Com ou sem lavagem dos grãos?

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Leoaziani

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Jul 7, 2020
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Ribeirão Preto
Fala pessoal, estou montando uma single vessel com cesto de graos inox e recirculação continua. Gostaria de saber se é possivel por este método, NAO realizar a lavagem de grãos? A eficiência tende a ser muito mais baixa do que com a lavagem?
 
Depende de quanto de grão vai usar, mas lavagem é um processo que melhora o rendimento de forma meio limitada, as vezes vc tem tanto trabalho a mais e perda energetica (caso deixe o mosto fora do aquecimento para a fervura durante a lavagem) para ganhar 2 ou 3% de eficiencia que nao vale a pena.

Eu faço a lavagem com agua em temperatura ambiente assim nao perco tanto tempo e nem tenho tanto trabalho extra e pra compensar uso um pouco de malte a mais.. por isso devo gastar em média 3-5 reais a mais numa receita de 40L.

Para indústria 2% pode ser muito dinheiro, ja para caseiro acho q é mais "Status" para falar q tem uma eficiência de 80% no equipamento enquanto outro tem 75-78%.

mas enfim, se vc ta fazendo assim por alguma limitação ou por praticidade, manda ver, depois vc ajusta os parametros do seu equipamento e no final vc vai ter a mesma receita gastando pouca coisa a mais de malte
 
Da pra NÃO fazer lavagem em qualquer método. Realmente vai do seu workflow pra saber se compensa ou não, e pra saber isso só fazendo a mesma receita com e sem lavagem (e lavagem quente e fria) e comparando os dados....
 
Depende de quanto de grão vai usar, mas lavagem é um processo que melhora o rendimento de forma meio limitada, as vezes vc tem tanto trabalho a mais e perda energetica (caso deixe o mosto fora do aquecimento para a fervura durante a lavagem) para ganhar 2 ou 3% de eficiencia que nao vale a pena.

Eu faço a lavagem com agua em temperatura ambiente assim nao perco tanto tempo e nem tenho tanto trabalho extra e pra compensar uso um pouco de malte a mais.. por isso devo gastar em média 3-5 reais a mais numa receita de 40L.

Para indústria 2% pode ser muito dinheiro, ja para caseiro acho q é mais "Status" para falar q tem uma eficiência de 80% no equipamento enquanto outro tem 75-78%.

mas enfim, se vc ta fazendo assim por alguma limitação ou por praticidade, manda ver, depois vc ajusta os parametros do seu equipamento e no final vc vai ter a mesma receita gastando pouca coisa a mais de malte
Valeu meu amigo.
Pensei nessa possibilidade de utilizar um pouco a mais de malte, sabe me dizer o quanto costuma utilizar a mais?
E com relação a agua de lavagem em temperatura ambiente, tem costume de utilizar quanto numa receita no caso de 40 lts?
 
Valeu meu amigo.
Pensei nessa possibilidade de utilizar um pouco a mais de malte, sabe me dizer o quanto costuma utilizar a mais?
E com relação a agua de lavagem em temperatura ambiente, tem costume de utilizar quanto numa receita no caso de 40 lts?
Aqui faço normalmente 50L, uso entre 56 e 62L na mistura e sempre 14L para lavagem. Grãos variam entre 11 e 16,5kg dependendo da breja.
 
Fala pessoal, estou montando uma single vessel com cesto de graos inox e recirculação continua. Gostaria de saber se é possivel por este método, NAO realizar a lavagem de grãos? A eficiência tende a ser muito mais baixa do que com a lavagem?
Man, se você está montando, ao invés de uma single vessel você poderia pensar num kettle-rims: como diz o André da Insumos do Vale, é uma single vessel com o cesto do lado de fora. Pesquise os equipamentos da EzBrew ou o Brew Easy da Blichmann.
 
Falou tudo! O povo se preocupa muito com eficiência.
No meu setup single vessel, só faço lavagem, com agua em temperatura ambiente também, porque a panela não suporta o volume total de fervura no mash.
No mínimo acho que todo mundo consegue uns 60% de eficiência.

Abs


Depende de quanto de grão vai usar, mas lavagem é um processo que melhora o rendimento de forma meio limitada, as vezes vc tem tanto trabalho a mais e perda energetica (caso deixe o mosto fora do aquecimento para a fervura durante a lavagem) para ganhar 2 ou 3% de eficiencia que nao vale a pena.

Eu faço a lavagem com agua em temperatura ambiente assim nao perco tanto tempo e nem tenho tanto trabalho extra e pra compensar uso um pouco de malte a mais.. por isso devo gastar em média 3-5 reais a mais numa receita de 40L.

Para indústria 2% pode ser muito dinheiro, ja para caseiro acho q é mais "Status" para falar q tem uma eficiência de 80% no equipamento enquanto outro tem 75-78%.

mas enfim, se vc ta fazendo assim por alguma limitação ou por praticidade, manda ver, depois vc ajusta os parametros do seu equipamento e no final vc vai ter a mesma receita gastando pouca coisa a mais de malte
 
Depende de quanto de grão vai usar, mas lavagem é um processo que melhora o rendimento de forma meio limitada, as vezes vc tem tanto trabalho a mais e perda energetica (caso deixe o mosto fora do aquecimento para a fervura durante a lavagem) para ganhar 2 ou 3% de eficiencia que nao vale a pena.

Eu faço a lavagem com agua em temperatura ambiente assim nao perco tanto tempo e nem tenho tanto trabalho extra e pra compensar uso um pouco de malte a mais.. por isso devo gastar em média 3-5 reais a mais numa receita de 40L.

Para indústria 2% pode ser muito dinheiro, ja para caseiro acho q é mais "Status" para falar q tem uma eficiência de 80% no equipamento enquanto outro tem 75-78%.

mas enfim, se vc ta fazendo assim por alguma limitação ou por praticidade, manda ver, depois vc ajusta os parametros do seu equipamento e no final vc vai ter a mesma receita gastando pouca coisa a mais de malte

Eu penso que a lavagem a quente, além de melhorar a eficiência como todos sabemos, também vai contribuir consideravelmente para diminuir, se comparado a lavagem a frio, para atingir a temperatura de fervura do mosto, trazendo então dois benefícios que devem ser considerados e sopesados na hora de montar o setup.
 
Fala pessoal, estou montando uma single vessel com cesto de graos inox e recirculação continua. Gostaria de saber se é possivel por este método, NAO realizar a lavagem de grãos? A eficiência tende a ser muito mais baixa do que com a lavagem?

Olá @Leoaziani!

Ao meu entender, está havendo um pouco de confusão nas informações passandas.

Vou esclarecer um ponto e citar meu processo.

Primeiro a entender é que eficiência é uma coisa, rendimento é outra.

Eficiência está relacionada ao quanto de açúcar que existe no malte, que o seu sistema (processo) consegue solubilizar. Então, quando dizemos o a eficiência de determinado sistema é de 80% isso significa que, de total de açúcares contido no malte, 80% foi solubilizado.

A eficiência em sistemas caseiros dizem ficar entre 65% e 75%, nos melhores casos. Não sei dizer qual seria a eficiência em uma panela automática caseira, mas na indústria fica acima dos 90% chegando a 100%.

Segundo a entender é o rendimento, que está relacionado ao total de mosto que é possível produzir num determinado sistema.

Resumindo:

Eficiência = % de açúcar solubilizado no mosto.
Rendimento = total de mosto produzido no sistema.


Entendido isso, o fato é que a lavagem não implica em aumentar a eficiência, mas sim o rendimento.

Veja a lógica, chutando os valores apenas como exemplo.

Sem lavagem:

Terminado o mashing normal, a densidade alcançada do mosto foi de 1.050 (antes da fervura), com um rendimento de 40 litros.

Com lavagem:

Terminado o mashing normal, a densidade alcançada do mosto foi de 1.050 (antes da fervura); realizada a lavagem, o mosto saiu com uma densidade de 1.040; misturando os dois volumes de mosto a densidade alcançada foi 1.047, com um rendimento de 55 litros.

Será que deu para entender?

Olhando desse forma é possível perceber também que a lavagem na realidade não aumenta os custos, pelo contrário, proporcionalmente ela minimiza os custos, considerando o volume de malte já aquecido, o tempo de trabalho e o volume final a ir para o fermentador, entende?

Fato importante também de citar é que a lavagem deve ser sempre com a temperatura da água de preferência acima dos 65ºC, pois o calor solubiliza muito melhor o mosto pegajoso de açúcares contido nos grãos.

Voltando a eficiência, no meu sistema híbrido de caldeirão com um cesto e um biab dentro do cesto, minha eficiência fica entre 78% e 80%. Ou seja, do total de açúcares (amido) do malte o meu sistema solubiliza de 78% a 80% dele.

No meu sistema utilizo o que entendi que você queira fazer, que é recirculação contínua. Sim, deixo constantemente circulado para uma melhor homogeneização da temperatura, misturando o malte apenas em alguns momentos, como no início e fim de rampas, ou a cada 20 minutos mais ou menos, em rampas longas. E sim, ajuda a aumentar a eficiência devido a homogeneização de tudo.

O sistema que utilizo de recirculação é o da mangueira de silicone solta em cima da cama de grãos, formando a circunferência completa do caldeirão e sempre mantendo de 3cm a 5cm de mosto acima da cama de grãos. Esse sistema forma um tipo de whirlpool e não oxigena de forma alguma o mosto.

Fatores que influenciam muito na eficiência são a moagem, as temperaturas, a homogeneização e os tempos de cada rampa.

E fator importante da lavagem é que nunca fique os grãos expostos. É preciso equilibrar o volume de saída de mosto e de entrada de água de forma a manter a cama de grãos sempre submersa, pois isso será fundamental para evitar o entupimento da circulação.

Bom, essa minha experiência e espero que ajude de alguma forma.
 
Eu penso que a lavagem a quente, além de melhorar a eficiência como todos sabemos, também vai contribuir consideravelmente para diminuir, se comparado a lavagem a frio, para atingir a temperatura de fervura do mosto, trazendo então dois benefícios que devem ser considerados e sopesados na hora de montar o setup.

sim, lavagem a quente é melhor mesmo, mas como nao uso a agua total na mostura tenho q adicionar de qlqr forma na fervura.. e como vou adicionar a agua ja aproveito pra usa-la na lavagem dos grãos
 
Valeu meu amigo.
Pensei nessa possibilidade de utilizar um pouco a mais de malte, sabe me dizer o quanto costuma utilizar a mais?
E com relação a agua de lavagem em temperatura ambiente, tem costume de utilizar quanto numa receita no caso de 40 lts?

na verdade eu tenho meu perfil definido no beersmith, dai eu crio a receito usando a % de grãos e depois jogo pra OG que eu desejo e o proprio software ja calcula qto devo usar de grão.

geralmente faço 2,7 (de 2,5 a 3,0 na vdd) litros de agua por quilo de grão na mosturação e o resto uso na lavagem para completar o volume pré-fervura

qdo eu tenho mais tempo faço o seguinte:
vamos supor que vou usar 15 litros na lavagem, coloco esse volume numa panela, corrijo o pH, deixo tampado no sol para aquecer um pouco, durante a mostura pego uma leiteira quue tenho em casa de 2L, deixo a agua ferver, depois volto com esse 2L na agua q tava no sol... e uso na lavagem... me da pouco trabalho e tenho a agua numa temperatura um pouco maior q a ambiente
 
Você não precisa fazer sempre com lavagem ou sem. Por exemplo quando for fazer uma cerveja com alta densidade original, faz sem lavagem, pra não diluir o mosto.
Quando for fazer o 'pilsão' pode fazer com lavagem pra aproveitar o volume total da panela e ter um maior rendimento total.
 
Olá @Leoaziani!

Ao meu entender, está havendo um pouco de confusão nas informações passandas.

Vou esclarecer um ponto e citar meu processo.

Primeiro a entender é que eficiência é uma coisa, rendimento é outra.

Eficiência está relacionada ao quanto de açúcar que existe no malte, que o seu sistema (processo) consegue solubilizar. Então, quando dizemos o a eficiência de determinado sistema é de 80% isso significa que, de total de açúcares contido no malte, 80% foi solubilizado.

A eficiência em sistemas caseiros dizem ficar entre 65% e 75%, nos melhores casos. Não sei dizer qual seria a eficiência em uma panela automática caseira, mas na indústria fica acima dos 90% chegando a 100%.

Segundo a entender é o rendimento, que está relacionado ao total de mosto que é possível produzir num determinado sistema.

Resumindo:

Eficiência = % de açúcar solubilizado no mosto.
Rendimento = total de mosto produzido no sistema.


Entendido isso, o fato é que a lavagem não implica em aumentar a eficiência, mas sim o rendimento.

Veja a lógica, chutando os valores apenas como exemplo.

Sem lavagem:

Terminado o mashing normal, a densidade alcançada do mosto foi de 1.050 (antes da fervura), com um rendimento de 40 litros.

Com lavagem:

Terminado o mashing normal, a densidade alcançada do mosto foi de 1.050 (antes da fervura); realizada a lavagem, o mosto saiu com uma densidade de 1.040; misturando os dois volumes de mosto a densidade alcançada foi 1.047, com um rendimento de 55 litros.

Será que deu para entender?

Olhando desse forma é possível perceber também que a lavagem na realidade não aumenta os custos, pelo contrário, proporcionalmente ela minimiza os custos, considerando o volume de malte já aquecido, o tempo de trabalho e o volume final a ir para o fermentador, entende?

Fato importante também de citar é que a lavagem deve ser sempre com a temperatura da água de preferência acima dos 65ºC, pois o calor solubiliza muito melhor o mosto pegajoso de açúcares contido nos grãos.

Voltando a eficiência, no meu sistema híbrido de caldeirão com um cesto e um biab dentro do cesto, minha eficiência fica entre 78% e 80%. Ou seja, do total de açúcares (amido) do malte o meu sistema solubiliza de 78% a 80% dele.

No meu sistema utilizo o que entendi que você queira fazer, que é recirculação contínua. Sim, deixo constantemente circulado para uma melhor homogeneização da temperatura, misturando o malte apenas em alguns momentos, como no início e fim de rampas, ou a cada 20 minutos mais ou menos, em rampas longas. E sim, ajuda a aumentar a eficiência devido a homogeneização de tudo.

O sistema que utilizo de recirculação é o da mangueira de silicone solta em cima da cama de grãos, formando a circunferência completa do caldeirão e sempre mantendo de 3cm a 5cm de mosto acima da cama de grãos. Esse sistema forma um tipo de whirlpool e não oxigena de forma alguma o mosto.

Fatores que influenciam muito na eficiência são a moagem, as temperaturas, a homogeneização e os tempos de cada rampa.

E fator importante da lavagem é que nunca fique os grãos expostos. É preciso equilibrar o volume de saída de mosto e de entrada de água de forma a manter a cama de grãos sempre submersa, pois isso será fundamental para evitar o entupimento da circulação.

Bom, essa minha experiência e espero que ajude de alguma forma.
certo meu amigo, primeiramente muito obrigado pela resposta !!
veja se entendi o ponto:
atualmente utilizo o sistema de tribloco e faço a lavagem;
minha brassagens são geralmente de 20 litros;
suponhamos o seguinte: ao passar a utilizar o sistema single vessel, minha ideia seria adicionar toda a agua de uma só vez, por exemplo, se no sistema tribloco eu fizesse uma brassagem com 20lt + 10l lavagem, na single eu adicionaria de uma só vez os 30lts sem lavagem. (a panela que eu adquiri suporta o volume)
neste caso hipoteticamente falando, eficiencia e/ou rendimento alcançados seriam similares nos dois sistemas?
 
certo meu amigo, primeiramente muito obrigado pela resposta !!
veja se entendi o ponto:
atualmente utilizo o sistema de tribloco e faço a lavagem;
minha brassagens são geralmente de 20 litros;
suponhamos o seguinte: ao passar a utilizar o sistema single vessel, minha ideia seria adicionar toda a agua de uma só vez, por exemplo, se no sistema tribloco eu fizesse uma brassagem com 20lt + 10l lavagem, na single eu adicionaria de uma só vez os 30lts sem lavagem. (a panela que eu adquiri suporta o volume)
neste caso hipoteticamente falando, eficiencia e/ou rendimento alcançados seriam similares nos dois sistemas?

Cara, nunca utilizei nenhum dos sistemas. Assim, o meu é uma single adaptada, meio isso.

Mas assim, independente do sistema, em ambos acredito ser semelhante os resultados.

O que vejo como principal diferença é que no tribloco você poderia fazer apenas a lavagem com um pouco mais de eficiência, uma vez que é possível inserir a água da lavagem, mexer tudo para homogeneizar e recircular por uns 5 minutos para clarificar.

Na single você só consegue fazer a lavagem deixando a água passar pela cama de malte, sem ter a movimentação e a homogeneização, e assim diminuindo um pouco a eficiência.

Eu utilizo 3 caldeirões.

Mash 65l > fervura 65l > água 32l.

Mash > transfega fervura > entra água de lavagem no Mash > transfega fervura.

As vezes não cabe tudo mosto no de 65l e preciso ferver um tempo separado.

E o caldeirão de fervura ao suspendo por um sistema de guincho para colocar no fogareiro de mash hehehehe

Gambiarra lascada, mas a eficiência é boa! Como disse, entre 78% e 80%.
 
Entendido isso, o fato é que a lavagem não implica em aumentar a eficiência, mas sim o rendimento.


Bom dia amigo!

Desculpe, mas eu irei discordar de você neste ponto...

A lavagem aumenta sim a eficiência, como você bem explicou que seria a quantidade que se extraiu de açúcar pela quantidade de açúcar total disponível no malte.

Existe uma questão bastante interessante a respeito da quantidade de água utilizada na mostura...

Para facilitar o entendimento, vou supor tudo em unidades de massa (e não de densidade). Isso facilita o entendimento da transferência de massa de açúcar (que é o que queremos) entre os sistemas.

Imagine que temos 5kg de malte:

Condição 1- Mostura "densa" com relação de 2,5 L / kg (geralmente sistemas tribloco)

Neste caso, utilizaríamos um volume inicial de 2,5 x 5 kg = 12,5 L de água inicial e ao final teríamos (arredondando para uma absorção de 1L / kg pelo malte) 12,5L – 5L = 7,5 litros na panela.

Se considerarmos que essa mostura conseguiu converter o amido do malte em 3kg de açúcar total (atenção que esse valor varia com o tipo e fornecedor de malte, moagem, temperatura, etc) teremos uma densidade de 3kg / 12,5L = 0,24 Kg/L

Agora entra uma questão física importante:

Os grãos, irão absorver não apenas a água que foi colocada na panela, mas sim todo o mosto!

Se o grão absorveu os 5 litros de mosto, eles serão 5 litros com densidade de 0,24 Kg/L, ou seja, dentro do malte ainda estaria presente 5 x 0,24 Kg = 1,2 Kg de açúcar!

Visando ter um volume pré-fervura de 25 litros, na teoria teríamos que adicionar mais 17,5 litros de água (25 - 7,5 na panela = 17,5 de lavagem)

Neste caso, o açúcar presente ainda no bagaço será diluído pela quantidade adicional de agua que você está inserindo! Ou seja os 1,2 kg de açúcar serão diluídos pela quantidade a mais de água (considerando sempre uma absorção constante de 5 litros para 5kg de malte).

Neste caso, teremos na lavagem uma densidade de 1,2 Kg/ (5+17,5) = 0,053 Kg / L.

Considerando o volume de 17,5L x 0,053 Kg/L , teríamos retirado mais 0,92 Kg de açúcar deste malte, sobrando ainda 0,28 Kg, referente aos 5 litros que vão ficar "presos" por conta da absorção.

No final, pré fervura, teríamos 25 litros de mosto com 1,8Kg (da mostura inicial) + 0,92 Kg de açúcar da lavagem = 2,92 Kg de açúcar em 25 litros de mosto.


Condição 2: Mostura com o volume total visando 25 litros pré-fervura: 30 litros de agua com absorção do malte dos mesmos 5L/ kg.

Se foram convertidos os mesmos 3 kg de açúcar total, a densidade seria de 3 kg / 30L (não mais 12,5 L como antes!) que é igual a 0,1 Kg/L

Neste caso, o malte absorveria 5L de mosto com densidade menor que a anterior (ou seja) 5L X 0,1Kg/L = 0,5 kg de açúcar ficariam retidos no malte, muito diferente da situação anterior onde ficou uma quantidade menor de 0,28 kg.

No final, pré fervura, teríamos 2,5Kg em 25 litros de mosto.


Ou seja, nesta condição hipotética, comparando os dois processos a lavagem iria ganhar 0,22 Kg a mais de açúcar em relação ao processo sem lavagem, aumentando a eficiência em algo como 0,22/2,5 = 8,8% (próximo ao que todos nós já vimos na prática).

Um fato interessante é que quanto maior o volume de água de lavagem, mais e mais açúcar você extrai, por conta do fator de diluição. Menos açúcar fica retido nos grãos.
Entretanto a curva da lavagem é do tipo y = 1/x, ou uma curva que se aproxima de zero, significando que quanto mais açúcar você retira, mais difícil fica em extrair mais.

(Se pensarmos em uma lavagem absurda de 50 litros, sem pensar no volume pré-fervura, teríamos extraído 1,2Kg / (5L+50L) * 50L = 1,09 Kg, dos 1,2 Kg presentes. Se fosse um valor absurdo de 1000 litros, conseguiríamos extrair 1,94 Kg de açúcar, 99,5% hahahaha)


Um experimento interessante para se fazer: Pegue um punhado dos grãos, antes da lavagem e coma, ele com certeza estará doce. Após a lavagem o dulçor dele diminui!

Por fim, esse exemplo não levou em consideração dois pontos:

1- O fator de diluição da mostura influencia na eficiência da conversão(diferentes relações de água e malte podem ocasionar variações nas conversões do amido)
2- A diluição do açúcar nos grãos pela lavagem não é tão linear como foi feita as contas. A temperatura também entra na equação por conta da solubilidade do açúcar na água (maior temperatura, mais fácil o açúcar se dissolve).


No final do dia, o que isso importa?


NADA!

É só colocar um pouco mais de malte e mandar bala... Porém realmente, a eficiência aumenta com a lavagem.

Um abração!
 
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Entendido isso, o fato é que a lavagem não implica em aumentar a eficiência, mas sim o rendimento.


Bom dia amigo!

Desculpe, mas eu irei discordar de você neste ponto...

A lavagem aumenta sim a eficiência, como você bem explicou que seria a quantidade que se extraiu de açúcar pela quantidade de açúcar total disponível no malte.

Existe uma questão bastante interessante a respeito da quantidade de água utilizada na mostura...

Para facilitar o entendimento, vou supor tudo em unidades de massa (e não de densidade). Isso facilita o entendimento da transferência de massa de açúcar (que é o que queremos) entre os sistemas.

Imagine que temos 5kg de malte:

Condição 1- Mostura "densa" com relação de 2,5 L / kg (geralmente sistemas tribloco)

Neste caso, utilizaríamos um volume inicial de 2,5 x 5 kg = 12,5 L de água inicial e ao final teríamos (arredondando para uma absorção de 1L / kg pelo malte) 12,5L – 5L = 7,5 litros na panela.

Se considerarmos que essa mostura conseguiu converter o amido do malte em 3kg de açúcar total (atenção que esse valor varia com o tipo e fornecedor de malte, moagem, temperatura, etc) teremos uma densidade de 3kg / 12,5L = 0,24 Kg/L

Agora entra uma questão física importante:

Os grãos, irão absorver não apenas a água que foi colocada na panela, mas sim todo o mosto!

Se o grão absorveu os 5 litros de mosto, eles serão 5 litros com densidade de 0,24 Kg/L, ou seja, dentro do malte ainda estaria presente 5 x 0,24 Kg = 1,2 Kg de açúcar!

Visando ter um volume pré-fervura de 25 litros, na teoria teríamos que adicionar mais 17,5 litros de água (25 - 7,5 na panela = 17,5 de lavagem)

Neste caso, o açúcar presente ainda no bagaço será diluído pela quantidade adicional de agua que você está inserindo! Ou seja os 1,2 kg de açúcar serão diluídos pela quantidade a mais de água (considerando sempre uma absorção constante de 5 litros para 5kg de malte).

Neste caso, teremos na lavagem uma densidade de 1,2 Kg/ (5+17,5) = 0,053 Kg / L.

Considerando o volume de 17,5L x 0,053 Kg/L , teríamos retirado mais 0,92 Kg de açúcar deste malte, sobrando ainda 0,28 Kg, referente aos 5 litros que vão ficar "presos" por conta da absorção.

No final, pré fervura, teríamos 25 litros de mosto com 1,8Kg (da mostura inicial) + 0,92 Kg de açúcar da lavagem = 2,92 Kg de açúcar em 25 litros de mosto.


Condição 2: Mostura com o volume total visando 25 litros pré-fervura: 30 litros de agua com absorção do malte dos mesmos 5L/ kg.

Se foram convertidos os mesmos 3 kg de açúcar total, a densidade seria de 3 kg / 30L (não mais 12,5 L como antes!) que é igual a 0,1 Kg/L

Neste caso, o malte absorveria 5L de mosto com densidade menor que a anterior (ou seja) 5L X 0,1Kg/L = 0,5 kg de açúcar ficariam retidos no malte, muito diferente da situação anterior onde ficou uma quantidade menor de 0,28 kg.

No final, pré fervura, teríamos 2,5Kg em 25 litros de mosto.


Ou seja, nesta condição hipotética, comparando os dois processos a lavagem iria ganhar 0,22 Kg a mais de açúcar em relação ao processo sem lavagem, aumentando a eficiência em algo como 0,22/2,5 = 8,8% (próximo ao que todos nós já vimos na prática).

Um fato interessante é que quanto maior o volume de água de lavagem, mais e mais açúcar você extrai, por conta do fator de diluição. Menos açúcar fica retido nos grãos.
Entretanto a curva da lavagem é do tipo y = 1/x, ou uma curva que se aproxima de zero, significando que quanto mais açúcar você retira, mais difícil fica em extrair mais.

(Se pensarmos em uma lavagem absurda de 50 litros, sem pensar no volume pré-fervura, teríamos extraído 1,2Kg / (5L+50L) * 50L = 1,09 Kg, dos 1,2 Kg presentes. Se fosse um valor absurdo de 1000 litros, conseguiríamos extrair 1,94 Kg de açúcar, 99,5% hahahaha)


Um experimento interessante para se fazer: Pegue um punhado dos grãos, antes da lavagem e coma, ele com certeza estará doce. Após a lavagem o dulçor dele diminui!

Por fim, esse exemplo não levou em consideração dois pontos:

1- O fator de diluição da mostura influencia na eficiência da conversão(diferentes relações de água e malte podem ocasionar variações nas conversões do amido)
2- A diluição do açúcar nos grãos pela lavagem não é tão linear como foi feita as contas. A temperatura também entra na equação por conta da solubilidade do açúcar na água (maior temperatura, mais fácil o açúcar se dissolve).


No final do dia, o que isso importa?


NADA!

É só colocar um pouco mais de malte e mandar bala... Porém realmente, a eficiência aumenta com a lavagem.

Um abração!

Olá @eduardomn!

Nada mais natural que discordâncias! Através delas que evoluímos.

Mas vou discordar de você também hehehehe

Entendo que, eficiência é a porcentagem de açúcar de um determinado malte, que é solubilizado no mash.

O mash pode ser iniciado em variadas temperaturas mais baixas, mas obrigatoriamente todo mash encerra-se no mash out, quando são desnaturadas ou neutralizadas as reações ensimáticas.

Logo, realizado o mash out não há mais reações ensimáticas para solubilizar mais açúcares. O que solubilizar até o mash out solubilizou, a partir daí não solubiliza mais.

Assim sendo, é a densidade quem indica o volume de açúcar solubilizado no mosto, e não o volume total de açúcar.

Repito, eficiência é a porcentagem do total de açúcares que é extraída de um determinado malte.

Independente do volume de açúcar solubilizado que ficar preso no bagaço, a densidade do mosto é o parâmetro, não o quanto de açúcar está preso no bagaço.

Ou seja, se no bagaço ficar retido 0,1kg ou 1kg de açúcar, isso não altera a densidade do mosto pré lavagem e pré fervura, e assim sendo, tudo o que vem após o mash out não tem mais relação com a eficiência.

Por exemplo, na indústria, quando diz que o sistema tem 100% de eficiência, significa que ele extraí, converte ou solubiliza 100% dos açúcares existem no malte.

Chaga-se então ao rendimento.

A lavagem do bagaço não irá mais solubilizar açúcares, pois nesse momento já não ocorrem mais reações ensimáticas para tal. A lavagem vai simplesmente desprender o açúcar já solubilizado que ficou retido no bagaço.

Por exemplo, se ao contrário de lavar, o bagaço for espremido, esse mosto terá a mesma concentração de açúcares solubilizados que o mosto separado anteriormente.

Voltando a lavagem então, a água quente adicionada irá melhorar o "rendimento" porque aumentara o volume total de mosto, através do "arreste" do açúcar solubilizado que ficou retido no bagaço.

Lembrando que, nesse processo não há mais "conversão" ou "solubilização" de açúcar. É o simples arraste do que já foi solubilizado pelas reações ensimáticas, e encerrado pelo mash out.

No cálculo do rendimento de um sistema entram inclusive as perdas do fundo de tina/panela e mangueiras, por exemplo, para se chegar a capacidade total de produção de mosto a ser fermentado.

Já a eficiência é um parâmetro de qualidade do sistema, no que diz respeito ao quanto um determinado sistema solubiliza ou converte de açúcares, não tendo relação com lavagem ou rendimento.

Esse é meu entendimento, de quando estudei o tema tempos atrás.

Mas, o mais importante é meter fogo na panela e tomar várias! 🤘

Saúde! 🍻
 
Last edited:
Olá @eduardomn!

Nada mais natural que discordâncias! Através delas que evoluímos.

Mas vou discordar de você também hehehehe

Entendo que, eficiência é a porcentagem de açúcar de um determinado malte, que é solubilizado no mash.

O mash pode ser iniciado em variadas temperaturas mais baixas, mas obrigatoriamente todo mash encerra-se no mash out, quando são desnaturadas ou neutralizadas as reações ensimáticas.

Logo, realizado o mash out não há mais reações ensimáticas para solubilizar mais açúcares. O que solubilizar até o mash out solubilizou, a partir daí não solubiliza mais.

Assim sendo, é a densidade quem indica o volume de açúcar solubilizado no mosto, e não o volume total de açúcar.

Repito, eficiência é a porcentagem do total de açúcares que é extraída de um determinado malte.

Independente do volume de açúcar solubilizado que ficar preso no bagaço, a densidade do mosto é o parâmetro, não o quanto de açúcar está preso no bagaço.

Ou seja, se no bagaço ficar retido 0,1kg ou 1kg de açúcar, isso não altera a densidade do mosto pré lavagem e pré fervura, e assim sendo, tudo o que vem após o mash out não tem mais relação com a eficiência.

Por exemplo, na indústria, quando diz que o sistema tem 100% de eficiência, significa que ele extraí, converte ou solubiliza 100% dos açúcares existem no malte.

Chaga-se então ao rendimento.

A lavagem do bagaço não irá mais solubilizar açúcares, pois nesse momento já não ocorrem mais reações ensimáticas para tal. A lavagem vai simplesmente desprender o açúcar já solubilizado que ficou retido no bagaço.

Por exemplo, se ao contrário de lavar, o bagaço for espremido, esse mosto terá a mesma concentração de açúcares solubilizados que o mosto separado anteriormente.

Voltando a lavagem então, a água quente adicionada irá melhorar o "rendimento" porque aumentara o volume total de mosto, através do "arreste" do açúcar solubilizado que ficou retido no bagaço.

Lembrando que, nesse processo não há mais "conversão" ou "solubilização" de açúcar. É o simples arraste do que já foi solubilizado pelas reações ensimáticas, e encerrado pelo mash out.

No cálculo do rendimento de um sistema entram inclusive as perdas do fundo de tina/panela e mangueiras, por exemplo, para se chegar a capacidade total de produção de mosto a ser fermentado.

Já a eficiência é um parâmetro de qualidade do sistema, no que diz respeito ao quanto um determinado sistema solubiliza ou converte de açúcares, não tendo relação com lavagem ou rendimento.

Esse é meu entendimento, de quando estudei o tema tempos atrás.

Mas, o mais importante é meter fogo na panela e tomar várias! 🤘

Saúde! 🍻

Bom dia amigo!

Obrigado pela sua resposta, mas eu volto a discordar... hehe :)

Na simulação que eu fiz eu não estou considerando a eficiência do malte ou o fator de conversão, rampas, temperaturas, mashout...

Apenas a questão da eficiência da mostura e lavagem.

Neste caso seria a eficiência pre fervura, ou seja, qual a densidade que chegamos e qual o volume de mosto antes da fervura.

Quanto maior a densidade, para um mesmo volume, maior a quantidade de açúcar que foi extraído

A questão central que eu estou comentando é que o malte absorve mosto.

Quanto maior a densidade do mosto, para um mesmo volume absorvido (constante, que depende da quantidade de malte), maior a quantidade de açúcar retido.

Eu estou sempre escrevendo sobre a quantidade de açúcar transferido, sem relacionar com densidade.
Isso porque a eficiência não tem relação com o volume...

Qual sistema é mais eficiente, um mosto de 1050 a 20 litros ou um mosto de 1025 a 40 litros? Ambos possuem a mesma eficiência, porque extraíram a mesma quantidade açúcar de uma quantidade igual de malte

Porque no fim das contas depois do processo de mostura ou lavagem, a quantidade de açúcares é constante apenas o volume varia pela fervura, variando a densidade.

A lavagem vai diluir o mosto que ficou impregnado no malte. E o mosto impregnado possui açúcar!

Se esse açúcar esta indo para sua panela, então com certeza sua eficiência esta aumentando. De novo, ignore a questão do volume densidade e pense apenas na questão do fluxo do açúcar do malte para o mosto.

Se aumentou a quantidade de açúcar global em kg dentro da sua panela aumentou a eficiência

Eu convido você a fazer o seguinte teste:
Após retirar o malte depois da mostura, tire ele de cima da panela, coloque ele em um recipiente e lave.

Eu tenho certeza que a agua pura que você jogar no bagaço não sairá pura no recipiente, ou seja ainda terá algum açúcar que será jogado fora e que poderia estar no seu mosto.

Mas novamente, a eficiência que eu estou falando é independente do volume e da densidade. Se você ferver mais o mosto o volume diminui e a densidade aumenta. Se você adicionar mais água (diretamente no mosto, sem lavagem) a densidade diminui e o volume aumenta.

Quem ficou constante, esse tempo todo? A quantidade de açúcar.

A eficiência que eu estou me referindo é entre o kg de malte que entrou e o kg de açúcar que saiu (que no final viram duas variáveis acopladas, volume e densidade).


Ps: na minha última brassagem tive uma eficiência absurda, provavelmente pelo malte. Eu calculei para ter uma densidade de 1050 em 23 litros, acabei chegando a 1063. Neste caso, fiz uma diluição com mais agua e aumentei um pouco o lúpulo de amargor para manter o balanço da receita.
Neste sentido, eu consegui extrair mais açúcar da mesma quantidade de malte, subiu a OG. Diluindo cheguei na OG correta, mas com volume maior (mais breja para nós!!!! Hahhaha)

Um abração

Eduardo
 
Lendo novamente seu comentário, eu entendi o que você quis dizer a respeito da lavagem não converter mais açúcar do malte!

Isso eu concordo plenamente com você!!! Todo o açúcar disponível para ser convertido, já foi convertido.

A questão que eu estou comentando é que o fenômeno da lavagem já não é mais químico, de reações de conversão do amido e sim físico!

Fisicamente a lavagem vai diluir o mosto impregnado no bagaço, retirar açúcar (atenção açúcar já convertido na mostura, não amido) e jogar para o sistema da panela.

No seu comentário você esta se referindo sobre a eficiência do malte, moagem dos grãos, tudo que influencia a conversão do amido para açúcar.

Eu estou comentando sobre a eficiência da mostura de modo generalizado(que talvez você se refira como rendimento), onde o amido já foi convertido e o mosto (entenda mosto, como mosto totalmente convertido) esta impregnado ainda no bagaço do malte.

Um abração


Edit:

Agora eu entendi o que gerou a minha confusão...

Relendo seu comentário inicial, percebi que o que você chama de açúcar solubilizado eu chamo de amido (que não deixa de ser açúcar, porém complexo) convertido ou catalisado pelas amilases.

Entenda todo os meus comentários acima como açúcares SIMPLES já convertidos.. :)


Desta forma, eu entendi que eficiência para você seria a eficiência "da mostura do malte" digamos assim e rendimento seria o que eu chamo de eficiência pré fervura, algo do gênero...

Acho que agora concordamos, certo? Um abraço!!!
 
Last edited:
Olá @Leoaziani!

Ao meu entender, está havendo um pouco de confusão nas informações passandas.

Vou esclarecer um ponto e citar meu processo.

Primeiro a entender é que eficiência é uma coisa, rendimento é outra.

Eficiência está relacionada ao quanto de açúcar que existe no malte, que o seu sistema (processo) consegue solubilizar. Então, quando dizemos o a eficiência de determinado sistema é de 80% isso significa que, de total de açúcares contido no malte, 80% foi solubilizado.

A eficiência em sistemas caseiros dizem ficar entre 65% e 75%, nos melhores casos. Não sei dizer qual seria a eficiência em uma panela automática caseira, mas na indústria fica acima dos 90% chegando a 100%.

Segundo a entender é o rendimento, que está relacionado ao total de mosto que é possível produzir num determinado sistema.

Resumindo:

Eficiência = % de açúcar solubilizado no mosto.
Rendimento = total de mosto produzido no sistema.


Entendido isso, o fato é que a lavagem não implica em aumentar a eficiência, mas sim o rendimento.

Veja a lógica, chutando os valores apenas como exemplo.

Sem lavagem:

Terminado o mashing normal, a densidade alcançada do mosto foi de 1.050 (antes da fervura), com um rendimento de 40 litros.

Com lavagem:

Terminado o mashing normal, a densidade alcançada do mosto foi de 1.050 (antes da fervura); realizada a lavagem, o mosto saiu com uma densidade de 1.040; misturando os dois volumes de mosto a densidade alcançada foi 1.047, com um rendimento de 55 litros.

Será que deu para entender?

Olhando desse forma é possível perceber também que a lavagem na realidade não aumenta os custos, pelo contrário, proporcionalmente ela minimiza os custos, considerando o volume de malte já aquecido, o tempo de trabalho e o volume final a ir para o fermentador, entende?

Fato importante também de citar é que a lavagem deve ser sempre com a temperatura da água de preferência acima dos 65ºC, pois o calor solubiliza muito melhor o mosto pegajoso de açúcares contido nos grãos.

Voltando a eficiência, no meu sistema híbrido de caldeirão com um cesto e um biab dentro do cesto, minha eficiência fica entre 78% e 80%. Ou seja, do total de açúcares (amido) do malte o meu sistema solubiliza de 78% a 80% dele.

No meu sistema utilizo o que entendi que você queira fazer, que é recirculação contínua. Sim, deixo constantemente circulado para uma melhor homogeneização da temperatura, misturando o malte apenas em alguns momentos, como no início e fim de rampas, ou a cada 20 minutos mais ou menos, em rampas longas. E sim, ajuda a aumentar a eficiência devido a homogeneização de tudo.

O sistema que utilizo de recirculação é o da mangueira de silicone solta em cima da cama de grãos, formando a circunferência completa do caldeirão e sempre mantendo de 3cm a 5cm de mosto acima da cama de grãos. Esse sistema forma um tipo de whirlpool e não oxigena de forma alguma o mosto.

Fatores que influenciam muito na eficiência são a moagem, as temperaturas, a homogeneização e os tempos de cada rampa.

E fator importante da lavagem é que nunca fique os grãos expostos. É preciso equilibrar o volume de saída de mosto e de entrada de água de forma a manter a cama de grãos sempre submersa, pois isso será fundamental para evitar o entupimento da circulação.

Bom, essa minha experiência e espero que ajude de alguma forma.

Bom dia, confrade.

Gostei de sua explicação. Veja, no entanto, que o próprio exemplo que você usou pra diferenciar eficiência e rendimento mostra que a lavagem do grãos aumenta a eficiência. No primeiro caso, sem lavagem, você obteve um mosto secundário com 40L e BG de 1,050; no segundo, com lavagem, o mosto secundário apresentou 55L com BG de 1,047 (um valor bem alto, a propósito). Proporcionalmente, você tem mais açúcares solubilizados no segundo caso. Isso é tão verdadeiro, que, se você reduzir o volume na fervura para 40L (com aproximadamente 4 horas de fervura numa taxa de evaporação de 0,1), será alcançado um mosto de 40L com OG de 1,068 (!), aproximadamente. Isso é um ganho teórico bem elevado de eficiência.

Saudações.
 
Lendo novamente seu comentário, eu entendi o que você quis dizer a respeito da lavagem não converter mais açúcar do malte!

Isso eu concordo plenamente com você!!! Todo o açúcar disponível para ser convertido, já foi convertido.

A questão que eu estou comentando é que o fenômeno da lavagem já não é mais químico, de reações de conversão do amido e sim físico!

Fisicamente a lavagem vai diluir o mosto impregnado no bagaço, retirar açúcar (atenção açúcar já convertido na mostura, não amido) e jogar para o sistema da panela.

No seu comentário você esta se referindo sobre a eficiência do malte, moagem dos grãos, tudo que influencia a conversão do amido para açúcar.

Eu estou comentando sobre a eficiência da mostura de modo generalizado(que talvez você se refira como rendimento), onde o amido já foi convertido e o mosto (entenda mosto, como mosto totalmente convertido) esta impregnado ainda no bagaço do malte.

Um abração


Edit:

Agora eu entendi o que gerou a minha confusão...

Relendo seu comentário inicial, percebi que o que você chama de açúcar solubilizado eu chamo de amido (que não deixa de ser açúcar, porém complexo) convertido ou catalisado pelas amilases.

Entenda todo os meus comentários acima como açúcares SIMPLES já convertidos.. :)


Desta forma, eu entendi que eficiência para você seria a eficiência "da mostura do malte" digamos assim e rendimento seria o que eu chamo de eficiência pré fervura, algo do gênero...

Acho que agora concordamos, certo? Um abraço!!!

Hehehehe

Ia fazer um comentário justamente nessa linha.

Sim, acho que estamos considerando eficiências distintas.

Me refiro sim, a eficiência da mostura do malte enquanto suas reações ensimáticas que levam a solubilização do amido (açúcar) em relação ao potencial de cada malte.

Você se refere a eficiência da brassagem enquanto volume final de açúcares extraídos, considerando tanto o que foi solubilizado quanto o que foi arrastado do bagaço.

Hehehehe

Parada é f***!

Estava até consultando um livro aqui mas é complexo mesmo o tema.

Obrigado Eduardo, pela paciência de compartilhar tantas informações compartilhadas!
Lendo novamente seu comentário, eu entendi o que você quis dizer a respeito da lavagem não converter mais açúcar do malte!

Isso eu concordo plenamente com você!!! Todo o açúcar disponível para ser convertido, já foi convertido.

A questão que eu estou comentando é que o fenômeno da lavagem já não é mais químico, de reações de conversão do amido e sim físico!

Fisicamente a lavagem vai diluir o mosto impregnado no bagaço, retirar açúcar (atenção açúcar já convertido na mostura, não amido) e jogar para o sistema da panela.

No seu comentário você esta se referindo sobre a eficiência do malte, moagem dos grãos, tudo que influencia a conversão do amido para açúcar.

Eu estou comentando sobre a eficiência da mostura de modo generalizado(que talvez você se refira como rendimento), onde o amido já foi convertido e o mosto (entenda mosto, como mosto totalmente convertido) esta impregnado ainda no bagaço do malte.

Um abração


Edit:

Agora eu entendi o que gerou a minha confusão...

Relendo seu comentário inicial, percebi que o que você chama de açúcar solubilizado eu chamo de amido (que não deixa de ser açúcar, porém complexo) convertido ou catalisado pelas amilases.

Entenda todo os meus comentários acima como açúcares SIMPLES já convertidos.. :)


Desta forma, eu entendi que eficiência para você seria a eficiência "da mostura do malte" digamos assim e rendimento seria o que eu chamo de eficiência pré fervura, algo do gênero...

Acho que agora concordamos, certo? Um abraço!!!

Hehehehe esse tema é complexo mesmo. Não que um esteve certo e outro errado, mas há diversas abordagens, né?!

Estávamos falando de coisas similares, porém diferentes hehehehe

Firmeza, o que é certo mesmo é como disse: são nas discordâncias que evoluímos.

Bora baixar a temperatura da minha geladeira agora que tenho uns 50L indo pro cold crash!

Saúde! 🍻
 
Hehehehe

Ia fazer um comentário justamente nessa linha.

Sim, acho que estamos considerando eficiências distintas.

Me refiro sim, a eficiência da mostura do malte enquanto suas reações ensimáticas que levam a solubilização do amido (açúcar) em relação ao potencial de cada malte.

Você se refere a eficiência da brassagem enquanto volume final de açúcares extraídos, considerando tanto o que foi solubilizado quanto o que foi arrastado do bagaço.

Hehehehe

Parada é f***!

Estava até consultando um livro aqui mas é complexo mesmo o tema.

Obrigado Eduardo, pela paciência de compartilhar tantas informações compartilhadas!


Hehehehe esse tema é complexo mesmo. Não que um esteve certo e outro errado, mas há diversas abordagens, né?!

Estávamos falando de coisas similares, porém diferentes hehehehe

Firmeza, o que é certo mesmo é como disse: são nas discordâncias que evoluímos.

Bora baixar a temperatura da minha geladeira agora que tenho uns 50L indo pro cold crash!

Saúde! 🍻

Muito boa a discussão! Obrigado!

Acredito que temos as mesmas ideias, porém acho que as terminologias são diferentes, o que acaba por levar a uma interpretação incorreta hehehe

O legal é que essa profundidade de discussão só acontece por aqui, diferente de outras plataformas como o Facebook e os grupos (mais zoeira.que outra coisa haha)

Por fim, para finalizar:

No malte com certeza ainda fica amido (açúcar complexo) não convertido, o que reduz a eficiência da conversão com toda certeza.

Se pegar um grao quebrado depois da mostura e apertar, sai do interior o amido branco que não foi convertido (e tem gosto de farinha, não sendo doce).

A lavagem com certeza não vai varrer o amido e converter em açúcares simples, mas sim lavar os açúcares simples (que são altamente solúveis) e levar para a panela.

Um abração!! E obrigado!

Eduardo
 
Bom dia, confrade.

Gostei de sua explicação. Veja, no entanto, que o próprio exemplo que você usou pra diferenciar eficiência e rendimento mostra que a lavagem do grãos aumenta a eficiência. No primeiro caso, sem lavagem, você obteve um mosto secundário com 40L e BG de 1,050; no segundo, com lavagem, o mosto secundário apresentou 55L com BG de 1,047 (um valor bem alto, a propósito). Proporcionalmente, você tem mais açúcares solubilizados no segundo caso. Isso é tão verdadeiro, que, se você reduzir o volume na fervura para 40L (com aproximadamente 4 horas de fervura numa taxa de evaporação de 0,1), será alcançado um mosto de 40L com OG de 1,068 (!), aproximadamente. Isso é um ganho teórico bem elevado de eficiência.

Saudações.

Olá @Gustavo Alencar Luna!

Então, esses parâmetros são chutados e muito hipotéticos hehehehe

Não se atenha aos números, apenas a lógica do raciocínio.

Mas como pode acompanhar nas conversas com @eduardomn, estou me referindo a eficiência de solubilização de açúcares durante o mash.

Na lavagem não há mais solubilização, e sim o arreste, ou a extração, do açúcar já solubilizado que fica retido no bagaço. Assim sendo, há a diluição do mosto retido no bagaço com a água da lavagem, por isso a densidade é mais baixa.

Então temos duas situações:

Eficiência do mash: quanto de açúcar (amido) foi solubilizado ou convertido no mash, em relação ao potencial volume de açúcar (amido) do malte - é o que tento explicar.

Eficiência de brassagem: quanto de açúcar total solubilizado, ao final de todo processo, foi levado para fervura - que é o que @eduardomn bem explicou.

Então, sim, se fizer a lavagem do bagaço você aumenta o volume total de açúcares solubilizados com o arraste do que estava retido no bagaço, e consequentemente aumenta o rendimento do volume total de mosto, pois aumentou tanto o volume total de açúcar quanto o de água.

Sim, esse rendimento é também chamado de eficiência da brassagem.

Mas voltando a eficiência do mash, por exemplo, para os mesmos 10kg de malte, podemos ter um mash com:

Eficiência baixa > densidade baixa > lavagem com extração de menos açúcares solubilizados no bagaço.

Eficiência alta > densidade alta > lavagem com extração de mais açúcares solubilizados no bagaço.

Por isso considero mais importante obter boa eficiência no mash, independente se irá fazer a lavagem ou não.

Ou, a lavagem aumenta a eficiência total? Sim. Mas mesmo assim você pode ter um resultado muito insatisfatório em relação ao potencial de açúcar que poderia ser solubilizado no mash, mas não foi.

Por isso insisto que quando pensamos na eficiência, devemos nos ater no mash primeiramente, pois é nele que, podemos chegar a uma mesma densidade de 1,050 com 10kg de malte, ou com apenas 5kg, desde que, a eficiência do sistema seja alta.

Alcançada a eficiência alta no mash, com lavagem ou não o que vier é lucro.

Tem homebrewere por exemplo, que ao invés de lavar simplesmente inclui mais água na fervura. Mas para isso é preciso ter uma eficiência alta no mash.

Considerando isso, veja que é possível termos outro resultado, para o mesmo malte e volume:

Eficiência alta mash > densidade alta > água na fervura > 20L > FG 1,058.

Eficiência baixa mash > densidade baixa > lavagem > 20L > FG 1,050.

Talvez fique melhor entendido o que quis dizer no outro post.

Hehehehe

Saúde! 🍻
 
Fala pessoal, estou montando uma single vessel com cesto de graos inox e recirculação continua. Gostaria de saber se é possivel por este método, NAO realizar a lavagem de grãos? A eficiência tende a ser muito mais baixa do que com a lavagem?

Já tem 2 anos que não faço lavagem.

Montei uma single vessel recentemente e eu "odeio" lavagem, acho desnecessário e mais uma coisa pra se preocupar, num hobby onde tudo deve ser o mais simples e eficaz o possível. Até porque ter uma single vessel é para ser algo compacto e SINGLE vessel, ou seja, uma única tina. Ter que ter outro recipiente para aquecer água de lavagem faz perder o propósito (BIAB se aplica mesma lógica, ambos são pensados para serem compactos e não precisarem de lavagem).

Minha eficiência média, sem fazer lavagem, está sendo 83% no processo todo e cerca de 90% de eficiência durante a mostura (as últimas 3 foram 81%, 87% e 83%). Então, para mim, lavagem é dispensável. O equipamento está completamente afinado com o software, todos os volumes e densidades (pré e pós fervura) e a quantidade de trub na parte quente e fria batem perfeitamente. Os grãos tem retido aproximadamente 0,6 L/kg pelo que aponta o programa e fazer lavagem não iria me agregar em nada, fora aumentar um volume que eu teria que ferver mais e gastar muito mais com energia elétrica que teria de ganho com uma miséria de açúcar que por ventura arrastasse do bagaço.

O que posso te indicar é que, chegando nos 75% de eficiência, pouco tem a ver com extrair algo dos grãos, porém muito mais a ver com deixar de perder. Qualquer meio litro que tu deixar de perder em trub, tu vai aumentar muito a eficiência. Então comece a pensar em diversos pontos, como usar maltes bons e que foram bem armazenados, ter uma moagem excelente (ponto crucial), providenciar níveis adequados de cálcio, fazer uma parada proteica, garantir uma boa cama de grãos e boa clarificação pré-fervura, utilizar agentes aglutinantes, utilizar levedura saudável e nova e com o pitch rate adequado, com nutrientes o suficiente e bom controle de fermentação, respeitando o tempo e características de floculação de cada levedura. Estes pequenos pontos, quando somados, irão garantir boa compactação do trub, estabilidade coloidal e boa floculação da levedura o que, no fim, resultará em mais cerveja envasada e maior rendimento de todo o processo.

Seguem umas fotos do equipamento:

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Tenho canal no YouTube e uma série montando a single vessel:
 
Fala Eric, curto muito seus videos sobre Kveik!
Voce pode mostrar mais detalhes do seu cesto?
Valeu!
 
Fala Eric, curto muito seus videos sobre Kveik!
Voce pode mostrar mais detalhes do seu cesto?
Valeu!

Sinceridade, não sei o que era. Parece ser uma lixeira de inox. O antigo dono tentou fazer um cesto e aparentemente não deu certo. Os furos pareciam muito grandes, pelo menos 4mm. Outro empecilho para usar ele no meu setup era que o diâmetro dele era o exato diâmetro de minha panela, então precisei diminuir o comprimento da circunferência para diminuir o diâmetro. Usei malha 30.

Eu tinha um cesto da 2Brew. É bom e bem construído, mas existem limitações. A principal é que é mais fácil o mosto escoar pela lateral que passar pela cama de grãos. Isso faz com que haja uma clarificação praticamente nula. Uma boa clarificação tem ótimas vantagens durante todo o processo. Então, a saída é manter a tela no fundo, para que o mosto seja forçado a passar na cama de grãos. Na resposta anterior, você pode ver a clarificação que obtive com o novo cesto.

Outro ponto que vale ressaltar é o diâmetro. Quando se fala de cesto, o ideal é que se tenha o maior diâmetro possível, de modo que haja uma menor coluna de malte para que o mosto passe. Isso facilita a passagem e clarificação e evita entupimentos e, se permite maior escoamento, melhora o rendimento. Um exemplo é o meu próprio cesto: a panela tem 350mm de diâmetro, eu projetei para que o cesto tenha 330mm de diâmetro.

A seleção da tela deve ser cuidadosa. Eu gastei fortunas até achar a tela ideal pro processo. Abertura de tela muito fina = entupimento na certa. Abertura de tela muito grossa: passa sedimentos que se depositam no fundo da panela e não são puxados pela bomba (também faz com que a moagem deva ser mais grossa, o que pode impactar o rendimento). A tela ideal para meu processo foi a malha 30, com fios de 0,3mm. A abertura dessa dela é de 0,55mm. Essa abertura permite a passagem de forma lenta, então precisa regular o fluxo da bomba, mas não entope e clarifica muito bem. Também permite que eu faça uma moagem bem fina, o que aumenta o rendimento.

Segue imagens do processo de fabricação do cesto e da moagem que faço (cascas bem preservadas, endosperma esfarelado).

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Abraços!
 
Cara, essa moagem é BEM fina mesmo, eu tenho moinho de rolo Daddy Mill e parece que se eu tento moer muito fino ele "patina", não puxa os grãos e o negócio não anda sabe. Mas realmente, moagem influencia muuuito a eficiencia, outro dia uma receita que a OG prevista era 1.052 eu consegui 1.066, isso que minha moagem ficou mais grossa que essa sua.
As vezes eu penso em fazer uma single vessel, o meu receio é acabar ficando mais caro o molho que o frango, tipo ficar mais caro que uma pronta sabe.
 
Cara, essa moagem é BEM fina mesmo, eu tenho moinho de rolo Daddy Mill e parece que se eu tento moer muito fino ele "patina", não puxa os grãos e o negócio não anda sabe. Mas realmente, moagem influencia muuuito a eficiencia, outro dia uma receita que a OG prevista era 1.052 eu consegui 1.066, isso que minha moagem ficou mais grossa que essa sua.
As vezes eu penso em fazer uma single vessel, o meu receio é acabar ficando mais caro o molho que o frango, tipo ficar mais caro que uma pronta sabe.
Boa tarde, estava na mesma situação....recentemente comprei uma Inversa, mas antes de decidir, fiz várias pesquisas para montar a minha própria single vessel. Lógico que bem planejada fica muito superior do que uma pronta, mas no meu caso, acabei decidindo pela compra da Inversa devido aos custos para montagem.
 
Cara, essa moagem é BEM fina mesmo, eu tenho moinho de rolo Daddy Mill e parece que se eu tento moer muito fino ele "patina", não puxa os grãos e o negócio não anda sabe. Mas realmente, moagem influencia muuuito a eficiencia, outro dia uma receita que a OG prevista era 1.052 eu consegui 1.066, isso que minha moagem ficou mais grossa que essa sua.
As vezes eu penso em fazer uma single vessel, o meu receio é acabar ficando mais caro o molho que o frango, tipo ficar mais caro que uma pronta sabe.

Recentemente tive a oportunidade de comprar um moedor de ponta, italiano, 3 rolos, custa uns 600 reais, comprei por 100 reais, oportunidade que aparece uma vez na vida. Coisa mais linda. Ele é usado para moagem de malte e outros grãos, usado pra cerveja e panificação, então se eu quiser fazer farinha, consigo fazer farinha. Ele deixa a palha inteira e o endosperma vira farinha. Tem sido ótimo.

Com os valores de frete e demais custos, montei um equipamento full inox, com um nível bem alto de automatização, pra produzir entre 10 e 25L gastando cerca de R$ 2100,00, diluídos em mais de 1 ano de projeto. Provavelmente eu chegue nos R$ 2400,00, pois estou investindo num outro tipo de automatização com Raspberrypi, para controlar pelo celular à distância. Os equipamentos que vi não tinham um preço tão atrativo ou não se adequavam às minha limitações (só possuo 127v).

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Top esse moedor mesmo... mas se é 600 reais mesmo então fiz besteira, já faz uns 2 anos paguei 450 no meu, e foi o melhor que eu achei, os outros nem eram rolo de inox e tavam o mesmo preço.
 
Top esse moedor mesmo... mas se é 600 reais mesmo então fiz besteira, já faz uns 2 anos paguei 450 no meu, e foi o melhor que eu achei, os outros nem eram rolo de inox e tavam o mesmo preço.
Este tem rolos de alumínio anodizado. Mas não vejo diferença pra aplicação. Não sendo de aço carbono ou cobre, tá no jogo. Antes eu tinha em casa um moinho que eu mesmo projetei e fiz, a moagem era excelente, mas ainda assim não era mil maravilhas, minha oficina é muito modesta e não disponho de algumas ferramentas pra poder fazer algo mais complexo.
 
Olá @Gustavo Alencar Luna!

Então, esses parâmetros são chutados e muito hipotéticos hehehehe

Não se atenha aos números, apenas a lógica do raciocínio.

Mas como pode acompanhar nas conversas com @eduardomn, estou me referindo a eficiência de solubilização de açúcares durante o mash.

Na lavagem não há mais solubilização, e sim o arreste, ou a extração, do açúcar já solubilizado que fica retido no bagaço. Assim sendo, há a diluição do mosto retido no bagaço com a água da lavagem, por isso a densidade é mais baixa.

Então temos duas situações:

Eficiência do mash: quanto de açúcar (amido) foi solubilizado ou convertido no mash, em relação ao potencial volume de açúcar (amido) do malte - é o que tento explicar.

Eficiência de brassagem: quanto de açúcar total solubilizado, ao final de todo processo, foi levado para fervura - que é o que @eduardomn bem explicou.

Então, sim, se fizer a lavagem do bagaço você aumenta o volume total de açúcares solubilizados com o arraste do que estava retido no bagaço, e consequentemente aumenta o rendimento do volume total de mosto, pois aumentou tanto o volume total de açúcar quanto o de água.

Sim, esse rendimento é também chamado de eficiência da brassagem.

Mas voltando a eficiência do mash, por exemplo, para os mesmos 10kg de malte, podemos ter um mash com:

Eficiência baixa > densidade baixa > lavagem com extração de menos açúcares solubilizados no bagaço.

Eficiência alta > densidade alta > lavagem com extração de mais açúcares solubilizados no bagaço.

Por isso considero mais importante obter boa eficiência no mash, independente se irá fazer a lavagem ou não.

Ou, a lavagem aumenta a eficiência total? Sim. Mas mesmo assim você pode ter um resultado muito insatisfatório em relação ao potencial de açúcar que poderia ser solubilizado no mash, mas não foi.

Por isso insisto que quando pensamos na eficiência, devemos nos ater no mash primeiramente, pois é nele que, podemos chegar a uma mesma densidade de 1,050 com 10kg de malte, ou com apenas 5kg, desde que, a eficiência do sistema seja alta.

Alcançada a eficiência alta no mash, com lavagem ou não o que vier é lucro.

Tem homebrewere por exemplo, que ao invés de lavar simplesmente inclui mais água na fervura. Mas para isso é preciso ter uma eficiência alta no mash.

Considerando isso, veja que é possível termos outro resultado, para o mesmo malte e volume:

Eficiência alta mash > densidade alta > água na fervura > 20L > FG 1,058.

Eficiência baixa mash > densidade baixa > lavagem > 20L > FG 1,050.

Talvez fique melhor entendido o que quis dizer no outro post.

Hehehehe

Saúde! 🍻

Sim, compreendi. Eu me referia especificamente à eficiência da brassagem. Um primeiro ponto é que seria preciso por na ponta do lápis a relação entre os custos energético e de água e o benefício da lavagem para atingir uma OG específica. Um segundo ponto é avaliar, com alguma precisão, novamente com experimento, qual das duas eficiências mais impacta sobre o total de açúcares fermentáveis solubilizados.

Eu particularmente lavo.

Saudações!
 
Eu montei uma single vessel com as panelas que tinha, e fiz a automação com um ardbier e depois com brewuno.

Ainda faço uma lavagem básica de uns 7 litros, mas tenho notado que o que mais influencia na eficiência da extração é homogeneizar corretamente todos os grãos.

Um exemplo é que sem nunca mexer na cama depois de assentada, a eficiência fica próxima a um biab normal, aprox. 65%

O que eu ando fazendo é apos uns 30 minutos da mostura, revirar a cama de grãos. (Os Deuses da cerveja devem estar se revirando tambem agora hahhaha).

O que eu vejo é que quando eu faço isso, muito amido se desprende da cama e inicia a conversão. Na última brassagem tive uma eficiência de mais de 90%, utilizando malte weirmann.

Uma atenção é que eu uso recirculacao continua e a clarificação do mosto fica boa apos uns 30 minutos, ou seja, se agitar a cama faltando pouco para finalizar a mostura, fica horrível de turvo. O cesto de grãos também tem uma quantidade considerável de furos e não entope fazendo esse procedimento.

De toda forma, o ideal é ter previsibilidade quanto a OG, independente da eficiência.

Nas próximas vezes, vou tentar não fazer lavagem e fazer tudo em uma panela só.

Hoje meu setup é uma panela de 38 litros, mais um cesto com uma panela de 22 litros, com furos uns 1000 furos de 2mm (nunca mais vou fazer isso na mão hahaha)

Um abração
 
Eu montei uma single vessel com as panelas que tinha, e fiz a automação com um ardbier e depois com brewuno.

Ainda faço uma lavagem básica de uns 7 litros, mas tenho notado que o que mais influencia na eficiência da extração é homogeneizar corretamente todos os grãos.

Um exemplo é que sem nunca mexer na cama depois de assentada, a eficiência fica próxima a um biab normal, aprox. 65%

O que eu ando fazendo é apos uns 30 minutos da mostura, revirar a cama de grãos. (Os Deuses da cerveja devem estar se revirando tambem agora hahhaha).

O que eu vejo é que quando eu faço isso, muito amido se desprende da cama e inicia a conversão. Na última brassagem tive uma eficiência de mais de 90%, utilizando malte weirmann.

Uma atenção é que eu uso recirculacao continua e a clarificação do mosto fica boa apos uns 30 minutos, ou seja, se agitar a cama faltando pouco para finalizar a mostura, fica horrível de turvo. O cesto de grãos também tem uma quantidade considerável de furos e não entope fazendo esse procedimento.

De toda forma, o ideal é ter previsibilidade quanto a OG, independente da eficiência.

Nas próximas vezes, vou tentar não fazer lavagem e fazer tudo em uma panela só.

Hoje meu setup é uma panela de 38 litros, mais um cesto com uma panela de 22 litros, com furos uns 1000 furos de 2mm (nunca mais vou fazer isso na mão hahaha)

Um abração

Blz @eduardomn!

Cara, eu também uso recirculação contínua e mexo a cama de grãos a cada início de temperatura, a cada 20min aproximadamente e na lavagem. Em 10min no máximo está filtrada.

Afinal, toda e qualquer tina de cervejaria movimenta constantemente a cama de grãos. Por que não faria em casa?! Hehehehe

Saúde! 🍻
 
Sim, compreendi. Eu me referia especificamente à eficiência da brassagem. Um primeiro ponto é que seria preciso por na ponta do lápis a relação entre os custos energético e de água e o benefício da lavagem para atingir uma OG específica. Um segundo ponto é avaliar, com alguma precisão, novamente com experimento, qual das duas eficiências mais impacta sobre o total de açúcares fermentáveis solubilizados.

Eu particularmente lavo.

Saudações!

Blz @Gustavo Alencar Luna?!

Eu creio que se o custo com levagem fosse maior a indústria não lavaria, não é?.

Agora, independente de custos o que me levou a partir pra lavagem foi o rendimento, ou seja, no mesmo dia de brassagem obtenho um volume maior de cerveja. Hehehehe

No total, entre transfega, recirculação e lavar um caldeirão a mais, gasto no máximo 30min. Vale a pena sim!

Só um detalhe quanto a eficiência que, independente se o açúcar for fermentável ou não, foi solubilizado.

A questão é qual deles que você quer conforme a cerveja, né?. Mais corpo ou menos corpo.

Saúde! 🍻
 
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Blz @eduardomn!

Cara, eu também uso recirculação contínua e mexo a cama de grãos a cada início de temperatura, a cada 20min aproximadamente e na lavagem. Em 10min no máximo está filtrada.

Afinal, toda e qualquer tina de cervejaria movimenta constantemente a cama de grãos. Por que não faria em casa?! Hehehehe

Saúde! 🍻

Exatamente! A tina de mostura fica revirando os grãos sem parar! A clarificação so vai ocorrer depois...

Eu acabo revirando apenas uma vez, mas vou até o fundo mesmo hehehe, raspando o fundo do cesto.

Lógico, se a moagem for meio irregular a chance de entupir aumenta muito... Eu melhorei bastante a eficiência do processo depois que comecei a moer em casa com um moinho de rolos e regular precisamente a abertura.

A moagem do brewshop variava um pouco cada vez que comprava... Também, cada malte tem seu diâmetro maior ou menor e isso influencia em quanto de casaca fica inteira ou não.

Mas enfim, o bom é ter cerveja sempre!

Um abração

Eduardo
 
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