Cozinhando em ambiente fechado

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EDGAR LOUZANO VERDILE

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Dec 29, 2019
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Sao Paulo
Boa galera! Negócio é o seguinte, estou prestes a me mudar, e minha nova cozinha será montada em uma garagem subterrânea, (desses tipo sobradinhos sabem?) Onde ambos os lados serão fechados com uma porta de vidro para diminuir a poeira e tudo mais. Minha questão é quanto ao tempo de brassagem, principalmente a fervura (pretendo começar a fazer levas de 10 a 140L) e com certeza irá gerar um volume muito grande de vapores que irão colar no teto e depois condensar e pingar. Pensei em duas soluções pra isso:
- uma seria instalar uma daquelas coifas tipo de restaurante, em aço galvanizado que cobriria todo o meu stand (cerca de 1,40m) com um exaustor e a saída pra fora
- a outra seria mandar fazer uma tampa em inox para minha panela N60 com uma chaminé, tipo aquelas de cervejaria mesmo e quando fosse iniciar a fervura, conectaria essa "chaminé" da tampa a uma tubulação com exaustor que levaria o valor pra fora.
Opiniões serão bem vindas! Em questão de valor, ambas as soluções estão equiparadas. Abaixo as imagens das duas ideias para ilustrar:
 

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Edgar, na minha cozinha de apartamento eu fervo o mosto embaixo de uma coifa com tubulação pra fora. Não funciona. Assim que o vapor entra na coifa e bate no motor ele condensa e pinga no mosto, inclusive levando junto a gordura da coifa... mas que beleza...

Tem um episódio do Homebrew Challenge (não me pergunte qual)
( https://www.youtube.com/channel/UCM5Cm1dq6OcVZBOQgVpABPg )
onde o cara relata o mesmo problema que eu tive. Ele faz as brejas num porão. A solução que ele arranjou foi mover o motor da coifa para mais pra frente na tubulação. Aí parou o pingamento.

Tem tbm um outro episódio onde o cara usa uma engenhoca que é uma tampa com chaminé (refrigerada) e a condensação vai pra um balde.

Pode valer a pena vc assistir esses vídeos pra ter umas ideias boas.
 
Edgar, na minha cozinha de apartamento eu fervo o mosto embaixo de uma coifa com tubulação pra fora. Não funciona. Assim que o vapor entra na coifa e bate no motor ele condensa e pinga no mosto, inclusive levando junto a gordura da coifa... mas que beleza...

Tem um episódio do Homebrew Challenge (não me pergunte qual)
( https://www.youtube.com/channel/UCM5Cm1dq6OcVZBOQgVpABPg )
onde o cara relata o mesmo problema que eu tive. Ele faz as brejas num porão. A solução que ele arranjou foi mover o motor da coifa para mais pra frente na tubulação. Aí parou o pingamento.

Tem tbm um outro episódio onde o cara usa uma engenhoca que é uma tampa com chaminé (refrigerada) e a condensação vai pra um balde.

Pode valer a pena vc assistir esses vídeos pra ter umas ideias boas.
Entendi. Bom, pelo menos não terei problema com gordura já que a coifa será usada apenas para a brassagem kkk. Uma dúvida, sua coifa é daquelas que tem os filtros, residenciais mesmo né? Porque a que estou pensando é bem aquelas industriais mesmo, e o motor dela já fica por padrão no final da tubulação em 90º para evitar (ou minimizar) esse problema. De qualquer forma, usando a coifa maior do que a panela, caso condense essas gotas irão pingar fora da panela. Essas coifas (pelo menos as que vi) tem, um tipo de dobradura em volta que forma um tipo de calha, e uma saída para escorrer os líquidos condensados que escorrem pelas paredes dela...
 
Entendi. Bom, pelo menos não terei problema com gordura já que a coifa será usada apenas para a brassagem kkk. Uma dúvida, sua coifa é daquelas que tem os filtros, residenciais mesmo né? Porque a que estou pensando é bem aquelas industriais mesmo, e o motor dela já fica por padrão no final da tubulação em 90º para evitar (ou minimizar) esse problema. De qualquer forma, usando a coifa maior do que a panela, caso condense essas gotas irão pingar fora da panela. Essas coifas (pelo menos as que vi) tem, um tipo de dobradura em volta que forma um tipo de calha, e uma saída para escorrer os líquidos condensados que escorrem pelas paredes dela...

Sim, a minha coifa é doméstica, com "filtros", que na verdade são telas, e o fluxo é direcionado pra fora por um tubo.

Aí no seu esquema já acho que ficaria bem legal. Inclusive se der seria bacana ter um angulo ainda mais agudo que os 90o, pelo menos ali na curva.

👍
 
Sim, a minha coifa é doméstica, com "filtros", que na verdade são telas, e o fluxo é direcionado pra fora por um tubo.

Aí no seu esquema já acho que ficaria bem legal. Inclusive se der seria bacana ter um angulo ainda mais agudo que os 90o, pelo menos ali na curva.

👍
Sim, vou montar ele com uma leve inclinação para o lado da saída e colocar um dreno para minimizar ainda mais esse possível problema...
Obrigado pelas ideias!
 
Boa galera! Negócio é o seguinte, estou prestes a me mudar, e minha nova cozinha será montada em uma garagem subterrânea, (desses tipo sobradinhos sabem?) Onde ambos os lados serão fechados com uma porta de vidro para diminuir a poeira e tudo mais. Minha questão é quanto ao tempo de brassagem, principalmente a fervura (pretendo começar a fazer levas de 10 a 140L) e com certeza irá gerar um volume muito grande de vapores que irão colar no teto e depois condensar e pingar. Pensei em duas soluções pra isso:
- uma seria instalar uma daquelas coifas tipo de restaurante, em aço galvanizado que cobriria todo o meu stand (cerca de 1,40m) com um exaustor e a saída pra fora
- a outra seria mandar fazer uma tampa em inox para minha panela N60 com uma chaminé, tipo aquelas de cervejaria mesmo e quando fosse iniciar a fervura, conectaria essa "chaminé" da tampa a uma tubulação com exaustor que levaria o valor pra fora.
Opiniões serão bem vindas! Em questão de valor, ambas as soluções estão equiparadas. Abaixo as imagens das duas ideias para ilustrar:

Acho a coifa mais simples, com um motor jogando pra fora não acho que teria problemas (muitos). Mas a coifa não deve ser "reta" nas pontas, ela deve ter uma pequena calha pra agua que escorre não pingar no chão de volta. Essa calha nada mais é que as partes de baixo dobradas pra dentro e um ladrão pra escorrer.
 
Acho a coifa mais simples, com um motor jogando pra fora não acho que teria problemas (muitos). Mas a coifa não deve ser "reta" nas pontas, ela deve ter uma pequena calha pra agua que escorre não pingar no chão de volta. Essa calha nada mais é que as partes de baixo dobradas pra dentro e um ladrão pra escorrer.
Na verdade é mais complexo do que a tampa. Estou esperando chegar a cotação. Com a tampa "sino", da pra tampar e conectar o tubo que seria da coifa nele, acho que otimiza e evita qualquer vaporzinho dentro do ambiente... Fora quefica bem mais estiloso kkkk
 
O projeto da Nano Spike Brewing Systema, de Ben Caya, engenheiro mecânico pela Universidade de Milwaukee e CEO da Spike Brewing, traz uma solução bem interessante para essa questão.
A lógica é a seguinte: a panela de fervura tem uma tampa cônica que se fecha com vedação, e no vértice dela é conectado um tubo de aço inox em formato de tê. A ponta de cima tem uma entrada para a conexão da mangueira de água fria e a de baixo uma saída onde se conecta outra mangueira para descarte da água em um balde. No sistema são usados dois baldes, um de água fria, onde fica submersa uma bombinha de 12V, que joga a água fria para a entrada superior do tê; e outro de água quente, que coleta a condensação e a água recirculada, agora aquecida. É importante que a ponta da mangueira da conexão inferior não fique abaixo do nível da água coletada, porque a ideia é justamente haver alguma pressão negativa pela convecção.
Parece muito engenhoso, mas o racional por detrás é simples e o custo aparente é só o dos baldes, da bombinha, das mangueiras, da produção do tê, que, a meu ver, pode até ser de alumínio mesmo, e o da tampa da panela com novo formato.
O próprio Ben Caya avaliou a eficiência da eliminação de DMS, e concluiu que a quantidade presente no mosto após a fervura é desprezível. Enfim, o método me chamou bastante a atenção. Estou reformando o ambiente de minha nanocervejaria, que vai ser fechado. Estou avaliando todas as alternativas, as mais usuais (coifa etc.), e essa opção que apresentei.

Saudações!
 
O projeto da Nano Spike Brewing Systema, de Ben Caya, engenheiro mecânico pela Universidade de Milwaukee e CEO da Spike Brewing, traz uma solução bem interessante para essa questão.
A lógica é a seguinte: a panela de fervura tem uma tampa cônica que se fecha com vedação, e no vértice dela é conectado um tubo de aço inox em formato de tê. A ponta de cima tem uma entrada para a conexão da mangueira de água fria e a de baixo uma saída onde se conecta outra mangueira para descarte da água em um balde. No sistema são usados dois baldes, um de água fria, onde fica submersa uma bombinha de 12V, que joga a água fria para a entrada superior do tê; e outro de água quente, que coleta a condensação e a água recirculada, agora aquecida. É importante que a ponta da mangueira da conexão inferior não fique abaixo do nível da água coletada, porque a ideia é justamente haver alguma pressão negativa pela convecção.
Parece muito engenhoso, mas o racional por detrás é simples e o custo aparente é só o dos baldes, da bombinha, das mangueiras, da produção do tê, que, a meu ver, pode até ser de alumínio mesmo, e o da tampa da panela com novo formato.
O próprio Ben Caya avaliou a eficiência da eliminação de DMS, e concluiu que a quantidade presente no mosto após a fervura é desprezível. Enfim, o método me chamou bastante a atenção. Estou reformando o ambiente de minha nanocervejaria, que vai ser fechado. Estou avaliando todas as alternativas, as mais usuais (coifa etc.), e essa opção que apresentei.

Saudações!
isso mesmo, claro que tem o gasto de água, mas em contrapartida voce economiza energia uma vez que pode ferver com potencia bem menor. a evaporação tende a ser menor também, então tem que se readequar nas receitas, mas pra quem tem problema de espaço fechado é uma baita solução, se for usar triclamp fica meio caro, mas tem como fazer de outras formas eu acredito
 
O projeto da Nano Spike Brewing Systema, de Ben Caya, engenheiro mecânico pela Universidade de Milwaukee e CEO da Spike Brewing, traz uma solução bem interessante para essa questão.
A lógica é a seguinte: a panela de fervura tem uma tampa cônica que se fecha com vedação, e no vértice dela é conectado um tubo de aço inox em formato de tê. A ponta de cima tem uma entrada para a conexão da mangueira de água fria e a de baixo uma saída onde se conecta outra mangueira para descarte da água em um balde. No sistema são usados dois baldes, um de água fria, onde fica submersa uma bombinha de 12V, que joga a água fria para a entrada superior do tê; e outro de água quente, que coleta a condensação e a água recirculada, agora aquecida. É importante que a ponta da mangueira da conexão inferior não fique abaixo do nível da água coletada, porque a ideia é justamente haver alguma pressão negativa pela convecção.
Parece muito engenhoso, mas o racional por detrás é simples e o custo aparente é só o dos baldes, da bombinha, das mangueiras, da produção do tê, que, a meu ver, pode até ser de alumínio mesmo, e o da tampa da panela com novo formato.
O próprio Ben Caya avaliou a eficiência da eliminação de DMS, e concluiu que a quantidade presente no mosto após a fervura é desprezível. Enfim, o método me chamou bastante a atenção. Estou reformando o ambiente de minha nanocervejaria, que vai ser fechado. Estou avaliando todas as alternativas, as mais usuais (coifa etc.), e essa opção que apresentei.

Saudações!
Só acho essa meio complexa de executar e para manutenção, limpeza, etc... Mas valeu pela dica, com certeza agregou nas minhas ideias!
 
Só acho essa meio complexa de executar e para manutenção, limpeza, etc... Mas valeu pela dica, com certeza agregou nas minhas ideias!

Eu acho que eu que fui rebuscado. [rs.]
Na verdade, é bem simples. Vou colocar o vídeo de apresentação do sistema pra você conferir. Vai perceber que pode ter sido eu que compliquei na tentativa de explicar.

Segue o vídeo (assista a partir de 11min15s):



Saudações, amigo.

Fique com Deus!
 
isso mesmo, claro que tem o gasto de água, mas em contrapartida voce economiza energia uma vez que pode ferver com potencia bem menor. a evaporação tende a ser menor também, então tem que se readequar nas receitas, mas pra quem tem problema de espaço fechado é uma baita solução, se for usar triclamp fica meio caro, mas tem como fazer de outras formas eu acredito

E o gasto de água nem chega a ser tanto, se for utilizada uma bombinha pra recircular um volume já separado e adições seguidas de gelo.

Não tenho certeza se a taxa de evaporação seria inferior nesse sistema, já que, em tese, a pressão sobre a superfície do líquido em fervura seria a mesma (pressão atmosférica do altitude do ambiente). O sistema não é hermeticamente fechado, pelo contrário: o arraste do que é condensado pelo fluxo de água é até vigoroso.

Saudações.
 
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