Eficiência... um mito!!!!

Homebrew Talk - Beer, Wine, Mead, & Cider Brewing Discussion Forum

Help Support Homebrew Talk - Beer, Wine, Mead, & Cider Brewing Discussion Forum:

This site may earn a commission from merchant affiliate links, including eBay, Amazon, and others.

mvrinaldi1

Well-Known Member
Joined
Jan 6, 2016
Messages
258
Reaction score
50
Olá,

Eu uso o Beersmith e quem usa sabe que nele há um "índice" de eficiência da brassagem. Alguém já pensou que essa eficiência é um mito? Porque dificilmente atingimos algo maior do que 71%/ 72% e isso já dá pra considerar alto. Eu até entendo que essa eficiência é feita com base no potencial do malte em ser transformado em açúcar mas tendo em vista que raríssimas vezes li que alguém conseguiu mais do que isso de eficiência já tô achando que a eficiência calculada pelo Beersmith está superestimada! E quando alguém diz que atingiu mais do que isso fico até desconfiado...rs..

O que vocês acham? Será possível chegar em níveis mais altos de eficiência ou só invocando as almas dos antigos mestres cervejeiros? O que dá pra fazer pra aumentarmos a eficiência!!!
 
Obtenho entre 70 e 75% de eficiencia nas minhas brassagens mesmo fazendo a lavagem dos grãos de forma beeem apressada (15 a 20 minutos no maximo). Creio que se eu me dispuser a investir um pouco mais de tempo nessa etapa, minha eficiencia será um pouco maior (mas pra mim está bom da forma q faço).
Ja vi uma galera relatando 85% de eficiencia...creio que para isso, o cidadao tenha que moer o malte bem mais fino que o normal...aí vem alguns problemas: dificuldade na recirculação (se não for BIAB) e pode também estar deixando a cerveja mais adstringente.
Enfim... ja passei dessa fase de perseguir desesperadamente altos indices de eficiencia nas minhas brassagens... pq no final, para nós...meros produtores caseiros que temos a produção de cerveja como um hobby, a diferença acaba sendo uns 2kg de malte a mais ou a menos. Creio que não seja válido tanto esforço e empenho de tempo em troca de uma economia tão pequena.
 
Salve, nação cervejeira!
Bem, o mito que vc está falando pelo o que me parece é a estimada pelo programa, né?
Eu, até por morar longe de centros onde é bem mais difícil conseguir e transportas dos insumo, me preocupo com a eficiência. Por exemplo, vou para a minha 11 brassagem, de dois em dois kg lá se vai uma saca...
Mas o que acho mais importante, muito além da neura, é que sem estimar a sua eficiência fica complicado executar as receitas e atingir o perfil projetado.
Ainda não consegui me entender muito bem com o Beersmith. Deixo lá os 70% de eficiência. Tem vezes que o programa acerta na mosca, mas tem outras que realmente a eficiência do meu processo, por mítica que seja..srrsrss, é maior que a esperada. Resultado: a cerva fica mais "forte", mais alcoólica ou encorpada, enfim, outra cerveja.
Lance é que o meu limitante é a panela de fervura, nem tenho como nesses casos drenar mais mosto. Talvez fosse o caso de eu colocar mais água na metade da fervura... mas nunca tinha me ocorrido essa ideia...
Realmente a drenagem do mosto de forma mais lenta aumentou a gravidade pré-fervura do mosto nas últimas brassagens. Fundo falso também parece ser outro fator que conta.
Sobre a moagem mais fina do malte, se não me engano no How to Brew do Palmer, há experimento indicando que a moagem mais fina tem um impacto muito baixo, 1% se não me engano. Por isso que eu passei a deixar meu moinho sempre na regulagem mais aberta.
Grande abraço.
 
Sobre equipamentos temos as mais diversas arquiteturas. Temos colegas que usam apenas uma panela e outros que usam 4 ou mais. Cada set-up tem suas vantagens e suas desvantagens, e suas eficiêcias. Sobre insumos, cada malte tem seu poder diastático. Acho que fica complicado analisar sem maiores informações.
 
Salve, nação cervejeira!
Bem, o mito que vc está falando pelo o que me parece é a estimada pelo programa, né?
Eu, até por morar longe de centros onde é bem mais difícil conseguir e transportas dos insumo, me preocupo com a eficiência. Por exemplo, vou para a minha 11 brassagem, de dois em dois kg lá se vai uma saca...
Mas o que acho mais importante, muito além da neura, é que sem estimar a sua eficiência fica complicado executar as receitas e atingir o perfil projetado.
Ainda não consegui me entender muito bem com o Beersmith. Deixo lá os 70% de eficiência. Tem vezes que o programa acerta na mosca, mas tem outras que realmente a eficiência do meu processo, por mítica que seja..srrsrss, é maior que a esperada. Resultado: a cerva fica mais "forte", mais alcoólica ou encorpada, enfim, outra cerveja.
Lance é que o meu limitante é a panela de fervura, nem tenho como nesses casos drenar mais mosto. Talvez fosse o caso de eu colocar mais água na metade da fervura... mas nunca tinha me ocorrido essa ideia...
Realmente a drenagem do mosto de forma mais lenta aumentou a gravidade pré-fervura do mosto nas últimas brassagens. Fundo falso também parece ser outro fator que conta.
Sobre a moagem mais fina do malte, se não me engano no How to Brew do Palmer, há experimento indicando que a moagem mais fina tem um impacto muito baixo, 1% se não me engano. Por isso que eu passei a deixar meu moinho sempre na regulagem mais aberta.
Grande abraço.


A questão da eficiencia... A neura está em ficar fissurado em alcançar altas eficiencias (Ate mesmo pq muitas vezes vc vai investir em novos acessórios para que isso ocorra, mas o q vc gasta nesses acessórios acaba sendo mais do que vc gastaria na diferença da quantidade de insumos empregados)... Não estou dizendo que vc saber a eficiencia do seu processo seja inutil.
So pra ter um exemplo: Antes de postar essa resposta, eu abri o meu beersmith pra refazer meus calculos. Vamos pensar em uma receita com og prevista para 1045 com 75% de eficiencia (receita para envasar 40 litros). Se eu considerar uma eficiencia de 65%, utilizando a mesma quantidade de maltes, a og ficaria em 1039. Se com eficiencia de 65% eu quisesse atingir os mesmos 1045 de og, eu teria que adicionar 1,3Kg de malte pilsen ao meu grist (que de 8,5 kg de maltes, passaria para 9,8Kg...em sifras, daria algo em torno de R$ 10,00 de diferença). Para mim, não valeria o tempo extra de sacarificação, de lavagem ou mesmo um prolongamento da fervura para tentar aumentar a og. Se vc puser isso em escala industrial, é claro que dá muita diferença em termos de grana, mas para nós que produzimos em pequena escala... Enfim, sempre vai ter quem pense diferente.

Enfim, resumindo, se vc tem uma eficiencia entre 65 e 75% não ha por que se preocupar, pois vc não está aproveitando o malte até o bagaço absoluto, mas tb vc não está "jogando muita coisa fora". Focar na qualidade do seu produto final e no conhecimento do seu processo é muito mais interessante do que na eficiencia (a não ser que sua eficiencia seja extremamente baixa, afinal, ninguem quer jogar dinheiro pelo ralo). Se vc tem uma eficiencia de 85, 90, 95% e consegue uma cerveja boa, meus parabéns... Só não vale comprometer a qualidade ou ficar na "neura" pra bater "metas" de eficiencia (ou até vale... depende do objetivo de cada um, claro).
 
O valor de 70% é um valor médio aferido com anos de coleta de dados e experiências do pessoal do BS. Cabe a cada cervejeiro descobrir qual a sua eficiência média do seu conjunto equipamentos/métodos/insumos para conseguir preparar receitas realmente efetivas e repetíveis. Encontrado seu índice, tudo fica mais fácil.

Faço BIAB/No-Sparge (sigo a máximo do menor esforço - uso de 6 a 6,5/=l/kg de malte direto) e tenho uma eficiência entre 65 e 70%. Já saio com este parâmetro para o cálculo.

De nada adianta planejar uma receita para 1.053 de OG e 30 IBU para 23l e no final ter outra OG, outro volume e ter um IBU variado (sem falar nos tempos de resfriamento que normalmente não levamos em consideração) - pois o IBU tem relação com o volume e é parte da razão de amargor/dulçor importante para o equilíbrio da receita.

Uma das coisas que aprendi aqui no fórum com o @Guenther foi que devia esquecer a OG e me guiar pelo volume de líquido. Se não alcancei a densidade, corrijo a eficiência (para menor) para a próxima brassagem; se sobrou densidade, o inverso.
 
Faço Biab, e geralmente atinjo eficiência próxima de 80% (eficiência de brassagem). Mas meu malte é moído bem fino, faço cervejas com OG em torno de 1.050, e uso uma proporção água/mosto = 6/1.
Nunca notei adstringência nas minhas cervejas. Para batelada até cerca de 30 L, não troco Biab por outra técnica.
Cuidado que alguns softwares calculam eficiência de brassagem e eficiência de processo (que leva em conta, outras perdas no processo, como por exemplo, o que é perdido com o trub).
 
Faço Biab, e geralmente atinjo eficiência próxima de 80% (eficiência de brassagem). Mas meu malte é moído bem fino, faço cervejas com OG em torno de 1.050, e uso uma proporção água/mosto = 6/1.
Nunca notei adstringência nas minhas cervejas. Para batelada até cerca de 30 L, não troco Biab por outra técnica.
Cuidado que alguns softwares calculam eficiência de brassagem e eficiência de processo (que leva em conta, outras perdas no processo, como por exemplo, o que é perdido com o trub).

Sim, estamos falando da eficiência da brassagem mesmo.
 
Utilizo o método BIAB, com malte moído fino, lavando com água a 77°C no fermentador, e dando uma espremida no final.
Eficiência sempre de 85% a 86%.
 
Gente, eu acabei ficando confuso depois de ler este post, a minha idéia de eficiência (da brassagem ou total) era de que o percentual dessa eficiência era calculado dividindo-se o potencial de gravidade dos maltes utilizados(valores fornecidos pelo produtor dos maltes), pela gravidade alcançada em determinado volume de mosto, ou seja quanto menos malte for utilizado para um mesmo volume de mosto melhor a eficiência, não consigo entender como vocês estão conseguindo uma eficiência tão alta(acima de 80%) no BIAB, utilizo um sistema HERMS e atinjo um máximo de 75% na eficiência de brassagem, já considerando as perdas no processo e no equipamento. Ajustei o Beersmith para calcular essas perdas ao configurar corretamente o meu equipamento e o software tem acertado bem as previsões de OG e FG.

Se puderem me passar as receitas e o passo-a-passo de como estão fazendo no BIAB eu agradeço, se conseguir essa eficiência vou enviar meu equipamento pro ferro-velho e adotar o BIAB.
 
Gente, eu acabei ficando confuso depois de ler este post, a minha idéia de eficiência (da brassagem ou total) era de que o percentual dessa eficiência era calculado dividindo-se o potencial de gravidade dos maltes utilizados(valores fornecidos pelo produtor dos maltes), pela gravidade alcançada em determinado volume de mosto, ou seja quanto menos malte for utilizado para um mesmo volume de mosto melhor a eficiência, não consigo entender como vocês estão conseguindo uma eficiência tão alta(acima de 80%) no BIAB, utilizo um sistema HERMS e atinjo um máximo de 75% na eficiência de brassagem, já considerando as perdas no processo e no equipamento. Ajustei o Beersmith para calcular essas perdas ao configurar corretamente o meu equipamento e o software tem acertado bem as previsões de OG e FG.

Se puderem me passar as receitas e o passo-a-passo de como estão fazendo no BIAB eu agradeço, se conseguir essa eficiência vou enviar meu equipamento pro ferro-velho e adotar o BIAB.

O segredo é moer o malte bem fino, mas só funciona pra quem utiliza BIAB...pois fundo falso ou bazooka se fizer isso vai entupir tudo e não vai conseguir recircular o mosto.
 
C
Gente, eu acabei ficando confuso depois de ler este post, a minha idéia de eficiência (da brassagem ou total) era de que o percentual dessa eficiência era calculado dividindo-se o potencial de gravidade dos maltes utilizados(valores fornecidos pelo produtor dos maltes), pela gravidade alcançada em determinado volume de mosto, ou seja quanto menos malte for utilizado para um mesmo volume de mosto melhor a eficiência, não consigo entender como vocês estão conseguindo uma eficiência tão alta(acima de 80%) no BIAB, utilizo um sistema HERMS e atinjo um máximo de 75% na eficiência de brassagem, já considerando as perdas no processo e no equipamento. Ajustei o Beersmith para calcular essas perdas ao configurar corretamente o meu equipamento e o software tem acertado bem as previsões de OG e FG.

Se puderem me passar as receitas e o passo-a-passo de como estão fazendo no BIAB eu agradeço, se conseguir essa eficiência vou enviar meu equipamento pro ferro-velho e adotar o BIAB.
Confesso também que fico, nem diria surpreso pq não tenho experiência para tal, mas bem curioso com essas eficiências relatadas em BIAB.

O segredo é moer o malte bem fino, mas só funciona pra quem utiliza BIAB...pois fundo falso ou bazooka se fizer isso vai entupir tudo e não vai conseguir recircular o mosto.

Fui até conferir se eu não estava "viajando", mas o Palmer, no How to Brew, justamente no capítulo em que fala de como funciona o mash, e especificamente sobre a moagem, apresenta experimento e é taxativo em afirmar que uma moagem mais fina não aumenta tão significativamente a eficiência. Aumentaria em 1 a 1,5% no máximo. O que aumenta é a velocidade de conversão, segundo o autor.

Interessante esse relato reincidente sobre moagem mais fina aumentar tão significativamente a eficiência. Pode ser um caso onde a literatura conflita com a prática.
 
Olá,

Eu uso o Beersmith e quem usa sabe que nele há um "índice" de eficiência da brassagem. Alguém já pensou que essa eficiência é um mito? Porque dificilmente atingimos algo maior do que 71%/ 72% e isso já dá pra considerar alto. Eu até entendo que essa eficiência é feita com base no potencial do malte em ser transformado em açúcar mas tendo em vista que raríssimas vezes li que alguém conseguiu mais do que isso de eficiência já tô achando que a eficiência calculada pelo Beersmith está superestimada! E quando alguém diz que atingiu mais do que isso fico até desconfiado...rs..

O que vocês acham? Será possível chegar em níveis mais altos de eficiência ou só invocando as almas dos antigos mestres cervejeiros? O que dá pra fazer pra aumentarmos a eficiência!!!
Eu acho que não é mito, e é possível conseguir eficiência maior que 72%, se isso é bom, daí já é outra história. Eu não entendo como o software chegou nesse valor, mas presumo que 72% seja a média da maioria dos equipamentos, e o valor serve como um ponto de partida para um equipamento novo, ainda não testado. Pra minimizar a diferença o cervejeiro deve conhecer realmente os valores que o software pede nas configurações do equipamento, e ainda assim muitas variáveis podem afetar o valor da eficiência mesmo repetindo uma receita, como a regulagem do moinho e a chama do fogão. Nós estamos terminando um equipamento novo de 100l e fizemos marcações pra medir os volumes e um check list de anotações do dia da brassagem pra conhecer o equipamento e poder saber a eficiência estimada das próximas brassagens. Na lista estão:
Ratio água/grão do mash
Volume total de água
Massa dos grãos
Extratos potenciais
Poder diastático
Temperaturas e tempo do mash
Tempo total do mash
Ph do mash pré e pós correção
Ph do sparge pré e pós correção
Densidade pré sparge
Densidade pós sparge
Volume e tempo do sparge
Volume pré fervura
Volume pós fervura
Tempo de fervura
Densidade original
Tempo de wirlpool
Tempo de resfriamento
Temperatura do resfriamento
Volume do trub.
Essa é a lista da parte quente, sabendo tudo isso, configuramos o equipamento no softwere e com o tempo vamos chegar mais perto dos parâmetros alvo das receitas. Usamos os 72% de eficiência do Beersmith para elaborar a receita "teste". Pretendemos brassar esse domingo.
O que podemos fazer pra melhorar a eficiência, é bastante coisa, mas na maioria das vezes ganhamos de um lado e perdemos de outro, pra mim a moagem e o sparge afetam mais a eficiência que o mash, eu melhorei a moagem borrifando água nos grãos antes de moer, e colocando arruelas no moinho de disco. O sparge eu procuro fazer bem lento, fechando a válvula na saida da bomba pra evitar caminhos preferenciais, mas evito lavar demais. No link está o vídeo da minha moagem..

https://plus.google.com/+RodrigoBerro/posts/cJ3mQQRXfDB
 
Legal!!! Gostei do relato!!! Vc tem razão. Conhecer bem o equipamento é um bom começo!!!


Enviado do meu iPhone usando Tapatalk
 
Sim, pois há que se medir a eficiência pelo volume e OG atingidos.

O valor de 70% é uma estimativa do que se é possível converter dos maltes em um ambiente caseiro, com técnicas caseiras bem rudimentares como as descrita no básico do "how to brew" (tipo circulação com canecas, lavagem simples, etc).

Conforme se melhora a técnica e se tem consciência do equipamento atingi-la e melhora-la fica mais simples.
 
Acredito que o ideal seja fazer o caminho inverso. Os softwares possuem vários parâmetros para que vc tenha uma ideia de quanto vai ser a eficiência e assim possa estimar o resultado. Mas isso é para quem não sabe ou não deseja medir a eficiência do seu processo. O que eu faço é medir sempre a eficiência e ir ajustando o software. Aí sim tenho uma estimativa beeeeem próxima do real.
 
C

Confesso também que fico, nem diria surpreso pq não tenho experiência para tal, mas bem curioso com essas eficiências relatadas em BIAB.



Fui até conferir se eu não estava "viajando", mas o Palmer, no How to Brew, justamente no capítulo em que fala de como funciona o mash, e especificamente sobre a moagem, apresenta experimento e é taxativo em afirmar que uma moagem mais fina não aumenta tão significativamente a eficiência. Aumentaria em 1 a 1,5% no máximo. O que aumenta é a velocidade de conversão, segundo o autor.

Interessante esse relato reincidente sobre moagem mais fina aumentar tão significativamente a eficiência. Pode ser um caso onde a literatura conflita com a prática.

A diferença entre moagem fina e "grossa" pode ser bem pouca se a moagem "grossa" for bem feita, o que muitas vezes não acontece (principalmente com moinhos de disco) pois muitos acabam ficando com receio de moer demais o malte e prejudicar a recirculação. Resultado: Muitos grãos inteiros na panela, neste caso, a diferença é grande sim.
Não vamos comparar a moagem do John Palmer (que tem todos os equipamentos necessários e uma vasta experiencia em homebrew) com a nossa que muitas vezes além de inexperientes, temos equipamentos um pouco mais precários.
 
Podes crer. Realmente eu estava partindo do pressuposto que a moagem "grossa" era a usual, sem grãos inteiros, com as cascas o mais íntegras possível, porém separadas dos grãos.
Mas aí também acho que a comparação deve ter essa ressalva, pq fica parecendo que depois do ponto "perfeito" se moer mais aumenta a eficiência significativamente, o que não é o caso.
 
Last edited:
Acredito que o ideal seja fazer o caminho inverso. Os softwares possuem vários parâmetros para que vc tenha uma ideia de quanto vai ser a eficiência e assim possa estimar o resultado. Mas isso é para quem não sabe ou não deseja medir a eficiência do seu processo. O que eu faço é medir sempre a eficiência e ir ajustando o software. Aí sim tenho uma estimativa beeeeem próxima do real.
Na verdade eu estimo a eficiência com base no volume de mosto que o BeerSmith projeta. Quando o volume e a gravidade são exatamente conforme a previsão, penso que a eficiência é os 70% lançada.
 
Eu faço 25L ou 50L BIAB e minha eficiencia está em 85%.
Moagem bem feita te joga lá em cima da eficiencia.
 
Longe de mim criar mais polêmica, porém até agora os amigos só têm vindo neste tópico para brandir altíssimas eficiências, o que gostaria de ver assim como acredito que quem abriu o tópico também seria uma descrição mais clara de como atingiram e calcularam essa eficiência, tipo colocando uma receita especificando quais maltes utilizaram e de qual fabricante, de preferência com a quantidade de pontos especificada para cada um deles e qual as gravidades atingidas efetivamente.

Até lá esse tópico parece discussão de criança do tipo "o meu p... é maior que o teu"

Abraços
 
Vim aqui brandir minha eficiência.
Uso fundo falso, moagem grossa e muita paciência.
Recirculo bastante, mexo o malte bem, tocando a colher até no fundo falso, recirculo outra vez até o mosto sair brilhante.
Inclusive tenho notado que quando começa a sair bem brilhante o mosto, é que o teste do iodo acusa a conversão completa.
Tem variado entre 75% a 85% sem prejuízo no sabor.
Na lavagem também tento deixar a água sempre acima dos grãos.
Faço em média 75 litros, por isso a cama embaixo é espessa, não tem problema de vazar grist pra baixo do fundo falso.
Me parece que mais tempo pras enzimas pode ajudar, assim como o contato com todos os grãos por igual.
Mas tenho amigos que jogam a água, fecham a panela, esperam um tempo, recirculam pouco e chegam a 70% com muito menos esforço.
 
Vim aqui brandir minha eficiência.
Uso fundo falso, moagem grossa e muita paciência.
Recirculo bastante, mexo o malte bem, tocando a colher até no fundo falso, recirculo outra vez até o mosto sair brilhante.
Inclusive tenho notado que quando começa a sair bem brilhante o mosto, é que o teste do iodo acusa a conversão completa.
Tem variado entre 75% a 85% sem prejuízo no sabor.
Na lavagem também tento deixar a água sempre acima dos grãos.
Faço em média 75 litros, por isso a cama embaixo é espessa, não tem problema de vazar grist pra baixo do fundo falso.
Me parece que mais tempo pras enzimas pode ajudar, assim como o contato com todos os grãos por igual.
Mas tenho amigos que jogam a água, fecham a panela, esperam um tempo, recirculam pouco e chegam a 70% com muito menos esforço.

Essa me parece ser uma eficiência mais próxima da realidade, vou aproveitar e contar minha última experiência:

Fiz uma APA há algumas semanas no mesmo sistema citado acima, fundo falso, moagem tradicional em moinho de rolo, mexendo, controlando temperatura, fazendo recirculação e lavando os grãos ao final da mostura, leva de 30 litros no fermentador.

Resolvi fazer uma APA um pouco mais alcoólica e encorpada (cerveja tem que ser igual mulher: com corpão e que te deixe meio tonto quando você prova dela, kkkk), desta forma usei 6 kg de malte Pale Ale e 2 kg de Vienna, ambos Agraria e segundo o fabricante o potencial de ambos os maltes equivale a 36 pontos/8,5 litros, assim sendo meu potencial seria de 1.082, ao resfriar o mosto a 20°C antes de ir pro fermentador obtive uma medição de 1065, ou seja uma eficiência de 79% aproximadamente, após 10 dias de fermentação primária e mais 7 dias de secundária com dry hop a densidade final ficou em 1010, quando foi pro barril e carbonatação forçada.

Esse tipo de cálculo que gostaria de verificar no BIAB, pois estou bem propenso a aposentar meu HERMS e adotar o BIAB se conseguisse uma eficiência igual ou parecida, porém o pessoal aqui apenas diz que consegue determinada eficiência sem ao menos especificar como obteve esse número. Abraços
 

Attachments

  • APA_18_07.jpg
    APA_18_07.jpg
    38.3 KB · Views: 18
Resolvi fazer uma APA um pouco mais alcoólica e encorpada (cerveja tem que ser igual mulher: com corpão e que te deixe meio tonto quando você prova dela, kkkk),

Pow, mas tem umas falsas magras que quando a gente tira da garrafa, meu amigo....rsrsrsrsrsr
 
Resolvi fazer uma APA um pouco mais alcoólica e encorpada (cerveja tem que ser igual mulher: com corpão e que te deixe meio tonto quando você prova dela, kkkk),

Pow, mas tem umas falsas magras que quando a gente tira da garrafa, meu amigo....rsrsrsrsrsr

Por isso faço minhas cervejas mais alcoólicas, depois de uns copos pratico a filosofia da placa em anexo e nem ligo mais, kkkkkkk
 

Attachments

  • IMG-20180824-WA0015.jpg
    IMG-20180824-WA0015.jpg
    51.7 KB · Views: 57
Vim aqui brandir minha eficiência.
Uso fundo falso, moagem grossa e muita paciência.
Recirculo bastante, mexo o malte bem, tocando a colher até no fundo falso, recirculo outra vez até o mosto sair brilhante.
Inclusive tenho notado que quando começa a sair bem brilhante o mosto, é que o teste do iodo acusa a conversão completa.
Tem variado entre 75% a 85% sem prejuízo no sabor.
Na lavagem também tento deixar a água sempre acima dos grãos.
Faço em média 75 litros, por isso a cama embaixo é espessa, não tem problema de vazar grist pra baixo do fundo falso.
Me parece que mais tempo pras enzimas pode ajudar, assim como o contato com todos os grãos por igual.
Mas tenho amigos que jogam a água, fecham a panela, esperam um tempo, recirculam pouco e chegam a 70% com muito menos esforço.

Interessante esse procedimento de se mexer o mosto. Não faço por receio de entupimento do fundo falso (isso realmente poderia ser evitado não tocando no fundo falso), e, pincipalmente, por conta de ficar mais difícil a manutenção da temperatura. Você revira o malte em que momento da mostura?

Quando eu faço decocção noto também que aumenta a minha eficiência, mas sempre imputei isso à exposição do amido residual da parcela, sempre "grossa", de mosto que retiro para a decocção. Lendo o seu relato me ocorreu que quando eu recoloco a parcela no mosto principal, naturalmente o mosto todo é revirado. Pode ser que isso contribua com alguns pontos também.
 
Last edited:
Essa me parece ser uma eficiência mais próxima da realidade, vou aproveitar e contar minha última experiência:

Fiz uma APA há algumas semanas no mesmo sistema citado acima, fundo falso, moagem tradicional em moinho de rolo, mexendo, controlando temperatura, fazendo recirculação e lavando os grãos ao final da mostura, leva de 30 litros no fermentador.

Resolvi fazer uma APA um pouco mais alcoólica e encorpada (cerveja tem que ser igual mulher: com corpão e que te deixe meio tonto quando você prova dela, kkkk), desta forma usei 6 kg de malte Pale Ale e 2 kg de Vienna, ambos Agraria e segundo o fabricante o potencial de ambos os maltes equivale a 36 pontos/8,5 litros, assim sendo meu potencial seria de 1.082, ao resfriar o mosto a 20°C antes de ir pro fermentador obtive uma medição de 1065, ou seja uma eficiência de 79% aproximadamente, após 10 dias de fermentação primária e mais 7 dias de secundária com dry hop a densidade final ficou em 1010, quando foi pro barril e carbonatação forçada.

Esse tipo de cálculo que gostaria de verificar no BIAB, pois estou bem propenso a aposentar meu HERMS e adotar o BIAB se conseguisse uma eficiência igual ou parecida, porém o pessoal aqui apenas diz que consegue determinada eficiência sem ao menos especificar como obteve esse número. Abraços

Brother, vc me perdoe a ignorância, mas não consegui acompanhar seus cálculos... Preciso estudar isso mais a fundo.
Mas peguei esses dados, os maltes que vc usou, e lançando no programa Beersmith, realmente bateu direitinho.
E agora notei que o programa lança a eficiência alcançada de acordo com os litros úteis que vc informa, o "measured batch size", presumo. Ou seja (que descoberta!...srsrsr) tenho que lançar direitinho os parâmetros do meu equipamento se não o cálculo pelo programa fica prejudicado.
 
Brother, vc me perdoe a ignorância, mas não consegui acompanhar seus cálculos... Preciso estudar isso mais a fundo.
Mas peguei esses dados, os maltes que vc usou, e lançando no programa Beersmith, realmente bateu direitinho.
E agora notei que o programa lança a eficiência alcançada de acordo com os litros úteis que vc informa, o "measured batch size", presumo. Ou seja (que descoberta!...srsrsr) tenho que lançar direitinho os parâmetros do meu equipamento se não o cálculo pelo programa fica prejudicado.

Exatamente Fel, eu já havia comentado isso de configurar o equipamento, com todas as perdas que o BeerSmith calcula direitinho. O que o pessoal ainda não se tocou é que aquele valor que o BS coloca de eficiência é apenas um valor arbitrado(o programa depende desse valor para fazer os cálculos de OG e FG), porém quem determina esses valores é o próprio usuário.

Com relação aos cálculos na mão, tem vários tutoriais mas basicamente a OG é calculada da seguinte forma OG = (SG*Peso Malte(kg)*8,5)/Vol. Fermentador, esse resultado se soma à densidade da água (1.000). Essa constante 8,5 se refere à proporção de diluição de uma libra de malte em um galão de mosto (3,79/0,45).

Espero que tenha conseguido explanar de boa.
 
Finalmente terminamos nosso equipamento e apesar de alguns problemas esperados e inesperados, conseguimos identificar a maioria deles. Eu acredito que o controle da produção é importante para a repetibilidade e melhora da eficiência e qualidade da cerveja. Eu acho difícil conseguir a mesma eficiência, pois vários fatores influenciam isso. Geralmente uma cerveja leve tem uma eficiência maior e uma cerveja forte, uma eficiência menor, cervejas com muitos cereais não maltados também não tem a mesma eficiência que puro malte base, além de outros fatores. Se planejarmos uma receita e na hora os parâmetros conseguidos não forem os almejados o balanço do malte e lúpulo (percepção de amargor) e o volume final será diferente do planejado. E isso é ruim.
Nosso primeiro problema foi a moagem. Não conseguimos usar o moinho novo e pedimos pra um amigo moer.
O segundo problema, foi com os fogareiros. Demoraram em subir a temperatura da mostura e sair das faixas de atuação de algumas enzimas.
O terceiro problema foi o retorno do mosto na recirculação e lavagem, que criou um caminho preferencial e aumentou o risco de oxidação do mosto quente.
O quarto problema foi o resfriamento ruim. Não conseguimos conectar a mangueira de água na chopeira pra diminuir a temperatura antes de chegar no chiller. Tudo foi anotado pra futuras melhorias.
Como não sabíamos a eficiência do equipamento montamos a receita no padrão do Beersmith e ao terminamos a lavagem notamos que a eficiência de brassagem e lavagem foi maior que a esperada. Tivemos que adicionar água (a quantidade foi calculada no site brewersfriends) após 35 min de fervura, antes de adicionar os lúpulos de amargor. Fervemos por 35 min antes para poder descobrir a taxa de evaporação e estimar a gravidade após a fervura.
Como eu havia dito antes, montamos uma lista de anotações que ficou assim:

Água/grão mash: 60l/16kg. 3.75l/kg
Água/grão sparge: 60l/18kg. 3.33l/kg
Volume total de água: 120l + 25 = 145l
Grãos:
8.5kg maris otther
5.5kg pilsen viking
2kg aveia
2kg cevada assada
Temperatura/tempo mash:
50°-60°: 60 min 1.039 SG
62°-65°: 25 min 1.050 SG
66°-72°: 90 min 1.070 SG
(Iodo OK)
75°-78°: 10 min
PH do mash: 5.3
PH do sparge: 6.2 (adicionamos 3g de cloreto de cálcio na água do sparge mas não medimos novamente o pH)
Tempo do sparge: 60 min 75°C
Densidade pré sparge: 1.070
Densidade pós sparge: 1.045
Volume pós sparge: 100l
Obs: adicionamos 25l de água quente e conseguimos uma densidade de 1.036 pré fervura.
Tempo de fervura: 85 min
50 g Warrior, 50 min 19.1 UAA
50 g N. Brewer, 50 min 10.8 UAA
Volume pós fervura: 110l
Densidade original: 1.041
PH pós fervura: 4.9
Volume de trub: 10l
Tempo de whirlpool: 15 min
Resfriamento: 40 min/35° C
Evaporação na fervura: 12%. 15l
Obs: a cevada assada foi adicionada no mash out. O mosto foi dividido em dois fermentadores e o fermento foi inoculado 10 horas depois devido a ineficiência do resfriamento.
Fermento: Nottingham 4 pacotes
Taxa de arremesso: 0.43M
Temperatura inicial: 16°C
4 dias, 1.013 SG, temperatura 17°C. Ainda fermentando...

Nós não calculamos a eficiência no papel por que ainda falta anotar o extrato potencial dos grãos, o Beersmith estimou 75%. Eu não pretendo aumentar isso, mas corrigir alguns problemas que podem prejudicar a qualidade da cerveja.
O eu penso é que mais importante que alcançar uma certa eficiência, é conhecer o equipamento e poder corrigir um problema antes de ser tarde demais.
Espero não ter fugido muito do tópico. O estilo "teste" escolhido foi dry stout, pois talvez possa mascarar alguns defeitos, nossa ideia era usar flocos de cevada mas como estava em falta usamos aveia.
Abçs.
 
Finalmente terminamos nosso equipamento e apesar de alguns problemas esperados e inesperados, conseguimos identificar a maioria deles. Eu acredito que o controle da produção é importante para a repetibilidade e melhora da eficiência e qualidade da cerveja. Eu acho difícil conseguir a mesma eficiência, pois vários fatores influenciam isso. Geralmente uma cerveja leve tem uma eficiência maior e uma cerveja forte, uma eficiência menor, cervejas com muitos cereais não maltados também não tem a mesma eficiência que puro malte base, além de outros fatores. Se planejarmos uma receita e na hora os parâmetros conseguidos não forem os almejados o balanço do malte e lúpulo (percepção de amargor) e o volume final será diferente do planejado. E isso é ruim.
Nosso primeiro problema foi a moagem. Não conseguimos usar o moinho novo e pedimos pra um amigo moer.
O segundo problema, foi com os fogareiros. Demoraram em subir a temperatura da mostura e sair das faixas de atuação de algumas enzimas.
O terceiro problema foi o retorno do mosto na recirculação e lavagem, que criou um caminho preferencial e aumentou o risco de oxidação do mosto quente.
O quarto problema foi o resfriamento ruim. Não conseguimos conectar a mangueira de água na chopeira pra diminuir a temperatura antes de chegar no chiller. Tudo foi anotado pra futuras melhorias.
Como não sabíamos a eficiência do equipamento montamos a receita no padrão do Beersmith e ao terminamos a lavagem notamos que a eficiência de brassagem e lavagem foi maior que a esperada. Tivemos que adicionar água (a quantidade foi calculada no site brewersfriends) após 35 min de fervura, antes de adicionar os lúpulos de amargor. Fervemos por 35 min antes para poder descobrir a taxa de evaporação e estimar a gravidade após a fervura.
Como eu havia dito antes, montamos uma lista de anotações que ficou assim:

Água/grão mash: 60l/16kg. 3.75l/kg
Água/grão sparge: 60l/18kg. 3.33l/kg
Volume total de água: 120l + 25 = 145l
Grãos:
8.5kg maris otther
5.5kg pilsen viking
2kg aveia
2kg cevada assada
Temperatura/tempo mash:
50°-60°: 60 min 1.039 SG
62°-65°: 25 min 1.050 SG
66°-72°: 90 min 1.070 SG
(Iodo OK)
75°-78°: 10 min
PH do mash: 5.3
PH do sparge: 6.2 (adicionamos 3g de cloreto de cálcio na água do sparge mas não medimos novamente o pH)
Tempo do sparge: 60 min 75°C
Densidade pré sparge: 1.070
Densidade pós sparge: 1.045
Volume pós sparge: 100l
Obs: adicionamos 25l de água quente e conseguimos uma densidade de 1.036 pré fervura.
Tempo de fervura: 85 min
50 g Warrior, 50 min 19.1 UAA
50 g N. Brewer, 50 min 10.8 UAA
Volume pós fervura: 110l
Densidade original: 1.041
PH pós fervura: 4.9
Volume de trub: 10l
Tempo de whirlpool: 15 min
Resfriamento: 40 min/35° C
Evaporação na fervura: 12%. 15l
Obs: a cevada assada foi adicionada no mash out. O mosto foi dividido em dois fermentadores e o fermento foi inoculado 10 horas depois devido a ineficiência do resfriamento.
Fermento: Nottingham 4 pacotes
Taxa de arremesso: 0.43M
Temperatura inicial: 16°C
4 dias, 1.013 SG, temperatura 17°C. Ainda fermentando...

Nós não calculamos a eficiência no papel por que ainda falta anotar o extrato potencial dos grãos, o Beersmith estimou 75%. Eu não pretendo aumentar isso, mas corrigir alguns problemas que podem prejudicar a qualidade da cerveja.
O eu penso é que mais importante que alcançar uma certa eficiência, é conhecer o equipamento e poder corrigir um problema antes de ser tarde demais.
Espero não ter fugido muito do tópico. O estilo "teste" escolhido foi dry stout, pois talvez possa mascarar alguns defeitos, nossa ideia era usar flocos de cevada mas como estava em falta usamos aveia.
Abçs.

Boa tarde Rodrigo, dei uma pesquisada e o Maris Otter tem SG 1040, o pilsen 1038, a aveia 1037 e a cevada assada 1036, fiz os cálculos por cima conforme você informou e ficou mais ou menos assim: o Maris Otter tinha potencial de entregar ao mosto 26,3 pontos, o pilsen 16,2 pontos, a aveia 5,7 pontos e a cevada 5,6 pontos, totalizando 53,8 pontos e no fermentador você obteve 41 pontos, sua eficiência foi de 76,2% (41/53,8). Bem próximo do que foi calculado pelo BS. Depois conta pra gente como ficou a cerva, se todos os percalços deixaram algum tipo de off-flavors ou de alguma forma compremeteu a breja.
 
Boa tarde Rodrigo, dei uma pesquisada e o Maris Otter tem SG 1040, o pilsen 1038, a aveia 1037 e a cevada assada 1036, fiz os cálculos por cima conforme você informou e ficou mais ou menos assim: o Maris Otter tinha potencial de entregar ao mosto 26,3 pontos, o pilsen 16,2 pontos, a aveia 5,7 pontos e a cevada 5,6 pontos, totalizando 53,8 pontos e no fermentador você obteve 41 pontos, sua eficiência foi de 76,2% (41/53,8). Bem próximo do que foi calculado pelo BS. Depois conta pra gente como ficou a cerva, se todos os percalços deixaram algum tipo de off-flavors ou de alguma forma compremeteu a breja.


Boa noite Luscofusco, obrigado pelo cálculo, confesso que estava curioso mas com certa preguiça rsrsrs.
Realmente ficamos felizes com a eficiência e o equipamento em sí (fundo falso), a minha maior preocupação com essa leva é com o corpo e a retenção da espuma pelo fato de ter permanecido na parada protéica por 60 min. Conseguimos um fogareiro emprestado pra continuar. Eu acredito que podemos melhorar isso nas próximas. Nós também remexemos a cama até o fundo em alguns momentos e eu acredito que isso ajudou na fluidez e na homogenização da temperatura, que também contribui com a eficiência. No nosso antigo equipamento (bazoka 20l), a eficiência variava em 60-70%, e uma das coisas que mudaram foi a proporção água/grão da mostura. Antes usávamos 2,5l/kg e ficava bem espeço, nessa nova configuração só foi possível usar 3.75-4l/kg, bem diluído e talvez isso tenha influenciado na nova eficiência, mas não tenho certeza. Quando a stout ficar pronta eu relato aqui, se eu conseguir mudar essa eficiência com alguma mudança nítida na configuração da brassagem também postarei. Abçs.
 
Interessante esse procedimento de se mexer o mosto. Não faço por receio de entupimento do fundo falso (isso realmente poderia ser evitado não tocando no fundo falso), e, pincipalmente, por conta de ficar mais difícil a manutenção da temperatura. Você revira o malte em que momento da mostura?

Quando eu faço decocção noto também que aumenta a minha eficiência, mas sempre imputei isso à exposição do amido residual da parcela, sempre "grossa", de mosto que retiro para a decocção. Lendo o seu relato me ocorreu que quando eu recoloco a parcela no mosto principal, naturalmente o mosto todo é revirado. Pode ser que isso contribua com alguns pontos também.

Ainda não tive problemas de entupimento. Reviro o malte várias vezes durante a mostura. Pra manter a temperatura tenho um poço termométrico com um termometro desses compridos que enterro no malte. Quando ligo o caga fogo, ou fogão tenho que recircular senão aquele líquido que fica embaixo ferve muito rápido. Dai vou recirculando e medindo pra não deixar caramelizar embaixo.
 
Ainda não tive problemas de entupimento. Reviro o malte várias vezes durante a mostura. Pra manter a temperatura tenho um poço termométrico com um termometro desses compridos que enterro no malte. Quando ligo o caga fogo, ou fogão tenho que recircular senão aquele líquido que fica embaixo ferve muito rápido. Dai vou recirculando e medindo pra não deixar caramelizar embaixo.
Muito obrigado, amigo. Adotei essa tua técnica na brassagem deste último sábado, revirando o mosto após cada patamar de temperatura. Deu tudo certo. Antes eu apenas recirculava, agora vou mexendo. Acho que até pra homogeneizar a temperatura é melhor. Nada de entupimento. Valeu!
 
Olá!
Li os comentários, principalmente os iniciais com referência ao Beer Smith. Eu e ele não conseguimos nos entender, já tentei de várias formas, larguei de mão.
Com relação a EFICIÊNCIA, pergunto aos mais experientes, se há alguma forma de calculá-la na ponta do lápis?
Faço BIAB, com recirculação do mosto, além disso movimento-o a cada 15 ou 20 minutos acertando a temperatura, pois a recirculação tende baixa-la.
Faço cerveja por que gosto, não dou importância as siglas, a não ser a ABV, as demais não considero, quero apenas beber cerveja de verdade, mas saber sobre a Eficiência, ajudaria melhorar a breja e acertar quem sabe algum(s) parâmetro(s).
Saudações cervejeiras!
 
Olá!
Li os comentários, principalmente os iniciais com referência ao Beer Smith. Eu e ele não conseguimos nos entender, já tentei de várias formas, larguei de mão.
Com relação a EFICIÊNCIA, pergunto aos mais experientes, se há alguma forma de calculá-la na ponta do lápis?
Faço BIAB, com recirculação do mosto, além disso movimento-o a cada 15 ou 20 minutos acertando a temperatura, pois a recirculação tende baixa-la.
Faço cerveja por que gosto, não dou importância as siglas, a não ser a ABV, as demais não considero, quero apenas beber cerveja de verdade, mas saber sobre a Eficiência, ajudaria melhorar a breja e acertar quem sabe algum(s) parâmetro(s).
Saudações cervejeiras!

Bom, como já foi mto falado aqui neste tópico, uma moagem mais fina ajuda bastante. O melhor é um moedor de rolos e ajustar com um cartão de crédito, se tiver calibre de folga melhor ainda, ajusta entre 0.75mm a 1mm.

Agora, tem uma “pegadinha” no beersmith, e outros softwares do tipo, é q geralmente eles utilizam a brewhouse efficiency como parâmetro para a brassagem toda. Essa brewhouse efficiency leva em consideração a perda de mosto q vc tem até levar para o fermentador. No meu caso eu termino a fervura com 12 litros, mas aí vem contração do mosto qdo abaixa a temperatura, tem a perda pelo trub, no final eu levo uns 9 litros para o fermentador. Td isso é levado em consideração pelo software e na hora de vc calcular a OG.

Isso é interessante para vc saber se está tendo mta perda e onde pode melhorar, mas para atingir a OG é muito ruim, pois se vc tiver uma fervura q evaporou um pouco mais ou um pouco menos, se o seu mosto tiver mais trub ou menos trub td isso vai influenciar e ficar variando a sua eficiência. Por exemplo, se vc fizer uma cerveja menos lupulada vai ter menos trub e vai levar mais mosto para o fermentador, consequentemente sua eficiência vai ser mais alta, então se vc levar essa eficiência como parâmetro para uma próxima cerveja mais lupulada a eficiência vai dar uma variada pra baixo.

O ideal é vc se basear pelo mash efficiency para ter uma consistência maior da OG. A mash efficiency vai calcular apenas a quantidade de açúcar no volume total de água pós-fervura baseado na quantidade de malte q vc utilizou. Claro q se vc ferver mais ou menos vai variar tb, mas ainda assim fica mto mais próximo uma receita da outra, a não ser q tenha fervido muito mais água q o normal ou sobrado mto mais q o normal. No final, oq importa para atingir a OG e IBU é a quantidade de mosto pós-fervura, se vc depois levou mais ou menos para o fermentador é apenas questão de tomar mais ou menos cerveja, e qualquer coisa vc desenvolve alguma técnica para extrair mais mosto, como deixar o trub decantar numa leiteira e depois pegar o mosto q separou e jogar no fermentador, mas utilizar para os cálculos acaba trazendo mais complicações do q ajuda.
 
Last edited:

Latest posts

Back
Top