Aquecimento c/ Resistência/Panela Elétrica

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MarcosCaio

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Jun 14, 2013
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Olá,


Sou muito novo na arte de fazer cerveja... estou apenas na minha 4a brassagem... contudo, percebi que com o uso do meu fogão de alta pressão é difícil conseguir manter o controle de temperatura legal... Vejo o pessoal todo falando de Herms, RIMS... é realmente muito melhor??? Como faço p/ montar um???

Muitíssimo obrigado pela ajuda!


Marcos Caio
 
Ola Marcos!
Bom, minha visão é de que é possível brincar bastante com qualquer sistema que tu venha a querer desenvolver. Muitos amigos meus não possuem espaço espaço físico para brassarem. Nesse caso uma boa recomendação é a caixa térmica, onde é possível até fazer algumas rampas. Tem gente que usa uma panela simples com bazoka, ou fundo falso e por ai vai! Tem muitos programas que fazem a medição da temperatura da agua necessária para x kg de malte.
No meu caso, como tenho um espaço consideravel e por julgar ser um dos melhores métodos desenvolvi o herms. Depois de um tempo para acertar a recirculação sem entupimento (comprava o malte moído e passei a moer), ficou excelente!

Como é o processo:
1- o liquido passa pelo fundo falso que fica no fundo da panela
2- passa pelo motor, que empurra para dentro de um reservatório com água, aquecido por uma resistência, onde o liquido (mosto) passa por dentro de uma serpentina, que também se encontra dentro do reservatório. Dessa forma o mosto é aquecido em uma especie de banho maria.
3- O mosto retorna para a panela de mostura

Eu fixei o sensor de temperatura dentro do reservatório de agua quente onde ocorre o banho maria. Por que? Dessa forma eu tenho certeza de que a temperatura nunca vai ser superior do que a estipula. Evitando a perda do controle da temperatura e uma possível desativação das enzimas.

Anexei umas fotos do meu sistema para tentar ilustrar, se quiser mais detalhes é só falar!
 

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Marcos,
Montei meu sistema HERMS semi automatizado com base neste site: www.theelectricbrewery.com Ficou show de bola, bonito e muito fácil controlar o processo. Com certeza vale a pena se você tiver a grana para investir neste tipo de sistema. Segue duas fotos de como ficou o meu conjunto e painel de controle. Qualquer dúvida que você tiver na montagem, posso ajudar.
Abraço
 

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Fala rodrigonicoloso,

estou querendo montar algo parecido. Que resistências tu estás usando? Compraste onde?

Abraço
 
Careca,
Estou usando 2 resistências (uma para o HLT e outra para a BK). Cada uma tem 5000W, 35 cm de comprimento e flange 1"1/4, totalmente em inox (flange e elementos). Mandei fazer na cr-resistencias.com.br
É uma empresa de Joinville. O preço de cada resistência é R$ 265,00 (toda em inox), mas na época eles se enganaram e me passaram a cotação errado e acabei pagando R$ 165,00 por peça. Eles avisaram que haviam se enganado, mas mantiveram a cotação, mesmo eu comentando que poderia dividir a diferença para não ficar tão ruim para eles. É uma empresa séria!
Era isso!
Abraço!
 
Rodrigo,
Estou começando a montar meu equipamento, já estou com 03 panelas de 50 L (barril), como gosto de fazer o que posso sozinho, estava cotando os fogareiros para fazer meu fogão, acho muito mais pratico o sistema como você montou. estou considerando fazer como o seu.
No site que você indicou eles usam a sonda de temperatura na saída da válvula, você tambem fez desta maneira?
Qual foi o investimento no projeto todo?

Abraço
Alceu
 
Rodrigo,
Estou começando a montar meu equipamento, já estou com 03 panelas de 50 L (barril), como gosto de fazer o que posso sozinho, estava cotando os fogareiros para fazer meu fogão, acho muito mais pratico o sistema como você montou. estou considerando fazer como o seu.
No site que você indicou eles usam a sonda de temperatura na saída da válvula, você tambem fez desta maneira?
Qual foi o investimento no projeto todo?

Abraço
Alceu

Oi Alceu,

Eu coloquei os termopares direto nas panelas, pois achei mais prático do que colocar na saída da válvula (menos uma coisa para se enrroscar na hora da correria). Se você for fazer o mesmo, é interessante colocar os termopares o mais baixo possível dentro das panelas, assim você pode trabalhar com brassagens com volumes menores para experimentar alguma receita, etc. Na altura que eu coloquei é preciso pelo menos uns 15 litros de água/mosto para cubrir os termopares. Na foto que anexei você pode ver como ficou a minha panela de fervura (boil kettle) com o termopar, a resistência elétrica e o hop stopper. Também acho interessante não colocar o termopar muito próximo da resistência. Coloquei o termopar na mesma altura em todas as panelas. Ficou muito bom na boil kettle e no hot liquor tank, mas se pudesse mudar colocaria o termopar abaixo do fundo falso na mash/lauter tun, pois como ficou, o termopar atrapalha um pouco para abrir o fundo falso (o meu é com dobradiça) para limpeza.

Sobre o valor que eu gastei para montar o sistema, eu não cheguei a somar tudo, pois fui comprando peças de diferentes fornecedores e depois fiquei com preguiça de fazer a contabilidade, mas acho que o sistema completo (painel de controle, panelas montadas e bombas) deve ter saído próximo de 4-4.5 contos. Se você quiser economizar um pouco, dá para fazer um sistema mais barato se não usar inox nas serpentinas, válvulas, etc. Também no painel de controle é possível economizar, pois o projeto é bem profissional e é possível fazer alguma coisa mais improvisada a baixo custo. Não é barato mas valeu a pena, o sistema é realmente muito prático e muito fácil para controlar temperatura, transferir mosto entre panelas, etc., com excelente eficiência de brassagem (90% ou até mais) e como gosto desse tipo de trabalho foi divertido montar todo o equipamento por conta própria.

Qualquer dúvida que tiver, é só perguntar.

Abraço,

Rodrigo
 

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Pessoal, só o seguinte.. independente se for RIMS ou HERMS, se o sistema funcionar com recirculação constante, de acordo com tudo que estudei e testei até hoje (pois já tive alguns setups diferentes de HERMS) o mais recomendável é medir a temperatura do mosto no retorno da panela, ou mais na parte de cima do mosto.

Aqui tem um exemplo da maneira que eu usava, com um poço termométrico e o sensor do TIC dentro dele:

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Medindo dessa forma não há porque se preocupar com a temperatura da água onde está a serpentina do HERMS, pois ela nunca estará muito mais alta do que o mosto que acabou de sair dela, ou seja, as chances das enzimas serem desnaturadas são quase inexistentes.

No homebrewtalk.com existem inúmeras threads caras perguntando justamente isso... "onde eu devo medir a temperatura no HERMS ou RIMS", e essa técnica é quase um consenso.

Além disso, medindo dessa forma, tanto faz a quantidade de cerveja que está fazendo, ou altura do mosto.

No penúltimo Concurso Nacional, em Piracicaba, conversei com o próprio John Palmer sobre isso, e ele recomendou a mesma coisa. Ele inclusive tem um sistema RIMS que funciona com fogo direto, ou seja, quando é preciso corrigir ou aumentar a temperatura de mosturação, o equipamento dele liga o fogo automaticamente, e a temperatura é medida no retorno da panela, somente o líquido.

Se o mosto está entrando na panela na temperatura que você quer, a própria recirculação garante uma ótima homogenização de temperatura, gerando diferenças mínimas dentro da panela.

Abraço!
 
Last edited:
Guenther, você está certo! Sendo assim, esqueçam a sugestão de colocar o termopar no fundo da panela! Como eu tenho termopares em todas as panelas, eu também controlo a temperatura da água da panela onde está a serpentina, com o termopar entre as curvas da serpentina, assim evito problema com desnaturação de enzimas.
Valeu pela dica!
Abraço!
 
Rodrigo

Se for para economizar só poderá ser no painel de comando, optei pelo barril como panela em função de ser em inox, as válvulas e conexões também estou comprando aos poucos e todas são em inox, para conexão das mangueiras e bombas vou usar Tri clamp em inox.

Quanto ao painel já trabalhei com montagens industriais e posso comprar os controladores direto de fabrica, acredito que desta forma consigo baratear o custo, alem da instalação que tenho um pouco de habilidade para fazer.

Guenther
Este revestimento na sua panela é para manter a temperatura? Que material é este?

Abraços
Alceu
 
Rodrigo

Se for para economizar só poderá ser no painel de comando, optei pelo barril como panela em função de ser em inox, as válvulas e conexões também estou comprando aos poucos e todas são em inox, para conexão das mangueiras e bombas vou usar Tri clamp em inox.

Quanto ao painel já trabalhei com montagens industriais e posso comprar os controladores direto de fabrica, acredito que desta forma consigo baratear o custo, alem da instalação que tenho um pouco de habilidade para fazer.

Guenther
Este revestimento na sua panela é para manter a temperatura? Que material é este?

Abraços
Alceu
O revestimento é um isolamento térmico tipo uma espuma, só que emborrachado, vendido em lojas de refrigeração. O intuito é perder menos temperatura, consequentemente fazendo o HERMS ter que ligar menos a resistência.

Abraço!
 
Eu não consigo ver as vantagens de medir na saida (ARRUMANDO: nao me expressei corretamente, seria o retorno a panela de mostura)! Dessa forma a temperatura da panela com a serpentina e a resistencia, tende a ficar muito mais quente. Medindo a temperatura da panela herms, tu sempre vai ter a garantia de que o mosto nunca vai estar numa temperatura acima da desejada. Vou dar um exemplo do que acontece com o meu sistema. Tenho o sensor dentro da penala herms e outro analogico no meio da panela de mostura. Se estou com uma temperatura de 50 graus no sistema (estavel nos dois pontos) e desejo subir para 66, quando a penela herms atinge 66 eu devo estar com uns 54 na panela de mostura. Se eu tivesse o controle na saida do liquido, imagina qual a temperatura que estaria batendo na serpentina em um ponto proximo a resistencia!
 
Hamilton,
Acho que o Guenther quis dizer apenas que medir a temperatura na entrada é melhor do que medir no meio ou na saída da panela de mosturação, o que não impede de também medir a temperatura na panela com a serpentina. No caso acho que o melhor é a combinação de ambos. Inclusive estou mudando o meu sistema para esta proposta do Guenther! Engraçado que no projeto original pelo qual montei o meu sistema HERMS a recomendação era medir na saída da panela de mosturação, mas o Guenther me convenceu que o melhor é realmente na entrada.
Abraço!
 
Eu não consigo ver as vantagens de medir na saida! Dessa forma a temperatura da panela com a serpentina e a resistencia, tende a ficar muito mais quente. Medindo a temperatura da panela herms, tu sempre vai ter a garantia de que o mosto nunca vai estar numa temperatura acima da desejada. Vou dar um exemplo do que acontece com o meu sistema. Tenho o sensor dentro da penala herms e outro analogico no meio da panela de mostura. Se estou com uma temperatura de 50 graus no sistema (estavel nos dois pontos) e desejo subir para 66, quando a penela herms atinge 66 eu devo estar com uns 54 na panela de mostura. Se eu tivesse o controle na saida do liquido, imagina qual a temperatura que estaria batendo na serpentina em um ponto proximo a resistencia!
Não... não é assim que funciona. Vamos ver se eu consigo me fazer entender...

Pensa bem...... se tua água do HERMS está a 66... a que temperatura o mosto sai da serpentina? Extremamente próximo disso, né? Pois então, é justamente por isso que eu meço no retorno da panela... porque isso é logo depois da saída da serpentina.

Sabe de que forma aconteceria do jeito que tu estás falando.... exatamente como tu citou? Se o sensor de temperatura que liga/desliga a resistência ficasse lá no meio dos grãos.. onde está o teu analógico... pois até a recirculação esquentar aquela região.. o mosto que está sendo retornado à panela (lá em cima) já estaria muito mais quente devido ao atraso de tempo na medição de temperatura... e obviamente a água do HERMS também estaria muito mais quente... e não esqueça... o que nos interessa é a temperatura do mosto líquido... pois é ali que estão as enzimas, e não nos grãos. Se eu ficar recirculando um líquido na panela garantindo que o líquido que está entrando está sempre a X graus......... a panela vai estar, com o tempo, a X graus.

Da forma que te falei, eu te garanto (pois testei inúmeras vezes e também tenho termômetro na temperatura do HERMS, não para controlala, mas sim para pré-aquecimento antes de começar a brassar) que a diferença entre a água e o mosto que sai dela não fica em mais de 2 graus, e isso... com a serpentina ogra que eu tinha, somente de 6m, 1/2 polegada, com parede grossa..... ou seja... é por isso que eu meço a temperatura do mosto....... não me interessa a temperatura que os grãos estão na panela.... interessa o mosto que eu estou dando a ela, pois devido à recirculação constante.. a panela vai se homogenizar na temperatura que eu quero.

Mais um motivo pelo qual medir o mosto é o mais recomendável, e inclusive, confiável: este tipo de medição funciona com QUALQUER setup de HERMS... pois o que eu estou medindo é o que interessa.. o mosto na saída da serpentina. Da forma que tu estás falando, medindo a água da serpentina, e não o mosto, pode resultar em inúmeras diferenças de um equipamento pro outro... já que eu posso fazer a panela do HERMS numa panela de 60 litros (como já tive) e tu numa panela de 20.... e isso faz toda a diferença.... bem como também faz diferença a posição onde eu coloquei o sensor de temperatura.... e onde tu colocou o teu.... e também...... depende da serpentina, tanto bitola ou comprimento que tu usa.. e que eu uso. Exemplo... se tu usa uma serpentina de 10m, 3/8.... cara, o mosto vai trocar calor quase que completamente com a água, ou seja, se tu medir a água a 66.. provavelmente o mosto vai sair nessa temperatura.

Já se eu usar uma serpentina de 6m com 1/2 polegada... certamente o mosto não vai trocar tanta temperatura... ou seja... se medir com 66 graus.... provavelmente meu mosto nunca vai sair dali tão próximo a essa temperatura.

O que quero dizer com isso é que a tua recomendação de medir a temperatura dá água, definitivamente, não funciona para os equipamentos dos outros EXATAMENTE como funciona no teu... por causas das variáveis que falei. Medindo a temperatura do mosto no retorno da panela..... funciona pra todos.

Ou seja... medindo a temperatura do mosto na saída da serpentina... na realidade, não me interessa quanto de água tem, ou a que temperatura ela está..... pois o equipamento vai fazer o necessário para o mosto sair na temperatura que eu quero, e a água vai estar tão quente quanto necessário.

Abração!

Guenther
 
Last edited:
Entendi teu ponto, mas sabendo que tenho uma variação de temperatura, nao podendo precisar exatamente qual dentro do herms, nao concordo que o melhor local para medir seja no retorno a panela de mostura. Entendo que a forma mais segura é fazer a medição dentro da panela herms, tendo a completa certeza de que meu mosto nunca vai passar por um local com temperatura superior a escolhida. Como tenho um segundo termometro no meio da panela de mostura, sei precisamente quando todo o equipamento esta equalizado. Imagina a situação de um herms que possui tubulação fina, circulaçao lenta e que tenha sido feito em um recipiente pequeno com proximidade da resistencia. A diferença de temperatura pode ser bem maior que apenas 2 graus.
 
Aí é que tu tá te enganando... onde tu diz "Imagina a situação de um herms que possui tubulação fina, circulaçao lenta e que tenha sido feito em um recipiente pequeno com proximidade da resistencia. A diferença de temperatura pode ser bem maior que apenas 2 graus."

Mas Hamilton... num caso desses.. é justamente o contrário... porque, no caso de uma tubulação fina, ainda mais com circulação lenta, a troca de calor do mosto que passa dentro da serpentina com a água vai ser total... e quanto mais troca.. menor a diferença de temperatura entre o mosto que sai da serpentina (aquecido) e a própria água que fica na panela do HERMS.

Ou seja... se a temperatura do mosto e da água estariam praticamente iguais, e o termostato pára de aquecer a água conforme a temperatura do mosto que acabou de sair dali, como que "A diferença de temperatura pode ser bem maior que apenas 2 graus."?

É exatamente o mesmo princípio que resfriar o mosto num contra-fluxo ou trocador de placas.. quando queremos resfriar mais... deixamos o fluxo do mosto mais lento, assim ele passa mais devagar pelas placas e troca mais calor, diminuindo a diferença entre o mosto que sai.. e a água que entra.

Como eu estou medindo JUSTAMENTE na saída da serpentina... assim que o mosto atinge a temperatura que quero (e que vai estar extremamente próxima a da água), a resistência que aquece a água desliga!

Outra coisa, notei que tu estás extremamente preocupado que se a temperatura do mosto passar um pouco da temperatura Target que tu queres para a mosturação, que isso poderia desnaturar enzimas. Não precisa te preocupar com isso. Primeiro que as enzimas NÃO se desnaturam instantaneamente... e sim em alguns minutos (ou vários).. pelo menos nas temperaturas que estamos falando... ou seja... MESMO que a temperatura da água do HERMS estivesse, por exemplo, a 75 graus, isso ainda não seria suficiente para desnaturar instantaneamente nem beta amylase pois seria necessário alguns minutos com o mosto parado lá dentro pra isso acontecer... e de fato, eu testei isso na prática pois no meu primeiríssimo setup de HERMS isso acontecia direto com temperaturas mais radicais ainda..... e a conversão foi sempre normal.

Se isso que tu estás falando fosse um problema, todo mundo que faz mosturação aquecendo com fogo o fundo da panela ia estar completamente ralado pois a temperatura do metal do fundo, com fogo, é absurdamente maior do que a água que está em contato com a serpentina do HERMS... e se tu pensar bem, praticamente ninguém tem problemas com isso. :)

Pra ti ter uma idéia..... o setup do meu primeiro HERMS era assim..... eu deixava a água do HERMS constante a em torno de 10 ou 12 graus acima do que eu queria para mosturação.... ou seja.... se eu quisesse mosturar a 68..... deixava a água do HERMS a uns 78.. 80 graus. O sensor de temperatura ficava lá no meio dos grãos.... ou seja... demorava pra medir a temperatura que o mosto estava entrando lá em cima........... e por sua vez, o termostato ficava ligando e desligando a bomba quando precisava aquecer a panela de mosturação. Quer situação PIOR que essa?

Ou seja.. a temperatura do mosto lá no meio da panela baixava pra 67.... a bomba ligava.. começava a passar o mosto pela serpentina cuja água estava a 78 graus (de cobre, 3/8, ou seja, troca total) e o mosto caía em cima da panela fumegando de quente.... então depois de algum tempo o sensor (enterrado na panela) detectava o aumento, parando a bomba....... e o mosto que estava dentro da serpentina ficava ali.. parado... a 78.. 80 graus.

Quer saber se eu tive algum problema de conversão ou atenuação com esse equipamento? Nunca..... hehehehe. :)

Aí claro... com o tempo fui estudando as melhores formas e vi que quase toda a galera do HomebrewTalk.com que usava HERMS fazia diferente.

Abraço!
 
Last edited:
Bom, nao tenho bagagem cervejeira suficiente para saber quanto tempo de exposição em uma temperatura mais elevada pode ou nao causar danos ou mudanças não desejadas na conversão. Da maneira que eu faço tenho sempre a certeza de que nunca vou ter esse tipo de temperatura superior causando qualquer tipo de influencia no meu mosto. O que eu entendo, é que devemos sempre tentar deixar o ambiente de mostura o mais perto do perfeito, ou seja do qual desejamos.
 
Excelente discussão...

Meu plano é controlar manualmente o Herms... e para isso vou terei que ficar de olho em 2 termômetros.
Após ler bastante acho que vou deixar oum deles medindo a temperatura do mosto na saída do HLT (ou seja após passar pela serpentina e voltar para a panela de brassagem). Esse seria o momento em que o mosto estaria em sua temperatura mais elevada.

Meu segundo termômetro ficará na saída da panela de brassagem bem antes de entrar na serpentina da HLT. Esse seria, acredito, o momento em que o mosto estaria em sua temperatura mais baixa...

Dessa forma terei como verificar o tempo todo a temperatura máxima e mínima de forma a ficar dentro do patamar desejado.

Abraços
 
A proposito, eu notei que mta gente prefere fazer um furo extra na panela exclusivo para o termometro... Eu achei melhor colocar ele "in line", ou seja, junto da valvula. O da panela de brassagem fica com o sensor dentro da bazooka!

Mais ou menos assim...
 

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Olá,
Uso Hermes, panela 45L, serpentina 15m de alumínio com diâmetro 1/2 pol, "rabo quente" 2000W, TIC17 e fogão de alta pressão. Nas temperaturas mais altas, chego ter diferença de 8°C entre o interior do mosto e água quente próxima à resistência. Imagine que uma rampa de 63°C, se o sensor ficar na panela da resistência eu estarei fazendo uma parada proteica, pois a temperatura no interior do mosto vai estar em 55°C. A saída da serpentina é a melhor média dentro do sistema, pois a temperatura no interior do mosto sempre é menor e na panela de água maior.
Abraço.
 
Pessoal, o meu esquema é esse da foto do perfil. Tenho uma panela de 20L (30x30cm) com uma resistência de 2000W. Dentro desta panela tenho outra, de 16L (29x26cm), com o fundo de tela.

Uso recirculação o tempo inteiro, faço o controle de temperatura com um TIC17, medindo na saída do mosto (por cima da panela).

Fiz três levas que "não deram certo". Duas delas a rampa de temperatura era de 67ºC, a terceira a rampa era de 62ºC (eu queria ela bem seca).

O que não deu certo é que a temperatura nos grãos era menor que a temperatura da saída da recirculação. A terceira leva daí foi a mais cruel, não obtive a sacarificação. Nas duas primeiras levas até que deu certo, pois teve a sacarificação da beta amilase.

Nesta terceira leva, a eficiência, mesmo depois de duas horas de brassagem, ficou em 30%, hehehe..

Depois disto fiz uma com o controle de temperatura dentro dos grãos e funcionou perfeitamente. OG e FG dentro da planejada...
 
Oi pessoal, não sei se já discutiram isso por aqui, mas tenho visto controladores pid no sites chineses e vários deles vem com sensores termopar tipo k. Nas fotos ele parece bem diferente do que vem com o meu tic-17. Dá pra usar na boa, ou é melhor comprar outro? Abraços.
 
O sensor do TIC-17 é um termistor PTC, não dá pra ligar um termopar nele.
Se você quiser usar um termopar, vai precisar de outro modelo de termostato.
 
Oi Paulo, o que quero dizer é se posso usar um pid desses com o termopar tipo k na minha panela da mesma forma que uso o tic17. Esse termistor é um sensor melhor? Como chama em inglês? Abraços a todos, Jairo
 
Oi Paulo, o que quero dizer é se posso usar um pid desses com o termopar tipo k na minha panela da mesma forma que uso o tic17. Esse termistor é um sensor melhor? Como chama em inglês? Abraços a todos, Jairo

Sim, pode usar!
 
Galera, continuando aqui com uma dúvida:

Meu HERMS tá QUASE pronto. Última brassagem fiz já sem nada de fogo no mash tun, só no HLT, controlando a temperatura pela saida da serpentina, enfim, foi tudo BACANA! O único problema... controlei a temperatura na mão e quero automatizar!

Comprei uma resistencia lá na WE de 3000W (http://loja.weconsultoria.com.br/ebulidor-medio-3000w-220v-p271/), e um TIC já inteiro montado, inclusive com a tomada.

Tô louco para ligar o ebulidor lá e ser feliz, mas me falaram que isso pode danificar o TIC, pois ele não aguentaria a corrente do ebulidor.

E AÍ? O que eu faço? Existe alguma contatora ou coisa parecida que seja "for dummies", ou seja, entre no plug de tomada que já tá pronto no meu tic e saia um plug de tomada que eu possa enfiar o ebulidor?

Ou posso ligar o ebulidor direto?

PS: E o pior é que eu tenho um diploma de engenheiro eletricista na parede... :)
 
Cara, eu também não manjo muito.. Mas a tua rede é 220V ou 110V?

Se for 220V, a amperagem dessa resistência é de 13,6A (3000/220), se não me engano o TIC aguenta até 16A.

Se for 110V, a amperagem dá 27,3A, daí já não aguenta...

Mas tem outro problema, as tomadas "padrão" suportam só 10A.. daí não é o TIC que não suporta, é a instalação da casa...
 
Cara, eu também não manjo muito.. Mas a tua rede é 220V ou 110V?

Se for 220V, a amperagem dessa resistência é de 13,6A (3000/220), se não me engano o TIC aguenta até 16A.

Se for 110V, a amperagem dá 27,3A, daí já não aguenta...

Mas tem outro problema, as tomadas "padrão" suportam só 10A.. daí não é o TIC que não suporta, é a instalação da casa...

Os 3.000W do ebulidor da WE são especificados para tensão de 220V. Em 127V a potência cairá para 1/3 da nominal (ou seja, 1.000W) e, em 110V, para 1/4 (750W).

Então a resposta é sim, é possível acionar o ebulidor com o relé do TIC17.
 
ok, então mudando a pergunta:
Bora então pro caso que dá mais que 16 amperes.
Como monto o relé?
 
ok, então mudando a pergunta:
Bora então pro caso que dá mais que 16 amperes.
Como monto o relé?

O contato do termostato aciona a bobina de uma contatora que, por sua vez, aciona a resistência:
 

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Marcos,
Montei meu sistema HERMS semi automatizado com base neste site: www.theelectricbrewery.com Ficou show de bola, bonito e muito fácil controlar o processo. Com certeza vale a pena se você tiver a grana para investir neste tipo de sistema. Segue duas fotos de como ficou o meu conjunto e painel de controle. Qualquer dúvida que você tiver na montagem, posso ajudar.
Abraço

:ban: :rockin:
 

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Pessoal tenho algumas dúvidas típicas de quem não saca nada do assunto...

Eu tenho uma resistência de 7.000w em um sistema é 220V e que, portanto, ultrapassaria em muito a amperagem limite do TIC...

No caso eu precisaria apenas de um contador elétrico para viabilizar o sistema ou de algo mais? Como seria o aterramento no neutro da panela nesse caso?

abçs
 
Você precisa de apenas de uma contatora de 40A.
Eu não entendi muito bem o que você quis dizer com "aterramento no neutro". Na sua cidade os 220V são entre fase e neutro ou entre duas fases? A sua instalação possui um condutor dedicado de terra?
 
Paulo,

como disse não entendo nada do assunto, tanto que vou chamar um eletricista para fazer isso, mas quero tentar explicar o mínimo pro cara. Afinal ele com certeza nunca recebeu o pedido para "aterrar uma panela"...

Achei que seria possível fazer o aterramento ligando pelo fio "neutro", ou vi dizer que isso é meio que uma "barberagem eletrica mas que funcionaria". Existe uma outra forma de aterrar a panela?

abçs
 
A única forma correta de fazer esse aterramento é conectando a carcaça da panela a um condutor dedicado de terra.

Apesar do neutro ser aterrado na entrada da instalação (junto ao quadro de medidores), ele jamais deve ser usado como terra. Primeiro, porque o neutro é um condutor que carrega corrente e, por isso, pode haver diferença de potencial entre o ponto de aterramento e o ponto de ligação da carga. Além disso, no caso de uma falha no neutro (ruptura do cabo, mau-contato em alguma conexão, etc) a panela tem, através da resistência, um caminho direto para o fase. Ou seja, se encostar na panela vai tomar um belo de um choque.

Em resumo: se a sua instalação não tem um terra, é mais seguro não aterrar a panela do que aterrar através do neutro.

Se você tiver condições (isso é, se não morar em apartamento), peça para o eletricista fazer um aterramento usando uma haste de cobre. Não é muito caro nem difícil de fazer.

E tome cuidado com o dimensionamento dos condutores. Recomendo que você use 6mm2. Se você pretende usar plug e tomada para ligar a resistência, observe que vão ser necessários modelos industriais que suportem essa corrente (os modelos residenciais são feitos para no máximo 20A). E não esqueça do disjuntor.

Boa sorte,
 
Beleza paulo ajudou e MUITO!

A principio acho que não irei fazer aterramento se não houver aterramento no meu prédio, as resistências tão mto bem vedadas... acho mínimo o risco de dar merda... Em todo caso chamarei o eletricista esse mês.


Grande abraço
 
Paulo,

como disse não entendo nada do assunto, tanto que vou chamar um eletricista para fazer isso, mas quero tentar explicar o mínimo pro cara. Afinal ele com certeza nunca recebeu o pedido para "aterrar uma panela"...

Achei que seria possível fazer o aterramento ligando pelo fio "neutro", ou vi dizer que isso é meio que uma "barberagem eletrica mas que funcionaria". Existe uma outra forma de aterrar a panela?

abçs

Bode,

Não precisa ter tanto medo pra mexer na rede elétrica, o que tem que se ter é cuidado e conhecimento básico.

Compre uma chave teste, ela é bem baratinha, e tem em qualquer material de construção.
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Com ela, vc consegue ver qual fio é fase, e qual é neutro.

Eu moro no PR, aqui pra se obter 220v usamos 2 fases, ou seja, cada um dos fios tem 110v. então quando colocamos a chave teste na tomada, ela acende nos 2 buracos que tem fase, no 3 buraco que é o aterramento não acende.

Eu aposto que ninguém aqui do fórum tenha aterramento em casa, a não ser que tenha feito, pensando exatamente em brassagens com resistências, ninguém tem costume de fazer aterramento, a não ser em prédios, que me parece ser uma norma técnica e portanto deve ter.

Em alguns estados do Brasil (não sei quais) existe fase 220v, mas acho que não é o caso seu ai Bode.

O melhor amigo nessas horas é o multímetro, eu comprei o meu por R$ 20 em uma lojinha de 1,99. É fácil de usar, tem vários vídeos no youtube ensinando a usar o básico, vale a pena ter um pra quem quer mexer com isso.
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Como o Paulo já citou, tem a seguinte regra para se conhecer a amperagem de um aparelho:

Potência em Watts dividida pela Voltagem, ou seja.

Uma resistência de 3Kw (3000 watts):

Em 110v = 3000 / 110 = 27,27 Amperes, precisaria de um disjuntor (unipolar) de 30A

Em 220v = 3000 / 220 = 13,63 Amperes, precisaria de um disjuntor (bipolar) de 15A

Quanto a bitola do fio a ser usado, existe uma tabela para se observar:

LARGURA DO FIO CONDUTOR SUPORTA (SEM AQUECER)
1,5 mm² 15,5 ampères
2,5 mm² 21,0 ampères
4,0 mm² 28,0 ampères
6,0 mm² 36,0 ampères
10,0 mm² 50,0 ampères

Quanto as conexões, as que se encontram facilmente são as de até 20 Amperes, que não serviriam ao propósito.

Aqui no Brasil acho que as tomadas e plugs do tipo Steck são as melhores.

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Esses plugs e conectores são fáceis de encontrar também, e até acima de 60A.

Assim, sendo, se você souber analisar a situação, observando seu quadro de distribuição, e encontrar com a chave teste qual fio é fase, e qual é neutro, tendo espaço no quadro, pode adicionar um novo disjuntor para suprir sua necessidade.

Eu coloquei um aqui em casa (disjuntor bipolar 15A) , e uso uma extensão (5 metros, cabo 10 mm) logo na saída do quadro, assim não precisei passar cabos pela tubulação, pois não tinha espaço pra isso, na verdade não cabia nem outro disjuntor.


O que o Mateus postou aqui está perfeito:
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Imagino que ele tenha trazido as fases do quadro principal, ligando a um disjuntor no quadro secundário, e usando todos os plugs steck para alta amperagem de acordo com suas necessidades.

Caso eu tenha escrito alguma bobeira por favor alguém me corrija, assim todos aprendemos.

Não sou eletricista, mas depois de ver os que trabalham por aqui (péssimos por sinal) decidi aprender por conta própria, e só digo uma coisa, sempre ter cuidado, e certeza do que se faz.

Abraço
 

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