Olá
@Obiobeer ,
Vamos supor que você perceba que, em média, considerando 1 hora de fervura, sua densidade sobe cerca de 0,015. Essa é uma média que pode ser obtida observando as fervuras do equipamento nas brassagens que faz e ir anotando.
Nesse caso, caso você esteja buscando, por exemplo, uma OG de 1,045, sabe-se que deve levar para a fervura um mosto com gravidade de 1,030 (=1,045-1,030).
Tal lógica vale também para a quantidade desejada de mosto no final da fervura. Ao perceber que, em 1 hora de fervura seu equipamento evapora 5 litros de mosto e você deseja um volume de 20 litros para o fermentador, então é ideal levar cerva de 25 litros para a fervura, sem considerar eventuais perdas com trub, por exemplo.
Claro, existem variáveis que podem impactar nesse processo. Mudanças na intensidade da fervura (o que pode ser impactado até pela temperatura ambiente do dia) pode mudar a taxa de evaporação, assim como impactará também na densidade.
Eu costumo considerar sempre a taxa de evaporação média do meu equipamento e ir ajustando durante a fervura (antes da contagem de tempo para lupulagem) para obter a OG desejada ao final.
Quando eu chego na fervura com uma OG abaixo do esperado para a pré-fervura, deixo fervendo até chegar na OG desejada e só então começo a contar o tempo de 1 hora para as adições de lúpulos.
Por outro lado, se chego com uma OG maior que a esperada, diluo o mosto em água à temperatura de mash-out e levo para a fervura normalmente.
O problema de verdade pode ocorrer se a taxa de evaporação após o inicio da contagem do tempo para as adições de lúpulo for muito diferente da média nesse dia específico por um fator qualquer. Daí se ela for menor que o esperado, as adições de lúpulo para amargor vão chegar em um IBU superior ao desejado. No entanto, se já se tem um costume razoável com o equipamento, isso não deve alterar significativamente.
Cheers!