no meio da fermentação precisamos devolver para o dono e não conseguimos medir a FG... foi foda.

Outra coisa foi que a torneira do fermentador está muito baixa, então passou muito lúpulo pro tonel de priming. E a tordeira do tonel de priming também está baixa.... resultado foi que foi muito sedimento pras garrafas. Uma coisa curiosa é que durante a carbonatação esse sedimento colou no fundo da garrafa e a cerveja ficou bem limpa, mas ao tomar ela fica bem melhor, pelo menos para o meu paladar, quando misturo esse sedimento a cerveja. Talvez sou mais viciado em lúpulo do que em álcool....hehehehehe.

Bom... ficaram muitas dúvidas e muito aprendizado nessa primeira de muitas brassagens. Posso medir a FG agora com a cerveja pronta na garrafa?

Hoje fazem 7 dias do priming, devo guardar a cerveja na geladeira ou melhor deixar a temperatura ambiente?

Alguém também gosta de misturar o sedimento do fundo da garrafa antes de servir?


1 - Sim, você pode pedir a FG da cerveja pronta, mas é melhor tirar o CO2 antes para não causar erro na leitura. Algumas pessoas relatam possuir erro de leitura entre 1/4 e 1/2 ponto na FG apenas, mas é melhor não arriscar.

2 - 7 dias de priming costuma ser tempo suficiente para a levedura consumir o priming e produzir todo o CO2, entretanto esse CO2 precisa ser incorporado, se vc tomar a cerveja agora vai notar que embora ela forme uma espuma legal, ainda parece meio choca. Sobre guardar na geladeira tanto faz, se é uma cerveja que quero tomar bem fresca eu acondiciono em geladeira logo após eu notar que o priming foi todo consumido.

3 - O sedimento no fundo da garrafa é geralmente levedura, embora no seu caso possa ter passado bastante lúpulo, se você ficar consumindo lama pode dar azia e dor de barriga.

Att.
 
Valeu pessoal.... agora vamos pra próxima leva, domingo que vem tem mais. Depois crio outro tópico com a nova receita, será uma session ipa com base de cascade
 
Valeu pessoal.... agora vamos pra próxima leva, domingo que vem tem mais. Depois crio outro tópico com a nova receita, será uma session ipa com base de cascade

cara, como você está iniciando sua vida como cervejeiro, não fique sistematicamente na ipa. Tente um estilo diferente, uma Kölsch por exenplo, ou uma stout simples para treinar para o inverno, ou quem sabe uma saison. Não se prenda em IPA, eu comecei com IPA, IPA foi o estilo que mais brassei até hoje e te digo: IPA é limitante, é fácil fazer uma cerveja que tende mais para o lúpulo e no geral exige pouca complexidade do malte. Tente agora uma receita que exija um balanço maior entre lúpulo e malte, como uma APA ou red ale, ou então uma que exija mais em outros aspectos, como a saison ou uma Kölsch, ou quem sabe uma Porter. Aprender a lidar com o malte é fundamental até mesmo para suas cervejas lupuladas.

Att.
 
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