Olá
@Leoaziani!
Ao meu entender, está havendo um pouco de confusão nas informações passandas.
Vou esclarecer um ponto e citar meu processo.
Primeiro a entender é que eficiência é uma coisa, rendimento é outra.
Eficiência está relacionada ao
quanto de açúcar que existe no malte, que o seu sistema (processo) consegue solubilizar. Então, quando dizemos o a eficiência de determinado sistema é de 80% isso significa que, de total de açúcares contido no malte, 80% foi solubilizado.
A eficiência em sistemas caseiros dizem ficar entre 65% e 75%, nos melhores casos. Não sei dizer qual seria a eficiência em uma panela automática caseira, mas na indústria fica acima dos 90% chegando a 100%.
Segundo a entender é o
rendimento, que está relacionado ao
total de mosto que é possível produzir num determinado sistema.
Resumindo:
Eficiência = % de açúcar solubilizado no mosto.
Rendimento = total de mosto produzido no sistema.
Entendido isso, o fato é que a
lavagem não implica em aumentar a eficiência, mas sim o rendimento.
Veja a lógica, chutando os valores apenas como exemplo.
Sem lavagem:
Terminado o mashing normal, a densidade alcançada do mosto foi de
1.050 (antes da fervura), com um rendimento de
40 litros.
Com lavagem:
Terminado o mashing normal, a densidade alcançada do mosto foi de
1.050 (antes da fervura); realizada a lavagem, o mosto saiu com uma densidade de
1.040; misturando os dois volumes de mosto a densidade alcançada foi
1.047, com um rendimento de
55 litros.
Será que deu para entender?
Olhando desse forma é possível perceber também que a lavagem na realidade não aumenta os custos, pelo contrário, proporcionalmente ela minimiza os custos, considerando o volume de malte já aquecido, o tempo de trabalho e o volume final a ir para o fermentador, entende?
Fato importante também de citar é que a lavagem deve ser sempre com a temperatura da água de preferência acima dos 65ºC, pois o calor solubiliza muito melhor o mosto pegajoso de açúcares contido nos grãos.
Voltando a eficiência, no meu sistema híbrido de caldeirão com um cesto e um biab dentro do cesto, minha eficiência fica entre 78% e 80%. Ou seja, do total de açúcares (amido) do malte o meu sistema solubiliza de 78% a 80% dele.
No meu sistema utilizo o que entendi que você queira fazer, que é recirculação contínua. Sim, deixo constantemente circulado para uma melhor homogeneização da temperatura, misturando o malte apenas em alguns momentos, como no início e fim de rampas, ou a cada 20 minutos mais ou menos, em rampas longas. E sim, ajuda a aumentar a eficiência devido a homogeneização de tudo.
O sistema que utilizo de recirculação é o da mangueira de silicone solta em cima da cama de grãos, formando a circunferência completa do caldeirão e sempre mantendo de 3cm a 5cm de mosto acima da cama de grãos. Esse sistema forma um tipo de whirlpool e não oxigena de forma alguma o mosto.
Fatores que influenciam muito na eficiência são a moagem, as temperaturas, a homogeneização e os tempos de cada rampa.
E fator importante da lavagem é que nunca fique os grãos expostos. É preciso equilibrar o volume de saída de mosto e de entrada de água de forma a manter a cama de grãos sempre submersa, pois isso será fundamental para evitar o entupimento da circulação.
Bom, essa minha experiência e espero que ajude de alguma forma.