Tiburcio Jobs
Well-Known Member
Pequeno relato de uma brassagem usando fogão de indução:
1. Faço cerveja desde 2012, inicialmente no sistema tri-bloco, com panelas de 20L e depois 80L. Depois de uma pausa devido à troca de cidades, passei a utilizar uma single vessel (Guten), que de uma forma geral me atende muito bem. No entanto, com filhos pequenos o tempo se torna escasso, e o Pós brassagem estava me incomodando, pois é bastante coisa para lavar, secar, guardar...
2. Queria um processo mais rápido e limpo. Há tempos tinha pensado na viabilidade de uma brassagem com fogão de indução e depois de uma pesquisada no HBT americano vi que essa é uma realidade bem consolidada por lá. Assim, sob o pretexto de aposentar um fogãozinho a gás bem velho que tínhamos na edícula convenci a esposa a comprarmos um fogão a indução da marca Cadence, por um pouco menos de 300 reais(importante q seja o 220V, que fornece 2kW de potência, ao contrário do 110V que fornece apenas 1200W). Faltava a panela. Nos EUA existem vários modelos, um melhor que o outro, mas importar saia muito caro. No ebay vi uma panela da Tramontina de aproximadamente 20 litros (22qt) que seria perfeita, mas simplesmente não consegui achar aqui no Brasil, cheguei a entrar em contato com a Tramontina, mas sem sucesso. Se alguém souber onde venda, ainda estou interessado nela.
Acabei comprando uma panela da linha solar da Tramontina, com capacidade total de 15,7L, por 350 reais. Importante verificar o diâmetro da panela, que nesse caso é de 30 cm, pois o diâmetro de indução do fogão Cadence é de 25 cm. Pelas pesquisas que fiz exceder um pouco as dimensões do sistema de indução não implicaria em problemas, o que se mostrou verdade na brassagem.
3. Com a ressalva de nunca ter utilizado o método BIAB, resolvi testar o equipamento brassando uma American Lager com sobras de malte e lúpulo.
2 Kg de Pilsen agrária
40 gramas de caraamber
300 gramas de flocos de milho
10 gramas de Columbus em 20 minutos.
4. Aqueci 10 litros de água na potência máxima do fogão, até 70 graus, o que demorou 18 minutos com a panela tampada (hj estava 30 graus aqui). Dei uma pequena corrigida na temperatura utilizando uma potência baixa no meio da mostura e parti pra lavagem dos grãos.
5. Meio que na gambiarra, usei uma panela menor pra aquecer 5,5 litros de água e fiz uma lavagem improvisada.
6. A subida para a fervura, de 66 até aproximadamente 97°C levou uns 22 minutos. Uma vez atingida a fervura, baixei a potência para 1200W, pois a 2kW a fervura estava muito intensa.
7. Acabei usando um arremedo de chiller de imersão q tinha aqui em casa, o que fez com o Whirlpool não funcionasse, mas próxima vez vou simplificar ainda mais e partir para o no-chill.
8. VANTAGENS:
- Eficiência energética: segundo a literatura, o aquecimento por indução é muito eficiente. Acabei não usando nenhum isolante térmico, o que pretendo corrigir na próxima brassagem. Os americanos usam muito um isolante chamado reflectix, mas não achei por aqui algo similar.
- Rapidez no pós brassagem: basicamente foi só lavar a panela, que pelo seu tamanho relativamente pequeno acaba sendo bem fácil. De fato reduziu muito meu trabalho em relação à limpeza da single vessel.
– Segurança: fica tudo sobre a bancada, longe do alcance do moleque.
9. DESAVANTAGENS:
- Volume: na melhor das hipóteses da pra jogar algo em torno de 13,5 litros no fermentador, sendo que 12 litros é uma estimativa mais plausível. As opções de panela para fogão de indução são restritas aqui no Brasil, além do custo ser relativamente alto.
- Custo
...
Isso aí galera, espero ter contribuído com a comunidade...
Cheers!!!
1. Faço cerveja desde 2012, inicialmente no sistema tri-bloco, com panelas de 20L e depois 80L. Depois de uma pausa devido à troca de cidades, passei a utilizar uma single vessel (Guten), que de uma forma geral me atende muito bem. No entanto, com filhos pequenos o tempo se torna escasso, e o Pós brassagem estava me incomodando, pois é bastante coisa para lavar, secar, guardar...
2. Queria um processo mais rápido e limpo. Há tempos tinha pensado na viabilidade de uma brassagem com fogão de indução e depois de uma pesquisada no HBT americano vi que essa é uma realidade bem consolidada por lá. Assim, sob o pretexto de aposentar um fogãozinho a gás bem velho que tínhamos na edícula convenci a esposa a comprarmos um fogão a indução da marca Cadence, por um pouco menos de 300 reais(importante q seja o 220V, que fornece 2kW de potência, ao contrário do 110V que fornece apenas 1200W). Faltava a panela. Nos EUA existem vários modelos, um melhor que o outro, mas importar saia muito caro. No ebay vi uma panela da Tramontina de aproximadamente 20 litros (22qt) que seria perfeita, mas simplesmente não consegui achar aqui no Brasil, cheguei a entrar em contato com a Tramontina, mas sem sucesso. Se alguém souber onde venda, ainda estou interessado nela.
Acabei comprando uma panela da linha solar da Tramontina, com capacidade total de 15,7L, por 350 reais. Importante verificar o diâmetro da panela, que nesse caso é de 30 cm, pois o diâmetro de indução do fogão Cadence é de 25 cm. Pelas pesquisas que fiz exceder um pouco as dimensões do sistema de indução não implicaria em problemas, o que se mostrou verdade na brassagem.
3. Com a ressalva de nunca ter utilizado o método BIAB, resolvi testar o equipamento brassando uma American Lager com sobras de malte e lúpulo.
2 Kg de Pilsen agrária
40 gramas de caraamber
300 gramas de flocos de milho
10 gramas de Columbus em 20 minutos.
4. Aqueci 10 litros de água na potência máxima do fogão, até 70 graus, o que demorou 18 minutos com a panela tampada (hj estava 30 graus aqui). Dei uma pequena corrigida na temperatura utilizando uma potência baixa no meio da mostura e parti pra lavagem dos grãos.
5. Meio que na gambiarra, usei uma panela menor pra aquecer 5,5 litros de água e fiz uma lavagem improvisada.
6. A subida para a fervura, de 66 até aproximadamente 97°C levou uns 22 minutos. Uma vez atingida a fervura, baixei a potência para 1200W, pois a 2kW a fervura estava muito intensa.
7. Acabei usando um arremedo de chiller de imersão q tinha aqui em casa, o que fez com o Whirlpool não funcionasse, mas próxima vez vou simplificar ainda mais e partir para o no-chill.
8. VANTAGENS:
- Eficiência energética: segundo a literatura, o aquecimento por indução é muito eficiente. Acabei não usando nenhum isolante térmico, o que pretendo corrigir na próxima brassagem. Os americanos usam muito um isolante chamado reflectix, mas não achei por aqui algo similar.
- Rapidez no pós brassagem: basicamente foi só lavar a panela, que pelo seu tamanho relativamente pequeno acaba sendo bem fácil. De fato reduziu muito meu trabalho em relação à limpeza da single vessel.
– Segurança: fica tudo sobre a bancada, longe do alcance do moleque.
9. DESAVANTAGENS:
- Volume: na melhor das hipóteses da pra jogar algo em torno de 13,5 litros no fermentador, sendo que 12 litros é uma estimativa mais plausível. As opções de panela para fogão de indução são restritas aqui no Brasil, além do custo ser relativamente alto.
- Custo
...
Isso aí galera, espero ter contribuído com a comunidade...
Cheers!!!