Maçarico ao trasfegar

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tiagobh

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Aug 24, 2016
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Pessoal, busquei este item no fórum e não achei. Fiquei na dúvida se postava aqui ou em processos, mas acho que aqui é mais pertinente.

Tive aula com um mestre cervejeiro aqui de BH que usava o cilindro de CO2 para evitar contaminação do chiller para o fermentador. Ele abria o cilindro de 600 e acendia uma chama que, segundo ele, evitava comprovadamente qualquer contaminação em um raio de até 40cm.

Minha pergunta é: tenho um cilindro, mas de 2,3 que fica pesado pra manusear. Será que posso usar um maçarico desses de cozinha (gás butano) com a mesma intenção? Ou a queima do gás butano perto do líquido que cai no fermentador pode gerar algo negativo?

Obrigado a todos.
 
Caraca meu, até onde sei o Co2 é inflamável.....também nunca ouvi nada sobre isso e sinceramente acho perigoso, sem contar outros vários problemas.....
 
Você já teve algum problema de contaminação?

Para mim, sinceramente, mantendo padrões decentes de sanitização não vejo necessidade de ficar inventando processos extras que não vão melhorar a qualidade da sua cerveja. Agora, se está tendo problemas nessa área, talvez existam coisas mais importantes para cuidar primeiro.

Abs

Victor
 
Primeiro que co2 não pega fogo, é inclusive extintor de incêndio.
Segundo, tem alguma necessidade de inventar essa loucura? Não vejo nada disso a nível caseiro, como disseram, se tens problema de contaminação, certamente tem outras coisas pra se preocupar antes.

O único lugar que vi utilizar dessa técnica é na propagação de levedura de garrafas comerciais, como se faz com belgas por exemplo. Nesse caso se acende uma vela ao lado quando transfega para a propagação para reduzir o risco de contaminação pelo ar. Mas nesse caso é por ter na garrafa leveduras muito fracas e velhas, que podem ser "vencidas" por leveduras presentes no ar. Agora em uma simples trasfega caseira, não tem necessidade.
 
Pessoal, busquei este item no fórum e não achei. Fiquei na dúvida se postava aqui ou em processos, mas acho que aqui é mais pertinente.

Tive aula com um mestre cervejeiro aqui de BH que usava o cilindro de CO2 para evitar contaminação do chiller para o fermentador. Ele abria o cilindro de 600 e acendia uma chama que, segundo ele, evitava comprovadamente qualquer contaminação em um raio de até 40cm.

Minha pergunta é: tenho um cilindro, mas de 2,3 que fica pesado pra manusear. Será que posso usar um maçarico desses de cozinha (gás butano) com a mesma intenção? Ou a queima do gás butano perto do líquido que cai no fermentador pode gerar algo negativo?

Obrigado a todos.
Cara, em resumo... não tem porquê fazer isso no resfriamento.

Agora, se estivéssemos falando de cultura de levedura em placa de petry ou slants, aí sim.

Ou seja, esse mestre aí acabou pegando uma técnica que é pra uma coisa e usando de forma totalmente exagerada pra outra coisa.

Abraço,
 
Obrigado, pessoal. Já que me esclareceram que o CO2 não é inflamável, ele usou outro gás. Vi a chama com meus próprios olhos :))).

Com relação à necessidade ou exagero da técnica, compreendido também. Eu não tenho tido problemas com contaminação, mas como neste curso ele fez, quis questionar os amigos para ter uma segunda opinião. Fiz uma brassagem usando o butano, agora vou largar mão.

Valeu!
 
Obrigado, pessoal. Já que me esclareceram que o CO2 não é inflamável, ele usou outro gás. Vi a chama com meus próprios olhos :))).

Com relação à necessidade ou exagero da técnica, compreendido também. Eu não tenho tido problemas com contaminação, mas como neste curso ele fez, quis questionar os amigos para ter uma segunda opinião. Fiz uma brassagem usando o butano, agora vou largar mão.

Valeu!

Putz, show de bola, não conhecia essa técnica do fogo e vou pesquisar para entender melhor o processo. Já ví um maçarico aceso próximo mas não havia entendido o propósito.

Mas estou pensando para outro fim, pois quando passo a cerveja do fermentador para o post mix, costumo conectar o fermentador no cilindro de CO2 para o ar não entrar no fermentador conforme o postmix vai enchendo. Poderia largar essa adaptação e simplesmente acender um maçarico perto da entrada de ar se isso realmente for efetivo.

Pode ser exagero e tal, mas acredito que quanto mais controlado for todo o processo, mais facilmente conseguirei reproduzir o mesmo resultado.

Valeu!
 
Hahahaha cada maluquice Brasil a fora!
Cada um faz o que quer, mas pra nao contaminar basta limpar e sanitizar os equipamentos certinho... não precisa dar show!
 
Que absurdo!

Normalmente se usa uma chama acesa do fogão ou bico de bunsen próximo ao erlenmeyer para transferências de fermento durante o starter.

Agora para a produção da cerveja em si é realmente um baita exagero. O risco de ter algum tipo de contaminação pelo ar é muito menor do que através de um tanque de fermentação, mangueiras, torneiras mal lavadas e mal sanitizadas e etc.
 
Hahahaha cada maluquice Brasil a fora!
Cada um faz o que quer, mas pra nao contaminar basta limpar e sanitizar os equipamentos certinho... não precisa dar show!

É um dos meus hobbys meu e sempre vou aperfeiçoando para ir aumentando o nível.
Tem gente que fica feliz só em fazer uma cerveja. Já eu fico feliz em fazer a cerveja com várias técnicas diferentes, testar e desenvolver equipamentos e processos.
Cada um é cada um e o que noto é que o nível da cerveja também vai aumentando com isso.
Claro que essa parte microbiológica é algo que me preocupa muito, talvez por ser da área da saúde, mas uma coisa é certa, quanto mais vc conseguir controlar o que cresce na sua cerveja, mais ela irá durar. Claro que no final vc terá cerveja de qualquer jeito e o importante é fazer aquilo que te deixa feliz...
Já vi técnica de fermentar em tanques expostos ao ar e no final: voilá, cerveja...
Um dos motivos de eu ter abandonado as garrafas foi a falta de controle no processo, vc sempre expõe a sua cerveja ao ar e tudo o mais que está nele e acaba misturando oxigênio e oxidando um pouco sua produção e testei isso também. Certo dia fiz uma belgian blond ale 8% e metade da leva eu engarrafei e a outra metade da leva eu embarrilei. Pois bem, a leva engarrafada mudou a coloração para mais escura depois de uns meses em garrafa devido à oxidação do ar na hora do envase e a do barril permaneceu perfeita.
Qual é a sua formação?
 
É um dos meus hobbys meu e sempre vou aperfeiçoando para ir aumentando o nível.
Tem gente que fica feliz só em fazer uma cerveja. Já eu fico feliz em fazer a cerveja com várias técnicas diferentes, testar e desenvolver equipamentos e processos.
Cada um é cada um e o que noto é que o nível da cerveja também vai aumentando com isso.
Claro que essa parte microbiológica é algo que me preocupa muito, talvez por ser da área da saúde, mas uma coisa é certa, quanto mais vc conseguir controlar o que cresce na sua cerveja, mais ela irá durar. Claro que no final vc terá cerveja de qualquer jeito e o importante é fazer aquilo que te deixa feliz...
Já vi técnica de fermentar em tanques expostos ao ar e no final: voilá, cerveja...
Um dos motivos de eu ter abandonado as garrafas foi a falta de controle no processo, vc sempre expõe a sua cerveja ao ar e tudo o mais que está nele e acaba misturando oxigênio e oxidando um pouco sua produção e testei isso também. Certo dia fiz uma belgian blond ale 8% e metade da leva eu engarrafei e a outra metade da leva eu embarrilei. Pois bem, a leva engarrafada mudou a coloração para mais escura depois de uns meses em garrafa devido à oxidação do ar na hora do envase e a do barril permaneceu perfeita.
Qual é a sua formação?


Sou engenheiro químico, mestrando em otimização de processos industriais e trabalho com fermentação de larga escala utilizando Saccharomyces cerevisiae.

Sobre técnicas, eu estudo tudo ao máximo e meço o que creio que seja ultra preciosismo e o que realmente faz sentido, faço cervejas desde 2014 e desde la levo a serio todos os processos que utilizo. Vejo que hoje Brasil a fora há muita gente tentando fazer com que brassagens sejam verdadeiros shows de rockstars para impressionar os alunos que muitas vezes são leigos dentro desse tipo de processo. Nisso vejo pessoas que copiam esses procedimentos sem ter nenhuma real noção dos motivos deles serem feitos. Sou contra disseminação irresponsável de procedimentos, sendo que a pessoa faz por exemplo uso de maçarico para transferir a cerveja e esquece que tem que lavar e sanitizar as panelas, fermentadores e utensílios, ou fica doido pra ter um equipamento automatizado e fermenta a cerveja no tempo.

Realmente tem quem curta fazer por fazer, sem controlar fermentação, sem controle de rampas, sem procedimento, no caso, não sou um desses. Meu foco de todas cervejas é repetibilidade logo tenho todas brassagens fichadas. Sobre essa "técnica de fermentar em tanques expostos no ar" é utilizada em diversas cervejarias, incluindo grandes cervejarias da Alemanha. Adivinhe, o modo que fermentamos não é único e não é mais correto que outros, é apenas mais apropriado industrialmente, procure o Burton Union System e fique abismado com o funcionamento.

Sei sobre o que falo, e se suas cervejas oxidam ao ponto de mudar de cor na garrafa, há algo errado no seu procedimento.
 
Que absurdo!

Normalmente se usa uma chama acesa do fogão ou bico de bunsen próximo ao erlenmeyer para transferências de fermento durante o starter.

Agora para a produção da cerveja em si é realmente um baita exagero. O risco de ter algum tipo de contaminação pelo ar é muito menor do que através de um tanque de fermentação, mangueiras, torneiras mal lavadas e mal sanitizadas e etc.

Não estou falando que para fazer cerveja precisa disso ou daquilo, cerveja pode ser feita de qualquer jeito e com os cuidados que cada um julgue suficiente.

À risca, a cerveja já está contaminada mesmo na fervura...rssss. Na fervura você apenas dimunui a população de microorganismos de 1.000.0000 para 1, ou 10.000.000 para um, como ex, mas aqueles uns ainda estão lá.

O que ocorre depois é inocular uma pancada animal de fungos para que esses "uns" não façam diferença.

Você teria algum link para me passar sobre essa técnica da chama? Realmente não havia lido nada a respeito, então me interessei e ainda não consegui achar muita coisa. Valeu!
 
Sou engenheiro químico, mestrando em otimização de processos industriais e trabalho com fermentação de larga escala utilizando Saccharomyces cerevisiae.

Sobre técnicas, eu estudo tudo ao máximo e meço o que creio que seja ultra preciosismo e o que realmente faz sentido, faço cervejas desde 2014 e desde la levo a serio todos os processos que utilizo. Vejo que hoje Brasil a fora há muita gente tentando fazer com que brassagens sejam verdadeiros shows de rockstars para impressionar os alunos que muitas vezes são leigos dentro desse tipo de processo. Nisso vejo pessoas que copiam esses procedimentos sem ter nenhuma real noção dos motivos deles serem feitos. Sou contra disseminação irresponsável de procedimentos, sendo que a pessoa faz por exemplo uso de maçarico para transferir a cerveja e esquece que tem que lavar e sanitizar as panelas, fermentadores e utensílios, ou fica doido pra ter um equipamento automatizado e fermenta a cerveja no tempo.

Realmente tem quem curta fazer por fazer, sem controlar fermentação, sem controle de rampas, sem procedimento, no caso, não sou um desses. Meu foco de todas cervejas é repetibilidade logo tenho todas brassagens fichadas. Sobre essa "técnica de fermentar em tanques expostos no ar" é utilizada em diversas cervejarias, incluindo grandes cervejarias da Alemanha. Adivinhe, o modo que fermentamos não é único e não é mais correto que outros, é apenas mais apropriado industrialmente, procure o Burton Union System e fique abismado com o funcionamento.

Sei sobre o que falo, e se suas cervejas oxidam ao ponto de mudar de cor na garrafa, há algo errado no seu procedimento.

Que legal! Não fique nervoso, só perguntei para ter uma ideia do por que achou tão maluquice alguém querer saber mais sobre o processo, mas pela formação, acho que já descobri quem é o maluco...rssss.
Primeiro, não tenho a menor pretensão em disseminar isso ou aquilo, meu intuito é aprimorar o meu processo com técnicas melhores, ou incorporar e me aprofundar em outras.

Sempre quando me deparo com algo diferente vou atrás de artigos científicos ou teses de mestrado/doutorado, não saio fazendo coisas sem fundamentação ou por que alguém postou em um forum.

Minhas cervejas não oxidam, pois não engarrafo mais. Como disse antes, não tem como controlar o que está entrando na garrafa em um ambiente aberto. E você deveria saber disso, afinal trabalha com fermentação em grande escala.

Valeu pela dica.
 
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